Best of Time : A Colunista escrita por Luiza Brittana4ever


Capítulo 2
Baby, I'm yours


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Tempão que não passo por aqui, estava focando em outras histórias, mas se tiverem um tempinho, verifiquem essa! Beijão



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Queridas amigas de Denver,
Como estão? Estou muito bem, antes que me mandem cartas perguntando.
Recentemente, recebi uma carta de uma leitora, senhora B.S.P, questionando meus pensamentos sobre o modo feminino de ver o mundo.
Amigas, o mundo mudou. A guerra acabou. O mundo é enorme, a moda está mudando. Cientistas descobrem cada vez mais curas, e com elas mais doenças. Podemos estar na frente da nova Rússia, mas o que aconteceu quando deixamos o mundo para trás?
Seguimos e estamos nos tornando um alvo.
Agora, se tem algo em que nos podemos orgulhamos é o progresso feminista do qual estamos participando. Viva las Mulheres! Que Deus nos abençoe! Vimos a primeira mulher num escritório de advocacia! Meus parabéns à Margareth, a primeira advogada de Denver.
Eu vejo um mundo com mais melhoras, mas com ótimos inícios. Se um dia chegaremos a ter 15% das mulheres trabalhando? O céu é o limite, não é mesmo?
Mas parando um momento de nos vermos no futuro, que tal aproveitar o hoje? Ou melhor, o amanhã à noite? Não percam o Carnival de Sábado, que se estenderá pelo Domingo. Aproveitemos. Para saber mais sobre os assuntos específicos, tem uma ótima matéria na coluna do senhor Richard (pág.12).
Eu as verei lá, amigas. E lembre-se, você é forte, linda e decididamente dominará o futuro.
Beijo de jasmim aqui falou Ellen Paper.

Santana havia acabado de ser outra pessoa. Aquela pessoa que consumia oito horas de seu tempo. Ellen Paper dava trabalho, mas só porque ela dava dinheiro.
–Rachel, to indo pra casa. Você vai ficar? Santana perguntou antes de se levantar e procurar a chave do seu Ford azul bebê.
–Eu vou daqui a pouco, se quiser esperar. Hoje eu vou passar naquela lanchonete do centro que abriu. Eles abriram ontem e está badalada.
–Eu bem que gostaria, mas amanhã tenho que cobrir o Carnival e mais o Domingo. Espera, eu rejeitando um convite pra sair? E pra ficar em casa? Rachel, eu estou virando a minha mãe! Santana se jogou em sua cadeira. Quer saber? Eu espero.
–Aeh! Essa é a Santana que todos conhecem por outro nome e que tanto amo.
–Hey, Richard. É bom você me pagar um drink. Não é nada elegante convidar uma mulher pra sair e deixar que ela pague a conta.
–Direitos iguais.
–Hey, você é mulher.
–Há. Agora, eu sou mulher? Você não tem mente mesmo. disse Rachel, que levantou e pegou seu casaco.
–Espere por mim. disse Santana levando sua coluna consigo.

Quando as duas jovens adentraram o coffee bar, o ar congelou. Não porque elas transmitiam frio, mas porque faziam exatamente o contrário. O ar congelava com as respirações presas. Santana adentrou confiante e se sentou numa cadeira alta, de frente para o bar. Rachel ainda olhou alguma coisa, mas, por fim, se sentou ao lado de Santana.
–Então, garotas. O que vão querer?- uma atendente ruiva, que ficava atrás do balcão, perguntou.
–Olá, Emma. disse Santana olhando para o busto da atendente, onde estava o crachá. - O que você sugere?
–Bom, eu não tive o prazer de experimentar tudo, mas o Milk-shake de chocolate com cobertura de morango é supimpa!
–Então, vou querer um desse ai. Com uma dose de rum, pode ser.
–Eu vou querer... Um café com leite.
–Não, pode trazer o mesmo que o meu.
Emma sai com os pedidos.
–Santana! Você sabe que eu tenho que chegar a cintura 49, Milk-shake não vai me ajudar.
–HEY! Eu vou te comprar um espartilho. Pronto! 49? Rachel o que você está comendo?
–Geralmente... É meio que assim... Bem, no almoço... Ar conta?
–Rachel!
–É fácil pra você. Tem essa cintura natural.
–Ah, e a sua não é? Sabe o que me ajuda a emagrecer? Cigarros...
–Pois é, mas eles fazem mal à saúde. disse uma atendente loira.
–Como é que você sabe? Perguntou Santana com um cigarro entre os dedos.
–Eu tenho um irmão que está pesquisando as conseqüências do uso do cigarro. E ele diz que o cigarro ajuda a matar.
–Bom, se ele diz, deve ser verdade. Santana pressionou o cigarro apagado no cinzeiro em cima do balcão. Obrigada por salvar minha vida. Meu nome é Santana.
–Brittany. E aqui estão seus Milk-shakes. Brittany posiciona as bebidas em cima do balcão.
–Então, Brittany. Nova na cidade? Santana perguntou, olhando para o sorriso de Brittany.
–Sim, mas a minha vida não poderia estar mais animada. Brittany responde sorrindo, olhando para os lábios de Santana.
–Poderia sim. Você vai ao Carnival, certo? Eu venho pessoalmente te pegar se você se negar.
–Eu não iria negar o seu convite. Ambas ficaram vermelhas. Venha me buscar as oito?
–Brittany, mesa Três. Sanduíche e um Sorriso gelado. disse a cozinheira.
–Eu tenho que ir. A gente se vê, por aí.
–Você é ódio masculino em pessoa. disse Rachel rindo.
–Por quê?
–Porque você rouba qualquer mulher... Estou orgulhosa.
–Eu só vou levar ela pro Carnival, nada de mais.
–Vocês estavam flertando. Eu estava aqui.
–Nada de mais. Eu vou por uma música, sugestão?
–Algo relacionado a amor. Rachel começou a cutucar Santana, que revirou os olhos.
–Já volto.
Santana caminhou até o Jukebox e pôs uma moeda. Levantou os olhos e a maioria dos homens a olhava, mas ela ignorava todos. Ela olhava apenas para Brittany. Como se estivesse escrito nas estrelas, Brittany sentiu o olhar de Santana e caminhou até ela.
–Precisa de alguma coisa? perguntou Brittany.
–Uma sugestão de música? Santana se apoiou com o braço esquerdo para ficar de frente para Brittany, a mão na cabeça e chiclete na boca.
Brittany ficou vermelha. Ela sentiu que queria tocar Santana, como se pudesse e fizesse isso por anos.
–Eu escolho um número aleatório, e a música que cair nele é a minha escolhida. Nunca lembro o número das músicas depois. disse Brittany, o braço leve quase se encostando à máquina.
–Vamos fazer isso então. Pense em um número e depois somamos o meu e o seu. Santana tampou seus olhos e depois pôs uma mão nos olhos de Brittany, que ria.
–Já pensei. Mas, por qual motivo você tampou meus olhos? Perguntou Brittany, levantando a sobrancelha.
–Não sei, só tampei. disse Santana, tampando os olhos de Brittany de novo.
Brittany começou a rir, ficando menos vermelha.
–Você tem uma risada linda.
–Sete. Foi o número que escolhi.
–Sete... O meu foi sete também, impressionante! Santana pôs a música quatorze.
–Seu sorriso também é lindo, mas prefiro a sua voz.
–Você ainda não me viu dançando.
–Bem, nem você. Tenho que ir, te vejo amanhã?
–Quando você menos esperar.
Brittany saiu. Santana ficou olhando alucinada sua saída. Sorriu, virou a cabeça e olhou a pista de dança. A música que haviam escolhido era lenta e levou vários casais pra pista da dança, que ficava mais ao canto.
–Então, apaixonada. Como está? perguntou Rufus, um motoqueiro que era amigo de Santana e Rachel.
–Hey. Rufus. Apareceu de novo? Santana deu-lhe um abraço e ele deu um giro com ela. Santana riu. Bem e você? Já achou a garota que seus pais odiassem?
–Aqueles coroas, eles amaram Lindsay. Tive que acabar na hora. Rufus disse enquanto puxava Santana pra dançar.
–Você certamente será um cara pra ser lembrando. Como você sabia que eu estava aqui?
–Eu não sabia. Estava procurando uma paquera, mas achei você. Então, quem é ela?
–Brittany, mas não ta rolando nada. Pode ficar na sua, se espalhar pra alguém, vai assustar ela.
–Fiquei calado, apaixonada.
Rufus era aquele cara que viveu os anos cinqüenta como se não houvesse os anos sessenta. Ele viveu ao seu máximo, freqüentou gangs, lugares, provou todo tipo de coisa, conheceu novas estradas. Amou como ninguém.
Seu famoso topete, feito com gel de petróleo. Sua jaqueta de couro com o símbolo dos Tigers bordado atrás. Calças apertadas e face de durão, mas um grande coração.
Ele amava. Amou. Sua verdadeira paixão era a rua, ali nasceu e ali cresceu. Seus pais discordavam disso, mas ele nunca ouvia seus pais.

Brittany havia posto outra música mais lenta e olhou em direção pra Santana, que ainda dançava com o Rufus. Santana olhou de volta. Brittany mostrou as mãos e levantou quatros dedos de cada, sorriu e saiu. A música número oito era do Eddie Fisher, chamada: Im Yours. Oito e sou sua. Oito horas do dia seguinte.
–Rufus. Acho que acabei de entrar numa viagem sem volta.
–Pois é, bonitinha, o amor é assim. Mas você ainda está na paixão, eu acho. Apaixonada.
–Você sabe muita coisa sobre amor.
–É que eu leio as colunas da Ellen Paper e ouço minha mãe gritando com as rádios novelas.
Santana riu. Apenas Rachel sabia quem era Ellen Paper de verdade, Rufus achava que Santana apenas montava a visão geral ou procurava casos para reportar. Chegava a ser engraçado.
Santana olhou para o lado e Rachel estava conversando com um paquera, mexia no cabelo e falava com os olhos.
–Acho que a Rachel está ocupada, vamos lá pra fora?
–Sim, mas sem cigarros. Estou parando. Ouvi dizer que mata.
–Amanhã você começa.
–Ok.
Os dois foram pra rua, no estacionamento e começaram a conversar sobre Lindsay e Brittany. Fumando um cigarro. Ali ficaram até o quanto puderam, eram amigos. As pessoas estranhavam essa amizade, mas ambos gostavam e nem pensam em se tornar algo a mais, até porque Santana era Santana. Homens e mulheres amigos, por que não? Será que é tão estranha quanta mulher namorando mulher? Receio que não. O medo e o não-entendimento não estão no caso, estão no escândalo. Por isso sofremos guerras e necessidades de revolucionar, porque uma opinião sempre estará ultrapassada para a nova opinião. Segue a vida, amanhã um novo escândalo, uma nova guerra. Mas sempre será o velho e único amor. É tão difícil assim?


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Notas finais do capítulo

Tchau! Espero que tenham gostado, se tiverem dicas, opiniões, prazeres e desprazeres, estou atenta a novas questionações!!! Tchau e até logo!!



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