Teenage Dream escrita por Doação Demily


Capítulo 1
Capítulo 1




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Outra escola. Temperance Brennan odiava aquelas intermináveis mudanças! Há quase um ano, ela vivia assim de cidade em cidade por conta do sistema de adoção, já que todas as famílias as quais ela já chegara a fazer parte, sempre acabavam deixando-a, o que a fazia entrar novamente no sistema e ser acolhida por outra família, e que geralmente não moravam na mesma cidade ou nem mesmo no mesmo Estado! Não era algo fácil de se adaptar!

Pessoas completamente diferentes, cidades desconhecidas, e nenhum porto seguro ao qual se apoiar, tudo isso a cansava. Sempre essas intermináveis mudanças! Mas como todo ciclo, esse chegou ao fim no dia em que seu avô a reencontrou e ela pode finalmente ter um pouquinho de esperança de que tudo ficaria bem, afinal, estava com alguém da sua família, além, claro, da satisfatória constatação de que aquela seria a sua última e permanente mudança, ela não mais teria que sair de mês em mês atrás de uma família que a quisessem como filha.

Era o começo do segundo semestre e a garota se sentia bem, não mais carregava suas roupas e livros em um saco de lixo, vestindo-se de forma descuidada e com aparência frágil e abalada, não seria mais visível aos olhos de todos os outros alunos que ela era uma criança que vivia no sistema de adoção, e de certa forma isso a confortava.
 

Com roupas novas, cabelo cortado e uma mochila onde apenas levava os seus livros e nada de pertences pessoais, Temperance caminhou para a nova escola, teria que se adaptar mais uma vez, mas não seria tão difícil, afinal não deixara amigos nas cidades pelas quais passara, e já estava acostumada a ficar sempre sozinha, seja nas aulas ou nas rodas de conversa, portanto, para ela, nada de fato mudaria. Mas o destino sempre apronta!

De longe, ela observou os grupinhos que se formavam: as populares, os nerds, os que não queriam nada com a vida e os atletas... Sempre era a mesma coisa.
Ela então caminhou por entre os grupos de cabeça baixa, e ouvia atrás de si algum um burburinho, afinal era carne nova no pedaço. “Odeio isso!”, pensou a garota.

Assim que entrou na escola, pegou o seu horário e viu quais aulas teria naquele período. Apesar de estudar em muitas escolas em um curto período de tempo, Temperance era uma garota inteligente, era a melhor da turma, em qualquer que fosse o colégio. Seu avô, por esse motivo, não teve dificuldades em matriculá-la na melhor escola da cidade mesmo durante segundo semestre letivo.

Viu o número da sala e caminhou pelo corredor, atenta, à procura da sua sala. Foi quando o sinal soou e de repente, o corredor, antes vazio, agora era coberto por milhares de adolescentes entusiasmados, alegres, conversando alto e rindo abertamente. Temperance se afastou um pouco da movimentação e logo entrou na sua sala.

Ainda não havia ninguém, ela então pôde escolher onde sentaria, e decidiu por sentar-se na última fileira, na penúltima carteira, não queria que todos a olhassem assim que entrassem na aula, e nem queria que o professor a reconhecesse como aluna novata, odiava as apresentações.
Minutos depois, a sala foi preenchida, e quase todas as carteiras foram ocupadas, todas as pessoas já com seus colegas, conversando animadamente sobre as suas férias. Temperance já estava acostumada a sentar-se sozinha, nunca ninguém se sentava ao seu lado mesmo.

─ Bom dia, turma! – disse o professor, que entrava na sala.

─ Bom dia, professor Foster. – disseram os alunos.

─ As férias foram ótimas, não? Empolgados para o segundo semestre? Provas finais? Quero ver todo esse entusiasmo na hora de estudar! – falou o professor.


“Como alguém não consegue se animar com as provas?”, pensou Temperance.

─ Bom, como as férias acabaram, eu quer... – o professor foi interrompido por um aluno retardatário que entrara na sala – Bom dia, Sr. Booth! Estava mesmo, sentindo a sua falta aqui na turma ─ disse o professor.

─ Desculpe, senhor Foster. – o garoto respondeu.

Temperance prestou atenção quando o garoto se encaminhou para adentrar a sala: os suspiros das meninas, e os risinhos de algumas outras.

─ Com licença, tem alguém aqui? – o garoto perguntou para Temperance.

─ Não. – ela respondeu timidamente.


Nunca ninguém havia pedido para se sentar ao seu lado, muito menos um garoto.
O rapaz sentou e colocou a mochila do lado da carteira, e logo depois, cutucou um menino sentado à sua frente.


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