Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 20
Vinte


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii. Volteiiiiii. Explicarei tudo lá em baixo, sei que vocês não querem ler isso.
Bem vindas DannyMesserTaylor, BrunaYume, G Loatelli e TaniaRDL e principalmente vocês minhas queridíssimas sezemiranda e ApplePie por estarem acompanhando e ainda fazerem lindas recomendações para John e Claire. Meu peito não cabe tanta felicidade, obrigada garotas. Sem demoras vamos ao capitulo.



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Correr não é a melhor coisa com esse vestido e sapato. O Sr. Forbes poderia ter aparecido amanhã ou em qualquer outro dia. Não, tem que ser hoje e agora para acabar com a minha felicidade. Dizem que alegria de pobre dura pouco, não é bem assim, é a alegria da Claire que dura pouca, por isso que ela se ferra tanto. Esse devia ser o verdadeiro.

Enquanto ando a pulseira que John me deu fica tilintando. O que é chato já que vamos fazer uma investigação as escondidas. Bem estranho que atrás da porta tenha degraus de uma escadaria enorme e uma porta de um possível elevador. Puxo minha mão da de John, ele se vira para mim estranhando aquela atitude.

– John, estamos em Nova Iorque.

– Eu sei disso. – levanta as sobrancelhas.

– Tá, sei que você não é burro. Como você sabe os edifícios desta cidade são enormes.

– E daí? – que merda. Parece que ele tomou chá de idiotice.

– John, este prédio tem mais de setenta andares. – digo exasperada. – Quando chegar lá em cima estarei mais magra que a Paris Hilton.

– Não sabemos em qual andar ele está.

– Por isso mesmo. – concluí.

– Subimos os degraus e a cada andar vemos se ele está por aí.

– Posso desistir? – pergunto esperando que a resposta fosse “sim”.

– Não.

Caramba, mais direto que isso impossível. Só faltava me mastigar e me jogar no lixo como chiclete. Tiro os sapatos e o sigo subindo os degraus. A cada andar vasculhávamos o corredor em sinal do Sr. Forbes. Devo admitir, o cara sabe se esconder. Continuamos a subir e parecia que eu estava prestes a morrer. Respirava até com dificuldade, meu diafragma já fazia força para fluir ar para meus pulmões.

Olhei para cima dando um grito. John virou-se de repente, estava pasma com o que estava vendo. Tudo na vida tem um preço e o meu é morrer em uma das investigações de John.

– O que foi?

– Ainda estamos no trigésimo quinto andar. – digo quase chorando.

– Quer voltar? Posso continuar sozinho.

– Você tá brincando não é? – reclamo. – Porra John. Quando quis desistir você não deixou, agora que cheguei até aqui quer me dispensar.

– Não é isso. – explica. – Você está cansada. Volte para a festa e nos encontramos mais tarde.

– De jeito nenhum – soou em um tom de brincadeira para não ser posta de fora da “diversão”. -, era só para fazer drama.

Abro um sorriso amarelo. Ele olha desconfiado, no entanto fica calado e volta a subir os degraus. Voltei a morrer novamente aos poucos. Não queria ficar de fora, e se fosse embora era bem capaz do retardado do John não me contar o que aconteceu. Não quero morrer na curiosidade.

Chegamos ao quadragésimo primeiro andar e ouvimos vozes. Vozes familiares que vinham atrás da porta que dava para o corredor do andar. Encostamo-nos à porta para ouvir a conversa. Reconheci a voz do Sr. Forbes de imediato. John entreabriu um pouco a porta silenciosamente para não sermos descobertos.

Forbes parece conversar com alguém pelo telefone. Para subir tão alto apenas para falar ao celular devia ser muito importante ou muito cruel e sujo. Como a senhora Forbes conseguiu casar com esse homem. Sua voz não transpassava confiança e nem seu jeito.

– Você me disse que mandou matar ele e como é que o encontro aqui? – grita.

Ele não parece nada feliz. Olho para John deduzindo de quem ele esteja falando. Foi ele. Mas é claro. Forbes estava na lista dos suspeitos e agora tudo se encaixou nos conformes. Aposto que John deduziu isto antes que o meus ouvidos ouvisse aquela fala. Chego mais perto para poder escutar melhor.

– Detalhes da incompetência do seu pessoal não me interessam.

Forbes parece escutar a voz do outro lado da linha. Não tenho duvidas que seja a colocadora de chifres em prefeito traidora. Suas próximas frases confirmaram o que estava imaginando.

– Você sabe que o idiota do seu marido não pode saber disto e a Kate também não. Principalmente a mídia, temos que mata-lo e antes temos que destruir todas as provas que ele tem sobre nós.

Senti meu coração dar uma acelerada. Forbes tentará matar John mais uma vez e não parará até que ele esteja morto. Isso com toda certeza é uma calamidade. Meu peito aperta só de pensar sobre isto. Por um impulso não compreendido por mim seguro a mão de John com a minha. Ele a aperta como se dissesse que ainda estava ali também ouvindo.

– Resolvemos isso segunda quando nos encontramos. Tchau. – Forbes parece desligar o telefone.

Ouvimos passos no corredor e depois as portas do elevador sendo abertas e em seguida fechadas.

– É, acho que estamos encrencados. – suspira soltando a minha mão e entrando no corredor mal iluminado.

– John, temos que ir agora para a televisão ou até mesmo a internet publicar as fotos. – argumento o seguindo.

– Quero mostrar diretamente ao prefeito só que não é nada fácil marcar um horário com aquele homem. – ele bagunça o cabelo frustrado. - Até pensei em entrar de supetão na prefeitura, mas não quero ser preso novamente.

– Vamos sequestra-lo? – idealizei.

– Claire! Se não tem ideias boas fica calada.

– Muito obrigada pela compreensão.

– Vamos descansar antes de voltar para festa.

John dobra o corredor sumindo de vista. Bufo de raiva. Este caso está durando muito mais tempo que os outros anteriores. Isso muito chato. E John parece estar sendo condescendente sobre este assunto em relação a mim. Não é como se eu fosse atrapalhar a investigação. Nunca fiz isso. Bem, por uma parte acho que não.

Quando penso em dar um passo para ir atrás de John, ele aparece no corredor com pânico e desespero estampado em seu rosto. Coisa fora do normal. Não sei por que falei isso já que a minha vida há sete anos para cá nunca foi normal.

Aproximo-me dele devagar enquanto ele continua correndo até mim. Abro a boca para perguntar a ele o que tinha visto para deixa-lo tão aterrorizado deste jeito. Contudo, ele agarra o meu braço e me puxa abrindo a porta da primeira sala que encontra no corredor.

– Claire. Pelo amor de todas as nossas investigações e salvamentos juntos. – ele parecia suplicar. – Fique aqui e não saia até que eu venha te buscar.

– John, o que aconteceu? Você está me deixando nervosa. – choramingo.

– Por favor, só faz o que estou te pedindo. Se eu não voltar para te buscar, você pode sair em duas horas. Vá embora daqui Claire, não me procure. Não ouse me procurar.

– John, quero saber o que está acontecendo. – pedi angustiantemente. – Não me deixe no branco.

– Não foi um pedido, Claire.

Ele dá a ordem final fechando a porta em seguida me deixando na escuridão daquele espaço desconhecido.

O que deu nele para ficar daquele jeito. Viu alguém muito perigoso e tentou me proteger? Entretanto, não fazia sentido. Pelo que saiba o corredor está vazio. Ou não? Tentando reformular minha mente procuro pelo interruptor perto da porta para acender a lâmpada. Encontro-o rapidamente iluminando o ambiente.

Encontrava-me em um escritório amplo e bem arrumado. Pilhas e pilhas de livros alinhados perfeitamente em estantes. Aquilo era meu sonho de consumo. Aproximo-me das estantes. Tento pensar em livros além do fato de que John me deixou de fora do que fosse uma ação suicida. Não que eu quisesse me suicidar, todavia queria participar.

Largo os sapatos no chão que inacreditavelmente ainda continuava segurando. Vou para as janelas de vidro do chão ao teto. Engulo em seco pela surpreendente altura. Como alguém poderia trabalhar nesta altura? Uma queda daquela altura destroçaria o corpo de um. Não tenho medo de altura, porém não brinco com ela.

Chego um pouco para trás. Preciso ajudar John. Do que eu não sei, mesmo assim tenho que ajuda-lo. E se ele vier gritar comigo pelo meu esforço, vou quebra-lo ao meio. Essa coisa de gritar comigo todas as vezes que vou ampara-lo me dá nos nervos.

Olho aos arredores do escritório procurando uma ideia. Tentando achar uma luz quando ouço tiros. Um atrás do outro. Abaixo-me rapidamente com o susto. Deus do céu. Então era disto que John falava. Ele achou que seria assassinado. E será que foi? Meu coração entra em um colapso nervoso fazendo minha respiração ficar mais rápida. Não quero ter este pensamento sobre John.

Engatinho pelo escritório em direção a porta. O bombardeio parou um pouco com apenas uma ou duas balas disparadas ao mesmo momento em um curto período de tempo. Chego à porta abrindo-a muito lentamente. Se uma daquelas balas me acertar irá estourar meus miolos e nem cirurgia plástica dará jeito.

Espreito a cabeça para fora bem devagar. O corredor estava vazio sendo iluminado apenas por uma lâmpada, entretanto o barulho ensurdecedor dos tiros vinha do corredor ao lado. Saio totalmente da sala ainda engatinhando a caminho do bombardeio. Seria mais uma maluquice para colocar em minha lista de loucuras.

Paro no meio do corredor quando o que parecia ser uma destruição acirrada termina. Estranho isso momentaneamente. Não tem mais sons de armas sendo disparadas. Um arrepio percorre o meu corpo ao pensar o porquê de tudo ter terminado. John não podia estar morto. Não mesmo.

Sinto minha garganta arder e minha vista ficar um pouco embaçada. Engatinho novamente ignorando a dor no peito. Ouço passos correndo em minha direção. Engatinho mais depressa como se pudesse ser invisível. Coisa que nem a ciência conseguiria.

– Meu Deus Claire. – a voz grita comigo e envolve o braço em minha cintura me levantando do chão.

Envolvo seu pescoço com meus braços abraçando-o com força. O alivio que sinto é indescritível. Ele retribui apenas com um braço andando comigo, arrastando-me junto consigo.

– Você ao menos poderia fazer o que eu te peço uma vez na sua vida. – cospe enraivecido e aliviado.

– Muito bem John. Você sempre sabe o que falar.

Uma voz atrás de John diz. John de imediato imediatamente se aperta ao meu lado. Cerca de dez armas são apontadas para nós. Homens muito formais em seus ternos pretos e aparentemente mafiosos. O que espantava era o líder que estava no meio com os braços cruzados e um sorriso de arrepiar.

– Esse não é o cara da gangue que tem um nome engraçado? – John perguntou num sussurro. O meu pânico era tão grande que apenas acenei com a cabeça. – Qual é o nome?

– Vocês devem temer os Cabeças Rosas. – o líder disse.

Em um segundo John e eu explodimos em uma gargalhada. O homem tinha uma cara de cavalo miserável e quando falava era mais hilária ainda.

– Querem morrer? – vociferou.

Engolimos em seco. Situação pior que aquela acho que não nos aconteceu. O que faríamos agora com um decimo de armas apontadas para nós. Teríamos que ser muito espertos para sairmos dessa. Nunca enfrentamos homens com tantas armas assim e além do mais estávamos indefesos e sem com o que nos defender.

Minhas ilusões vão para o ralo quando vejo que a mão de John segura uma arma enorme. Abro a boca em um perfeito O. Como não vi isso. Sou algum tipo de cega com idiotice mental. Presto atenção no líder do grupo.

– Você não deveria estar preso? – pergunto.

– Fugir da cadeia é difícil, mas não impossível. – explica.

– Precisamos leva-lo de volta. – sussurro.

– Não queremos confusão, Black. – John levanta a arma para ele. – Não levarei você de volta a cadeia se deixar-nos ir embora ilesos.

– Eu quero apenas vingança John. – seu sorriso se alarga ainda mais. – Se eu voltar para a cadeia depois da sua morte, serei encarcerado feliz da vida.

Mordo o lábio inferior de ante aquela resposta. Ele quer John morto de qualquer jeito. E isso ganha do seu confinamento na cadeia. Volto a respirar com dificuldade. Parece que só estou fazendo apenas isso hoje e meus pulmões já estão reclamando.

– Ao meu sinal corra. – John replica entre os dentes.

– Que sinal?

John dispara contra a única lâmpada do corredor acima dos homens armados. Em uma velocidade relâmpago, John nos joga contra o chão enquanto os homens disparam. Engatinhamos rapidamente para o final do corredor.

Bato a cabeça contra uma parede de metal. Coloco a mão na cabeça para amenizar a dor. As únicas portas de metais que existem são de elevadores. Sinto um embrulho no estomago. John me arrastou para o elevador. Quero as escadas agora.

Antes que conseguisse dar meia volta, as portas de metais se abrem e John me empurra para dentro do cubículo. Tento sair, mas ele me puxa de volta ao momento em que as portas se fecham diminuindo os sons dos tiros.

Dobro minhas pernas enrolando-as com os braços. Iria acontecer tudo novamente. Tanto que eu evitei agora bateu de cara comigo. Vou morrer agora e não posso fazer mais nada. Nada de significante vem a minha mente para sair desta caixa de metal. Sinto as lagrimas que não consigo segurar molharem minhas bochechas.

– Nós vamos morrer John. – balbucio.

– Não vamos morrer Claire. – ele deixa a arma de lado e se aproxima me envolvendo em seus braços. – Se acalme. O elevador não irá cair igual quando você era criança. Este aqui é firme e seguro.

– Co-como você-cê sabe? – retruco com a voz embargada.

– Apenas sei. – disse numa voz tranquilizadora.

Aquilo não bastava para mim. O elevador que entrei quando criança também dizia que ele era seguro, contudo não evitou as cordas arrebentarem e me deixarem em pânico. Caindo como se não houvesse chão. Para minha “sorte” como todos dizem, o elevador estava apenas no segundo andar, me causando apenas lesões.

O susto que sofri foi tanto que nunca mais entrei em elevador algum. Até agora.

Um grito sai da minha boca quando o elevador para de descer e as luzes se apagam. Eu não tinha como ser condescendente em relação a este momento. Minha mente imaginava o meu enterro e o de John com os nossos familiares chorando e se despedindo. Meu queixo tremia pelo desespero.

– Claire, por favor não chore. – John pediu desamparado.

Ele me puxa para seus braços, colocando-me entre as suas pernas e descansa minha cabeça em seu peito. Deixo-o fazer isto. Ele balbucia palavras tranquilizadoras em meu ouvido. Todavia não consigo parar com o choro. Puxo seu smoking deixando seu peito contra meu rosto.

– Só não pense nisto. Apenas não pense.

– Como não pensar?

Levanto a cabeça para encara-lo, mesmo na escuridão. Ele põe sua mão em meu rosto enxugando minhas lagrimas. Não consigo ver seus olhos e nem sua expressão ao fazer aquilo. Sentia minhas mãos doerem de tanto apertar seu paletó entre os dedos.

– Assim.

Não sei como e nem o que pensar quando sinto seus lábios sobre os meus.


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Notas finais do capítulo

OMG. Volteiiiiiii. Por favor não me matem. Sei que demorei decadas, mas estava em um bloqueio criativo enorme e ainda estava em semana de provas então deixei de lado por um momento para estudar. Ao termino das provas escrevi o capitulo e adivinhem, minha internet parou de vez por duas semanas. Estava com capitulo pronto, mas não tinha como postar. Me desculpem, tentarei fazer de tudo para que isto não aconteça mais. Postarei o próximo na sexta, TENTAREI, dependo da minha net. Bjoks. Quero comentários, favoritamentos e se possível recomendações. bjs