As Marotas IV escrita por Laura Dias


Capítulo 31
Capítulo 31 - Mundo de ponta-cabeça


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, acabei o capítulo agora e acho que ficou legal, mas vocês dirão. Tem Madam, suspense e o final deixa um pouquinho de curiosidade. Minha mãe excluiu minha fic original porque diz ela que eu estava escondendo as coisas, não sei como mas ela pareceu não notar que as outras fics era minhas também kkkkkk Enfim, comentem aí e me dizem o que acham. Próximo capítulo é só mais umas coisinhas e detalhes, depois vem a prova, páscoa e acaba.



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― Você está dizendo que precisa da nossa ajuda? ― Adam estava praticamente berrando na Sala Comunal com um enorme sorriso no rosto. Ele estava deitado de qualquer jeito em um dos sofás. Nicholas e Trevor estavam sentados nos braços das poltronas enquanto as Marotas estavam paradas em pé diante deles ― Por favor, alguém busque um gravador.
― Sem gracinhas ― replicou Isabelle ― Não seja mais idiota do que você já foi, e está sendo!
― Olhe bem para a minha cara e vê se eu estaria pedindo sua ajuda se eu não precisasse? ― Madison disse tranquilamente olhando para Adam como se só ele estivesse lá ― Tenho que admitir que não conseguíriamos sozinhas e precisamos de um plano bem elaborado para não corrermos grande riscos.
― Vai ser trabalhoso ― disse Adam sentando-se e as garotas se aproximaram enquanto Emma abria o mapa dos arredores no chão ― Vocês planejam seguir por Hestawg, não é? ― ele tocou com o dedo onde ficava o vilarejo ― O caminho é estreito e cercado por árvores. Os Comensais estão em Feitichis, não devem ir direto então, acredito que eles seguirão viagem dentro de uma semana, no máximo mas preciamos de dados concretos.
― E como conseguiremos? ― perguntou Safira. Madison sentou-se no chão diante de Adam e observou o mapa ― Vamos simplesmente chegar para McGonagall e perguntar: "Ei, como está a situação com os Comensais? Eles vão continuar seu recrutamento do mal dentro de quantos dias? Por quê? Porque queremos retardá-los arriscando nossas vidas!"? Por favor, um plano melhor.
― Por Merlin, você precisa relaxar ― disse Trevor à ela enquanto lhe lançava um sorriso confortante, Safira entrelaçou seus dedos com os dele e retribuiu o sorriso ― Mas talvez funcione perguntar para McGonagall. Não com essas palavras, é claro. Só queria dizer que ela pensaria que estamos preocupados com a nossa segurança.
― Ela sabe o sangue que corre na veia de vocês ― Emma pronunciou ― Sangue que ferve quando vê um perigo e uma aventura. Ela não vai falar. Mas tenho que compartilhar algo que soube através de meu pai algum tempo atrás ― os olhares de todos se voltaram para Emma ― McGonagall tem escrito cartas para os seus pais contando sobre os avanços dos Comensais para zelar pela segurança de vocês, talvez se pudéssemos interceptar algumas cartas, teríamos noção de qual será o próximo passo deles e em quanto tempo seguirão para Hestawg.
― Minha mãe falou sobre ela e McGonagall estarem mantendo contato nas últimas cartas que ela me enviou ― contou Madison ― Não liguei os pontos. Mas, acho que sua ideia é boa, Emma, mas como interceptaremos as cartas?
― Não conseguiremos interceptar a carta saindo de Hogwarts, teremos de interceptá-la chegando nas nossas casas ― Nicholas falou pela primeira vez ― Lá em casa por exemplo, alguém que possa interceptar é o tio Arthur, ele está por fora das coisas que acontecem no mundo mágico, mesmo que sua filha seja uma bruxa então é só inventarmos uma desculpa e pedir para ele ir lá e pegar a carta. Confio que ele não irá ler e enviará de volta assim que pegar.
― Teremos de mandar uma carta rápido para ele então porque McGonagall já deve estar escrevendo para os nossos pais, todos os nossos pais ― disse Madison incluindo Adam e Trevor ― Então temos de ser rápidos. Isabelle, vá no dormitório e pegue um papel, vamos inventar uma boa desculpa para ele pegar a carta e então tenho certeza que ele não irá negar.
― E qual será a desculpa? ― Adam perguntou.
― Hum, vou dizer que na carta está falando que eu peguei uma detenção, o que é verdade, o Prof. Phelps me colocou em detenção, e que eu não quero que meus pais saibam. O tio Arthur é legal, ele vai entender completamente e vai interceptar a carta.
― E como ele vai interceptar a carta antes de seus pais lerem, Mad? ― Isabelle perguntou voltando com um papel, um tinteiro e uma pena.
― Não sei, mas ele dará um jeito ― Madison deu de ombros pegando o papel, colocando no chão e molhando a pena para começar a escrever.
***
Já passava das duas da manhã quando Adam acordou em seu dormitório. Trevor estava dormindo todo esparramado, faltando alguns palmos para cair da cama e Nicholas estava dormindo de modo tranquilo enquanto balbuciava algo inconscientemente. Adam levantou e se dirigiu até a Sala Comunal, quando tinha insonia ficava lá em baixo examinando seu medalhão para não correr riscos de acordar nenhum dos amigos. Entretanto, quando ele desceu, Madison estava dormindo no sofá com o tinteiro derramado no chão e um papel no rosto.
Ela estava se debatendo enquanto dormia. Adam se aproximou com cautela, para o caso dela acordar e começar a atacá-lo, e lhe tirou o papel do rosto. Madison estava com o rosto todo cheio de gotículas de suor: ela estava tendo um pesadelo. Ele a agarrou pelos ombros e a sacudiu. A garota acordou de olhos arregalados e seu primeiro impulso foi se jogar nos braços de Adam e o abraçar.
― Você estava morrendo em seu pesadelo e eu te salvei? ― ele perguntou surpreso.
― Não exatamente ― ela disse respirando fundo e largando ele o mais rápido possível ― O que você faz aqui? ― ela esfregou os olhos com as costas das mãos e Adam continuou olhando para ela alarmado ― Eu não vou brigar com você, não agora.
― Acordei e não consegui mais dormir ― Adam respondeu enquanto Madison arredava para o lado para que ele pudesse sentar ― Caramba, você dorme em qualquer lugar!
― Eu não durmo em qualquer lugar ― defendeu-se ― Estava fazendo a carta para Arthur e comecei a relê-la aí peguei no sono. Totalmente aceitável ― ela bocejou e olhou para o chão onde a tinta do tinteiro estava impregnada ― Estava seminovo... ― lamentou-se.
Adam não disse nada. Madison estava de bom humor e conversava com ele normalmente, era melhor não estragar tudo. Ela olhou para ele de repente e seus olhos percorreram dos olhos dele até o pescoço onde havia uma fina correntinha. Madison pegou a corrente e tirou o medalhão para fora da camisa dele. Adam puxou o cordão e o segurou na mão.
― O que é isso? ― Madison perguntou sem tirar os olhos da mão dele.
― Um medalhão que minha mãe me deu ― ele respondeu abrindo a mão e olhando para o objeto. Madison arredou para frente e também olhou para o medalhão ― Não consigo abrí-lo.
― Por favor, vários feitiços podem fazê-lo abrir ― debochou.
― Não, ele só abre no que minha mãe chamou de "momento certo" ― Adam explicou com seu ar de superioridade.
― Ah, é um medalhão temperamental. São os piores se quer saber ― ela pegou o medalhão das mãos dele. Adam foi forçado a se virar para ela porque a corrente continuava em seu pescoço ― Está pulsando como um...
― Coração ― completou Adam.
Ouviu-se um pequeno barulho e o medalhão emitiu uma luz muito forte. Madison virou a cabeça para o outro lado e Adam fechou os olhos com força. Quando a luz parou, o medalhão estava aberto, dentro dele havia um papel. A garota não tocou no papel, deixou que Adam o pegasse. Ele pegou e guardou nos bolsos sem ler.
― Você não quer ver o que é? ― ela perguntou largando o medalhão aberto.
― Quero. Quando eu estiver sozinho ― ele respondeu e Madison fez uma careta.
Ela deitou no sofá de novo e deu um chute de leve em Adam para que ele desocupasse onde estava sentado. Madison esticou as pernas e aconchegou a cabeça na almofada. Adam estava parado em pé observando, bufou e sentou-se no chão.
― Você vai ficar aí? ― Madison perguntou.
― Faço a mesma pergunta ― Adam rebateu.
― Vou, estava aqui antes e estou com preguiça.
― Vou também, estou sem sono e não quero retornar para o meu dormitório.
― Ótimo! Deite no chão.
― Ótimo! Tenha pesadelos.
― Não, eu não quero repetir esse pesadelo, não mesmo! ― Madison choramingou enquanto Adam deitava no chão ao lado do sofá em que ela estava.
― Eu estarei aqui se precisar ― ele resmungou apoiando a cabeça no chão duro ― A não ser que queira bater ou matar alguém, aí você finja que não tem ninguém aqui.
― Não preciso da sua ajuda.
― Você quem sabe ― ele deu de ombros e sentiu seus olhos pesarem.
Madison suspirou e fechou os olhos. As imagens de seu último pesadelo pareciam passar como em uma televisão. Deixou seu braço cair para fora do sofá e buscou a mão de Adam. Entrelaçou seus dedos nos dele e teve a leve sensação de que as imagens haviam sumido. Adam olhou para as mãos entrelaçadas e deu um sorriso fraco antes de fechar os olhos e adormecer quase imediatamente.
Assim que o dia amanheceu, Madison acordou e ainda estava de mãos dadas com Adam. Ela arregalou os olhos e puxou a mão com rapidez. Lembrava que fora ela quem havia entrelaçado os dedos mas havia sido num momento de fraqueza, era o que estava repetindo para si mesma. Pulou o corpo de Adam ainda dominado pelo sono e subiu para o seu dormitório. Vestiu seu uniforme e logo desceu com as amigas para tomar o café da manhã.
Os dias seguintes se passaram rapidamente mas não de modo feliz. No jogo contra a Sonserina, Grifinória perdeu. Não que Sonserina tivesse roubado, na verdade, fora o jogo mais limpo que Madison já vira por parte deles, fora erro da Grifinória mesmo. Erro de Madison. Durante a semana sua vida foi tumultuada, trocava olhares com Adam e lembrava da segunda noite que dormiram tão perto. Além do mais, Haver havia passado uma tonelada de lições e ela teve de passar horas na biblioteca para terminar todas. Estava completamente desatenta no jogo e quando vira o pomo, o apanhador da Sonserina já estava com uma boa distância de frente. Grifinória fora eliminada da disputa pela Taça de Quadribol.
Isabelle achara até melhor que tivessem perdido pois assim Madison podia se concentrar na última tarefa do torneio, a que todos consideravam a mais perigosa. Um labirinto novamente. Era uma prova tradicional porque significava escolhas e a escolha que você fizer pode te levar à taça ou ao perigo mortal. Essa história também lembrou Madison o discurso que a Sra. Weasley fizera já fazia muito tempo. Ela dizia que todas, sem exceção, histórias se repetiam. E finalmente a jovem Potter estava começando a acreditar nisso.
Quando chegou o final de semana que haveria passeio em Hogsmeade, Madison nem se animou, tinha a detenção de Phelps para cumprir. Safira porém, estava saltitando de felicidade. Ela segurava um bom volume de dinheiro nas mãos e afirmava que iria comprar livros de criaturas fantásticas e doces. Os doces ela prometera dar para Madison. Isabelle iria gastar tudo em doce, já avisara, mas não iria deixar sobrar nenhum até chegar no castelo. Ela também iria encontrar com Colin no povoado e eles iriam até a Zonko's comprar alguns logros. Emma estava sem ânimo e resolvera ficar no castelo, o fato de que ela não queria encontrar com Peter também a havia ajudado a tomar essa decisão.
Assim que Safira e Isabelle saíram, Emma sentou-se na sua cama e começou a desenhar num caderninho que tinha guardado na sua mesinha de cabeceira. Madison vestiu-se para a detenção e logo já estava batendo na porta da sala do professor. Ele mandou que ela entrasse e sentasse em uma das cadeiras. Sem dizer mais nada, colocou uma pilha de lições diante dela com uma pena e um tinteiro. Madison suspirou antes de começar.
― Emma não foi a Hogsmeade, foi? ― ele perguntou.
― Não. Ela está chateada por ter que evitar Peter ― Madison alfinetou.
― Foi do jeito que eu imaginei, assim será melhor ― Felipe respondeu despreocupado se Madison estava ou não ouvindo ― Assim que terminar essa pilha, pode pegar a outra que está ali em cima da estante. São lições de primeiroanistas, não darão tanto trabalho. Vou descansar, quando terminar pode ir, irei conferir seu trabalho depois. Caso não tenha cumprido, terá de voltar outro dia.
― Não se preocupe, eu cumpro meus deveres ― ela respondeu sem erguer os olhos enquanto começava a corrigir a primeira pergunta da primeira lição.
Felipe se retirou e Madison o xingou mentalmente. Ela não havia xingado antes para o caso de ele ler mentes. Pouco provável mas não era impossível, pelo menos ela acreditava que não era uma coisa absurda.
Perdera a noção do tempo enquanto corrigia as lições e foi retirada da sua concentração quando o Prof. Longbottom entrou na sala com um ar de desespero. Ele viu Madison ali e perguntou onde estava o Prof. Phelps. Felipe apareceu e Neville contou que Isabelle havia sido atacada por alguém em Hogsmeade e estava na enfermaria. Madison ficou branca como papel e Neville a guiou até a enfermaria para ver a prima.


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