We're Connected escrita por Selene


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo pode parecer meio chato mas é necessário para a fic. Espero que gostem, nos vemos lá embaixo e boa leitura!Desculpem qualquer erro ok?



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Lá estava o único detetive-consultor de Londres. Ele estav...

–Narrador! Deixe-nos contar essa história, por favor?-Violet pediu.

–É, deixe!-Sherlock concordou, seguido pelas demais personagens.

–Vocês?-O Narrador indagou.

–Sim!-Todos responderam em coro.

P.O.V Violet

–Obrigada.-Agradeci. Bom, vamos lá para o começo... Deixa eu ver... Achei! 12 anos atrás. Era uma tarde comum e feliz como todas as outras lá em casa.

–Pequenas detetives, venham almoçar!-Papai nos chamou. Nesta noite, pessoas influentes do teatro de mamãe iriam jantar lá e Katherine iria ficar na casa de uma amiga. Katherine era minha irmã. Ela tinha 5 e eu 12. Logo chegou a hora de eu levá-la.

–Mãe, pai, levarei Kath, volto já!-Peguei meu casaco e então saimos. Fomos conversando no caminho, já que Kath era até bem inteligente para a idade. Sempre foi.

–Fique bem querida, venho depois do jantar, OK?

–Tudo bem, Vi.-Ela sorriu, depositou um beijo em minha bochecha e entrou com a amiga. Fui caminhando normalmente para casa. Mamãe já deveria estar na correria do jantar. Arrumando roupas, vendo a comida... Chegando na nossa rua, haviam algumas pessoas comentando sobre algo como um acidente. Me aproximando mais de casa, tinha um forte cheiro de queimado. E então eu vi muitas pessoas e uma confusão na frente de minha casa. Corri até lá. Paramédicos e policias estavam lá. Amigos de meu pai.

–Det. Lestrade!- Corri desesperadamente em sua direção.-O que houve? CADÊ MEUS PAIS?- A casa estava banhada por uma fumaça preta e alguns vestígios de chamas ainda estavam por ali. Mal dava pra enxergar. Era um cenário horrivel. Imagine a casa em que você cresceu. Agora a veja completamente queimada, preta.

–Violet, onde está sua irmã?

–C-c-com uma amiga. O que houve, Lestrade?-Perguntei quase o sacudindo.

–Ao que tudo indica o incêndio deu-se por uma panela no fogo... Há homens lá dentro tentando achar seus pais...- Ele disse baixando o olhar. Tentei com força correr até lá, mas fui segurada.

–Me solte! Me deixe ir lá ver o que aconteceu!!- Me debati demais e acabei socando Lestrade. Mais homens vieram me segurar.

–Violet, espere aqui. Ninguém sabe se é seguro...

Percebi que aquilo tudo seria em vão, então desisti. Instantes depois, a cena que atormenta meus pesadelos até hoje, veio: Um dos homens saiu de lá com minha mãe aos braços, e outro homem com meu pai. Ambos desacordados. Corri até eles.

–Mãe! Pai!-Eles foram colocados numa maca.-Como eles estão?-Eu não conseguia enxergar muito graças às lágrimas, então perguntei ao médico que já estava ali, o estado de meus pais. Ele checou o pulso de ambos. Olhou para mim com um olhar que dizia apenas “sinto muito”. Chorei mais do que nunca.

–Não! NÃO! NÃO! FAÇA ALGUMA COISA PELO AMOR DE DEUS!-Supliquei em desespero.

–Não há nada a fazer Srta. Abbey. Sinto muito.

Me abracei aos corpos sujos daqueles que me deram a vida e chorei muito. O que faríamos? EU OS AMAVA! Mais do que tudo... O que seria de mim e Katherine? Sem mamãe? Sem papai? Eu só conseguia dizer “não, não...” esperando que fosse um pesadelo e que eu pudesse acordar logo. Mas por obra do capeta, ou não sei mais o que, não era. Eu sabia que ficar com os corpos não os traria de volta, mas simplesmente estava grudada ali. Mas precisava sair, falar com Katherine.. Como diria isso a ela? Eu não mentiria.. Ela teria que saber a verdade.

–Lestrade...-O chamei- Eu... Preciso comunicar minha irmã. –Saí de lá sem conseguir ao menos raciocinar. Bati freneticamente à porta da casa da colega de minha irmã. A mãe, que já me conhecia, atendeu.-Violet! O que aconteceu?-Ela perguntou certamente notando minha cara vermelha de tanto chorar.

–Eu preciso ver minha irmã. Agora, por favor.

–Claro, entre!-Ela abriu espaço e chamou por Katherine. A mesma desceu com a coleguinha de mãos dadas. A cena me cortou o coração.

–Violet! O que foi?- Ela veio em minha direção. Peguei-a e coloquei no meu colo. Olhei fundo em seus olhos. Ela era nova e a decisão que eu tomei foi horrível, mas ela deveria saber a verdade. E Katherine, mesmo muito, MUTIO jovem, era forte.

–Kath... Mamãe e papai... Não estão mais aqui, agora...- Minha voz embargou. Ela fez que “não” com a cabeça e pôs-se a chorar. Ela havia entendido.

–Como...?-Ela perguntou se encolhendo em meu colo.

–Kath, não...

–Por favor, Violet...

–Incêndio...-Eu a abracei forte, e ela fez o mesmo. Precisávamos de um lugar para ir.

Então, esse foi o começo de longos e escuros anos. Katherine, quando queria, era até mais inteligente que eu. O que fizemos com nossa inteligência vocês vão descobrir agora. Não vou narrar exatos 12 anos, mas o que é necessário deles, em resumo.

Depois do acidente, pegamos o dinheiro que havia sobrado de nossos pais e não sabíamos muito bem o que fazer. Não tínhamos parentes, casa... Fomos até um orfanato. Foi só o que consegui pensar, estando em estado de choque, cansada, triste e sozinha, com uma irmã de 5 anos. Mesmo tendo 12 anos de idade, eu ainda era uma criança. Fomos até o orfanato St. George e fomos abrigadas por Jodie, a dona, que por sinal era e foi muito dócil conosco. Expliquei nossa situação a ela. Ela mandou uma das madres comprar roupas e outras coisas para nós, e então vivemos o que nos restava de infância ali.

Nós esbanjávamos inteligencia e conhecimento. Papai, Ross Abbey, era um dos melhores detetives da Scotland Yard. Pelo menos daquela época. Então, ele me passou muito do que sei hoje. Desde conhecimentos gerais e curiosidades, à golpes de luta e como omitir informações e várias outras coisas assim. Aliás, mamãe, Amanda Abbey, era atriz. Ela me ensinou que as artes cênicas não eram essa coisa “desleixada” como a sociedade dizia. Era, muitas vezes, considerada um tabu. Mas não era, de forma alguma. Ela me mostrou isso. De fato, era incrível. E papai a usava como exemplo para nós lidarmos com inimigos futuramente. Eles não chegaram a ensinar nem metade disso à Katherine. Mas eu passei tudo para ela. Ela seria tão boa quanto nós. Em nossa infância – ou a mim, o que restava dela- e adolescência, nossa diversão era pegar alguns casos simples no jornal e tentar resolvê-los.

Depois de um tempo, começamos a fazer isso com o consentimento de Lestrade, que, já que começou novo, era detetive da Yard desde o incêndio até hoje. Ele percebeu nosso brilhante cérebro quando, algumas vezes, acabávamos por ajudá-lo significativamente. Quando completei 18 anos pude sair do orfanato. Mas eu jamais abandonaria Katherine. Ofereci serviços às madres em troca de minha estadia. Jodie no começo não aceitou. Ela disse que eu poderia ficar de bom grado, mas eu recusei. Não faria isso, e já estava ficando entediada.

Algumas vezes um dos parceiros do orfanato ia lá visitar as crianças, e certas vezes acabou por conversar comigo. De certa forma nos tornamos colegas. Crescendo, eu tinha grande desejo de poder ter uma vida digna com minha irmã. Tudo que eu queria era dar algo bom a ela. Quando completei 20, esse mesmo cara que conversava comigo, veio me contar um problema e fazer-me uma proposta. Era o seguinte: Seu tio estava para depositar uma grande quantia de dinheiro em sua conta, mas para isso ele deveria estar casado, em sinal de continuar a família. Mas ele não queria se casar. E nem gostava de alguém. Para ele, casamento era o fim. Porém, ele precisava dessa grana. Ele queria. Ele propôs que nos casássemos apenas de faixada, para que ele recebesse o dinheiro, e então ele daria uma boa vida a mim e minha irmã. Devido às circunstâncias em que ambos nos encontrávamos, aceitei. Tudo correu bem.

Em 1 ano eu havia me tornado a “Sra. Tompson”. Sim, entre aspas mesmo. Katherine no começo não apoiou, mas depois ela cedeu. Realmente não levávamos vida de marido e mulher. Éramos conhecidos, amigos. Quase não nos falávamos mesmo.. Morávamos numa casa grande, então dava para se isolar. Mas por agora, depois de um tempo, eu e Kath , com nossa mania de investigar, fizemos uma descoberta. E essa descoberta desencadeou reações profundamente severas em nós, em Luke Tompson – o meu “marido”- e até em pessoas que eu só vim conhecer depois.

–Violet, vamos logo!-Katherine me apressou.

Bom, pelo visto essa descoberta vocês só vão conhecer depois, porque eu preciso ir agora.


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Notas finais do capítulo

Então, como fui? Comentem por favor, deem reviews, sei lá, deixem essa autora feliz :DAté a proxima!



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