Os Marotos escrita por St Clair


Capítulo 8
Capítulo 8: Encontros e Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! *---*
To com um pressentimento de que as pessoas mais românticas vão aprovar esse capítulo, só acho! Haha'
Conversamos mais lá embaixo! ;3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433964/chapter/8

Lílian Evans

Nossas férias em NY haviam chegado ao fim, adeus calor e roupas frescas, olá chuva e casacos quentinhos. Chegamos ao aeroporto por volta das cinco da tarde e tivemos que pegar dois táxis para ir embora: em um, fomos eu e Dorcas com minhas malas, no outro, Marlene e as malas dela e da loira.

Nos despedimos assim que o carro parou em frente ao meu prédio e não demorou muito tempo para eu estar de pijama, sentada em meu sofá, segurando um bom livro, o qual mal tive tempo de abrir, já que mamãe me ligara para saber da viagem e me colocar a par das novidades.

“Túnia está tão feliz.” –Dizia mamãe. –“Válter está fazendo suspense sobre o destino da lua de mel e sabe como sua irmã é curiosa, não é mesmo?”

Minha irmã, Petúnia Evans, que dentro de um mês passaria a se chamar Petúnia Dursley. Quando pequena não conseguia passar mais de cinco minutos ao lado dela sem que uma das duas saísse chorando e, para o desespero de mamãe, hoje não era diferente.

[...]

–Não acredito que será obrigada a ir para o casamento! –Lene reclamou enquanto tomávamos um café próximo ao seu escritório naquela segunda-feira nublada.

–Pois é... Pelo menos eu me livrei de ser dama de honra... –Suspirei.

–Ainda assim... Não é justo! –Dorcas se apressou.

–Bom, sabem como é a discussão com a senhora Evans, né? Quando ela vê que está perdendo, ela parte para o drama materno e não há como dizer não. –Comentei.

–Compreendo bem... Mas ela sabe sobre o Matthew? –Lene perguntou, um pouco temerosa pelo efeito que o nome causaria em mim.

–Então... Não... –Respondi, meio à contra gosto.

–Lílian! E quando você chegar lá sozinha, o que ela vai dizer? –Dorcas me censurou.

–Tenho um mês para resolver isso ainda... –Foi tudo o que eu disse, terminando o assunto.

Dorcas Meadowes

Depois do café com as meninas, corri para o laboratório, havia deixado algumas misturas descansando e tinha que terminá-las antes que passasse o prazo.

–Ei Dorcas, chegou essa encomenda para você! –Frank, meu colega de laboratório, me apontou uma caixa lacrada com a palavra “frágil” escrita em cima.

–Ah, devem ser as novas vidrarias que encomendei! –Disse, feliz. Há muito precisava trocar alguns equipamentos do local.

–E antes que eu me esqueça... –Ele levantou os olhos do microscópio onde trabalhava. –Encomendaram uma nova remessa da que entregamos ontem... Trabalhar até depois do expediente, aqui vamos nós! –Disse ele, irônico, revirando os olhos e acabamos rindo.

Marlene McKinnon

–Já está de saída, senhorita? –Perguntou o manobrista do escritório, trazendo meu carro logo em seguida. –Até amanhã! –Ele sorriu, acenando e eu correspondi.

Não aguentava mais ouvir falar em divórcios naquele dia, no qual não foram um ou dois, mas cinco casais que me procuraram buscando compreender a divisão de bens que teriam que fazer. Para colaborar, enfrentei um trânsito fora de série para chegar em meu apartamento e, quando finalmente pude me deliciar com um banho relaxante e meu pijama confortável, o celular resolveu tocar. Por pouco não o atendo, até ver o nome no visor: “Sirius Black”.

–Alô? –Tentei parecer indiferente.

“Ei, tudo certo?” –Aquela voz rouca ecoou do outro lado da linha. Peguei meu pote de sucrilhos e sentei-me no sofá enquanto conversava com ele. –“Como foi o dia?”

–Cansativo, eu diria. –Respondi e suspirei. –E o seu?

“Bom, foi tranquilo. Digamos que ninguém tenha morrido afogado!” –Acabei rindo. –“Quais os planos para esta noite?”

–Pijama e sucrilhos, e os seus?

“Até o momento, nenhum. Aceita companhia?” –Arrepiei-me com o convite e pensei um pouco, já fazia um tempo que eu não o via graças à viagem, sem falar que não faria mal algum vê-lo, não é?

–Me parece uma ótima ideia...

Lílian Evans

Estava arrumando minhas coisas para o dia seguinte, no qual eu fora contratada para fotografar um casal de noivos no parque. Coloquei na mochila a câmera e alguns filtros que eu considerei interessantes para o dia, por fim, fechei o zíper e coloquei-a no sofá da sala.

Cogitei a possibilidade de ir para a cama mais cedo, mas nem mesmo eu conseguiria dormir quando ainda eram sete da noite, por isso acabei encostando-me no sofá e entrando no facebook pelo celular mesmo. Não foram nem três minutos e uma mensagem chegou.

Ei, como está?

Sorri, pra variar James já havia me visto.

Ei! Bem, e você? Dia cansativo?

Bastante, e o seu?

Não muito, trabalho só amanhã!

Que folga é essa? Haha’ não é justo isso, produção!

Haha’ engraçadinho!

Topa comer alguma coisa?

Gelei. Uma coisa era conversar com o James que eu só conhecia por facebook, outra é ter de vê-lo pessoalmente!

Agora?

Sim senhora! Minha barriga já está roncando! Não deu pra ouvir ainda? Haha’

Uhm... Comer o que?

Você decide! Já fiz o convite! ;)

Tudo bem... Me dá meia hora?

Haha’ mulheres... Sim senhora! Só me passa seu endereço!

Com as mãos um pouco trêmulas e o coração batendo num ritmo mais acelerado, digitei rapidamente meu endereço e corri para um banho. “Lílian, você deve estar ficando louca!”, ralhou minha mente, afinal, eu estava prestes a sair com um completo desconhecido. Mas então uma vozinha muito conhecida por mim inundou meus pensamentos: “Você tem que aproveitar mais a vida! Ou então que história terá pra contar aos seus netos?! Quer chegar aos sessenta anos enrugada e sem uma loucura da qual possa rir?!”... Marlene, Marlene... Mesmo em meus pensamentos a morena me levava para o mal caminho. Sorri e olhei pro relógio, era melhor eu me apressar.

Remus Lupin

Pensava em pedir carona para algum de meus colegas depois da longa reunião com o diretor, mas pelo visto a pressa de ir para casa fora tamanha que quando passei pelas portas do museu já não havia um carro sequer no estacionamento. Respirei fundo e comecei a caminhar, seria uma jornada considerável até o apartamento, felizmente a brisa fresca do início da noite era propícia a uma caminhada.

Distraído em pensamentos, passei pelo parque rapidamente e cheguei a avenida mais movimentada de Londres, a qual eu teria que cruzar para chegar em casa. Junto a vários turistas e também pessoas que acabavam de sair de seus trabalhos, apinhei-me em meio a multidão e atravessei apressadamente para o outro lado, dobrando uma esquina em busca de um caminho menos tumultuoso.

Foi então que as coisas aconteceram muito rápido. Enquanto caminhava pela rua, uma loira saía de um laboratório alguns metros à minha frente com uma caixa grande em mãos. Contudo, esta tropeçou na calçada e acabou perdendo o equilíbrio. Tentei correr e ajuda-la, mas não cheguei a tempo, vendo apenas a mulher caída de um lado e a caixa do outro.

–Ei, tudo bem? –Perguntei, ajudando-a a se levantar.

Ela pareceu pensar um pouco, olhando a bagunça que fizera, em seguida assentiu.

–Tem certeza? – Insisti.

–Ah não... –Disse-me ela, depois de pensar um pouco. Fiquei tenso, esperando que ela dissesse-me onde estava doendo, mas ela apenas olhava para os frasquinhos que caíram da caixa e agora estavam rolando pela calçada. –Meu trabalho!

Rapidamente ajudei-a a pegar antes que todos os vidrinhos se perdessem no esgoto próximo e recoloquei-os na caixa.

–Espero que não tenham quebrado! Por favor, por favor, não quebrem! –Pedia ela, olhando para os vidrinhos. –Não quero refazê-los.

–Algum problema? –Perguntei.

–Se esses vidrinhos sequer trincarem, sim... Terei o maior problema do mundo! –Disse ela, tristemente.

–Ei, calma! Acidentes acontecem... –Tranquilizei-a.

–O problema é o prazo... –Afirmou ela, suspirando.

–Relaxa... Pelo que eu vi está tudo intacto! Posso colocar no carro para você? –Perguntei, vendo a porta traseira do veículo aberta.

–Por favor. –Pediu ela. –Obrigada pela ajuda!

Sorri para a loira e continuei meu caminho, ainda faltava um bocado para chegar no apartamento e eu já estava morto. Dobrei novamente outra esquina quando um carro parou ao meu lado.

–Ei, quer uma carona? –A loira ofereceu.

–Não precisa se incomodar. –Sorri educado.

–Qual é! Deixa eu retribuir a ajuda! –Insistiu ela e minhas pernas cansadas não me permitiram recusar. Logo, sentei-me no banco do passageiro ao lado da loira.

Ela colocou uma música pop bem animada de fundo, confesso que não é de meu agrado, mas combinava perfeitamente com a loira ao meu lado.

–A propósito, sou Dorcas Meadowes.

–Remus Lupin. –Sorri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam!?
Merece comentário? Recomendação? Crítica? Favorito?! Não!? Sim!? >