Era uma sexta-feira, não muito diferente de todas as outras, pelo menos era o que eu pensava.

Meu final de semana mal começara e eu já estava lotada de compromissos. Além de ter de estudar durante toda à tarde, à noite minha família iria a um jantar na casa do chefe do meu pai.

Minha mãe me dissera para colocar uma roupa bonita, porque aquele jantar seriaimportantíssimopara o trabalho do meu pai.

Finalmente a noite chegara e fomos de carro para o primeiro compromisso do meu corrido final de semana.

Depois de mais ou menos uma hora no carro, chegamos a umabelíssimamansão, com mais ou menos 3 andares vista do lado de fora. No centro da mansão havia uma enorme porta na qual havia figuras de flores, borboletas, um leão e alguns animais mitológicos nos quais eu lera nos livros de história, esculpidas na madeira maciça.

Meu pai tocou acampainhae um garoto abriu a porta. Ele tinha cabelos castanhos claro, com muito gel e olhos verdes, usando um terno engomado de tão bem passado. Ele tinha um ar de desprezo quando se dirigia a nós.

– Entrem. Meus pais estão os esperando no salão principal - disse ele.

Nós entramos e fomos até um salão deslumbrante, no qual se podia ver o próprio reflexo sobre piso de mármore extremamente limpo.

– Bem vindos - disse uma mulher loira muito simpática que estava em pé ao lado de um homem alto e sério que ao que parece era o chefe do meu pai. - Vamos nos sentar à mesa para conversarmos melhor. Matthew, porque não leva a Mikayla até o seu quarto? Não é bom que fiquem ouvindo nossos assuntos sobre trabalho.

– Tudo bem. - disse ele e depois sussurrando. – Não tenho opção mesmo.

Comecei a pensar que mal o conhecia, mas já o achava insuportável. Quando dei por mim novamente, ele já estava na escada esperando que eu o acompanhasse até seu quarto.

Subimos pela enorme escada que estava no meio do salão, até chegarmos ao andar de cima, onde na primeira porta à direita se encontrava o quarto de Matthew.

O quarto era enorme. Havia prateleiras cheias de jogos e eletrônicos de última geração. Porém ele não tinha nenhum irmão, primo, vizinhos ou sequer amigos para dividir todas as suas tecnologias. Quase cheguei à sentir pena dele, pois ele estudava em casa e quase nunca saia de lá.

Havia uma cama entre dois armários no centro do quarto, encostada na parede. Em um dos cantos havia uma piano brancolindíssimoonde havia pequenos desenhos dourados de leão na ponta das teclas. No canto oposto do quarto havia uma poltrona vermelha em frente a uma tela que simulava uma lareira e entre elas havia uma mesinha de centro, onde a parte superior era de vidro sobre um toco de tronco de árvore.

Parecia que o seu quarto eram três ambientes completamente diferentes. E apesar de todas as coisas, o quarto era tão grande que parecia relativamente vazio.

– Sente-se. - disse Matthew percebendo que eu ainda estava em pé no meio do quarto observando cada detalhe.

Eu me sentei napoltronae fiquei observando à lareira e me lembrando dos dias frios queíamospra casa da minha vó etomávamoschocolate quente em frente à lareira.