Como Se Houvesse Ninguém Ao Redor escrita por Rindo com Big Time Rush


Capítulo 1
Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Dica de música: So Good - BOB



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– Mãe eu vou ficar bem!

Já era a milésima vez que eu repetia aquela frase, mas ela insistia em continuar apertando suas mãos em meu rosto em pleno aeroporto. Estávamos na temida primeira segunda-feira de julho, o dia em que finalmente eu iria morar sozinha! Ao invés de dividir um cômodo com algum colega da faculdade, mamãe achou melhor eu viver dos próximos meses na nossa antiga casa que estava até o momento alugada.

– Não sei por que eu fui dar essa ideia... Sua tia tinha razão...

– MÃE! Não, ela não tinha razão. Absolutamente ninguém iria gostar de dividir um apartamento com uma mãe solteira e seus três filhos bagunceiros que nunca calam a boca.

– ROSE! Que educação é essa? Não fale assim dos seus primos – Ela falou em um tom severo, mas no fundo concordando – Me prometa que vai se cuidar.

– Eu prometo e antes que você me pergunte isso mais vezes, vou sim ligar para minha linda mãe se Q-U-A-L-Q-U-E-R coisa estiver acontecendo.

– Eu amo você – e lá estava aquele sorriso acolhedor.

“ATENÇÃO senhores passageiros, próximo vôo para Califórnia embarque na sala três”, a voz soou por todo aeroporto.

Dei um ultimo abraço (desta vez mais apertado) na pessoa que me deu a luz e que agora estava chorando demais. Meus passos faziam um estrondo terrível enquanto eu me dirigia para sala três. Planejei por cinco dias consecutivos o que iria vestir para o meu dia de estreia na Califórnia; acabei finalizando com uma blusa listrada alternando as cores branca e vermelha, um short preto de cintura alta, um chapéu redondo também preto e meus inseparáveis coturnos.

Depois de alguns intermináveis minutos na fila de embarque, andei uma breve caminhada até chegar ao meu assento. A aeromoça começou a falar as instruções, porém eu não conseguia ouvir nada devido aos batimentos do meu coração que ficavam cada vez mais rápidos e evidentes com a proximidade do inicio da viagem.

– A senhorita está bem? Parece que viu um fantasma – Falou o homem ao meu lado que aparentavam ter uns cinquenta anos.

– Minha primeira viagem de avião.

– Não precisa se preocupar, a subida é a pior parte depois tudo se tranquiliza.

Não se tranquilizou, durante as três horas de viagem que passei de olhos fechados e suando frio eu não conseguia tirar do meu pensamento a imagem daquela aeronave caindo e todos os passageiros morrendo carbonizado, estou falando sério! Parecia filme de premonição, eu podia visualizar a morte de cada uma das pessoas presentes. Quando finalmente pus meus pés em solo firme estava parecendo aquelas crianças que depois de tanto implorar finalmente conseguem o que quer.

– Não falei que ia ser tranquilo – Falou o senhor colocando uma de suas mãos no meu ombro direito.

– Erw, mal posso esperar pela próxima viagem - ironizei.

Depois de pegar minhas bagagens, andei um pouco para conseguir um táxi.

– Coloque o sinto de segurança, por favor – pediu o taxista logo após de eu falar o endereço da minha casa.

Apenas mais alguns minutos de viagem até finalmente nós pararmos no lugar que eu havia morado nos primeiros meses da minha vida. Apesar da cor salmão que apresentava e o tamanho das palmeiras da fachada estar bem maior a casa parecia a mesma. O taxista colocou todas as minhas malas na calçada enquanto eu procurava o controle da garagem em minha bolsa, paguei pelo serviço e aguardei o táxi se afastar da minha rua.

E como ele havia prometido, estava mesmo lá. Algumas semanas atrás meu pai jurou que quando chegasse por aqui, ele iria deixar o resto das minhas coisas que ele tinha trago dois dias atrás dentro de um carro novinho pelo meu mérito de passar em uma faculdade, era um volvo de cor azul marinho e o melhor, eu sou a dona!

Quando coloquei para dentro a penúltima caixa ouvi grunhidos da casa vizinha, alguns garotos estavam saindo de forma nada discreta. Havia quatro; um de aparência latina, outro mais alto segurando um cachorrinho nos braços, outro mais baixinho com um topete alto e o magrinho que usava uma camisa de Homem-Aranha. Fiquei observando eles saírem da casa, estavam rindo como se algum tivesse falado algo hiper/mega engraçado, até que o mais magrinho percebeu o meu olhar e sorriu, não sorri de volta. Não demorou muito para os outros perceberem a troca de olhares e começarem a estimularem o amigo a vir falar comigo, com o rosto ruborizado voltei minha atenção para as malas dentro do carro.

– Oi!

Virei de forma surpresa como se não tivesse percebido a presença dele até este exato momento.

– Hum... Olá!

– Você é nova por aqui? Por que eu vivo naquela casa ali por anos – afirmou apontando uma de suas mãos para casa de onde tinha saído – e nunca te vi por aqui.

– Eu acabei de me mudar, na verdade hoje é meu primeiro dia – disse sem um contato visual.

– Meu nome é Kendall e aqueles idiotas ali são Logan, Carlos e James – então ele apontou para os três amigos que estavam conversando entre si agora.

– Sou Rose.

Um silêncio constrangedor se alargou entre nós, então virei minha cabeça para poder olhar o rosto de Kendall, e ele estava sorrindo.

– Bom eu acho que vou indo! Qualquer coisa pode bater na porta daquela casa. É lá que eu moro – Tentei me concentrar, mas as covinhas destacadas em suas bochechas não estavam ajudando.

– Obrigada, eu realmente estava com medo de não ser bem acolhida nessa mudança. Sabe, acostumada com os antigos vizinhos!

– Se depender de mim, não se preocupe – definitivamente eu estava corando- Agora eu realmente preciso ir. Foi bom conhecer você, Rose!

Antes de minha boca soltar uma misera palavra ele já estava correndo para seus amigos, os quatro entraram em um carro que estava estacionado na frente da casa.

Terminei de levar as caixas para dentro, papai já havia contratado uma faxineira antes da minha mudança então a casa estava mais limpa do que nunca. Acomodei-me no sofá de couro e liguei a televisão de plasma nova, estava passando um show, porém o mais incrível foi que quem estava cantando eram os quatro meninos que eu havia encontrado há algum tempo atrás. Após quinze minutos de show senti minhas pálpebras fechando, a viagem foi cansativa.


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Notas finais do capítulo

Isso mesmo, voltei para o site!



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