Esperança Negra escrita por Akiel


Capítulo 5
Capítulo 5




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Um leve som se fez ouvir naquele lugar deserto e duas pessoas apareceram. Um homem e uma jovem.

- Vamos!-o comensal pegou Lavínia pelo braço e começou a puxá-la.

- Vamos aonde?

- Em breve você saberá, Black.--sorriu.

Lavínia engoliu em seco e olhou ao redor. Através da espessa camada de neblina, podia-se ver uma extensa floresta em volta, e um casebre velho se encontrava mais à frente, na direção em que o comensal a puxava. Começou a tatear o corpo a procura da varinha, mas não conseguiu achá-la.

- Procurando por isso?--perguntou o comensal mostrando a varinha dela entre os dedos. Lavínia tentou pegá-la dele, mas o comensal a empurrou em direção ao chão. Assim que ela o atingiu, ele a pegou pela garganta e sussurrou:

- Não conseguirá nada com essa atitude, Black. A não ser a sua própria destruição.--riu e a pegou pelo braço.--Vamos.

Lavínia deixou-se ser levada, mantinha a cabeça baixa e o olhar triste. Isso estava acontecendo mais rápido do que ela imaginara.




- Ah!--Malfoy deixou uma exclamação de desconforto sair de sua boca ao chegar em seu destino. Olhou em volta, aquilo não parecia muito com o mundo bruxo, estava mais para um lugar trouxa. Para onde você me mandou, hein Lavínia?

Se levantou e olhou as casas, faltava a número doze. Estava pensando sobre isso, quando, com um pouco se assombro, viu uma casa começar a surgir entre os números onze e treze. Assim que a porta se abriu, Draco levou um susto maior ainda.

- Malfoy?

- Lupin?

- Malfoy, o quê faz aqui?

- Er...eu...eu preciso...preciso falar com você.

- Sobre?

- Lavínia Black.

- Lavínia?--Lupin estava surpreso--O quê aconteceu com ela?

- Podemos conversar? É uma longa história.

- Sim, claro. Entre.

Lupin deu espaço e Draco entrou na casa.

- Venha, vamos até a cozinha.--Draco apenas acentiu.

- Hã? Lupin, você não ia sair?

- Harry!

- Droga!--Draco disse baixinho nas costas de Lupin.

- Lupin?!--Malfoy ouviu mais duas vozes se aproximarem. Duas vozes que ele conhecia muito bem.

- Merlin!

- Houve um pequeno imprevisto.

- Quê imprevisto?--perguntou Hermione.

- Esse.--respondeu Lupin se afastando e assim mostrando Malfoy.

- Malfoy?!--os três falaram surpresos.

- O quê ele está fazendo aqui?--perguntou Rony.

- Ele quer falar comigo.

- Sobre o quê?

- Algo que não te interessa, Potter!--falou com a costumeira pose.

- E por que não me interessa, Malfoy?--Harry revidou.

- Ele veio falar sobre Lavínia.--interveio Lupin.

- E o quê você tem a ver com ela?

- Ela é minha amiga, Potter.

- Me explica uma coisa, Malfoy, como você descobriu sobre esse lugar?--perguntou Hermione.

- Por acaso foi Lavínia que te contou?--perguntou Harry.

Draco olhou para Harry com uma cara de quem queria matá-lo, mas respirou fundo e respondeu.

- Sim e não, Potter.

- Como assim?

- Eu descobri esse lugar com isso.--mostrou o colar--Foi Lavínia quem me deu.

- E o quê é isso?

- Merlin, me dê paciência!--Harry apenas arqueou as sobrancelhas--Isso é uma chave de portal.

- Foi Lavínia quem fez, Malfoy?--perguntou Lupin

- Sim. Ela disse que me levaria até você.

- Bem, vamos até a cozinha. Lá esclareceremos as coisas melhor.

Antes de se dirigirem até a cozinha, Malfoy recebeu olhares bem desconfiados do trio de ouro. Fingiu que não se abalou e os seguiu.

Ao chegarem à cozinha, Draco se sentou em frente ao trio de ouro e ao lado de Lupin.

- Muito bem, Draco, o quê aconteceu?--começou Lupin

- Lavínia estava comigo quando comensais da morte nos atacaram. Um deles a capturou.

- Você tem idéia de para onde ele a levou?

- Não. Mas talvez possamos achá-la com a minha chave de portal.

- Como?

- A minha chave leva a casa dela, a você e a ela mesma.

- Tem certeza?

- Foi o que ela me falou.

- E você confia nela?--veio a voz de Harry.

- Completamente, Potter.

- E por que deveríamos confiar em você, Malfoy?--perguntou Rony.

- Por que eu digo a verdade, Weasley.

- Me dê um bom motivo para acreditarmos em você, Malfoy.-falou Harry

- Se não acreditarem, Lavínia morre.

Todos ficaram em silêncio.

- Ok, Draco, me diga exatamente o quê aconteceu e o quê Lavínia te disse.--pediu Lupin.

- Ela me disse....

Draco contou toda a história, os quatro ouviam com atenção embora Harry e os amigos ainda estivessem desconfiados, mas eles não podiam arriscar a vida de ninguém.


- Entre!--O comensal empurrou Lavínia para dentro do casebre.

- Ora, ora, o que temos aqui?

Lavínia levantou o rosto e deu de cara com ninguém menos que Bellatriz Lestrange.

- Bella.

- Ela estava com Malfoy.

- E por que não o trouxe também?--perguntou uma voz masculina se aproximando.

- Rodolphus.

- Achei que Black era mais importante do que Malfoy.

- Hum.

- O que iremos fazer com ela?

- Nada. O Lorde das Trevas exigiu que a mantivéssemos em segurança. Ele virá vê-la e então decidirá o que fazer.--falou Bellatriz.

Lavínia engoliu em seco. Com certeza estava em maus lençóis.




- Conseguiu descobriu quais comensais atacaram vocês?

- Não, Lupin.

- E o quê Lavínia estava fazendo com você?

- Ela foi me visitar, Potter.

- Vocês são amigos?

- Sim.

- Você sabia que ela é filha de Sirius Black?

- Eu sei quem ela é, Potter!

- Sabia também que ela estava disposta a me ajudar a derrotar Voldemort?

- Sim, ela me contou.

- Me diga uma coisa, Malfoy. Por que Lavínia te daria uma chave de portal que levasse até Lupin? Por que ela te protegeria?

- Porque é o que amigos fazem. Protegem uns aos outros. Pensei que soubesse disso.--olhou de Harry para Rony e Hermione.

- É que você não parece o tipo que protegeria os amigos.

- Lavínia é a única amiga de verdade que eu já tive em toda minha vida. Ela já me protegeu várias vezes. Chegou a minha hora de protegê-la. Ou pelo menos tentar.

- Certo. Podemos fazer isso, não é Lupin?

- Sim, Harry.

- E você pode emprestar essa sua chave de portal para podermos localizá-la.

- Sem chance, Potter, eu vou junto.

- Tem certeza?

- Sim.

- Então tudo bem. A decisão é sua.


- Tem certeza de que não podemos fazer nada, Bella?--perguntou o comensal olhando para Lavínia.

Ela estava sentada em uma cadeira, no meio de uma espécie de sala, com as mãos e os pés presos magicamente. Suava frio. Estar presa com três comensais e sem varinha não era uma situação muito agradável, com certeza.

- Hum...O Lorde das Trevas disse apenas que temos que mantê-la em segurança. Não disse que estávamos proibidos de tocar nela.--respondeu Bellatriz brincando com uma mecha de cabelo da garota.

- Então?

- Então.--Bella se abaixou e sussurrou no ouvido de Lavínia--Está na hora de pagar pelo que fez comigo quando matou Nagini.--se levantou--Solte-a.

O comensal  fez um aceno de varinha e Lavínia sentiu seus pulsos e tornozelos livres, mas não aproveitou muito. No instante seguinte ouviu a voz de Bellatriz:

- Cruccio!

Lavínia acabou caindo da cadeira, tamanha foi à dor que percorreu seu corpo. Quando o efeito do feitiço acabou, pôde ouvir a risada dos três comensais que a cercavam. Abaixou a cabeça em derrota, estava perdida.


Enquanto isso, no Grimmauld Place, Harry e outros se preparavam para partir.

- Tem certeza que esta chave vai funcionar, Malfoy?--perguntou Rony.

- Não custa tentar.

- Estão todos prontos?--perguntou Lupin.

- Sim.

- Então vamos.

Formaram uma roda, um segurando na mão do outro. Malfoy apertou o colar e se concentrou. Um segundo depois, estavam todos em frente a um velho casebre, numa área totalmente deserta.

Olharam em volta, tentando descobrir onde estavam, mas foram interrompidos por um grito de dor vindo de dentro do casebre. Tentaram olhar pela janela, mas só conseguiram ver três vultos de pé e um no chão. Quem estava no chão se levantou um pouco e Malfoy pode reconhecê-lo:

- Lavínia!

- Temos que entrar.--falou Hermione.

- Cruccio!--mais um feitiço e Lavínia caiu de novo no chão.

- Vamos!--comandou Lupin.

No instante seguinte, pôde-se ouvir o estrondo da porta indo e ao chão e cinco pessoas adentraram ao casebre.

- Potter!

- Malfoy!

O reconhecimento foi mútuo:

- Tia Bella.

- Rodolphus.

- O que fazem aqui?--indagou Bellatriz.

- Vocês têm algo que queremos.--respondeu Malfoy olhando para Lavínia.

- Black? Se quiser levá-la vai ter que duelar.

- Sem problemas, titia. Estupefaça!

- Protego!

O pequeno casebre virou um verdadeiro campo de batalha, com feitiços pelos ares e destruição para todos os lados.

Conseguindo escapar da tia e aproveitando o fumaça e a distração causada pela batalha, Malfoy se dirigiu até um canto afastado aonde Lavínia tinha se refugiado. Ela estava fraca pelos feitiços que lhe foram lançados, então Draco a pegou no colo e tentou sair de lá o mais rápido possível.

- Draco?

- Shhh...

- O quê está fazendo aqui?

- Vim de buscar, oras.

- Mas, por quê?

- Para retribuir tudo o que você já fez por mim. Vamos.

Vendo que Malfoy estava saindo com Lavínia nos braços, Lupin deu o toque de recolher:

- Missão cumprida! Recuar!

Acabaram com os comensais e se dirigiram a saída. Mas ao chegar do lado de fora, tiveram uma surpresa.

- Agora vocês não escapam.--disse Bellatriz triunfante.

Eles olharam. Havia vários comensais, mas isso não era o mais importante. Era a figura parada na frente deles.

- Voldemort.--Harry engoliu em seco.

Era agora que a verdadeira luta iria começar.








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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem reviews. Criticas, sugestões e elogios são sempre bem-vindos. Obrigada.



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