A seleção - Eu sou.. A nova princesa de Illéa! escrita por Booh


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Terçaaaaaaa! Eeeee.. Espero que gostem desse capitulo. Coloquei bastante pimenta, porque eu tava afim! (Nossa, essa foi minha pior explicação, sorry)
Dedicado em especial para minha querida SelecionadaTributa, que fez uma linda recomendação *-* muito obrigada!
Não, serio..Eu passei por uma crise criativa braba. Escrevi esse capitulo umas 3 vezes, e nao gostava. Espero de verdade que voces gostem do resultado de tanto esforço.. Só saiu de verdade por causa de um anjo que me apareceu no Twitter (Lets ♔) e me deu uma luz ;)
Bom.. Estou muito tagarelo hoje, entao.. Ai esta o capitulo.
enjoy



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– Toc toc – Maxon disse abrindo a porta de ligação.

– Quem é? – eu disse sorrindo

Eu estava sentada na cama, ainda com a roupa do jornal. Maxon se aproximou, pegou meu pé e começou a tirar meu scarpan. Comecei a falar dos preparativos do casamento, Maxon sentou na cama, colocou minha perna sobre a dele e ficou fazendo massagem no meu pé.

– Pensei de cada um – eu tentava dizer, mas a massagem estava tão boa que eu me perdia na frase.

– Cada um? – ele perguntou rindo

– Escolher os padrinhos – eu disse fechando os olhos – você tem a mão muito boa para massagem, porque não descobri isso antes?

Maxon riu e passou a mão na minha perna, para depois me puxar para o colo dele. Começamos a nos beijar, como mais cedo. Maxon também estava com as roupas do jornal, mas sem o paletó.

Ele me envolvia pela cintura, me puxando contra seu corpo, enquanto eu envolvia seu pescoço e me acomodava mais em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo. Eu me sentia um pouco mais exposta, pois a posição que eu estava fazia o vestido ficar puxado ate o quadril. Tirei a gravata de Maxon e depois comecei a abrir sua blusa enquanto Maxon abria meu vestido. Ele me deitou e tirou meu vestido devagar. Percorreu meu corpo com as mãos, desde a coxa ate o pescoço. Voltamos a nos beijar, mas devagar, curtindo o momento, sentindo um ao outro. Depois de termos tirado toda a roupa um do outro, Maxon pegou minhas mãos e as segurou sobre minha cabeça com apenas uma de suas mãos, usando a outra para se apoiar. Me beijava desde o pescoço, ate onde alcançava sem soltar minhas mãos, que era quase no umbigo. Tivemos nossa segunda vez, que conseguiu ser ainda melhor que a primeira. Maxon permaneceu deitado sobre mim, ambos ofegantes, nos cobrimos e dormimos assim.

A porta do meu quarto abriu repentinamente, me fazendo acordar. Maxon também se assustou com o barulho da porta. Ele ainda estava sobre mim e eu o envolvendo com braços e pernas. Olhamos ao mesmo tempo para a porta e demos de cara com Anne, Mary, Lucy e Marlee estáticas na porta do quarto. Olhei para o relógio, e eram seis da manha. Olhei para Maxon sobre mim, olhei para nossa posição. Maxon estava apoiado sobre os cotovelos, entre minhas pernas, que estavam dobradas. A coberta estava no meio das costas de Maxon, cobrindo o mínimo. Pelo fato de Maxon estar sobre mim, acredito que não viram muita coisa. Mas ainda assim, acho que viram demais.

Após alguns segundos nos olhando, elas acordaram do transe e saíram apressadas, da mesma forma que entraram. Eu soltei o ar que não sabia que estava prendendo e fechei os olhos. Primeiro foi Daphne e Nicoletta, agora minhas criadas e minha melhor amiga. Se eu quisesse me expor dessa maneira, não teria feito tão bem quanto já fiz. Maxon deitou sobre mim novamente.

– Isso não é bom – ele disse meio abafado contra meu pescoço.

– Elas não irão falar nada

– Não tenho duvida. Mas não é uma situação muito confortável para mim. Sabe-se lá que imagem ira passar na cabeça delas quando me virem.

– Hmm.. Coitadinho do futuro rei – eu disse dando um beijo por palavra.

Maxon riu e começou a se levantar, recolheu sua roupa e a vestiu. Se inclinou sobre mim na cama e me deu um beijo rápido.

– Tenho que ir, reunião e essas coisas chatas.

– Até mais tarde

Me espreguicei, com um sorriso no rosto. Fui para meu banheiro. Tomei meu banho, como de costume e quando saí, minhas criadas e Marlee estavam lá. Não pude deixar de sentir vergonha, pelo que tinha acontecido. Ficou aquele silencio constrangedor durante alguns minutos. Cada uma olhava para um lado.

– Nós não vimos nada – Anne disse

– Agradeceria se não contassem para ninguém – eu disse me aproximando

– Jamais faríamos isso com vocês, senhorita – Lucy disse timidamente.

– Quando aconteceu isso America? – Marlee disse animada, me fazendo rir.

– Como sinto sua falta amiga. Mas prefiro não falar a respeito.

Marlee concordou com a cabeça rindo e elas começaram a me arrumar para o café enquanto Mary me mostrava como estava o vestido do casamento.

– Melhor aproveitar que estamos todas aqui, para tirar as medidas da Marlee, para o vestido dela.

– Não America, eu vou usar um vestido simples no seu casamento – ela disse olhando para baixo.

– Desde quando dama de honra veste um vestido simples – eu disse com a maior naturalidade

– Dama.. – Marlee gaguejou, olhando para mim – Você quer que eu seja sua dama de honra? – Marlee começava a sorri, com os olhos brilhando.

– Claro sua boba!

– Mas e suas irmãs?

– Eu escolho quantas damas eu quero! E eu quero que você seja uma delas!

Marlee sorriu e me abraçou. Eu vi que tinha lagrimas em seus olhos. Nos abraçamos durante muito tempo. Mas assim que ela me soltou, eu disse que passaria no quarto de Maxon e desceria para o café. Todas concordaram e eu saí, entrando no quarto de Maxon sem bater. Ele não estava mais lá, mas eu vi que uma das gavetas de sua mesa estava meio aberta. Quando me aproximei para fechar, reparei que era uma gaveta cheia de fotos. Abri para olhar, e preferiria não ter feito.

Tinha muitas fotos dele com Kriss, algumas minhas, algumas de celeste. Era uma gaveta de fotos das selecionadas. Mas fiquei surpresa com a quantidade de fotos da Kriss e deles juntos. Fui pegando as fotos e olhando elas. Algumas davam para perceber que tinha sido tirada por Kriss. Comecei a me sentir tonta e enjoada. Coloquei tudo dentro da gaveta e corri. Fui direto para o jardim. Sentei no banco, o mesmo que conheci Maxon. O nosso banco. Tinha perdido totalmente a fome.

– Porque ele guardou aquelas coisas? Porque ele tem tanta foto da Kriss? Porque ela estava tirando foto com a câmera dele? Eu nunca fiz isso.. – meus olhos estavam cheios d’água.

Imaginei tantas coisas. Coisas que não queria imaginar. Eu tinha me entregado para ele, mudado minha vida toda. E agora, me via chorando novamente por causa da insegurança. Acho que ir para o jardim, ficar pegando sol, sem ter me alimentado, não foi das melhores ideias. Minha visão foi ficando turva. Levantei e tentei andar de volta para o castelo, mas comecei a ficar tonta, e não tinha onde me apoiar. Cada vez ficava mais escuro e embaçado.

Abri os olhos devagar, me acostumando com a claridade. Olhei em volta, eu não estava mais no jardim, estava num dos quartos da área hospitalar. Maxon estava sentado na poltrona, olhando para o chão e com os cotovelos apoiados na coxa. Seu cabelo estava bagunçado e escondia seu rosto.

– Há quanto tempo eu apaguei? – perguntei, fazendo Maxon levantar num pulo.

– Muito tempo eu presumo. Já são quatro da tarde. O que aconteceu? Eu estava no escritório, quando um guarda entrou repentinamente dizendo que te encontraram desmaiada no jardim.

– Sai para pensar, esqueci-me de comer. E ficar no sol sem comer não é boa ideia.

Maxon riu e sentou na cama, olhando para mim. Passou a mão nos cabelos e suspirou.

– Me conte – ele disse pegando minha mão

– O que?

– Se você saiu para pensar no jardim, era algo serio. Você só se refugia no jardim quando esta com algum problema. Me conte.

– Tenho certeza que o medico disse que eu preciso descansar.

– Mais? America, você dormiu a tarde inteira!

– Eu não quero falar

– Por favor? – ele disse fazendo bico

Respirei fundo e comecei a falar. Contei que fui procura-lo e vi a gaveta meio aberta. Que fui fecha-la e acabei vendo que eram fotos. Achei que eram fotos nossas e me decepcionei com o conteúdo. Disse o quão insegura eu já estava, e que aquelas fotos não tinham ajudado em nada. Maxon ouviu tudo sem mover um músculo do rosto, mas senti que sua mão foi afrouxando a minha aos poucos. Depois de dizer tudo o que eu queria dizer, segurando as lágrimas. Maxon apertou os lábios e respirou fundo.

– Você mexeu nas minhas coisas pessoais? – foi o que ele disse

– É com isso que está preocupado? – eu disse com raiva

– Como você consegue ainda duvidar de mim America? Depois de tudo o que passamos juntos! Você é inacreditável! – ele disse soltando minha mão com raiva, levantando e ficando de costas para mim.

– Você guardou fotos das outras. Quer que eu me sinta como? – eu elevava a voz

– Não confia em mim! Eu faço tudo por você, e você joga tudo o que temos fora por causa de uma bobeira – ele disse virando novamente para mim.

– Bobeira? Como seria se fosse ao contrario? – eu gritei, forçando para não chorar.

– America – Maxon passou a mão no cabelo – seu ex ESTÁ aqui. Estou hospedando ele. Mas isso é irrelevante para mim.

– Pois para mim não é! Mantenho-o como amigo, ele nos ajudou num momento ruim. Agora, você não vê uma gaveta de fotos nossas.

– Isso não importa! Se eu tenho fotos ou não, não importa. A grande questão, é que você não confia em mim!

– Você se arrependeu não é? – eu perguntei apertando a coberta sobre mim

– É o que? – Maxon disse colocando as mãos na cintura

– Se arrependeu da escolha que fez, por isso estava olhando as fotos.

– Inacreditável – ele disse largando os braços ao lado do corpo – Cansei, America. Cansei de discutir as mesmas coisas com você. Cansei de ter que provar meu amor a cada minuto. Cansei de você desconfiar de mim só por causa de uma gaveta entreaberta.

– O que você quer dizer com isso? – eu perguntei em voz baixa, temendo a resposta.

Maxon soltou todo ar que prendia e saiu andando, me deixando ali olhando para a porta. Quando não pude mais ouvir seus passos, as lagrimas que eu tanto segurei, desceram como um rio. Fiquei tonta de novo e desabei na cama.

Acordei novamente, mas dessa vez, Maxon não estava. O medico entrou e quando viu que eu estava acordada, foi ate mim. Perguntei as horas, e ele disse que era madrugada de domingo, mais ou menos umas três da manha. Respirei fundo e pedi para que ele me liberasse. Ele disse que era melhor eu comer antes, pois eu não comia desde sexta a noite. Concordei e ele saiu. Voltando pouco depois com uma bandeja. Comi muito rápido, pois estava morrendo de fome. Quando acabei o medico me ajudou a levantar e fui para o meu quarto devagar.

– Filha? – meu pai perguntou quando eu saí da área hospitalar

– Pai? O que faz acordado?

– Sai para beber água. Achei que Maxon estivesse com você.

Abaixei a cabeça e sentei na escada. Meu pai foi ate mim e sentou ao meu lado. Quando eu comecei a chorar, meu pai me abraçou. Contei tudo para ele. Desde a gaveta, ate a discussão. Meu pai ouviu atentamente, passando a mão nas minhas costas.

– Sabe filha. Não sei quem está mais errado.

– Como assim?

– Você mexeu nas coisas dele, tirou suas conclusões e brigou com ele por isso. Sem deixa-lo explicar. Mas por outro lado, ele não se esforçou para tirar isso da sua cabeça. Ele não disse que você estava certa, mas também não disse que estava errada. Deixou a raiva falar mais alto, o que não é uma qualidade boa para um futuro rei.

– Nunca vi Maxon com tanta raiva. Nunca o vi falar dessa forma com ninguém, muito menos comigo.

– Vai dormir filha, esquece isso um pouco. É o melhor que você pode fazer agora.

– Dormir? Eu estou dormindo desde ontem de manha!

Meu pai riu e deu um beijo na minha testa. Levantou e foi embora. Fui para o meu quarto também, mas não iria dormir nem se tivesse cansada. Quando eu estou triste, ou estressada, eu toco algum instrumento. Bem, pelo menos tocava. Eu não praticava há semanas. Será que vou acordar alguém? Tanto faz. Resolvi tocar piano, que é mais suave que violino.

Toquei Prelude, de Bach (https://www.youtube.com/watch?v=98Rh0jbTh0U). A única musica que me acalma de verdade. E dai que eram três e pouca da manha? Quem ficaria irritado por acordar ouvindo Bach? Melhor do que a briga na área hospitalar. Toquei umas duas ou três vezes, me desligando do mundo ao redor. Ali era só eu e o piano. Quando eu acabei, fiquei longos minutos encarando as teclas. Quando me virei, tomei um susto. Maxon estava parado atrás de mim, com os braços cruzados, vestindo apenas a calça preta que ele usava ontem, exibindo seu peitoral e abdômen musculoso.

– Um pouco cedo para tocar, não acha? – ele perguntou

– Um pouco cedo para acordar, não acha?

– Quem disse que eu dormi? – ele disse sentando na minha cama

– Porque você guarda aquelas fotos?

– Ah não America! De novo não! – ele disse passando a mão no cabelo

– Eu tirei minhas conclusões, não te dei oportunidade de explicar. Gostaria muito de ouvir o que você tem a dizer, antes de tirar minhas conclusões.

– Eu não sei

– Não sabe o que?

– O porquê que eu guardo aquelas fotos.

– E você as olha com frequência?

– Quase todo dia – ele respondeu de cabeça baixa

– Ah.. – eu disse rodando no banco do piano e voltando a tocar Prelude.

– Não America. Espera.

Eu parei de tocar, mas continuei olhando para as teclas. Ouvi os passos de Maxon e logo depois ele sentou ao meu lado no piano. Ficamos em silencio.

– Essa é sua musica de tristeza? – ele perguntou em voz baixa

– É – foi tudo o que eu disse

– Não gosto de te ouvir tocando essa musica então.

– Hmm.. – Voltei a tocar

– Eu olho as fotos. Mas toda vez que vejo as selecionadas, eu fico mais feliz. Eu vejo o que eu perdi, e não fico triste sabe? - Maxon se virou para mim e começou a brincar com meus cachos - Como se olhar aquelas fotos, me fazem ter certeza de que você é minha escolhida. Algum dia vou mostra-las ao nosso filho, e ele vai ver isso também.

Sorri durando a musica, pela primeira vez. Eu nunca sorria durante aquela musica. Mas agora, eu estava sorrindo. Acabei a musica ainda sorrindo de leve. Virei para Maxon e o olhei por alguns instantes.

– Porque nunca me disse isso?

– Não sei.

– Você precisa dormir um pouco – eu disse e dei um beijo nele – deita na minha cama. Vou tocar Beethoven para você.

Maxon sorriu e levantou. Se jogou na minha cama e eu comecei a tocar para ele. Maxon logo dormiu, com um sorriso no canto dos lábios e abraçado ao meu travesseiro. Fiquei horas tocando, perdida na musica. Quando finalmente parei de tocar, vi que minhas criadas, Amberly, minha mãe, May e Marlee estavam paradas na porta, me ouvindo tocar, enquanto Maxon dormia. Todas elogiaram e entraram no quarto trazendo consigo algo para o casamento. Conversávamos cochichando enquanto eu tocava, para não acordar Maxon. Expliquei que ele não tinha dormido, que por isso estava ali e eu estava tocando. O que fez minha mãe ficar mais tranquila.

Outras criadas entraram no quarto trazendo o café da manha para todas nós. Mary tirava as medidas de May, Lucy de Marlee e Anne costurava meu vestido. Amberly e minha mãe avaliavam o que tínhamos e o que faltava e faziam ligações. Maxon ainda dormia como uma pedra e eu tocando Sonate au Clair de Lune. Quando Maxon finalmente acordou, se assustou com a quantidade de gente no meu quarto.

– Caramba – Maxon disse colocando o travesseiro sobre o peito – Bom dia a todas. Você esta tocando desde aquela hora amor?

– Achei que você acordaria se eu parasse – eu respondi virando para ele – come alguma coisa – disse apontando para a bandeja de café

Maxon sorriu, se levantou, deu um beijo no topo da minha cabeça e foi para o quarto dele. Voltou logo depois de blusa e nós fomos comer ouvindo sobre os preparativos. Assim que acabamos, Maxon disse que ia para o escritório e saiu.


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Notas finais do capítulo

Sim, eles brigaram DE NOVO! haha.. Todo casal briga! Eu pensei em prolongar o efeito da raiva, mas não consegui! Não imagino esses dois brigados por tanto tempo assim!
E sim.. é a mesma musica que o Jace (Lindo/Maravilhoso) toca em The Mortal Instruments. sou MUITO fã!
Achei super interessante escrever ouvindo essa musica.. Se o resultado for bom, me avisem, que ai eu faço mais vezes ;)
bjoos e espero ve-los nos comentários :3