Tell Me That You Love Me Anyway escrita por Lola Styles


Capítulo 25
O sorriso cai tão bem em você




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NICK

–Ei -entrei no quarto -Você ta... Pronta? -pigarreei. Ela apenas confirmou com a cabeça.

Fechei a porta e ela me olhou, caminhei ate chegar na cama e me sentei ao seu lado.

–Ta tudo bem? -perguntei e ela concordou de novo e dessa vez pousou a cabeça no meu ombro e segurou minha mão.

–E você? -não respondi. Não sabia o que falar -É difícil ne? -ela apertou mais minha mão.

–O que é difícil?

–Tentar se contentar com alguma coisa que você não quer que aconteça.

–Ei, não fala assim -ela me olhou -Vai ficar tudo bem.

–Essa é a maior mentira de todas -ela riu.

–Não fica triste não -empurrei ela de leve.

–Olha quem fala -fez careta -Olha o tamanho dessas olheiras -apontou meu olhos.

–Elas estão aqui para as suas não estarem ai -segurei seu rosto.

–Não fica legal assim, que ai fica mais que impossível eu deixar você.

–Você não vai pra sempre, amor -ela sorriu e me beijou.

LANA

–Será que não da tempo pra uma ultima aventura? -ele perguntou enquanto brincava com meu cabelo e seus olhos fitavam os meus.

–Vamos vamos -levantei.

–Não vai nem perguntar?

–Desde que você me tire daqui, eu vou pra qualquer lugar.

Nós dois descemos as escadas e saímos como um raio pela porta. Deixando pessoas com olhares desconfiados pra nós.

–Eu sei que esses três últimos dias a gente viveu varias "aventuras" -ele disse enquanto dirigia -Nossa, isso deve ser um recorde. Teve a das araras, a do sushi... -nós rimos -Mas essa aqui, é a mais especial de todas. É a que eu quero que você lembre mais do que as outras.

–Eu não vou esquecer de nenhuma.

–Nem da aventura dos biscoitos? -eu comecei a rir.

NICK

–Principalmente da aventura dos biscoitos!

–Ah Lana, qual é! Esquece então so daquela parte? -eu estava conseguindo! Ela sorriu mais de uma vez!

–Qual parte? -fingiu não entender.

–Você sabe qual -rolei os olhos.

–Refresque minha memória -eu sabia que falar dos biscoitos ajudaria ela a rir.

–Da parte que eu cai e da parte que eu assustei sua mãe -ela soltou uma risada alta.

–Como é que isso aconteceu mesmo?

–Ha ha, eu não vou mais falar.

–So mais uma vez -a olhei -Por mim, por favor.

–Não -tentei esconder meu sorriso por ver ela assim.

–Hum, pensei que eu tivesse um bom namorado... -ri.

Esperei um pouco para ver se ela ia continuar insistindo mas ela parou, e antes de voltar a ficar desanimada eu comecei a contar. Não podia mais vê-la pra baixo.

–Eu comi um biscoito e engasguei, ha ha -ela olhou pra mim -Ai você foi pegar agua mas acho que você foi la na companhia hidráulica porque você não voltava nunca mais, ha ha -ela virou para o lado -Eu sei que você ta rindo -baguncei seu cabelo.

–Continua -ela pediu entre os risos.

–Aí... -a olhei divertido -Eu comecei a me desengasgar sozinho, olhando pra cima, dando pulinhos, você sabe... -murmurou um "uhum" e eu continuei. Podia ver que ela estava se segurando pra não rir, mas eu adorava sua risada -E com os meus pulinhos eu pisei em alguma coisa pontuda, não sei, mas doeu... E eu cai bem forte -ri lembrando da cena -Isso Lana, fica rindo, porque enquanto você tava pegando agua eu quase morri, duas vezes.

–Seu exagerado -sorriu -E ai?

–E ai, eu quis ir no banheiro. Depois de quase me sufocar e quase quebrar a coluna, sim eu fiquei com vontade de fazer xixi. E eu atravessei o corredor, de boas, vivendo com dor a minha jornada...

–E a minha mãe apareceu -ela ajudou.

–Foi, e se assustou comigo. Ela saiu do quarto na mesma hora em que eu estava passando na frente dele.

–Tadinha...

–Eu deveria estar parecendo um ET mesmo. E o culpado de tudo foi aquele infeliz biscoito que me fez perceber que minha namorada não sabe o caminho da cozinha na própria casa.

–Eu estava morrendo de sono -ela me olhou sorrindo.

–É, eu percebi -sorri de volta -Chegamos, Lana.

LANA

Olhei pela janela, Starbucks.

–Nossa, que saudades de vim aqui -sai do carro.

–Faz um tempo, ne? -ele perguntou e parou do meu lado.

–Faz -olhei pra ele que segurou minha mão e nós entramos.

–Vivemos bastante coisa aqui também -sentamos na mesa que sempre sentávamos.

–O que vão querer? -a garçonete perguntou.

–O que você quer? -ele me perguntou.

–Um capuccino.

–Dois capuccinos, por favor -ele pediu e a moça saiu.

–Sabe Nick -soltei suas mãos e comecei a enrolar um guardanapo -Ninguém nunca espera ir embora assim, de repente... -Ele assentiu -Então eu pensei muito nesses três dias...

–Ah não, la vem -ele brincou e me fez rir -Pensou no que?

–Em muitas coisas... E principalmente em você -o olhei. Ele também me olhava.

–Pensou em mim? -não tinha sarcasmo na voz.

–Pensei -engoli seco -E eu não sei o que falar agora -passei a mão no rosto.

–Não precisa falar nada, Lana -ele tentou pegar minhas mãos de novo mas eu não deixei.

–Preciso -hesitei antes de continuar -Eu preciso que você saiba tudo que eu ensaiei pra te falar.

–Quer fazer isso aqui? -ele sorriu e eu assenti -Tudo bem, eu aguento -fez careta.

–Não é muito o que eu quero falar, tentei resumir isso ao máximo porque eu não quero chorar -eu ri -Não, não segura minha mão. Eu fico vulnerável assim -dessa vez, ele riu -Eu não quero que isso seja uma despedida, Nick, porque eu não quero me despedir de você -ele assentiu -Acho que você é a única pessoa que sabe o tanto que eu gosto de olhar para o céu -riu -E você me contou as historias das constelações, me falou sobre as estrelas, sobre os planetas... -desviei o olhar -Você ficou acordado comigo em todas as madrugadas que eu não conseguia dormir. Lembra daquele dia que ficamos no telhado? -o olhei e ele assentiu -Aquele dia você me falou uma coisa que eu não consigo esquecer -eu sorri -Você me falou pra aproveitar o momento porque talvez ele virasse rotina ou talvez lembrança. E isso fez tanto sentido pra mim -limpei meu rosto. Eu não podia chorar, não agora -E eu descobri porquê -Respirei fundo -Você é o meu momento, Nick. Você sempre foi minha rotina que agora, vai virar minha lembrança -limpei meu rosto de novo e dessa vez não impedi que ele segurasse minhas mãos.

–Não precisa chorar. Você é minha estrela preferida num montão de outras, sabia? Sempre vai ser, meu amor -ele se sentou do meu lado e me abraçou -De todos os lugares do mundo, é só você olhar pro céu porque eu também vou estar olhando de outro lugar -ele separou o abraço e olhou nos meus olhos -Ei, o sorriso cai tão bem em você -me deu um beijo na testa. Nossos capuccinos chegaram.

–Nick -o chamei.

–Que foi?

–Antes que eu me esqueça... Obrigada pelas panquecas, por todas elas -ele riu e me apertou mais em seu abraço.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostem :)

xoxo