Born to Die escrita por HeadBroken


Capítulo 1
now I am found.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic baseada em uma musica, tsc tsc.
Acho que todo mundo conhece: Born to Die - Lana Del Rey. :)



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Sam andava pela calçada da rua observando as vitrines, sem prestar muita atenção. A maioria das lojas já estavam fechando, poucas pessoas na rua. Estava começando a anoitecer e era hora das pessoas voltarem do trabalho para suas casas. De volta as suas vidinhas miseráveis, Sam pensou. Sam nunca entendeu realmente porque a vida funciona desse jeito. Você passa anos estudando para conseguir um emprego bom. Passa anos trabalhando para ter um bom salário. E então você envelhece. E no fim você morre. Qual é o ponto disso tudo?

Sam começou a caminhar mais rápido quando percebeu o quanto era tarde. Sempre que acabava o horário de aula, ela gostava de vagar pela cidade com o fone no ouvido, a música alta o suficiente para que ela não conseguisse ouvir seus próprios pensamentos.

Começou a ventar forte, e Sam puxou o capuz da sua blusa para se proteger. Tinha andado longe demais hoje, e iria demorar no mínimo meia hora para chegar em casa a pé. Decidindo que seria melhor pegar um táxi, Sam parou em um cantinho para abrir a bolsa e conferir se havia dinheiro suficiente na carteira. Ela tinha acabado de abrir o zíper quando uma mão enorme apareceu na sua frente, tampando sua boca e metade do seu rosto. Seu primeiro instinto foi gritar, mas tudo que saiu da sua boca tampada foi um rugido rouco. Quem quer que fosse, usou a outra mão para agarrá-la pela cintura e arrastá-la até um beco escuro. Sam entrou em estado de choque, e não tentou lutar, não tentou acertar seu agressor. É aqui que eu vou morrer, foi a única coisa que conseguiu pensar. Só espero que seja rápido.

A pessoa continuou arrastando-a até o fim do beco. Estava mais claro ali, a luz da lua iluminando o ambiente. Seu agressor continuava segurando-a por trás. Sam continuou sem resistir. Ao perceber que ela estava cooperando, o agressor falou:

- Olha, menina. Não quero machucar você. Vou te virar bem devagar, e você vai largar sua bolsa. Se você tentar fugir, gritar, ou fazer qualquer movimento suspeito, eu atiro nessa sua cabecinha loira e te mato em um instante. Entendeu?

A voz era firme e grossa, claramente de um homem. De repente Sam ficou aterrorizada. Se ele fosse só um ladrão, ele teria pegado sua bolsa e deixado ela ir embora. Ficou imaginado o que mais ele iria fazer com ela.

- Entendeu? – O homem repetiu, apertando-a ainda mais. – Ou eu tenho que desenhar?

Sam balançou a cabeça em concordância. Alguns segundos depois, seu agressor afrouxou o braço ao seu redor, e Sam jogou sua mochila para o lado. O homem soltou o corpo dela, segurando apenas a sua boca. Ele pôs a mão no ombro dela, muito mais delicado dessa vez. Ele girou o corpo dela devagar, virando-a em direção a ele. Sam fechou os olhos com força, com medo de olhar para aquele homem, que devia ser aqueles caras de cinquenta anos cheio de tatuagens pelo corpo, que estuprava adolescentes e depois a jogavam no rio. Sam sabia que estava frente a frente com ele agora. Ela podia sentir o hálito quente dele em seu rosto. Sam apertou ainda mais os olhos, esperando que aquilo acabasse logo. Mas nada aconteceu. O homem continuou segurando sua boca, mas ele não tentou tocá-la, ele parecia parado como uma estátua. Sam não conseguiu se controlar. Não estava entendendo o que estava acontecendo. Decidiu abrir os olhos.

O que ela viu não era o que ela esperava. Não era um homem de cinquenta anos. Era mais para um garoto, um pouco mais velho do que ela, a sua pele clara fazendo contraste com seus olhos castanhos e seu cabelo escuro. Seus olhos puxados olhavam para ela de modo surpreso, como se ela não fosse quem ele esperava.

Eles se encaram por um momento, até que a ficha caiu. Ele não era um  assassino. Era só um garoto que não parecia saber a mínima ideia do que estava fazendo. Aproveitou que ele ainda estava distraído olhando para ela, e abriu a boca o máximo que conseguiu, mordendo a mão dele com toda a força que conseguiu. Em seguida, tudo aconteceu muito rápido: Sam sentiu o gosto de sangue na boca, ouviu o grito de dor do garoto. Aproveitou o momento para se desvencilhar dele e começou a correr o máximo que pôde. Quando estava quase no fim do beco, quando ela já podia ver os carros passando do outro lado da rua, algo pesado atingiu a sua cabeça com força. Sam se sentiu totalmente tonta, e desmaiou antes mesmo de cair no chão.


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Notas finais do capítulo

comentários, críticas, dicas, sugestões? :)



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