A Feiticeira escrita por rkaoril


Capítulo 13
13 de azar


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, aqui o cap 13 e eu tenho que dizer a vocês - aquilo de apenas personagens originais eu vou ter que corrigir.

As caçadoras (trazendo Thalia) e alguns fantasmas versão anos 50 dos 7 vão aparecer mais para frente da fic. Mas não serão exatamente como conhecemos, é isso.

valeu



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XIII

ELIZABETH

ELIZABETH ACHOU O CHALÉ 13 aconchegante do seu próprio jeito. Quando entrou, a primeira coisa que notou foi que o ar era quase que completamente composto de poeira. Seus olhos não eram muito bons para enxergar na luz do Sol, porém, eram perfeitos para ver no escuro: notaram que cerca de 100% dos móveis do lugar estavam completamente cheios de teias de aranha.

Ela empurrou cortinas negras pelo lugar a procura de uma janela. Quando finalmente encontrou uma – grande e de vidro – ela ficou impressionada com quão emperrada ela estava. Não era um exagero dizer que teve que usar a espada de ferro estígio como alavanca para desemperrar a janela.

Um vento frio entrou pela janela, levando um pouco da poeira e trazendo um pouco de luz. Como era aparentemente a única janela, Elizabeth tateou pelas paredes de pedra negra a procura de um interruptor de luz. Quando viu o real estado do chalé, ela quase teve uma acesso – nunca fora conhecida por ter um quarto organizado e limpo mas aquilo era um exagero.

Além da grossa camada e poeira e de teias de aranha, havia apenas uma cama com lençóis e cobertor preto desarrumada. O chão era quase completamente composto de embalagens do McDonnalds e viviam mais formigas e fungos ali do que viviam seres humanos em todo o planeta. Nas paredes, algumas fotos em preto e branco mais ou menos comidas por traças e armários de madeira MUITO velha jaziam intocados. Elizabeth chutou embalagens no chão para abrir caminho até a cama. Ela deu algumas batidinhas para tirar a poeira e se sentou. Apoiou os cotovelos nos joelhos e pensou de onde diabos iria tirar suprimentos para uma missão suicida naquele chiqueiro – ela considerou tentar invocar seu último meio-irmão ou irmã dos mortos (não sabia se tinha aquela habilidade, mas do que custava tentar) para receber alguns conselhos ou apenas para dar um sermão pelo ministério público de saneamento básico – quando ouviu uma voz meio rouca e inconfundível a sua frente.
– Nossa. – ele disse – Isso está um pouco pior do que eu pensei que fosse estar.

Evan estava com uma mão no queixo analisando o chiqueiro pessoal de Elizabeth enquanto fazia uma cara de filósofo – ela tentou decidir se ele parecia mais irritante do que bonito, e não chegou a um consenso. Ele então chutou algumas embalagens no chão, o que foi inútil já que seu pé apenas passou por elas.
– Talvez tenha algo de valor nos armários – ele sugeriu – isso se eles não desabarem em cima de você.
– Eu acho que não tenho escolha. – ela respondeu e então foi na direção dos armários.

Com muito cuidado, ela puxou uma das portas de madeira que rangeu. Dentro era um breu, então ela teve que enfiar a mão dentro e tatear no escuro.
– Cui-DADO! – gritou Evan atrás dela. Elizabeth pulou, gritou, tirou a mão e saiu gemendo de perto do guarda-roupa. Evan apenas riu enquanto ela fazia seu caminho para bater nele.
– IDIOTA! ESTÚPIDO! TRASTE! – ela disse dando tapas nele.
– Ei! Pára garota você está me machucando!
– ESSE É O MALDITO OBJETIVO!

Então ela foi para dar um soco nele e ele desviou rapidamente. Elizabeth estava de alguma forma ciente de quando ele virou seu pulso fazendo ela se desequilibrar, apenas para que ele a segurasse no ar e a puxasse contra ele.
– O que é isso em sua mão? – perguntou ele tirando ela de seu transe. Ela se afastou um passo e viu o que tinha pego de dentro do guarda-roupa.

Era uma bainha de espada negra, feita de algo parecido com couro muito duro. Havia uma espécie de alça nela com uma fivela, fazendo possível de carregar a espada pertencente à ela a qualquer lugar sem cortar as pernas.
– É uma bainha. – respondeu ela – Será a bainha desta espada?
– Pertenceu a um filho de Hades antes de mim. – respondeu ele – E eu nunca encontrei a bainha. Sei lá, tente.

Ela pegou a espada da entrada, onde havia deixado e a deslizou facilmente para dentro da bainha. Quando a lâmina estava completamente coberta, ela ouviu um clique. Sacudindo a espada embainhada, ela percebeu que o clique devia ser algum trinque que fazia a espada fixa na bainha.
– Ótimo – disse ela, encaixando a alça da bainha atravessada em seu peito – agora eu posso fazer minhas acrobacias.
– Deve ser algo muito lindo de se ver – respondeu Evan.
– Você já viu – ela disse, ele pareceu confuso.
– Mesmo?
– Sim – ela disse – quando eu caí da árvore. Foi um duplo carpado com ótima finalização.
– O qu...
– Eu não tenho ideia – ela disse.

Ela suspirou e voltou ao guarda-roupa, fazendo uma cara para Evan antes de enfiar sua mão lá de novo. Ela tateou por toda a prateleira e não encontrou nada além de teias de aranha e pó. Ela então se abaixou, procurando na prateleira de baixo.
– Você é um filho de Deméter? – ela perguntou de repente.
– O que? – disse Evan, se esticando na cama.
– A espada – ela disse – estava enterrada em um dos canteiros de Deméter. Você era daquele chalé?
– Ah, isso. – disse ele, fingindo não ter entendido – Então, eu não sou.
– Nossa – disse ela – o que a espada estava fazendo lá? – tudo ficou em silêncio – Evan? – ela se virou na direção da cama, mas ele não estava mais lá. Ela revirou os olhos e continuou procurando.

No fim, ela até que encontrou alguns brinquedinhos – uma mochila velha, parecendo da época da segunda guerra mundial, alguns jeans largos de mais – e velhos de mais, dinheiro muito antigo, mas ainda dólares, dracmas de ouro e prata (dinheiro ainda mais antigo) e o mais interessante: um bloco de cartas do que parecia um jogo de RPG chamado Mitomagia.

Ela colocou tudo dentro da mochila, brincando razoavelmente com as cartas e foleando elas – haviam cartas a respeito de monstros, personagens míticos e deuses, cada uma contando sua história. Ela não sabia se seria exatamente uma fonte confiável, mas além de sua paixão por RPG, era melhor do que nada.

Ela achava seus suprimentos insuficientes, então deixou o quarto – decidindo fazer uma faxina geral quando/se voltasse – e caminhou na direção do chalé de Hermes.
– Olá? – ela colocou a cabeça para dentro. Não havia ninguém, mas ela sorriu e entrou para dentro. Revirou alguns baús e travesseiros e se viu com suprimentos alimentícios e de vestuário o suficientes. Apenas para melhorar a manhã, ela saiu pela janela aterrissando no gramado como uma ninja com dores musculares.

Quando ela chegou na colina Meio-Sangue não havia ninguém. Ela bufou e olhou e voltou o caminho, passando pelo chalé de Atena e Afrodite e não encontrando suas amigas. Isso a deixou preocupada, se perguntando onde elas poderiam estar.

Foi quando ela ouviu gritos, vindos do chalé 13.


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