Tell Me That You Love Me Anyway escrita por Lola Styles


Capítulo 33
Você é a saudade de quem?


Notas iniciais do capítulo

Esse capuitulo foi escrito com muito carinho pra uma leitora muito querida que está fazendo niver hoje!! YEAY parabéns :) :)
Espero que vocês gostem :*
xoxo



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LANA

Quer saber se nós ja havíamos voltado a conversar? Bem, não. Ja faziam três dias que ficávamos so na área do "com licença", "valeu", "foi mal". É incrível como as coisas mudam rápido.

–Posso entrar? -Selena perguntou colocando sua cabeça porta adentro.

–Aham. O que foi? -me sentei na cama e ela fez o mesmo de frente pra mim.

–Sabe que dia é hoje?

–Segunda?

–Exatamente -ela se empolgou.

–É seu aniversario?

–Não, boba. Quarta-feira já está chegando -ai droga, a festa.

–Ah é -passei as mãos no rosto -Falando nisso, eu nem vou mais.

–Oi?

–É serio.

–E o papo de querer levar o Nick nessa festa?

–Ele mal fala comigo. Um "bom dia", no máximo, é tudo que eu ganho.

–Ah, fala serio.

–To falando.

–Eu vou te fazer mudar de ideia, você vai ver -ela levantou e saiu fechando a porta.

Sobre a Selena: ela tinha ficado magicamente mais solidaria depois do que houve entre mim e Nick. Não era sempre que nós duas nos falávamos mas parecia que ela estava quase que me ajudando. Sempre que eu chegava num lugar onde os dois estavam conversando, ela saia pra ficarmos sozinhos. Sem ninguém pedir. Era incrível.

Fui tirada desse pensamento pela porta que abriu de repente. Pensei que ela tinha voltado mas quem entrou foi ele.

–Eu não sabia que você estava aqui, foi mal -ia sair de novo mas eu fui rápida.

–Não, tudo bem. Eu ja estava saindo -me levantei e passei pela porta, passei por ele.

–Te atrapalhei?

–Não. Eu não estava fazendo nada demais -abri um sorriso mas ele nem devia ter visto. Nem olhava nos meus olhos direito.

NICK

–Te atrapalhei? -perguntei abrindo espaço pra ela sair.

–Não. Eu não estava fazendo nada demais -ela sorriu e passou por mim.

Entrei no quarto e me sentei na cama, onde estavam vários livros abertos com paginas marcadas. Eu tinha ate esquecido o que vinha fazer aqui. Pegar alguma coisa na mala, talvez. Tentando me lembrar alcancei um livro e fiquei folheando entre as paginas marcadas.

–Como ela consegue ler isso tudo ao mesmo tempo? -deixei um na escrivaninha e peguei outro.

"Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te"

–Acho que isso é Shakespeare, não é? -fui deixar o outro livro também na escrivaninha mas acabei derrubando as coisas -Merda.

Alcancei os livros deixando em cima da cama e alguns papeis em que ela tinha feito anotações. Abri a gaveta para guarda-los la mas parei automaticamente quando li meu nome num papel. Tirei da gaveta e na verdade, eram três envelopes.

Abri o primeiro e comecei a ler "Nicolas Winchester, sabe quanta saudade eu tenho de dizer esse nome?..."

–Ela devia ter me entregado a carta. Mas que droga! Agora a gente nem se fala direito... -guardei a carta de volta.

No outro envelope meu nome estava escrito de um jeito engraçado, com umas letrinhas de criança, então abri.

"Nicoooooolaaaaaaas,

Odeio ter que ficar sem falar com você, não tem graça isso. Sinto falta do jeito que você me chama de "amor", é tão você. E sabe o que mais é tão você? A porcaria da saudade que eu sinto agora. Então meus parabens, Nicolas porque quando te perguntarem "você é a saudade de quem?" você vai ter uma resposta pra dar com essa sua cara de pau.

Nem sei o que escrever nessa carta, eu só preciso me sentir perto de você de novo mas não é tão a mesma coisa.
Ah, lembrei de algo que eu possa te contar (se for te enviar essa carta), são seus pensamentos. Quer dizer, eu não sei o que você esta pensando, é claro (duh), mas quando eu olho nos seus olhos é como se eu pudesse ver esses pensamentos sendo formados e é tão fascinante. Sempre quis que você soubesse.

Vou te contar uma coisa (na verdade outra coisa): eu não estou perfeitamente sóbria escrevendo essa carta, mas ate faço uma ideia do que estou escrevendo. São coisas que eu quero que você saiba como por exemplo... Que você é a pessoa que acalma a confusão que tem dentro da minha cabeça, o único que me faz ver o mundo do jeito que ele deveria ser, aquele que não desistiu de mim mesmo estando beeeem longe, e o meu parceiro no crime se um dia eu precisar (esteja preparado pra roubar um banco a qualquer momento).

Eu sei que não vai demorar pra gente se ver de novo pessoalmente mas ate la temos telefone, email... E falando nisso você ficou um gato com esses óculos novos que eu vi você usando quando a gente se falou por Skype. Serio, muito gato.

Muitos beijos, Lana eu.

P.s: a cada bendito segundo que passa eu fico mais apaixonada por você do que eu tava no segundo anterior. Beijo."

Meu rosto congelou mas eu sorria. Ela estava bêbada, ou seja, era tudo verdade.

–Meu Deus, o que foi que eu fiz? -guardei a segunda carta mas não queria abrir o terceiro envelope. Ah mas dane-se, quem ta na chuva tem que se molhar.

La fui eu de novo e comecei a ler a ultima carta.

"Nick,

Acabei de perceber que esta é única carta que eu não começo com "Nicolas". Deve ser provavelmente porque eu amo esse seu apelido, você sabe, é a sua cara.

Bom, primeiro, não estou contra essas cartas chegarem ate você, mas também não pretendo te entrega-las agora. Quem sabe em breve?

Segundo, quero que você saiba que eu preciso deixar claro o que eu sinto, seja pessoalmente, seja por uma carta (só depende da coragem, desculpe).

Eu me lembro do dia que tudo começou, esse negocio de irmão e irmã, de Nick e Lana. Eu lembro também do quanto fiquei confusa quando o menino mais maravilhoso da escola tocou a campainha perguntando onde ficava seu quarto. Lembro ate do corte do seu cabelo, Nick (mudou muito, a propósito, mas eu prefiro assim). Mas o que eu me lembro mais perfeitamente foi do jeito como você me acalmou. Você nem me conhecia direito, tinha acabado de descobrir porque eu estava chorando e mesmo assim você me acalmou. Você sempre acalma.

Dizem que as pessoas se apegam à algo que tira a dor, e você tirou a minha. E eu não sei a qual ponto você se tornou meu melhor amigo, mas aconteceu. Agora eu nem consigo imaginar um não estando mais na vida do outro. E nesse momento eu estou tentando descobrir o que você me faz sentir.

Bem, o que a gente tem é indefinido, mas dá uma sensação tão boa so poder dizer que temos alguma coisa. É um tipo de sentimento que envolve brigas (nós somos mestres na arte de brigar), argumentos (três listas longas de argumentos), paciência (mentira), segredos, confiança, gentileza e finalmente ciúmes (tá bom, eu nem queria ter colocado). Mas é uma coisa que me faz ter medo de te perder, porque eu realmente não quero tentar imaginar como seria sem você, Nicolazinho.

Você é muito importante pra mim. É meu irmão/amigo com um toque especial.

Obrigada por me ouvir, me fazer rir, e por ser tão legal a ponto de dificultar tudo. Quer dizer, tudo bem que você tem PHD na parte da paquera mas não posso nem te culpar por ter gostado de você. A culpa é minha.

Bom, é isso, escrevi mais ate do que precisava, desculpa. Ficar muito tempo perto de você da isso.

Um abraço, Lana.

P.s: to brincando, eu gosto de ficar perto de você."

–Lana?! -larguei as cartas na cama e fui procurar ela.


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