As Peripécias de um Astronauta Solitário escrita por Luqui


Capítulo 1
I - Okei, estou perdido.




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Não é uma boa ideia sair andando por ai em um planeta onde você não conhece nada, ninguém, e muito menos se o seu GPS não funciona direito, de verdade, não recomendo. Planeta Ikelu acaba de entrar na lista de lugares onde nunca mais irei voltar, a não ser que alguma frota Jubritiriana me capture, e venha para cá só pra me torturar.

Voltando a andança, imagine uma Amazônia, mil vezes pior; mosquitos, mil vezes maiores e alguns bichos, mil vezes mais perigosos, isso é algo para você ter um pouco de noção o quão ruim estava a minha situação. Me espreito para uma caverna, um pouco sujinha, algumas teias de aranha, mas incrivelmente confortável.

Aproveitando o momento, deixe-me apresentar, sou o comandante, o primeiro imediato, o piloto, o cozinheiro e as sextas-feiras, o faxineiro, da mais incrível nave de todo o Universo, conhecido pelo homem, é claro, a fantástica, maravilhosa: Nimberus, pilotada por nada mais, nada menos que eu, Comandante Andrew Louis Bartolomeu III, ou simplesmente Drew.

Um rugido forte, acho que está na hora de zarpar daqui, sempre ao norte, onde deixei minha nave à 3 dias. Eu sei, caro ouvinte, você deve estar se perguntando o que raios vim fazer nesse planeta pouco convidativo. Simples, aqui se encontra a rara Flor de Sentiged, ingrediente necessário para se fazer o melhor sorvete das galáxias.

Meio besta se arriscar tudo isso por pouco, mas fazer o quê? Sorvete de Sentiged é como uma explosão de uma supernova de sabores dentro da sua boca. É uma florzinha tão estranha, que me pergunto como a partir de algo, ahn.. feio, é criado uma coisa fantástica, até parece mágica de Bollywood.

Lembra-se dos mosquitos tamanho Família de Gigantes? Eles me encontraram. Única e melhor alternativa, sair correndo que nem uma gazela louca fugindo de um guepardo, gritando:

– Saiam daqui, EU TENHO UM INSETICIDA!

Esperava que batessem em retirada, e isso aconteceu, só que... é claro, eu não estava com sorte. Os mosquitos fugiram de algo parecido com um sapo, não das minhas perigosas ameaças, e a tal criatura se prontificou em tentar me agarrar com sua língua pegajosa.

Como você já deve imaginar, eu estava correndo, sem direção, não tendo ideia pra onde ir, e apenas um milagre me salvaria de virar jantar de um anfíbio gigante. Corri sem parar e para minha grande sorte, aparece um penhasco. Se jogar, ser devorado ou esperar alguma intervenção divina? Eis a minha difícil escolha nesse momento.


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Notas finais do capítulo

Um beijo para o meu GPS, vai que ele volta a funcionar. E obrigado aos meus revisores ♥



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