O Poeta da Lei escrita por Thiago Olivieri Dantés
08/01/13
Otto releu a carta deixada por seu avô que levava consigo na carteira e foi fazer a ronda. Final de terça feira, 23:45, faróis baixos, sirene e giroflex desligados, passava lentamente por um posto de gasolina quando avistou um meliante apontando uma arma para a funcionária da loja de conveniências do posto. Seu raciocínio militar não o permitiu pensar duas vezes; ligou a sirene e entrou no posto de qualquer jeito, amassando um cone tombando um latão de ligo que estava no caminho. Parou a viatura na entrada da loja e entrou bradando com raiva na fala:
- Policia! Ponha a arma no chão lentamente e as mãos aonde eu possa ver.
Para a infelicidade de Otto, do leitor e da minha, o meliante era tão inexperiente quanto o nosso policial e o temível aconteceu; tenho que narrar uma morte. Infelizmente, ou felizmente, na vida não se pode fazer tudo o que quer. Escrever um conto não é diferente.
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