Darkness escrita por Felipe Alves


Capítulo 19
Sucessos de Hollywood.


Notas iniciais do capítulo

Fiquei o final de semana assistindo os filmes do Chucky, então eu meio que to amando aquele boneco safado e assassino c:



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A minha volta, a escuridão pairava por todos os lados. Pelos sons e o cheiro, eu diria que estou em uma floresta. A única diferença é que essa floresta está no inferno, e não tem nada que pudesse emitir qualquer tipo de luz ou algo para iluminar meu caminho, então opto por seguir reto mesmo na escuridão.
Eu deveria esperar por Castian, Joh, ou até mesmo Lúcifer, mas eu estou ansioso; Ansioso pra encontrar Eryck e tirá-lo daqui. Ansioso para poder me redimir de verdade com ele. Mas depois eu teria que me render a Lúcifer, dar meu corpo para que ele possa possuí-lo e fazer o que quiser com ele... Mas eu tenho um plano.
Ando por alguns minutos, até algo chama minha atenção. Uma ventania forte me atinge pela esquerda, mas não é forte o bastante para me levar. Eu me viro e encaro o vento. Dá onde ele deve estar vindo? Sigo rumo ao vento, que se expandia a cada passo que eu dava, e a escuridão começava a diminuir mostrando um pequeno foco de luz a minha frente. Coloco minha mão atrás da luz e percebo que aquilo é uma lanterna, levo a mão para o cabo dela, mas tem outra coisa a segurando. Tiro o lanterna do que quer que a esteja segurando, e a posiciono de frente pra a coisa. Um esqueleto humano. Eu fico encarando-o, até que percebo que tem algo brandindo contra a luz da lanterna, eu aponto a lanterna para o brilho e vejo uma faca, extremamente grande, presa no chão. Coloco a lanterna no chão e pego a faca. Nesse momento, o vento para, e a lanterna desliga, me deixando sozinho com uma faca na mão.
– Mas que inferno... – Murmuro, até começar a ouvir passar atrás de mim e me calar.
Algo grande e sólido me atinge pela frente e eu caio. Minha cabeça começa a rodopiar enquanto tudo começa a mudar há minha volta. As árvores e a vegetação são logo substituídas por paredes escuras e manchadas, provavelmente de sangue. Quando minha cabeça para de rodar, eu me levanto e começo a escutar uma musica áspera, mas não qualquer musica. Tinha algo de familiar naquele toque sinistro... Isso! É aquela musica de filmes de terror, mas por que raios ta tocando isso aqui? A música foi ficando mais forte, mais precisa, e eu achei que minha cabeça ia explodir, até ouvir o som de metal sendo arranhado. Viro-me, e no fundo do corredor, vejo um homem de camisa listrada, vermelha e preta, com um chapéu e unhas extremamente gigantes. Ah, não...
Corro para frente, procurando algum lugar iluminado, e vejo no fim do corredor uma porta, com luzes fortes saindo de dentro dela. Entro sobre a porta e me viro, esperando receber alguma surpresa, ou alguém vindo na minha direção, mas tudo se silencia, e o único som que permanece é minha respiração ofegante. Desisto de esperar um ataque pelas portas e me viro, encarando o pequeno ginásio em que eu entrei. As arquibancadas ficavam enfileiradas na esquerda, na direita, tinha um conjunto de três salas, e onde eu estava era o campo de basquete. Do lado da cesta, um boneco estava caído no chão, imóvel. Eu me aproximo, para ver melhor, e logo me arrependo de ter feito isso. Chucky, o brinquedo assassino, estava a minha frente, com uma faca na mão, porém imóvel. Por enquanto, penso.
E eu estava certo. Ele se levanta e vem em minha direção, enquanto eu me afasto, aos tropeços. A uma boa distância, eu abro minha mão e a coloco na frente do boneco, que logo começa a se contorcer no chão.
– Seu alado filho duma puta... – Murmurou o boneco.
– Por que parou? Continue. – Sorrio, fechando um pouco a mão, e fazendo com que ele deite no chão de dor.
– Eu juro, que quando eu te pegar, não vai sobrar nada... Nada! – Ele se levanta, e eu fecho os punhos. Ele tropeça no chão, mas vem se rastejando, como uma minhoca. Uma minhoca Muito feia. A porta fez um pequeno barulho, e eu me viro, para encará-la. Freddy Krueger estava vindo até mim, sorrindo e afiado as suas garras no chão metálico do ginásio. Estico minha mão a ele, fazendo-o cair de joelhos e gritar de dor. Chucky está caído no chão, sem se mexer. Provavelmente mais um de seus truques, para me enganar e me matar. Quando eu penso que está tudo em ordem, tudo desanda novamente. Jason, da serra - elétrica surge das sombras e vem correndo em minha direção. O Som da serra ecoa por todo ginásio, fazendo minha cabeça começar a doer. Eu não tenho mais nenhuma oportunidade, então corro para frente dele e pulo, saltando por cima dele e o chutando nas costas. Ele cai em cima de própria serra e começa a sangrar, ficando parado enquanto a serra ia perdendo a força. Mas ele se levanta e tira a serra de seu peito, segurando-a na mão esquerda e a ligando, fazendo o som ecoar com mais intensidade. Os três param um do lado do outro. Chucky, Freddy e Jason. Um dos três (Se não os três) assassinos mais famosos do cinema. Eles avançam, em perfeita sincronia, e eu me afasto. Se avançar, serei um suicida, porque eles são rápidos e fortes. Distancio-me tanto do centro que minhas costas batem na parede do ginásio, e meu coração começa a acelerar. Estou encurralado. Talvez eu devesse ter esperado pelos outros, se não fosse por isso, eu não estaria aqui agora...
Me lembrei de filmes que eu via com Selena e minha mãe antes de dormir. Em um deles, o homem perde toda a família pra assassinos profissionais, e no final, ele e um amigo dele estão encurralados por cinco homens apontando a arma em sua direção, o amigo vira pra ele e diz “Tudo ou nada?” e ele responde: “Tudo ou nada!” E correm, desviando de alguns tiros e matando alguns homens com uma faca. No final ele morre, mas sua vingança foi concluída. O pensamento me ocorre, e eu ouço meu imaginário falando comigo.
“Tudo ou nada?”
“Tudo ou nada!”
E parto para cima dos três.

...

Tive um apagão. Abro os olhos, e meu corpo todo estremece. Freddy, Chucky e Jason mortos. Chucky está deitado, dentro de um pentagrama feito de sangue, Jason está com sua serra cravada no estômago, e amarrado de ponta cabeça no teto do ginásio, com correntes prendendo seu corpo, e Freddy está com suas garras prendendo ele na parede, ou pelo menos, o corpo dele. A sua cabeça está completamente esmagada no chão do ginásio, parecendo gelatina podre. Levanto-me e vejo tudo começar a sumir como fumaça, e logo estou na floresta de novo, porém agora tem uma luz vinda de cima que ilumina um pouco á área. Um homem está caído no chão, deitado em sangue. Ele fungava e tinha dificuldade em abrir a boca, mas por fim, ele falar, alto o bastante para que eu e todo o inferno ouvíssemos:
– Eu vou voltar... Guarde m-minhas palavras, seu demônio imundo! – Ele finalmente desistiu de falar, e fechou a boca. Virou a cabeça de lado e eu pude ver uma lágrima escorrendo pelo canto de seu olho direito, e ele se silencia.
Chego mais perto dele e me agacho, examinando-o. Ele tinha duas facas no bolso, e eu as pego para mim, por estar desarmado. Remexo seu bolso direito e acho uma foto. Nela, o homem morto está abraçado com duas garotinhas. E atrás deles, uma mulher segurava uma colher de pau na altura da boca, brigando com eles, provavelmente porque as bocas dos três estavam cheias de chocolate. Atrás da foto, estava escrito:
“A família perfeita não precisa ter tudo o que quer, não precisa ter dinheiro nem roupas caras, apenas precisam ser felizes, acima de tudo! Essa é minha família, minha família perfeita.
OBS: Susan e Ellen, papai ama muito vocês.”

Ele era um pai de família... Eu matei um pai de família. Mas por que ele me chamou de demônio? Como ele conseguiu fazer três psicopatas me atacarem? Quem esse homem era de verdade? Provavelmente eu nunca vou ter a resposta pra essa pergunta. Guardo a foto no meu bolso, e pego uma faca. Sinto-me melhor quando estou armado. Começo a andar, pensando no que mais irá aparecer para mim aqui, que tipos de coisas irão vir pra me matar? Continuo andando, quando uma voz me para.
– Aonde vai? – Uma planta, enorme, havia se aberto no chão, e dela, uma jovem, provavelmente da mina idade, com a pele branquinha, com cabelos pretos lisos, olhos verdes, bochechas completamente rosada e nua me olhava, como um gavião avistando sua próxima presa. – Fique aqui comigo. Sinto-me tão sozinha...
– Quem é você? – Pergunto. Me pego reparando muito tempo no corpo dela, então levanto meu rosto, encarando seus olhos.
– Meu nome é Agnes. Mas pode me chamar de meu amor.
– Não, eu passo. – Sinto uma pontada de arrependimento na minha própria voz, mas deixo assim mesmo.
– Ah, qual é? Eu sei que você está olhando meu corpo. Não tenha medo, eu não ligo. – Ela saiu de dentro da planta e veio se aproximando, bem devagar, e rebolando.
– Eu... Eu não estava de o-olhando... – Minto. Ela chega bem perto de mim, segurando meus braços e passando a mão pelo meu peito.
– Como é gostoso... Eu acho que te quero só pra mim. – Isso foi o suficiente pra me deixar vermelho, mas eu não me afastei. Não conseguia. – Me beije. – Ela aproximou sua boca da minha, e eu devo dizer. Ela era muito sexy, e extremamente “bonita”. Ela estava com seus lábios próximos dos meus, quando sua boca se abriu em um pequeno gemido e ela deixou sua cara cair em meu ombro. Eu a segurei pela cintura e a levantei. Estava morta. Olhei atrás dela, e vi um rosto familiar com uma espada com sangue na ponta.
– Cara, eu tenho certeza que vou me arrepender Muito disso. – Disse Eryck, em um sorriso malicioso.


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Notas finais do capítulo

Talvez eu acrescentarei mais cenas como há de Agnes na fic ~ Eryck aprovess ~