Halloween Night Party escrita por Akbelle


Capítulo 3
Is This the End?


Notas iniciais do capítulo

Demorei, eu sei u-u, culpa da droga do vestibular, aquilo derreteu meu cérebro e acabou com a minha criatividade. Bom, agradeço aos comentários e a Mily por favoritar!
Sem mais, boa leitura!



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"- E onde estão?

– Com a pessoa que lhes deu o sopro da vida. - Tirou o pó das vestes após se levantar. - Vamos, quanto antes acharmos o culpado disso tudo, melhor."

~~*~~

Enquanto os guerreiros que sobraram vivos continuavam tentando sobreviver à todas as armadilhas dentro daquele labirinto, o ser que estava se divertindo como nunca havia parado de rir. Por um momento manteve um semblante sério, mas logo um sorriso sádico se curvou em sua face.

– Oh, então querem cortar os fios do marionetista, huh? Veremos se conseguem. - Relaxou-se sobre sua poltrona e observou os fios que saiam de sua luva.

Estava tão entretido com sua própria satisfação pessoal que não percebeu alguém na porta até a pessoa bater pela terceira vez.

– O quê?! - Mirou-o irritadiço.

– Vim lhe dizer que a minha parte já foi, quero meu pagamento. - Azin adentrou o cômodo escuro, recostando-se na mesa à frente do pequeno demônio.

– Acabou? - Ele riu. - Muito pelo contrário, meu caro guerreiro. Mal começou. Termine seu serviço e volte aqui. - Apoiou um cotovelo no braço da poltrona e a cabeça na mão, apontando para a porta com a mão livre.

– Você não me disse que todos deveriam morrer.

– E não vão, certamente alguns são espertos o bastante para saírem vivos, quero saber quais deles. - Sorriu cínico.

– Se for assim, como vou matá-los?

– Ora, não seja idiota! - Exclamou, perdendo a paciência. - Ou será que é tão burro ao ponto de não saber com quem pode ou não mexer? - Ironizou.

– Seu... Tch. - Levantou-se abruptamente. - Está bem, mas é melhor cumprir com sua parte. - Deu-lhe as costas e saiu do cômodo em seguida.

– Tolos por toda parte. - O demônio revirou os olhos, ainda sorrindo.

~~*~~

Elesis estava correndo; estava brava, triste, temerosa e mais várias outras coisas. Era um misto de emoções ruins que ela não sabia definir. Ter visto Amy e Jin naquele estado havia afetado sua sanidade mais do que deveria.

Claro, se ela não ficasse um pouco menos sã, diria que era tão psicopata quanto quem fez todas essas barbaridades com seus amigos.

Nunca fora próxima da rosada, mas vê-la daquele jeito era muito pra sua cabeça.

E Jin... Ah, Jin. A visão que teve de seu melhor amigo com a cabeça decepada foi o cúmulo. Se imaginar tal cena era péssimo, presenciar a cena ao vivo foi impactante demais.

De seus joelhos para baixo se encontrava ensaguentada, consequência do que havia visto; fora direto para o chão, sentindo suas pernas bambas e o coração julgado frio, em pedaços. Sim, havia perdido uma pessoa mais que valiosa, seu amigo de infância.

Ela não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo, não compreendia o porquê daquilo estar acontecendo. Uma pessoa psicopata atrás de diversão? Talvez.. Mas justo com eles? Se daria ao fato de serem os guerreiros mais fortes daquela região? Com toda certeza.

A ruiva estava tão imersa em seus próprios pensamentos e lamúrias que não percebeu os espetos crescendo do chão a sua frente. Fora ver o que acontecia no momento quando um dos objetos afiados atravessou seu pé.

Urrou de dor.

Lágrimas caíram de seus olhos, sua face estava vermelha; a raiva exalava de seu ser. Queria por as mãos naquele sujeito imundo que estava por trás de tudo isso, queria matar o ser, queimá-lo e jogar suas cinzas no rio. Despertar seu espírito vingativo era algo que tal pessoa não devia ter feito.

Ao menos era o que ela pensava.

Descobriu estar errada ao escutar uma voz sombria ecoar em sua mente.

"Oh, a menina de cabelos vermelhos ficou bravinha? Por que não se junta a seus amiguinhos então?"

– Quem é você?! - Berrou irada.

– Elesis? - Assustou-se com uma voz conhecida atrás de si. Virou-se rapidamente, avistando duas orbes prateadas.

– Sieghart! - Exclamou animada, indo em sua direção à passos rápidos; bem, ao menos tentou, já que um de seus pés estava inutilizável. - Você está vivo! - Abraçou o moreno, que retribuiu o abraço no mesmo entusiasmo

– O que houve com seu pé? - Perguntou, separando-se dela.

– Eu não percebi uma armadilha. - Disse. - Você encontrou mais alguém?

O imortal abaixou a cabeça e fitou o chão por mais alguns segundos.

– Encontrei...

– Mas eles estavam... - A ruiva deduziu, já com a voz pesarosa.

– Sim. - Siegh suspirou. - Vamos sair daq-

O imortal não conseguiu terminar sua frase. Foi ao chão de joelhos, com as mãos segurando a cabeça. Sentira uma dor insuportável e não conseguia se manter desperto.

– Siegh! Não, Siegh! - Elesis entrou em desespero. - Continue acordado! - Chacoalhou o garoto.

Subitamente, ele soltou a cabeça e caiu inerte nos braços da menina, levantando alguns segundos depois.

– S-Siegh? - Indagou, confusa.

– Estou bem. - Respondeu calmo e recebeu um abraço. Abraçou-a de volta, porém com mais força do que necessário.

– Ei, imortal, está me amassando. - Brincou. Percebeu que ele não disse nada, nem retrucou, apenas continuou apertando-a mais e mais. - Siegh, é sério, me solta.

Uma risada estranha saiu de seus lábios e uma voz que não era a sua sussurrou: "Adeus, ruivinha". Apunhalando-a com uma faca que levava consigo.

Tossidas foram escutadas e um pouco depois, Elesis parou de se debater, caindo inerte no chão. Seus olhos permaneciam abertos, em uma expressão raivosa e triste ao mesmo tempo.

Novamente o imortal foi de joelhos ao chão, sentindo seus olhos revirarem. Conseguiu abri-los com dificuldade e olhou em volta.

Avistou sua descendente caída morta no chão.

– O que..? Como?! - Lágrimas se acumularam, ameaçando descer.

"Você a matou, esqueceu-se, caro imortal?" A voz daquele ser desprezível ecoou em sua mente.

– Não... Eu não fiz..

"Fez. Você a matou. Matou sua descendente. Com sua próprias mãos." A criatura fez questão de dar ênfase em cada frase, causando sofrimento para quem a escutava. Quebrou o contato mental com uma risada sádica.

– Elesis... - No momento, as lágrimas caiam em cascata por sua face.

O moreno estava transtornado. Não conseguia acreditar no que tinha feito - ou que havia sido compelido a fazer. Sua mente estava uma bagunça; sua sanidade estava praticamente nula.

Movido à tristeza e culpa, pegou a faca que estava ao lado do corpo frio da ruiva e mirou-a. Sussurrou pequenas palavras de desculpas e apertou o cabo do objeto cortante, enfiando-o em seu peito logo em seguida.

Após longos e agonizantes minutos, se encontrava morto ao lado de sua parente, a quem tanto protegia, apesar de sempre provocarem.

~~*~~

– Mari, você tem certeza que é por aqui?

– Sim Lin, caso quem esteja por trás disso não decidir se acovardar e fechar o caminho... É por aqui sim.

– Mas o que faremos ao dar de cara com ele? Digo, estamos sem magia!

– Entretanto, não estamos desarmadas.

– Meu leque é inútil se não consigo utilizar magia! - Exclamou a sacerdotisa, desesperançosa.

– Você sabe lutar corpo-a-corpo, não sabe? - A grisalha assentiu. - Ótimo, isso basta.

– Como...?

– Confie em mim. - Mari mirou-a. - Vai dar certo, se foque no seu combate e acredite que vai funcionar.

– Se você diz. - Suspirou.

As duas seguiram em frente, torcendo para que o caminho em que estavam fosse o que as levaria até a pessoa que estava por trás de tudo isso.

Claro, Lin estava relutante, pensava que desafiar tal pessoa era pedir pra ser morto. Tentar escapar viva disso já era o bastante, porém, como guerreira era seu dever enfrentar isso. Isso e mais qualquer outro desafio que vir mexer com ela e seus amigos.

Ao contrário dela, a tecnomaga estava completamente calma. Quem a visse poderia julgá-la de insensível, até mesmo de sociopata. Só não era julgada pois estava com sua amiga, que a conhecia o suficiente para saber que Mari sempre encobria seus sentimentos, caso tivesse algum.

A frieza da menina era perceptível para qualquer um, só os mais próximos conseguiam entender a garota.

O plano das duas ia bem, até se chocarem contra uma parede.

– Eu sabia. - A de cabelos azuis disse seca. - É covarde demais para enfrentar-nos?

– Mari, se ele não quer lutar, melhor assim, vamos arranjar um jeito de sair daqui apenas.

"Querem lutar? Que lutem então!"

– O quê...? - Lin olhou para os lados, confusa.

Três monstros surgiram ao lado delas; monstros iguais àquele que Mari havia despistado.

– Foco nos movimentos. - Murmurou ela para a sacerdotisa.

– Certo. - Respondeu convicta.

As duas sacaram suas armas e avançaram nos inimigos. Como primeiro golpe, Mari acertou a cabeça de um deles com seu martelo, derrubando-o no chão. Antes dele ter tempo para levantar, Lin lançou seu leque em direção ao pescoço da criatura caída, enquanto desviava da faca de outro monstro.

O leque cortou a cabeça do bicho, deixando-a surpresa.

– Como?!

– Antes de virmos, eu ajeitei algumas armas por precaução. - Respondeu a tecnomaga. - O seu leque foi uma delas.

– Ajeitou como? - Perguntou, ajudando Mari a desviar de outro ataque.

– Afiei a ponta e deixei-o mais resistente. - Disse, martelando a barriga de um dos bichos que havia avançado nela.

– As vezes esse seu senso de preocupação é bem útil. - Lin riu levemente, alcançando sua arma e lançando no mesmo monstro que Mari havia martelado, acertando-o no braço e arrancando-o fora.

– Mire na cabeça.

– Pode deixar.

As duas se entreolharam e soltaram um sorriso de canto, utilizando a mesma técnica com os outros dois restantes.

Em menos de alguns minutos, os monstros se encontravam caídos no chão, os corpos inertes e sem cabeça. Alguns sem um braço ou uma perna, já que Lin não conseguia acertar todas as vezes.

– Vamos sair daqui antes que eu vomite. - Sugeriu, puxando Mari pelo braço.

~~*~~

Lupus estava sentado no chão, encostado em uma parede. Uma de suas Scarlets se encontrava jogada ao seu lado; sua mão direita estava sangrando, havia um buraco bem no meio dela.

O caçador sentia dor, mas não se renderia à qualquer perigo que apareceria. Não conseguia segurar a arma com tanta precisão utilizando aquela mão, entretanto, continuava com seu braço esquerdo; sua prótese.

Apesar de sempre ter sido melhor como destro e costumar utilizar somente aquele braço quando a situação não é tão séria, se acostumaria fácil. Afinal, ele era Lupus Wild.

Permaneceu em seu lugar, descansando de seu último confronto com uma criatura estranha. Por mais que acertava tiros, o bicho não morria. Teve de conseguir cortar a cabeça fora para poder pará-lo.

Organizava seus pensamentos e fazia alguns planos quando ouviu barulho de passos. Pegou a arma que estava jogada com sua mão boa e atirou quando viu as silhuetas se aproximarem.

O alvo do tiro abaixou e desviou de mais um tiro, gritando para parar.

– Lupus somos nós! - Lin bradou.

Ele guardou a arma com certa dificuldade e suspirou.

– Vocês estão inteiramente cobertas de sangue. - Retrucou, levantando-se. - Não reconheci.

– O que aconteceu com sua mão? - Mari perguntou.

– Nada.

– Você está sangrando muito! - Exclamou a outra, rasgando um pedaço de tecido da blusa que usava. - Me dá a mão aqui. - Disse.

– Não preciso disso. - Reclamou, se afastando.

– Por mais que você se vire sozinho, temos que ficar juntos. Deixe a Lin fazer o curativo que eu vou ver se esse caminho leva à algum lugar. - Falou fria, se afastando lentamente.

Lupus bufou e a contragosto estendeu sua mão para a sacerdotisa. A menina colocou o pano ao redor da mão, pressionando-o para que estancasse o sangramento. Assim que parou de sangrar, ela pegou outro pedaço da blusa e amarrou envolta, impedindo que voltasse a sangrar e - como esse novo pedaço estava milagrosamente limpo - evitar qualquer infecção que piorasse o estado.

– Você achou alguém? - Perguntou, para que quebrar o silêncio.

– Vivo não. - Respondeu seco. - Encontrei Lire e Ryan.

– Como eles estavam?

– Quase em pedaços, mas ainda se moviam, não sei como.

– Se... moviam? - Espantou-se.

Antes que o caçador respondesse algo, Mari voltou, chamando a atenção dos dois.

– Apressem-se aqui! - Exclamou. - Achei um luz! Não tenho certeza se é uma saída, mas se parece bastante com o portal que nos jogou pro meio do labirinto!

Os dois se entreolharam e correram em direção à azulada. Juntos, seguiram pelo caminho que Mari havia indicado, encontrando com o tal portal.

– E se for uma armadilha?

– Prefiro arriscar e ser morta por uma armadilha do que definhar nesse lugar. - Lin respondeu.

– Corajosa, ein? - Debochou o haros. - O que acha, nerd?

– Inconveniente até mesmo aqui. - Comentou a garota, balançando a cabeça negativamente. - Lin está certa, vamos entrar.

Mesmo receosos, deram as mãos e pularam no portal, sendo encobertos por uma forte luz roxa.

~~*~~

– Dio, você...

– Senti, você também? - Cortou a amiga, sabendo o que diria.

– Será que eles conseguiram escapar? - Perguntou, esperançosa.

– Engraçado você querer o bem dos outros. - Zombou.

– Ora, achamos vários corpos pelo nosso caminho e a Lin não estava entre eles, pode ser que ela tenha sobrevivido.

– Quem diria que a grande princesa de Elyos só possuiria uma amiga. - Riu maldoso. - Vamos por aqui, a energia vem daquele lado.

– Você é um idiota. - Reclamou, seguindo o asmodiano pela direção apontada.

~~*~~

"Parece que alguém encontrou o final do labirinto..."

A criatura sorria diante da cena que presenciava, achando graça de todas as armadilhas que eles escaparam e o que nem esperam por vir.

– Quero só ver do que eles realmente são capazes.

Uma risada cínica pode ser ouvida por toda a extensão daquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu sei que eu deveria ter terminado a fic neste capítulo mas... Não deu, tava grande e ia ficar muito maior, não resisti, tive que cortar rs.
O que acharam? Comentem! Me dá inspiração pra continuar :3
Até o próximo!



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