Tell Me That You Love Me Anyway escrita por Lola Styles


Capítulo 36
Como será que vai ser agora?


Notas iniciais do capítulo

Ooooi amores, tomara que gostem desse capitulo. Estou esperando seus comentarios :)
xx



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LANA

–Lana, vem aqui embaixo -Selena pediu.

–O que foi? -perguntei me levantando e indo ate a porta.

–Tem uma surpresa pra você aqui!

–Cade você?

–Desce a escada que você vai ver -desci.

–Surpresa, amor -ele estava lá.

–Nick! -corri para abraça-lo mas ele recuou. Em seguida foi ate Selena e a abraçou.

–Senti tanto a sua falta -sorriu pra ela.

–É claro que sentiu -ela mexeu no cabelo dele.

–Sem você não tem sentido -ele a beijou. Ele. A. Beijou.

–Nick! -gritei mas ele não parou -Nick! O que...? -senti meu rosto gelado -Para, por favor! -me afastava cada vez mais. E eles iam ficando mais borrados.

–Nicolas! -sentei de uma vez -Calma, foi so um sonho. Não foi real -passei a mão no rosto tentando evitar me lembrar.

Fui ate o banheiro e me olhei no espelho.

–Ta tudo bem, Lana. Ele está bem -repeti essas palavras pra mim mesma.

Ja haviam se passado cinco dias desde que ele foi. Desde que aquilo tudo aconteceu.

Eram quatro horas da manhã e eu já estava acostumada a acordar esse horário porque há cinco dias essa historia de pesadelo começou. Todo dia um sonho diferente, mas sempre com ele.

–----

–Caiu da cama? -Selena perguntou entrando na cozinha.

–Teria sido melhor... -tomei um gole do café.

–Ah, ja entendi -ela se sentou ao meu lado e começou a se servir.

–Vou voltar pra Londres -disse brincando com a caneca.

–Vai?

–É, acho que vou -ela assentiu como se entendesse -Talvez os pesadelos acabem, ne?

–Quem sabe?

Ficamos em silencio por um tempo, eu estava perdida em pensamentos enquanto ela acabava o café da manha.

–Como será que vai ser? -pensei alto.

–Perdão? -ela olhou pra mim com uma cara confusa.

–Como será que vai ser agora?

–Com o Nick? -senti uma pontada quando ouvi o nome dele.

–É, com... com ele.

–Ué, vocês vão se falar normalmente -tentou me convencer.

–Você acha? -hesitei.

–Aham, e você tem que achar também.

–Hum, é -tomei o resto do café -Vou arrumar minhas malas.

–Tudo bem, boa sorte -sai da cozinha, fui ate meu quarto e abri o email, começando a escrever: "Mãe, estou voltando pra Londres hoje a noite..."

NICK

–E é por isso que eu quero ter uma girafa -ela terminou orgulhosa.

–Ta, uma girafa é legal, Grace. Mas imagina só ter um duende -nós andávamos pela calçada ate a casa dela.

–Mas duende não existe, duh.

–E você não vai ter uma girafa, duh.

–Ai, Nick -ela empurrou meu braço -Você voltou mais chato da California.

–Você que ficou mais chata quando eu voltei.

–É, deve ser isso -ela riu. Paramos na frente da casa e ela se virou pra mim -Vê se não esquece, amanhã você vai comigo na loja pra consertar meu celular.

–Eu tenho escolha? -levantei os braços.

–Tem, a de ir comigo.

–Fechado -a abracei -Ate amanha.

–Ate mais, cabeludo.

Depois que ela foi pra casa, continuei caminhando sozinho ate meu celular começar a tocar.

–Alô? -atendi.

–Nick? -era a Amy.

–Oi Amy, ta tudo bem?

–Ta querido, ta sim. É que... -a voz dela estava animada -A Lana está voltando pra casa -parei de andar.

–É? -achei que estivesse ouvido errado.

–É, eu liguei pra te dar essa noticia. Não sei se ela queria fazer surpresa. É só que -ela suspirou -É um alivio tê-la de volta.

–É -ainda estava parado -É mesmo -ela falou mais algumas coisas das quais eu não prestei atenção, depois se despediu e desligou.

Ah meu Deus.

LANA

"Tem certeza?" mais uma mensagem da minha mãe.

"Tenho mãe, ninguém precisa ir" respondi.

"Mas você vai vir sozinha pra casa?"

"Eu não sei que horas vou chegar, é melhor não deixar ninguém esperando no aeroporto" e depois de mais algumas insistências ela desistiu.

Meu pai, Morgana e Selena foram me levar no aeroporto. Me despedi deles prometendo que eu iria visitar sempre e com vários abraços e beijos, ai eu precisei entrar na sala de embarque.

Aiiiiii, eu estava realmente voltando! E finalmente minha ficha caiu, o que me deu um frio inexplicável na barriga.

NICK

Cheguei em casa e encontrei, sem brincadeira, umas quinze pessoas la. Estava a maior barulheira e todos conversavam e riam entre si. Eu não entendi.

–Nick? -me virei na direção da voz.

–Lisa -sorri pra ela -Tudo bem?

–Tudo, tudo. E você? -afirmei com a cabeça.

–Será que você pode me explicar? -apontei as pessoas.

–A Lana está voltando, bobinho -ela riu -Sinto muito mas você vai ter que dividir ela com a gente.

–Ah... -me senti desconfortável e parece que ela percebeu. Mas entendeu errado.

–Eu to brincando, cara -colocou a mão no meu ombro -Você vai ter muito tempo sozinho com ela.

–É -forcei uma risada -Da licença -eu fui ate a cozinha.

–Nicolas! -Amy veio em minha direção.

–E ai? -tentei me animar pelo menos um pouco vendo a animação dela.

–Você não deve estar entendo nada -ela sorriu sincera -Convidei eles pra uma pequena festinha pela volta da... -a interrompi.

–Da Lana -ela afirmou -Eu soube -sorri -Foi uma ótima ideia.

–Não foi? -concordei -Ah meu bem, fiquei muito feliz.

–Eu também, Amy. É bom ter ela aqui de volta.

LANA

Faziam umas três horas que eu estava no avião, mas pareciam quarenta. Não chegava nunca e eu estava muito ansiosa pra finalmente chegar na Inglaterra.

E calmamente as horas foram passando, como se estivessem conspirando contra mim, bem de devagar.

Depois de um tempo, eu já conseguia ver Londres pequenininha la em baixo. E cada vez mais perto, cada vez maior a cidade. Ate que finalmente pousamos.

Demorou um pouco mais eu ja estava caminhando pelo aeroporto. Ao sentir aquele cheiro de terra molhada, deduzi que havia chovido. Que saudades! Não que não chova na California, mais la faz um calor do cacete. Finalmente eu estava novamente na minha terrinha chuvosa e fria, como eu gostava.

Sai de lá o mais rápido que consegui carregando aquelas trezentas malas e me enfiei num taxi, rumo a minha casa.

Se passaram um 20 minutos ate que consegui identificar onde estávamos. Ah aquela rua... Estava chegando em casa.

NICK

Ao contrario do que muitos esperaram, eu não fiquei la embaixo esperando uma certa pessoa chegar. Inventei uma dor de cabeça e subi as escadas indo direto para o meu quarto.

Disse a Amy que ela poderia me chamar quando ela chegasse mas que eu preferia, no momento, ficar no meu quarto. Duvido que ela se lembre de mim quando a filha dela finalmente chegar. Talvez seja melhor assim.

LANA

Desci as malas do carro e caminhei ate a porta. Eu estava tão animada! Peguei a chave no vaso de flores que estava ao lado da porta, como eu tinha combinado com minha mãe pra deixar, bom, assim eu não precisaria acordar ninguem tocando a campainha.

–BEM VINDA DE VOLTA LANA! -ouvi assim que abri a porta.

Não estava emocionalmente preparada pra aquilo. Corri pra abraçar minha mãe que ja estava com lagrimas nos olhos.

–Oi mãe, eu voltei, eu voltei -apertei mais o abraço.

–Querida, que saudade -ela também me abraçou forte.

E fui abraçando um por um. Reencontrando as pessoas. Conhecendo os rostos.

–Lanaaaaa! Você não faz isso nunca mais! -Lisa me abraçou.

–Ai, como eu senti sua falta -a abracei.

–Eu imagino -ela riu e nos separamos.

Nesse momento passei os olhos pela sala e senti falta de alguém. Ele não estava la.

–Cade...? -comecei a dizer mas Lisa me interrompeu.

–Tem bolo pra você! Vamos atacar! -e puxou minha mão ate a cozinha.

E durante esse caminho, da sala pra cozinha, eu vi ele descendo as escadas. Não sei se ele me viu, só sei que nesse momento, meu coração perdeu uma batida.

NICK

Ouvi vários gritos la embaixo. Ela devia ter chegado. E o tempo nunca pareceu passar tão rápido. Era como se eu tivesse levantado e em um segundo ja estava descendo as escadas. E quando eu vi ela, o tempo parou.


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