Katie estava nervosa, ela não fazia a mínima ideia do que estava fazendo ali. Fugiu de casa e começou a seguir as margaridas que brotavam e pareciam guiá-la, enfrentou monstros gigantes apenas jogando-lhes frutas e por fim foi levada para uma enfermaria por um homem metade-cavalo. Agora encontrava-se deitada no chão de madeira, cercada por camas de madeira e paredes de madeira, com garotos com rosto desconfiados encaravam-na tentando decifrá-la. Ela se sentia muito mal ali, queria imediatamente ir embora.

Durante sua primeira noite, não conseguiu dormir. Nem na segunda. Quem dirá na terceira.

Em sua quarta noite, estava novamente olhando para a parede sem conseguir fechar os olhos quando tudo ficou com uma estranha tonalidade de verde. Ela olhou para os lados tentando identificar de onde vinha a luz e vi em cima de sua cabeça um ramo de trigo. Solta um grito abafado e sente alguém se mexendo no colchonete ao lado. (N/A: LEIAM AS NOTAS )O garoto de cabelos escuros tinha a sua idade, mas nunca conversou com ela. Tinha as mesmas feições de todos os outros do chalé e vivia com um irmão mais novo nos calcanhares.

Ele encarou-a por alguns segundos com olhos sonolentos antes de olhar para cima da sua cabeça. O olhar espantado da garota ficou ainda mais surpreso quando ele passou a mão em seus cabelos.

- Você é ruiva. Que estranho. - E com essas palavras ele deitou-se novamente e dormiu. Ela ficou encarando o garoto temendo que ele se levantasse novamente, por fim virou para o outro lado e finalmente, depois de dias, dormiu.

Katie só se mudou de chalé dias depois, quando finalmente tomou coragem de falar novamente com o assustador homem-cavalo. Ele levou-a até um chalé todo enfeitado de grama e com cheiro de frutas, ela se sentiu imediatamente em casa.

Já o garoto de cabelo castanhos começou a encher seu saco, dizendo que seu cabelo era mais vermelho que um morango e colocando morangos em sua cama antes dela ir dormir. Cada ano que passava mais irritante ele se tornava, mais castanho o cabelo dela ficava e mais gritos de "STOLL!" se ouviam.