A Feiticeira escrita por rkaoril


Capítulo 34
Estranho - muito estranho


Notas iniciais do capítulo

Oi :)
Capítulo curtinho, então se tiver comentário eu posto mais um :3



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XXXIV

SUZANA

TANTO SABRINA QUANTO SUZANA estavam em péssimas condições emocionais. Sabrina parecia meio morta, o que era incomum. Suzana se sentia brava, irritada, como se quisesse que o mundo explodisse.

Wow – ela pensou consigo mesma – eu não devia ser calma e amável?

Elas caminharam indefinidamente pelo labirinto. Por causa da granada de luz, elas esperavam que seria mais seguro e menos confuso.

Estavam erradas.

Toparam com vários monstros estranhos, nos quais Suzana não deu qualquer importância relevante – apenas usou sua força e sua espada para mata-los. Estava realmente sem paciência.

Chegaram a um cômodo que parecia como uma quadrifurcada de túneis antigos. Quatro direções. Suzana olhou para Sabrina, que ainda estava se sentindo meio mal e apenas foi no uni duni tê.

Entraram no segundo túnel da esquerda pra direita. Ele tinha um teto baixo, o chão tinha alguns centímetros de água e era um breu completo. Suzana puxou Contracorrente e tirou a tampa no escuro. A espada de bronze celestial iluminou um pouco.

Prosseguiu pelo túnel, ouvindo os passos de Sabrina na água a seguindo. Ela os contava como que para se manter acordada.

Tap – um. Tap – dois. Tap – três. .... – quatro?

Ela olhou para trás, virando Contracorrente com ela. Sabrina não estava mais lá.
– Sabrina?! – ela gritou. Sua voz ecoou pelo túnel. Em uma virada acidental de seu braço, ela viu que havia uma leve bifurcação no túnel, quase imperceptível.

Suzana seguiu pela bifurcação. Ela era escura, mas depois de alguns passos conseguiu ver a luz no fim do túnel. Saiu cautelosamente, apenas para ouvir um gemer – como se algo estivesse tapando sua boca – e se esconder atrás de um monte de caixas.

Ela fechou a espada – não queria atrair atenção – e espreitou para além das caixas.

Era um cômodo que parecia um depósito. Ele era largo, haviam correntes no teto e empilhadeiras nos cantos, assim como muitas caixas. Suzana pensava ouvir um barulho de algo batendo, como marteladas ao longe. No centro, Sabrina era amarrada enquanto já amordaçada à uma cadeira por dois telkines enquanto um menino que estava de costas, de mais ou menos a idade delas (decidiu Suzana, pela altura) assistia. Quando decidiu que ela estava amarrada o bastante, o menino falou.
– Pronto. Já está bom. Vão embora.

Os telkines fizeram uma reverência e deixara a sala.

O menino então começou rondar Sabrina, que o fuzilava com olhos cinza. Suzana então viu seu rosto.

Ele tinha uma pele pêssego, um cabelo castanho claro e olhos verdes. Usava o que pareciam roupas normais, com exceção de uma espada atada a um cinto. Seu rosto tinha uma expressão analisadora, como um gênio do mal.

Suzana sentiu seu coração acelerar - estranho, muito estranho. Suas mãos tremiam e suavam frio, suas pernas pareciam ter se tornado gelatina. Ela apertou os olhos e se obrigou a se acalmar – precisava ajudar Sabrina. Ela abriu os olhos de novo, percebeu que o menino estava falando com Sabrina.
– ... então, você deve ser um dos seis da profecia. – disse ele, ainda rondando ela com cara gênio do mal – Acho que a Feiticeira não iria se importar se eu a mandasse em uma caixa, em pedaços, não?

Sabrina tentou xingá-lo, mas a mordaça fez parecer um granido. Ele apenas alargou o sorriso.
– Pena não ter sido alguém com poderes de verdade. Eu apreciaria uma boa luta.

Ele então se virou, tencionado a ir para outro lugar. Saiu por uma porta de ferro, e no próximo momento Sabrina estava em pé, solta. Suzana se levantou, para que Sabrina a visse e ficou confusa.
– Como você?
– A minha adaga. – disse Sabrina, mostrando-a – Meu pai uma vez me ensinou a me soltar em caso de um sequestro ou algo parecido. E você se esconde muito mal.
– A, am. Quem era aquele garoto? – perguntou Suzana, sentia o coração na garganta.
– Eu não sei. – disse Sabrina – Vamos sair daqui antes que ele volte.


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