A seleção - Eu sou.. A nova princesa de Illéa! escrita por Booh


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria agradescer a LINDA recomendação da Bia Gervazoni. amei muuuuito mesmo e já te disse isso!
Agora, queria agradescer aos leitores (os que comentam) por me fazer uma pessoa sorridente. a cada comentário eu fico mais feliz e motivada a escrever!
E mais.. UM FELIZ NATAL SEUS LINDOS! Que vocês ganhem muitos presentes, abraços e Maxon! :D
Sem mais delongas, mais um capitulo. porque voces devem estar morrendo pela continuação dele!



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– alguém me explica o que esta acontecendo? – gritou meu pai

– irei te explicar senhor Singer – disse Michel num tom de superioridade – sou o líder dos rebeldes e nós estamos interessados em umas mudanças no país. E como nosso querido rei – ele disse colocando a mão no ombro do rei, que por sua vez, continuava imóvel encarando o líder rebelde – não quis nos ouvir, resolvemos agir de forma drástica.

Michel sorria para o rei, ainda com a mão em seu ombro. Um sorriso debochado.

– Onde estão os guardas? E todos os outros funcionários do palácio? – Maxon perguntou autoritário.

– Você acha mesmo que eu vou dizer? Oras príncipe, eu achei que você fosse mais esperto – Michel disse indo em direção a Maxon e parando a centímetros dele.

Maxon cerrou os punhos, claramente com raiva. O que me fez passar a mão em suas costas na tentativa de acalmar ele.

– Bom, agora que já nos conhecemos, vamos. Todos vão para seus quartos. Amanha temos um dia lotado, não quero vocês cansados. – Michel disse andando para longe de todos.

– Nós não faremos o que você quer – o rei disse com sua voz forte, fazendo Michel parar.

Michel olhou por cima dos ombros e riu. Virou-se para nós de novo e andou calmamente em direção ao rei, como se estivesse fazendo algo que sempre faz, e como se fossem amigos de infância, Michel colou o braço sobre os ombros do rei, envolvendo ele num abraço.

– Eu acho, majestade, que vocês não tem muita opção. E se vocês ficarem resistindo, eu serei obrigado a usar métodos um tanto quanto “diferentes” para que vocês colaborem – Michel disse piscando para mim.

Esse ato fez meu corpo todo arrepiar de pavor, e fez todos os músculos de Maxon enrijecerem. Quando eu olhei em volta, não tinha sido apenas Maxon, mas meu pai e o rei também. Todos tinham sentido raiva e repugnância.

Fui a primeira a me retirar, apressada, sai sem nem olhar para trás. Ouvi passos atrás de mim nos corredores silenciosos do castelo. Cercada de homens encapuzado. Eles realmente eram muitos. Não queria pensar no que já haviam feito para chegar ate ali.

Quando olhei para trás, vi que todos tinham me seguido. Parei na escada, local onde me despediria dos meus pais e irmãos. Meu pai me deu um beijo na testa quando passou. Minha mãe ainda chorosa, passou a mão no meu rosto enquanto May e Gerald me abraçavam.

– Gerald e May no seu quarto mãe – foi tudo o que eu disse.

Ela apenas concordou, e quando abriu a boca para falar, eu me adiantei.

– Eu tenho o Maxon. Vou ficar bem. Amanha nos falamos.

Ela assentiu e levou May e Gerald com ela. Meu pai esperava por eles um pouco mais atrás. Atrás de mim a família real me esperava para irmos juntos. Estávamos divididos, quatro por quatro. E isso me deixava nervosa. Assistir minha família ir embora era agonizante. Maxon percebeu isso e foi para o meu lado e me abraçou, minha família já estava fora do meu campo de visão, o que fez minhas barreiras caírem e eu comecei a chorar. O que me manteve de pé foi os braços de Maxon em volta de mim. O rei e a rainha se aproximaram de nós. Todos estavam comovidos com o meu estado. Senti as mão da rainha me envolverem num abraço junto com Maxon.

– Vamos America, descanse. Quem sabe o que nos espera amanha – disse o rei de forma serena – Maxon, leve ela pro quarto dela, e certifique-se que ela esta bem.

– Farei isso pai.

E com isso Maxon me puxou, me levando consigo para o quarto. Com a rainha e o rei atrás de nós. Eles foram para o quarto deles, enquanto Maxon e eu fomos para o meu. Entramos e Maxon me levou ate o banheiro.

– Tome um banho, vai te ajudar a relaxar. Eu vou tomar o meu e venho direto pra cá depois pra vez como você está, okay? – Maxon disse me segurando pelos ombros.

– Okay

Me virei em entrei no banheiro, fiquei assistindo Maxon ir embora pela fresta da porta, e quando ele saiu eu me tranquei. Tomei um banho quente e me enrolei numa toalha e sai bem devagar. Maxon já estava de pijama sentado na beira da minha cama, olhando para baixo, com os cotovelos apoiados nos joelhos.

Segui para o closet e peguei meu pijama e voltei para o banheiro. Pronta para dormir, voltei para o quarto e sentei ao lado de Maxon na cama.

– Maxon? – finalmente quebrei o silencio.

– Hmm?

– Dorme aqui hoje?

Maxon me olhou, claramente espantado. Ate eu estava espantada com o que eu havia pedido.

– America, eu..

– Eu não quero ficar sozinha. Maxon eu..

– Claro que eu fico, vem vamos dormir.

Maxon se levantou e foi para o lado da cama. Eu, que estava sentada no final da cama, me virei e engatinhei para cima da cama. Puxamos as cobertas e deitamos lado a lado. A princípio sem saber o que fazer. Ambos olhando para cima, nossas mãos se tocando levemente. Ate que Maxon se virou para mim, apoiando a cabeça na mão. Eu olhei para ele e sorri.

– Eu sei que estamos sobre pressão e tal.. mas seria inapropriado um beijo de boa noite? – eu perguntei, com um pouco de vergonha.

– Se você quer um beijo meu America, é só vir buscar – Maxon respondeu, com um pouco de convencimento na voz, o que me fez rir.

– Você não muda né?

– E porque eu mudaria, se estou me dando tão bem? – Maxon suspirou – tirando as últimas horas, é claro.

– Hmm.. fico feliz por isso. Não pelas ultimas horas, mas pelo fato de que com você, nada ao meu redor importa.

Maxon me puxou para seus braços e nos beijamos bem de leve, como que com medo de irmos além.

– Boa noite princesa.

– Boa noite meu príncipe.

E com isso me acomodei em seu peito, sentindo seus braços a minha volta e ouvindo as batidas do coração dele, dormi tranquilamente.

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Acordei com batidas fortes na minha porta. Parecia mais que estavam tentando quebra-la. Maxon e eu acordamos e levantamos num pulo. Maxon correu ate a porta e abriu.

– No quarto da princesa? Não quero nem saber o que estavam fazendo, mas quero vocês lá em baixo para café em dez minutos – Michel disse e se retirou.

Maxon fechou a porta novamente e voltou para o meu lado. Eu permanecia sentada na cama, e quando ele sentou do meu lado, eu me joguei nos braços dele. Não queria sair dali. Mas sabe-se lá o que eles fariam se não cooperássemos. Maxon me deu um beijo na testa e levantou e foi para o quarto dele. Eu me levantei também e fui para o closet pegar minha roupa e depois fui para o banheiro. Tinha escolhido uma das calças jeans que Maxon havia me dado no começo da seleção e uma blusa azul marinho. Quando sai do banheiro, Maxon estava entrando no meu quarto. Vestia uma calça preta, e uma blusa verde claro. Não tinha abotoado ate o final, como sempre fazia. Estava mais despojado e aparentava cansaço.

– Vamos – disse ele estendendo a mão para mim.

De bom grado eu dei a mão a ele, e caminhamos juntos em silencio. Encontramos o rei e a rainha na escada. Aparentemente estavam nos esperando. E caminhamos todos juntos em silencio. Quando chegamos, minha família já estava sentada a mesa, nos locais de sempre. Nos sentamos e esperamos.

– Vamos simplesmente ficar sentados? Fazendo tudo o que eles querem? – meu pai em voz baixa perguntou ao rei.

– Vamos. Até eu saber o quanto eles estão dentro e o que eles querem. Não podemos simplesmente agir. Não sabemos contra o que estamos lutando, nem contra quantos. – o rei respondeu no mesmo tom.

– Não acredito que você vai ficar parado, quanto tentam lhe tomar o país! – meu pai estava elevando a voz.

– Pai! Por favor! – eu o repreendi.

– Esta tudo bem America. Senhor Singer, eu não estou parado. Estou observando. Já estive em batalhas suficientes, pra saber que preciso saber contra o que estou lutando. Não posso arriscar a vida de outras pessoas. Eles estão com nossos guardas, e funcionários. Sabe-se lá o que fizeram com eles. – o rei falava olhando para as portas, que permaneciam fechadas.

Ate que Michel entrou cercado por vários outros homens. Todos vestiam preto.

– Bom dia família – Michel disse num tom animado – o café já será servido. E após o café, quero que o rei, Maxon e America me acompanhem até a sala de reunião. O restante de vocês, vão para o salão das mulheres, sabe, planejar o casamento.

– O que você quer com minha filha? – perguntou meu pai.

– O que ela tem a ver com essa história? – Maxon perguntou em seguida.

– Sabe, vocês dois ficam fazendo perguntas o tempo todo. Estou de saco cheio de vocês. Eu quero que a America vá e ponto final! – gritou Michel.

Outros homens vestindo preto entraram carregando bandejas de comida. Era a comida que costumavam nos servir em dias comuns. Se não fossem entregues pelos rebeles, não notaríamos diferença. Ao ver nossa cara de espanto para a comida, Michel riu.

– O que? Esperavam bandejas de lixo? Eu quero mudar o país, não a vida de vocês! Comam. Vocês tem meia hora. Já sabem o que fazer depois né? Ótimo! Até daqui a pouco então.

Michel se retirou repentinamente como sempre, seguido por seus homens.

Enquanto comíamos, conversávamos sobre o que queriam e como proceder.

– Eu sei o que eles querem – eu dizia – eles querem os diários. Por isso querem que eu vá. Acham que está comigo.

– Eles esperam que eu simplesmente elimine as castas? Como se fossem apenas um pedaço de papel? Isso tudo é absurdo! – dizia o rei.

– Eu sou a favor da ideia de tirar as castas – minha mãe se pronunciou pela primeira vez.

– Mesmo que eu quisesse senhora Singer – disse o rei, aparentando um pouco de impaciência – não é algo simples. Não posso chegar e tirar e deixar o país ao vento pra se resolver. É impossível resolver as coisas de uma hora pra outra.

– Então só nos resta – disse Maxon – ouvir o que eles tem a dizer. E se for o caso, tentar mostrar para eles que governar um país não é assim tão fácil!

Acabamos de comer, e cada um se dirigiu para onde foi mandado. O rei à frente, Maxon atrás e eu por ultimo, nos retiramos primeiro. Antes de sair, olhei para minha família na mesa. E a rainha igualmente preocupada, não havia se pronunciado nenhuma vez no dia. Nossos olhares se encontraram por uns segundos, e eu sorri para ela. Fomos para a sala de reunião em silencio. E ao chegarmos, Michel estava sentado com os pés em cima da mesa.

– Finalmente, já estava mandando uma equipe buscar vocês! Comeram bem? Então vamos começar a reunião.

Michel sempre emendava uma frase na outra, não esperando resposta. Não acho que algum de nós responderia, mas ainda assim. Ele apontou as cadeiras, indicando para que nos sentássemos próximo a ele na mesa. Michel ocupava a cabeceira, com seus guardas atrás dele. O rei e Maxon foram primeiro e sentaram um de cada lado dele. E eu fui, ainda meio contrariada, para o lado de Maxon.

– Então vamos lá – Disse Michel, apoiando os cotovelos na mesa – America, minha querida..

– Eu não sou sua querida! – eu o cortei e pude perceber que Maxon prendeu o riso com minha frase.

– Quanta hostilidade! Logo comigo, que sempre torci para você ganhar a seleção! A fama lhe subiu a cabeça é?

– Podemos ir logo para o que interessa? – Maxon o cortou

– Ansioso como sempre. Bom, então falemos de negócios. Vocês já sabem o que eu quero, certo? Então. Quero vocês dois aqui para negociar uma forma de fazer isso.

– você nunca disse o que queria. E nem o que eu to fazendo aqui! – eu disse.

– Porque a senhorita me interrompeu! E o que eu quero? Não é obvio? Fim das castas! Ah! Qual é? Ou vocês estão se fazendo de idiotas, ou são idiotas. Por que mais eu estaria aqui?

– Porque ela está aqui? – perguntou o rei, que estava com os cotovelos apoiados na mesa, e massageando as têmporas.

– Porque, assim como eu, ela quer o fim das castas. Porque ela leu o diário de Illéa. Porque ela fez um trabalho a respeito disso, que misteriosamente saiu do ar. Dentro desse trabalho, deve existir um plano excelente para como proceder. Afinal, foi ali que você ganhou meu coração de vez America!

– Não é simples assim! Mesmo eu, que sim, quero o fim das castas, admito que não se pode estalar os dedos e pronto! – eu disse com a voz um pouco mais aguda que o normal.

– Temos quanto tempo for preciso!

– Não. Não temos! Onde estão os funcionários do palácio? E o que os cidadãos de Illéa irão pensar quando não nos verem no jornal de Illéa? E..

– Você me tira do serio príncipe! Não sei como você aguenta America! – Michel agora estava recostado na cadeira, de olhos fechados.

– Você veio aqui, fez minha família de refém, incluindo duas crianças, tem um propósito em mente, mas não pensou nos detalhes de como executa-lo, e está contando com um trabalho de uma adolescente para cumprir sua missão, é isso mesmo? – o rei perguntou, reassumindo sua voz autoritária, que antes me dava medo, mas agora, me enchia de esperança.

Michel abriu os olhos. Ele carregava um olhar fulminante e encarava o rei com uma expressão de pedra.

– Você vai pagar por isso Rei Clarkson!


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Notas finais do capítulo

E ae? Sei que é chato isso.. mas mereço recomendações e comentários ou nao?
espero que todos tenham gostado.. sou suspeita.. mas eu amei! haha e amo ainda mais o proximo capitulo! hihi
ate semana que vem gente bunita!