2° Edição dos Jogos Vorazes escrita por Esperança de Tributo


Capítulo 2
A voz eletrônica


Notas iniciais do capítulo

Tick... Tock. A hora está chegando!



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Panem caiu em prantos com todos aqueles tributos maravilhosos. Roupas ricas e lotadas de características únicas e inesquecíveis. Os jovens somem pela escuridão e retornam aos nossos pensamentos depois de quase três semanas de treinamentos árduos.

Todos estão trajados com uma roupa colada no corpo, estilo um macacão. Ninguém está com o rosto feliz ou contente, pois acabou de chegar o dia no qual todos mostraram seus talentos.

Uma pequena sala metálica guarda todos os vinte e quatro tributos. O tempo passa, a sala contém duas fileiras, com seis bancos longos em cada uma. Na mesma ordem, da direita para esquerda, estão sentadas as duplas de tributos de cada distrito. Na esquerda os homens e na direita as mulheres. Neste ano começaremos pelos tributos masculinos e finalizaremos com os femininos.

Podemos reparar que os sentimentos são bem diferentes aqui. Enquanto uns estão ansiosos para mostrar seus dons, outros estão com medo de cometer erros e se tornarem alvos fáceis para os mais temidos na arena... Os carreiristas.

Um pequeno alto-falante se encontra no meio das duas fileiras e em baixo uma porta, na verdade um elevador que vai até o andar da sala de treinamento. Um som agudo sai do alto-falante verde e junto com ele uma voz grossa anuncia o primeiro nome: Matheus Gomes...

O garoto já está na sala, todas as armas possíveis estão no local. Ele respira fundo e dá para perceber que ele está um pouco perdido. Ele olha para todos os lugares e percebe que as lanças estão encostadas em um pilar de concreto, no canto direito da sala. Os bonecos estão bem próximos do local. Mas esses bonecos são feitos de metal, sendo assim, sua perfuração será complicada.

O garoto sem saber que esses bonecos têm um material mais resistente, vai todo confiante. Então ele diz: “Olá! Meu nome é Matheus Gomes. Sou do Distrito 1, sendo assim, carreirista”. Ele se cala e posiciona para lançar com toda força que tem.

Segundos antes de arremessar as três lanças que havia pegado, um pensamento importante veio em sua cabeça... “Sou carreirista, mas não preciso mostrar todos os meus talentos”. Ele girou seu corpo e propeliu o bastão metálico e afiado, o primeiro acertou nos pés do boneco, mas infelizmente não perfurou. A segunda lança acertou a cabeça do boneco e novamente não perfurou e foi impulsionava contra o corpo, caindo no chão. Sua última tentativa foi fracassada, a lança arrancou somente um dedo do boneco. Todos os idealizadores começaram a rir e assim foi o término da fraca apresentação do garoto do Distrito 1. Uma única coisa chamou atenção de todos. O jovem saiu rindo... O que ele estava escondendo? Na verdade podemos já deduzir sua ironia. E assim o segundo nome foi expresso: Nanda Alves...

A garota corpulenta deste distrito foi objetiva e mostrou aquilo que precisava. Mas nos perguntávamos como uma carreirista com uma péssima mira poderia nos surpreender?

Ela encarava todos os idealizadores e então sua voz emergiu no silêncio daquele compartimento. “Meu nome é Nanda. É só o que precisam saber!”. Sua sobrancelha estava levantada e ela olhou por todo o local. Tentando focalizar alguma coisa e depois de alguns segundos ela conseguiu. Ela caminhou até as enormes bolas metálicas e logo estava com uma delas na mão. Ela começou a correr e aquilo foi impressionante, aquelas bolas deviam pesar uns 30 quilos. Ainda correndo, ela começou a gritar e com um impulso extraordinário ela jogou a bola em um dos pilastes, próximo aos idealizadores.

Quando o barulho feito pela bola ao colidir com a coluna de concreto acabou, todos voltaram sua atenção para a jovem, agora, ajoelhada. Ela se levantou, com as pernas bambas e saiu sem dizer nenhuma palavra. E assim outro nome foi chamado: César Gomes...

A rachadura na coluna de concreto e os amassados no boneco de metal eram rastros que não podiam ser limpos. O garoto do Distrito 2 posicionou-se, sem dizer nada. Todos esperavam que ele pudesse fazer uma apresentação grandiosa sobre seu Distrito, mas ninguém ouve nada. Ele esperava um pouco, analisa todas as armas do lugar. Focaliza por um tempo um Kyoketsu-shogei, uma corrente com punhal e gancho nas extremidades. No lado oeste da sala tem alguns círculos com três listras em volta, sendo duas delas brancas e uma vermelha.

Em uma única tacada e acerta com punhal na linha vermelha de um dos alvos e com o gancho na linha pequena e do meio, branca, do outro. Foi uma jogada simples. Então ele disse – Obrigado! – Logo depois saiu. E o mistério ficou no ar... Valentina Tonin.

A jovem Tonin está na frente dos idealizadores agora. Sem medo ela se apresenta – Valentina Tonin, distrito dois e carreirista – na última palavra ela sorriu ironicamente. Parece-me que existe alguma estratégia neste distrito e eles estão seguindo ela fielmente.

No lado leste, junto com os arcos e flechas, tinha um aglomerado de árvores. Ela rapidamente correu até eles e escalou em segundos uma das árvores. Saltou em outras e desceu velozmente a menor delas. Depois se encaminhou para as lanças, acertou alguns alvos, mas aquele parecia não ser o ser forte.

Ela pegou algumas foices encostadas nas imensas bolas de metal. Ela fez um circulo com alguns bonecos de pano, que estavam na sala de pintura, destinados aos artistas dessa competição. Mas o verdadeiro artista é aquele que usa o que têm para fazer sua obra e o que será que está pequena competidora está preparando? Já estamos para descobrir.

Depois de feito o circulo com os bonecos, ela se posicionou no núcleo do mesmo. Ela sussurrou três números e depois, com um impulso, rodopiou e acertou a cabeça de todos eles de uma vez. A força foi tanta que vento soprou em volta do círculo. Ela se recompôs e saiu, sem mais nenhuma palavra... Jonas Costa.

O menino logo entrou e foi o mais educado até o momento – Boa tarde a todos. Meu nome é Jonas Costas e sou do Distrito 3 – virou-se e continuou caminhando sem rumo. Este lugar não parecia ser o mais apropriado para um jovem tecnológico. Enquanto os outros distritos podem usar e ser bons em machados, tridentes ou lanças, ele só pode mostrar sua inteligência e que ela esteja ao seu favor neste momento.

As estações estão recheadas de armas e objetos no qual ele pode usar, mas qual será o que ele é bom mesmo? Ele perde algum tempo procurando algo. Quando de repente o corpo dele dá um choque, fazendo seu corpo se agitar e suas pernas correrem. Ele desmonta algumas armas, reunindo algumas ferramentas de umas e estudando outras. Montando e desmontando ele encontra algumas engrenagens e logo podemos concluir que um motor está sendo criado. Genial!

Em cima de uma mesa ele coloca as engrenagens na forma de um quadrado e fixa o motor improvisado no meio das mesmas. Uma energia chocante é produzida e canalizada, fazendo assim, as engrenagens começarem a girar. Jonas sorri. Perto dos tridentes, tem uma pilha de cortas. Ele pega uma delas e coloca em volta das engrenagens e a corda começa a girar. Ainda no tempo, ele corre até uma caixa que contém facas e pega todas que consegue carregar. Volta e pega outra corda e com alguns nós, ele envolve as facas na corda que prende as engrenagens. Mas isso não é tudo, ele pega um machado e arranco seu cabo e o prende embaixo dessa estrutura toda.

As facas giram horizontais. Parece que a arma estava pronta. Ele aponta aquele objeto diferente para um boneco. Chega perto dele e a arma nas mãos, girando rapidamente. Mal se aproxima do boneco e em segundos ele não passa de um amontoado de pedaços metálicos. Impossível! O garoto criou uma arma mortífera que pode destruir com tamanha proporção e perfeição.

O garoto ainda não está satisfeito, então o grãn finale está por vir. Ele distancia-se uns setenta metros de uma fileira de bonecos metálicos e com toda sua força, atira a arma, como uma roda de carroça descontrolada. A arma decepa as pernas do primeiro boneco, o braço do segundo e a cabeça do terceiro. Então ela bate na parede e retorna para seu criador. Ele não se move, enquanto aquele objeto circular voa com tamanha velocidade em sua direção. Ela passa de raspão em seu corpo, sem causar nenhum estrago e se aloja no chão, causando uma rachadura gigantesca. O barulho e fumaça tomam conta do lugar, mas o que assusta mais os idealizadores e a cara que o jovem do Distrito 3 faz. A união de fumaça, o som ensurdecedor que a arma causou e a cara do garoto, somados, é amedrontador.

Depois de segundos ele se mexe, faz uma reverencia e sai. Os idealizadores estão de boca aberta, mas logo retomam suas caras de paisagem. Sinceramente foi uma apresentação impressionante... Lethicia Yumi.

Retomado o fôlego, a parceira do jovem assustador chega à sala. Sua aparência é bem mais limpa que do outro e as suas características são únicas. Parecia-me que os idealizadores estavam começando a ignorar os participantes. A garota firmou suas pernas tremulas no chão – Meu nome é Lethicia Yumi, sou do Distrito 3. Tecnologia – seca, fez a atenção ser voltada a ela. Em alguns minutos reuniu alguns objetos como, um tridente, seis fios de ouro, lenha, um fio de metal e um pedaço de cipó.

Então ela começou a fazer uma fogueira, não demorou muito e logo estava acesa e brilhante. Com os fios de ouro ela traçou todo o tridente, fazendo-o ficar todo dourado. Com a fogueira já ardente, ela pegou o tridente, agora dourado, e o pôs no fogo. Depois de alguns minutos eles estavam quentes. Ela usou o cipó para cobrir os braços e as mãos, pois parece que aquela arma causava algum tipo de choque. Sim! Ela causava.

– O que está arma faz – perguntou um idealizador de terno verde, pele clara, olhos azuis e cabelo roxo, muito estranho por sinal. Eles nunca conversam com os jogadores.

– Dá um choque elétrico muito forte a ponto de matar uma pessoa. Usávamos isso em casa quando faltava energia. Vou mostrar. – ela disse palavras rápidas e sem de longas, ela se preparou.

Antes que ela pronuncia-se ou fizesse mais alguma coisa, dois grandes cachorros bestantes sugiram. Ela começou tremer, mas ficou segura, pois aquilo que criou era potente para matar aquelas enormes criaturas. Ela posicionou o bastão.

Um deles veio correndo em sua direção e então ela atirou a primeira descarga elétrica, que pegou no focinho do primeiro. O segundo veio pelas costas e pulou por cima dela, mas a jovem foi rápida e perfurou a barriga do grande cachorro. E os dois animais, modificados geneticamente, foram mortos eletrocutados em segundos. O poder que esta arma tem é inexplicável, pois o seu efeito é mortal. Ela se levantou e o olhar agora, igual ao do seu parceiro, encara os cretinos de Panem. Ela levanta a cabeça, sendo superior e sai... Marco Antonio.

– Marco Antônio Olops, Distrito 4, carreirista – roubando completamente a cena. O D4 acabou de entrar. Ele foi para o centro da sala de treinamento, onde tinha um compartimento no qual se encontrava os valiosos tridentes. Ao mesmo tempo em que ele pegou sua ferramenta, alvos quadrados surgiram diante dele.

Ele pegou mais quatro tridentes e começou a jogar nos alvos. Mas ele é péssimo e erra, nas quatro tentativas somente uma chegou próxima do alvo. Os idealizadores só riam. Mas ainda restava uma única chance, ele mirou no alvo mais distante e acertou no meio, perfeitamente no meio. O que foi isso? Um jogo para que todos pensassem que ele era horrível? Qual é o joguinho aqui? Ninguém prestou atenção no último alvo acertado. Eis o plano. Então ele se posicionou e saiu sem mais nenhuma palavra... Micaela Vitulio.

A cara da jovem do Distrito 4 não parecia muito boa. Estava perdida e confusa. Esqueceu até de se apresentar. Foi impressionante como ela boa com as armas.

Primeiramente ela pegou uma espada, que, aliás, estava afiadíssima, e começou a fazer movimentos rápidos. Os restos dos bonecos que o garoto do distrito 3 usou, foram de grande utilidade para a jovem do D4. Em seus movimentos perfeitos com a espada, ela cortou varias partes dos bonecos. Depois com o tridente ela acertou vários alvos, uns em movimento e outros a uma distancia surpreendente e o melhor, ela acertou todos.

Depois com algumas flechas, acertou alvos em movimento. Uma guerreira sem defeitos ou fraquezas. Está jovem é perigosa. Sem qualquer tipo de chance de ser abalada. Uma grande jogadora. Após suas exibições perfeccionistas, ele respira fundo e relaxa. “Micaela Vitulio... Carreirista!” foram suas últimas palavras naquela sala. Logo depois, saiu de cabeça erguida. Sem nenhum sorriso irônico, ou alguma risada desafiadora... Matheus C. Hiroshi.

Por longos minutos o menino ficou encarando os idealizadores. Seu olhar furioso demonstrava toda sua dor. Então em um choque elétrico, seu corpo ativou e ele pegou um dos bonecos de palha da estação de pintura. Com uma corda amarrou o pescoço do boneco, em uma das árvores. Pegou algumas tintas no tom roxo e rosa. Desenhou algumas coisas no boneco... O que é isso? Não acredito que este jovem fez isso. Quanta coragem.

O boneco tem a aparência do Presidente Snow. Na boca ele dez uns detalhes de sangue com a tinta. Pintou outros detalhes. A corda amarrada no pescoço do suposto boneco/versão do presidente. Então com a espada ele rasgou a barriga da marionete, escrevendo “Down The Capitol”, depois ele rodopiou a espada e cortou a cabeça de sua criação. Olhou para baixo, enquanto copos se espatifavam no chão. Ele reverencia e sai... Giovana Marques.

Com três facas na mão, ela estava se concentrando para mirar nos alvos. O primeiro alvo foi ferido no peito, o segundo na perna e o terceiro na cabeça. Mas nenhum idealizador estava a fim de ver aquela apresentação simplória. Então ela atirou uma faca que perfurou a mão de um dos jurados. Todos ficaram paralisados. – O Snow não devia pagar vocês melhor? – disse com o rosto vermelho como um vulcão em erupção. – Giovana Marques, Distrito 5 – terminou enquanto se dirigia a parta de saída... Alex Oliveira.

O jovem entra vagarosamente, na verdade, misteriosamente – Oi, meu nome é Alex Oliveira e sou do Distrito 6. – ele logo se vira. Em seguida tem um conjunto de facas, em cima da mesa e perto das lanças. No chão ele encontra um pedaço de pano rasgado e depois que os bonecos metálicos são ativados, ele cobre os olhos. Impossível! Ele está pensando em acertas aqueles fortes bonecos com os olhos fechados? Não acredito! Oito bonecos e oito facas, sem erros ou chances.

Este garoto está querendo mostrar o que? Perfeição? Sendo do Distrito 6, não esperamos coisas surpreendentes. Então, os bonecos começam a se movimentar e o garoto inicia uma seqüência de movimentos, sendo eles rodopios com o corpo, pulos e até mortais. E quando ele para, não havíamos percebido que ele estava jogando as facas. E todas estão lá. Oito acertos, alguns em lugares que não prejudicariam a vitima e outros em pontos vitais e fatais.

Ele respira fundo, retira a venta e pega uma lança. Parte ela no meio e começa a correr entre os bonecos que em seus movimentos controlados e formados por programas de computadores da capital, cercam o garoto. Em movimentos magníficos, ele corta a cabeça de uns, a perna de outros e assim sucessivamente. Mutilando todos os bonecos sem vida. Este jovem é a própria arma da destruição... Anna Paes.

Enquanto o menino passava pela porta, elétrico, sua parceira acena e sorrisos são trocados. Logo de inicio já definimos essa garota por uma única palavra... AGILIDADE. Muito rápida e ágil, ela consegue ser melhor que uma cabra alpinista.

Antes que possamos piscar ela já está lá em cima e escondida, aliás, muito bem escondida. Quando menos esperávamos, ela deslizou por uma corda e caiu em um acento, perto de um idealizador de cabelos vermelhos e terno azul marinho. Bem velho. Ele se assustou e depois começou a rir, ela saltou até o chão da sala de treinamento, fez uma reverencia e disse: “Anna Paes, Distrito 6. Escaladora profissional” deu uma piscada rápida no olho esquerdo e saiu dando saltos e cantarolando... Rafael Mollerke.

O apaixonante casal do Distrito 7 começa a ser pronunciada e o jovem Rafael entra pelas portas da local. Mas ele estava serio demais. Observando a sala talvez, ou bolando um plano para nos deixar eufóricos novamente e sedentos de desejo por ver o casal novamente.

– Olá! Meu nome é Rafael Mollerke. Sou do Distrito 7. Preparem-se – “preparem-se”? Ele caminha até um monte de fios, sem dizer mais nenhuma palavra. O clima fica pesado e o suspense toma conta dos grandes patrocinadores. Ninguém tira os olhos dos movimentos calmos e estudados do jovem.

Ele começa a dar uns nós nas colunas de concreto, ele usa seis delas. Depois com a corda ele interliga um no outro, como se fosse uma armadilha. Ele arremessa dois machados nas primeiras colunas, que na mesma hora se alojam causando rachaduras. Fios, interligações e machados. Esses foram os seus únicos movimentos, ele sorri e sai... Manuella Gomes.

Sem entender nada, os idealizadores começaram a sussurrar uns com os outros, pois nada que o garoto do D7 fez teve sentido. A garota se posiciona no inicia da armadilha criada por seu parceiro e então o espetáculo começa e tudo fica mais claro. Ela salta entre os fios e com uma velocidade impressionante ela retira os machados presos nas colunas de concreto.

Ela rodopia e ao mesmo tempo ela corta as linhas que interligam os pilastes. Não havíamos percebido que Rafael havia acrescentado três pequenas facas nos fios, que no momento que alguém passasse por elas, automaticamente elas seriam liberadas matando, supostamente, seu oponente indefeso. Brilhante! Mas a questão aqui é mostrar as habilidades de Manuella. Ela se defende perfeitamente de todas as mortíferas facas afiadas. Com mortais e movimentos extraordinários, ela desvia e bloqueia todos os alvos.

Depois de segundos a armadilha está desfeita e o estrago feito no chão e nas paredes é imenso. Como uma armadilha tão simples pode ter causado tamanho estrago? Como não percebemos que a mensagem deles era tão obvia? Mesmo longes e em estações diferentes, os dois permaneceriam juntos e sem medo. Interligados por seus talentos e estratégias inteligentes. Conseguiram dar continuidade em seus dons. Os dois fizeram aquilo que esperávamos. O verdadeiro espetáculo.

A garota encerra sua cena – Obrigada! – diz ironicamente – Espero que vocês tenham gostado. Manuella Gomes e Rafael Mollerke, Distrito 7. – lembra-os ela. Com passadas longas, ela se retira da sala... Gustavo Santanna.

O jovem Gustavo foi objetivo, logo que entrou não se apresentou. Encaminhou-se até o local onde os machados estavam pendurados. Pegou um deles, o que surpreendeu bastante, pois machados não é a especialidade de tributos do Distrito 8.

Então rapidamente ele fez uns movimentos com o machado, com o resto dos bonecos de palha que estavam na estação de pintura, ele estraçalhou o que ainda tinha daquelas replicas mal feitas de pessoas. Analisou o boneco que estava com o nome de Snow e sorriu e continuou a fazer seus movimentos circulares, cortando tudo pela frente.

Parou, respirou e se posicionou – Meu nome é Gustavo Santanna, Distrito 8. – se retirou... Anny Fernandes.

A garota entrou vagarosamente, com as pernas tremulas. Mas seu olhar era confiante, me passava, de alguma maneira, a imagem de uma vencedora. Aflita por seus medos, mas corajosa em enfrentá-los.

– Seu nome? – Um homem alto e bem apessoado disse em voz alta, novamente nos surpreendendo por conversar com os tributos. Mas a garota ficou aliviada e seu rosto ficou mais limpo com está pergunta.

– Meu nome é Anny Fernandes, sou do Distrito 8. Obrigada por perguntar. – ela se virou e começou a caminhar.

Ela encontrou uma arma que pensava que não existisse mais. Não uma e sim duas naginatas mescladas no tom preto e prata. Existia uma sala que ainda não havia sido usada. Ela logo reparou naquele local vazio e explorou. Lá dentro tinha diversos troncos de madeira, modelados em forma de cilindro. Devia ter uns vinte no total, em cada um desses troncos tinha outros pequenos cilindros, em cada um deles devia ter no máximo seis pequenos pedaços de madeira. Esse local devia ser usado para lutas corporais e o fortalecimento dos músculos.

Ela foi para o centro, onde tinha uma bola azul marinho pintada no chão. Respirou fundo e em começou a contar. Quando seu sussurro chegou ao número dez, ela disparou. Começou a atacar com toda a velocidade os troncos de madeira, com as duas naginatas ao mesmo tempo. Sua velocidade, fôlego e força são admiráveis. Em alguns momentos ela dava piruetas perfeitas e caia em cima desses pedaços de madeiras modelados.

Quando todos os pequenos pedaços de madeira, unidos aos troncos estavam cortados e estraçalhados, ela arremessou uma de suas enormes lâminas no vidro que separava ela, do campo central da sala de treinamento. A garota passou sobre os cacos espatifados, com um sorriso malévolo ela se retirou da sala, deixando todos de boca aberta e chocados... Jonathan Andrade.

– Jonathan Andrade, Distrito 9. – disse o garoto. A escolha da arma foi bem distinta. Ele pegou um cinco com um punhal, que estava em cima de uma mesa cinza. Perto da sala usada recentemente por Anny.

Ele rodou o cinto, que agora podíamos ver que é bem elástico. Jogou com força e alojou ele em um boneco de metal, o punhal ainda preso, ele virou de costas e arremessou-o novamente, acertando a perna de outro boneco. Em suas próximas jogadas ele acertou as mãos, a cabeça e o tórax de outros fantoches. Nada de muito surpreendente. Mas a cada jogada ele ia perfurando cada vez mais. Sua força sim era de se engrandecer. Depois que terminou, somente encarou profundamente cada jurado que o observava, cuidadosamente. Então, retirou-se... Isabella Caldas.

A garota escolhe um arco logo de cara, liga uma máquina que joga alguns objetos pelo ar. Ela é muito habilidosa, acerta quatro de cinco alvos. Os alvos começam a ser arremessados com mais velocidade e ela encontra um pouco de dificuldade para realizar a tarefa de acertá-los. No final de tudo ela acerta somente seis alvos de doze. Mas ainda assim, sua mira foi boa e acertou pontos interessantes dos alvos sem vida.

– Isabella Caldas, distrito nove. – ela se retira... Pedro Leite.

O jovenzinho do D10 entra na jogada. – Meu nome é Pedro Leite, sou do Distrito 10. – ele vai direto a uma sala que guardava alguns manequins. Pega três e logo volta para pegar mais três. Ele enfileirou todos eles lateralmente. Depois de um tempo perdido na montagem dos manequins, ele busca uma espécie de círculo que nas extremidades é todo pontiagudo, bem longo. No meio deste circulo tem uma bola, que serve para quem for utilizá-lo ter certo apoio para jogá-lo.

Com muita paciência e um controle corporal imenso, ele analisa as melhores opções. Afasta-se dos bonecos e então com uma única tacada ele arranca a cabeça dos seis manequins. O circulo metálico que ele pegou, fez uma curva perfeita e as habilidades únicas do garoto fizeram com que ele obtivesse um resultado magnífico. Impressionante! Ele pega o objeto, coloca em cima de uma mesa e sai... Bárbara Parreiras.

A jovem é breve. Pega um dos bonecos, ainda inteiro, de palha e o coloca de joelhos. Enfia uma espada em seu estômago e depois uma em sua cabeça. Depois ela olha para os idealizadores e diz rapidamente.

– Vêem? Reconhecem? Isso! Ele é um de vocês. Linda minha obra, não? – diz ela passando a mão no rosto do boneco delicadamente. Ela dá um chute nele, ainda olhando para ele psicoticamente. Então sua expressão fica oculta – Bárbara Parreiras, Distrito 10. – ela anda até a porta... Rafael Ferreira.

O menino coleta alguns restos de madeira, que sobraram dos troncos que Anny destruiu. Ele pega uma das adagas em cima da mesa cinza e constrói um arco, com dez flechas. Ele pegou alguns potes de tinta, com elas ele fez círculos nas colunas de concreto, as que ainda estavam inteiras. Preparou o arco, virou de costas e lançou a primeira flecha... Acertou! A segunda... Errou! E a terceira... Acertou!

Depositou o arco na mesa – Meu nome é Rafael Ferreira, Distrito 11 – curto e grosso... Júlia Machado.

– Meu nome é Júlia Machado, sou do Distrito 11 – ela fica esperando que alguém diga algo, mas os patrocinadores nem perceberem sua existência. A jovem, então, pega algumas facas e quatro lanças. Ela vai até a estação de hologramas, quando criaturas, semelhantes a pessoas começam a se materializar na frente dela.

Com alguns movimentos ela percebe que se acertarem os hologramas humanos, eles se desfazem. Com isso, ela começa a arremessar suas armas no sentido e na quantidade que eles vêem. Em segundos, com muita habilidade, ela detona todas as ilusões holográficas. Enquanto ela sai da sala, outro deles surge bem próximo a ela e sem olhar, ela o acerta de costas e sorri... Lucas Nunes.

O jovem todo desajeitado, chega aos tropeços. Ele vai a todas as estações, apronta a maior desordem e erra todos os alvos e arremessos que tenta acertar. Com muita dificuldade ele escala em uma corda, mas leva um maior tombo quando tenta descer.

Seu corpo já todo machucado e acabado, ele tenta fazer uma última tacada. Ele pega uma faca e tenta jogar em um alvo, mas infelizmente ele erra feio e depois ainda se prende em uma rede, que levou longos minutos para se soltar. Sem mais nenhuma esperança e todo exausto, ele finaliza.

– Meu nome é Lucas Nunes, Distrito 12. – e sai sorrindo... Victória Romano.

A última candidata entra na jogada. Como é de se esperar, ela repete movimentos clichês que outros participantes já fizeram. Quando ela finaliza sua apresentação ninguém nem ao menos lhe dá o devido valor.

– Victória Romano, Distrito 12. Missão cumprida. – com essas últimas palavras ela traz novamente o mistério para a sala de treinamento. Será que os erros dos tributos do D12, foram propositais? E porque eles estão fazendo isso? Alguns tributos não gostam de mostrar todos os seus talentos, pois a surpresa é o melhor fator dentro da arena. Só em jogo saberemos o que eles querem de verdade.

Finalizada as apresentações, tivemos nossos altos e baixos... A noite chega e os tributos estão eufóricos para saberem suas notas. E então a insígnia da capital surge e com ela os nomes dos tributos e suas respectivas notas...

Distrito 1: Matheus Gomes–> 5 | Nanda Alves–>7

Distrito 2: César Gomes–> 7 | Valentina Tonin -> 8

Distrito 3: Jonas Costas –> 11 | Lethicia Yumi –> 9

Distrito 4: Marcos Antonio –> 6 | Micaela Vitulio –> 10

Distrito 5: Matheus C. Hiroshi –> 2 | Giovana Marques –> 6

Distrito 6: Alex Oliveira –> 8 | Anna Paes –> 8

Distrito 7: Rafael Mollerke –> 9 | Manuella Gomes –> 9

Distrito 8: Gustavo Santanna –> 7 | Anny Fernandes –> 9

Distrito 9: Jonathan Andrade –> 8 | Isabella Caldas –> 7

Distrito 10: Pedro Leite –> 9 | Bárbara Parreiras –> 3

Distrito 11: Rafael Ferreira –> 5 | Júlia Machado –> 9

Distrito 12: Lucas Nunes –> 2 | Victória Romano –> 6


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Notas finais do capítulo

Notas dadas. Alguns tributos esperavam mais, outros ficaram contentes, pois seus planos deram certo. Agora todos se preparam para a entrevista com nosso querido Caeser. E você, está preparado?



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