–Agora que um deles foi morto, o que fazemos com os cinco restantes? – Perguntou Hiroto.

–Vamos levar eles para o castelo, creio que o mestre de Mu vai querer saber disso. – Respondeu a Deusa.

Hiroto botava um dos cavaleiros negros em seu ombro, e o outro nos seus braços. Signus fazia o mesmo, e Kyousha acabava desmaiando em consequência do ferimento e do calor do vulcão.

–Kyousha! – Exclamou Atena, segurando o jovem Taonia em seus braços. – Acho melhor nos voltar logo, Kyousha tá com um sério ferimento.

–Tudo bem. – Dante fez o mesmo que os outros, botando o último cavaleiro negro em seus braços.

Com um bom tempo de caminhada, eles finalmente chegavam no castelo, e ao entrar na sala do mestre, eles botavam os renegados desmaiados no chão.

–O que significa isso? – Indagou o loiro, fitando o olhar nos renegados.

–É isso que queremos saber, pelo incrível que pareça esses Muvianos copiaram as primeiras armaduras testadas e criaram uma versão negra delas. – Informou o ruivo. – Um deles morreu, e os outros cinco apenas ficaram desmaiados.

–Verdade, as armaduras deles estão bem parecidas com as primeiras armaduras que os Muvianos fizeram como teste. – Concluiu o Mestre, batendo o seu cajado no chão.

–Como protetora da terra, eu já tomei uma decisão e vou adiantar isso o mais rápido possível. – A Deusa expressava uma face séria e decidida, botando uma grande quantidade de selos em uma mesa próxima.

–Senhorita, o que está pensando em fazer? – Indagou o ruivo.

–Hiroto, por favor, bote Kyousha em um lugar seguro, eu vou precisar que se afastem. – Solicitou a Deusa, entregando Kyousha nos braços de Hiroto.

–Mas... – Quando o ruivo estava terminando de falar, ele era rapidamente surpreendido por sua Deusa, que acabou de ferir o seu próprio dedo, derramando gotas de sangue no solo.

Atena novamente usava o seu próprio sangue, escrevendo no selo o seu nome “Athena” em grego, criando um forte brilho que ressonava em todo o local.

–É impressão minha ou ela está escrevendo o próprio nome no selo, porém..., tem algo de estranho, o estilo da letra é bem diferente, quase não dar pra entender. – Comentou o jovem Dante.

–Sim, esse estilo de letra é letra grega, como uma Deusa Grega a sua escrita também é na base Grega, não é óbvio? – O taonia abria seus olhos lentamente, fixando os seus pés no solo.

Em questão de segundos o selo já estava pronto, mas Atena não parava de usar o seu sangue, e continuava a escrever o seu nome em outros selos.

–Grego?

–O alfabeto grego usa as mesmas letras que usamos, porém, elas são representadas por símbolos e recebem os seguintes nomes: Alfa, Beta, Gama, Delta, Epsilon, Zeta, Eta, Theta, Iota, Kappa, Lambda, Mu, Nu, Xi, Omicron, Pi, Rho, Sigma, Tau, Upsilon, Phi, Chi, Psi e por último, o Ômega!

–Ômega? – Disse Dante.

–Qual o problema com o Ômega?

–Eu gostei desse nome.

–Você não é o único. Dizem que o Ômega significa o fim.

–Sério? Mas aonde você aprendeu isso?

–O meu mestre... , mesmo sendo um Deus do Mundo Sennin, ele já me falou sobre os gregos e me ensinou algumas coisas.

–Incrível...

–Dante, você alguma vez já prestou atenção no símbolo do báculo de Atena? – Perguntou Kyousha.

–Bem, eu acho que sim, mas por que a pergunta?

–Caso não saiba, o símbolo do báculo de Atena é o Ômega minúsculo.

–O que?! Sério? Então quer dizer que os símbolos também tem uma forma Maiúscula e Minúscula?

–Sim.

Atena já tinha feito o seu nome em mais de vinte selos, e no momento que ela vai fazer o próximo, a mesma se sente fraca e acaba caindo nos braços de Hiroto, que rapidamente lhe segurava.

–Atena!

–O que aconteceu com ela? – Perguntou Dante, desesperadamente.

–Droga, ela gastou muito sangue. Eu nunca pensei que uma divindade se sacrificaria tanto por meros seres da terra. – Comentou Kyousha, segurando Atena junto com Hiroto.

–Leve ela pro quarto, eu vou pegar ataduras e panos para limpar o sangue. – Ordenou o Mestre de Mu.

Hiroto fazia o que o mestre ordenou, e rapidamente levava a Deusa pro seu quarto, colocando ela com cuidado em sua cama. Logo após o mestre chegava, e limpava o sangue com um pano molhado, cobrindo o ferimento com diversas ataduras.

–Mestre, ela vai ficar bem? – Indagou o Ruivo, preocupado.

–Ela vai, ela é a Deusa Atena, não se esqueça disso.

–Eu vou pegar mais água, caso precise. – Hiroto rapidamente saia do quarto e se dirigia até o salão do castelo, se deparando com os cavaleiros negros que estavam acordando de pouco em pouco. – Droga... Kyousha, Dante, Signus, Mestre, venham aqui!

Nagashi tinha acordado de seu breve desmaio, e ao ver os seus companheiros correndo, o Yukida os seguia até o salão onde estavam os cavaleiros negros.

–Os cavaleiros negros estão acordando, o que vamos fazer? – Hiroto rapidamente se prevenia, executando um ganho no pescoço de um dos renegados.

–Eu acho que deveríamos fazer o mesmo que Hiroto, enquanto isso o mestre de Mu interroga eles, que tal? – Comentou o sábio Kyousha.

–Tudo bem. – Concordou Signus, fazendo o mesmo que Hiroto em um dos cavaleiros negros.

Os outros faziam o mesmo, e enquanto pressionavam o pescoço dos renegados com os seus braços, o mestre começava a interrogar. Os cavaleiros negros acordavam totalmente, e ao tentar se soltar, eles sofriam a forte dor nos seus pescoços.

–Droga, me soltem seus fedelhos desgraçados!

–Cale-se! Quem deu a vocês os direitos de plagiar as armaduras da nossa Deusa, criando versões negras das mesmas e atacando os seus seguidores? – Interrogou o Mestre furioso.

–Nossa Deusa? Ela é sua Deusa, nossa não, e sim nos plagiamos, aproveitamos que estamos no meio das construções e fizemos, e quer saber o motivo? Simples! Por causa dessa Deusa idiota o nosso Continente agora tá ameaçado, desde que ela chegou aqui ela está se tornando a rainha de tudo, e esse tal de Poseidon já atacou o Continente por causa dela! Não se lembra?!

–Cale-se! Ela não tem culpa de um outro Deus ter um objetivo que interfira nós no meio, e ela está nos protegendo, sacrificou o seu próprio sangue para nos beneficiar.

–Beneficiar ela, isso sim. E outra, pra que fazer armadura para o exercito dela se nós podemos fazer o nosso próprio? E quer saber mais? Eu cansei de ser rebaixado, seu babaca!

–Chega! – O Muviano se enfurecia, e se movia em grande velocidade na direção do renegado, colidindo o cajado conta a barriga do inimigo.

–O que foi? Só isso que sabe fazer? – Debochou o renegado.

–Chega, levem eles para as masmorras.

Hiroto guiava todos para as masmorras do castelo, jogando os renegados em uma enorme prisão, composta por um enorme portão de ferro.

–Bem, depois de tudo isso é mais uma demonstração que precisamos aprender a dominar o cosmo o mais rápido possível. – Disse Nagashi.

–Tudo bem, venham. – Disse Kyousha, saindo da sala, acompanhado de seus amigos.

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Em um local escuro, um enorme ser estaria sentado em um enorme trono, a sua sombra se destacava na parede, emitindo um forte brilho azul de seus olhos.

–Atena... , se é guerra que você quer, que assim seja. Está na hora do mundo sofrer o “Diluvio Mundial”!

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