Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

...''- Você sente muito? – ele pergunta me encarando sorrindo – Eu sei, eu também! Mas agora já foi! – ele fala balançando a cabeça querendo mudar de assunto.
Eu continuo apenas observando ele''...



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Enquanto eu observo ele tento ver alguma semelhança com algum dos tributos mas não consigo encontrar nenhuma, refaço a lista na minha cabeça e nada de novo.
– O quê? Agora você vai ficar com pena de mim? – ele pergunta erguendo a sobrancelha
– Não fui eu quem foi jogado de um lado pro outro nessa confusão! – ele fala sério.
– Eu nem sei quem você é! – eu falo tentando afastar qualquer tipo de emoção.
– O que você precisa saber pra me conhecer melhor? – ele pergunta cheio de malicia na voz e se aproxima mais de mim, antes que eu pudesse responder, o homem volta com uma bandeja trazendo o pedido que ele fez, ele coloca a bandeja sobre a mesa de centro.
– Obrigada! – eu agradeço enquanto o homem se afasta.
Eu puxo uma cadeira para mais perto do sofá, pego a xícara com café e os biscoitos, Brian pega a toalha e nós nos aproximamos do Haymitch no sofá.
– Haymitch! – eu o chamo enquanto balanço ele, ele abre os olhos resmungando.
– Toma isso aqui! – Brian pega a xícara de café da minha mão e coloca na frente do rosto dele.
Ele balança a cabeça e se afasta da xícara.
– Pelo menos um gole! – eu falo tentando fazer ele segurar a xícara, ele se nega a segurá-la, Brian segura a nuca do Haymitch, pega a xícara da minha mão ele a aproxima da boca do Haymitch e o força a beber, ele faz uma cara de reprovação mas Brian força mais um gole e ele acaba tomando metade da xícara.
– Agora come isso aqui! – ele entrega os biscoitos e eu apenas fico observando.
Haymitch come mesmo contra vontade, enquanto ele está comendo Brian me olha e me entrega a toalha molhada.
– Passa na nuca dele e depois deita ele com ela sobre os olhos! – ele fala com a sua voz firme de novo. Eu concordo com a cabeça e pego a toalha passando pela nuca do Haymitch enquanto Brian se volta para uma poltrona próxima e pega o uísque começando a beber.
Haymitch termina de comer e eu faço como Brian falou, colocando a toalha sobre os olhos dele enquanto ele está deitado, eu me levanto. Eu me viro pra ele e o vejo bebendo mais um gole da bebida fazendo uma cara de reprovação.
– Eu não sei como alguém pode gostar de beber isso! – ele fala quando percebe que eu estou olhando pra ele. Eu não respondo nada, ainda estou tentando entender o que ele me falou antes.
– Anda, pergunta logo o que você quer saber! – ele fala e dá mais um gole na bebida, coloca o copo na mesinha de novo e se inclina na minha direção apoiando os cotovelos na perna.
– Quem era seu irmão? – eu pergunto o que mais está me incomodando.
Ele me olha com um sorriso triste e encosta-se à cadeira de novo mas sem abandonar meu olhar – Não foi nos últimos jogos, então você provavelmente nem sequer vai se lembrar do rosto dele – ele fala dando de ombros – Não é esse o fim daqueles que morreram nos jogos? O esquecimento – ele fala cheio de ódio e magoa na voz.
– Você não se esqueceu dele! – eu falo com a voz baixa.
Ele da de ombros e parece se perder em alguma lembrança.
– Quando foi isso ? – eu pergunto ainda tentando acompanhar a história.
– Cinco anos atrás! – ele fala com a voz rouca, ele desvia o olhar do meu – Ele era um ótimo garoto! Ele era como se fosse a minha parte boa! – ele fala relembrando com um sorriso triste.
Cada vez menos eu entendo esse cara, primeiro eu estava completamente incomodada com ele, irritada mas agora alguma coisa me diz que talvez ele não seja um completo idiota. Eu continuo o observando, ele ainda está perdido em alguma coisa, mas eu não falo nada, deixo que ele fale.
– Eu tinha acabado de fazer dezoito anos – ele começa a falar de novo me olhando – O nome dele foi tirado e eu não podia fazer nada, ele era um ótimo garoto mas não tinha chance, ele tinha treze anos – ele respira mais uma vez fechando os olhos e quando abre de novo eu encontro com seu olhar irônico de novo. – Mais alguma coisa que você quer saber? – ele pergunta me encarando.
Eu ainda estou surpresa com a capacidade que ele tem de mudar de emoção tão rapidamente, quando uma voz vem da entrada do salão, eu me viro rapidamente pra encontrar Plutarch falando com a mesma secretária que estava na sala da presidente outro dia. Ele se vira para onde estamos e eu já me preparo para ter que me encontrar com ele quando ele abre um sorriso erguendo a mão e vindo na minha direção, eu estranho o sorriso e a simpatia que ele está mas já ia me levantar quando eu percebo que não é pra mim, Brian já está de pé passando por mim com um grande sorriso no rosto, os braços abertos e então eles se abraçam, os dois parecem grandes amigos, trocando sorrisos e falando entre eles, então Brian se vira pra mim falando algo com Plutarch que me olha e me dá um leve aceno de cabeça sério, eu ainda estou surpresa com isso, mas devolvo o balançar de cabeça, os dois ainda estão falando sobre algo e a cada minuto que passa esse cara me deixa mais confusa.
Que se dane Katniss, você não tem mais nada a ver com isso! – eu falo pra mim mesma.
Eu olho pro Haymitch e ele está morto pro mundo e eu decido que eu já me enchi disso, olho novamente para o Plutarch e o Brian e eles já estão se despedindo então eu me levanto rapidamente, já estava passando por Brian quando ele segura meu braço.
– Me solta! – eu falo séria, eu já não tenho mais paciência pra esse cara e eu não estou entendendo nada, já passou da hora de eu ir embora.
Ele solta o meu braço quando percebe que eu não estou brincando.
– Qual o problema? – ele pergunta me encarando, eu me viro pra ele com raiva.
– Eu que te pergunto, qual seu problema? – eu falo alto demais mas não me importo com isso, eu odeio estar no meio de algo que eu não sei o que é, por mais que eu queira sair e esquecer isso, alguma coisa em mim não consegue não entender o que está acontecendo – Você ficou me cercando, jogando aquelas indiretas pro Peeta, depois veio me ajudar com Haymitch e agora eu descubro que você é amigo do Plutarch. Mas o quê eu posso descobrir sobre você? Foi ele que te mandou aqui? – eu falo tudo rápido demais e totalmente irritada, quando eu termino de falar percebo que estou com o dedo encostado no peito dele, ele está me olhando surpreso com a minha reação mas logo ele dá um passo pra trás e se recupera do susto.
– Não! Ele não me mandou aqui! – ele nega com a voz calma e grossa de novo – Na verdade ele acabou de me avisar pra ter cuidado com você! – ele fala sorrindo.
– Então é melhor você seguir o conselho do seu amigo! – eu falo me virando novamente pra sair.
– Então você não quer ouvir a história? – a voz dele alta e clara me alcança.
– Eu só quero que vocês me deixem em paz! – eu falo irritada, me virando pra ele.
– É uma pena, por que eu considero uma boa história e de certa forma tem a ver com você! – ele fala como se não desse muita importância.
Eu o encaro e ele devolve o olhar com a mesma intensidade que eu.
– Você tem dois minutos, já devem estar me procurando lá fora – eu falo indicando que ele comece a falar. Ele me mostra o salão de novo e começa andar, eu continuo parada olhando pra ele, ele vai até a poltrona que estava antes e se senta novamente me esperando. Eu tomo uma respiração profunda me preparando para seja lá o que ele for falar e caminho até a poltrona de frente pra ele.
– E qual é a história? – eu pergunto querendo acabar logo com esse mistério.
Ele sorri com ironia quando eu pergunto, então ele se inclina pra frente e apoia os braços na cadeira, seu semblante se torna sério e concentrado e ele começa a falar.
– Cinco anos atrás no distrito quatro, eu estava fazendo dezoito anos, um dia depois teve a colheita e o papel retirado trazia o nome Mike Miller – ele fala calmamente – Pra maioria era só um garoto de treze anos sorteado, pra mim ele era a única criança que não deveria ser sorteada e eu simplesmente tive que cruzar os braços e ver ele se entregando. Naquele momento eu dei o último abraço no meu irmão, na única pessoa que eu mais amei na vida – ele fala e eu tenho que me controlar por que me peito aperta a cada palavra dele, foram os sentimentos que eu tive quando Prim foi sorteada mas eu pude tomar o lugar dela, ele não.
– Ele foi levado. Eu, minha mãe e meu pai tivemos que assistir a morte dele. Ele morreu no banho de sangue. Pra maioria foi só mais um! – ele fala me olhando mas seu olhar tem uma raiva profunda – Pro meu pai era o filho mais novo, o pequeno homem da família, ele simplesmente não aguentou isso, então no dia seguinte da morte do Mike ele começou a beber, ele voltava pra casa quase arrastado ou nós íamos buscar ele caído por algum lugar, minha mãe perdeu qualquer alegria que ela tinha antes, eu vi minha família morrer aos poucos – ele dá uma pausa e volta a falar – Um ano depois meu pai bebeu demais como sempre e entrou no mar, nós procuramos ele por dois dias mas nunca achamos, minha mãe não suportou isso e algumas semanas depois ela morreu! – eu estou olhando pra ele e me controlando por que essa era ultima história que eu esperava escutar de um cara como ele, ele é auto confiante, bonito, irônico eu nunca iria imaginar um passado como esse pra ele, eu permaneço muda apenas ouvindo cada palavra dele.
– Então eu era um cara de dezenove anos, sozinho, que viu a família morreu aos poucos, cheio de ódio de todos. No dia que eu enterrei minha mãe, eu jurei pra ela que eles iam pagar, eu ia vingar o que eles fizeram pra gente. Eu passei os dois dias seguintes tentando encontrar um jeito de chegar até aqui na Capital, eu descobri que ia ter uma entrega pra cá e consegui entrar no trem, eu não tinha nenhum plano formado nem nada, eu não sabia o que fazer quando chegasse aqui, mas eu tinha certeza que aquilo não ia ficar em branco então eu cheguei - ele pausa desviando o olhar do meu e se encostando na cadeira.
– Eu vim direto pra frente da mansão mas logo percebi que não ia ser fácil fazer seja lá o que eu fosse fazer, a casa era rodeada de guardas vinte quatro horas por dia, eu fiquei três dias observando e me escondendo e ainda não tinha nenhum plano, eu estava sujo, com fome, com sede e eu comecei a pensar que talvez fosse uma grande idiotice isso tudo!
– Eu sei como é! – eu sussurro pensando em como eu sei o que é perder as esperanças.
– Então no quarto dia eu surtei, eu senti que não ia aguentar mais muito tempo, meu corpo doía e eu sabia que eu ia morrer ali sem ter feito nada, então eu voltei pra frente da mansão e esperei até que um homem saiu de carro, eu não sabia quem ele era, nunca tinha visto ele antes, mas se ele estava saindo de carro da mansão devia ser alguém importante, então eu peguei uma pedra que tinha caída perto de mim e joguei na direção dele, quebrou o vidro do carro mas ele não pareceu se machucar, ele saiu do carro, me encarou e veio na minha direção, eu não corri, eu fiquei parado, eu queria mais que ele me matasse, por que se eu não conseguisse me vingar nada mais importava.
– Por que você fez isso com uma cara que você nem sabia quem era? Você esperou tento tempo pra isso? – eu interrompo ele perguntando rápido, ele me pareceu decidido demais pra fazer isso, ele podia ao menos ter feito isso contra alguém importante, sei lá.
– Eu não me importava mais em quem eu ia atingir, eu esperava pelo Idealizador dos Jogos mas ele não aparecia, então qualquer um que eu machucasse me pareceu algo melhor que nada – ele fala dando de ombros – Mas pra minha sorte essa foi a melhor coisa que eu fiz – ele fala e sorri ironicamente.
– Quem era? – eu perguntei já desconfiando da resposta.
– Plutarch Heavensbee! – ele fala me encarando – Naquela época ele não era Idealizador e nem tinha tanta visibilidade como agora, mas ainda assim tinha prestígios no governo.
– E o que isso tem a ver comigo? – eu pergunto confusa, essa história é louca demais.
– Bom, eu me preparei pra ser entregue e condenado, mas quando ele se aproximou e me perguntou o porque eu tinha feito isso, eu despejei toda minha raiva e meu ódio em cima dele, eu falei que eu ia vingar o que aconteceu e que se alguém quisesse me impedir ia ter que me matar e foi o que eu achei que ele ia fazer, mas ao invés disso ele começou a rir, eu não entendi nada, eu tinha acabado de falar aquelas coisas e ele nem se importou, ele me levou rápido pro carro dele e sem falar nada, me levou pra casa dele, ele me deu roupa, comida e então nós conversamos, ele disse que podia me ajudar, que podia me entregar a vingança que eu queria e foi o que ele fez, ele me apresentou a todos no outro dia como um sobrinho dele que tinha acabado de perder a família e iria morar com ele, ele me colocou em treinamentos, me deixou por dentro de algumas coisas e por dois anos ele me preparou e me ajudou.
– Ele não fez isso por que ele é bom, ele fez isso por que precisava de você! Foi apenas interesse próprio! – eu falo já que ele fala de Plutarch como um herói.
– Katniss eu não sou imbecil! – ele fala rindo – É claro que ele tinha um interesse, ninguém faz nada por bondade genuína! Ninguém! Nem eu, nem você – ele repete me encarando – Não sejamos hipócritas, nós só fazemos aquilo que nos trará benefícios!
– Existem exceções! – eu falo me lembrando do Peeta.
– Não existem! – ele nega, mas eu não rebato.
– E onde eu entro nessa história? – eu pergunto querendo acabar logo com isso.
– Bom, como eu disse, eu comecei a fazer parte do plano dele mesmo sem saber ao certo qual era, eu treinava, ele me instruía e eu tinha que fazer algumas viagens levando mensagens em alguns distritos. Até que depois de um tempo nisso, chegou a 74º edição dos Jogos Vorazes e eu vi uma garota fazer aquilo que eu queria ter feito, a oportunidade que eu queria ter tido ela teve e ela se voluntariou salvando a vida da irmã dela – ele pausa me olhando intensamente – Eu daria tudo pra ter tido a chance que você teve – ele murmura me encarando – No momento que você subiu aquela escada eu senti uma espécie de inveja de você, por que você pôde salvar sua irmã e eu não pude fazer isso! – ele fala com a voz rouca.
– Eu não consegui salvá-la no final de tudo! – eu falo com a voz falhando.
– Você deu sua vida por ela Katniss, era o que eu queria ter feito! Eu sinto muito pelo que aconteceu depois, mas você fez tudo que pôde fazer por ela e eu te invejava por isso, mas ao mesmo tempo eu te admirava também, você não foi pra morrer, você foi pra lutar e isso conseguia ser ainda mais admirável. Eu passei aquela edição inteira acompanhando você – ele fala sem abandonar meu olhar e eu me sinto estranhamente envergonhada pelo modo que ele fala.
– Foi quando as coisas começaram a mudar, você e Peeta venceram contrariando tudo e essa era oportunidade que faltava, o plano avançou assim que Plutarch se elegeu a Idealizador dos Jogos, com ele mais próximo mais rápido seria derrubar o governo, eu voltei pro Distrito quatro, eu queria ter ficado aqui mas depois eu entendi que pra ter minha vingança eu não teria que estar necessariamente aqui na Capital, estando lá eu também estaria me vingando e eu consegui, nós tomamos o quatro e nos aliamos a eles, o resto você já sabe o que aconteceu, os rebeldes venceram a revolução! – ele termina a história e me encara esperando que eu fale algo.
– Não era isso que eu esperava! – eu falo sem saber ainda o que eu dizer.
– Eu imaginei! Você achou que eu fosse alguém querendo atrapalhar sua vida ou algum fã louco apaixonado – ele fala rindo.
– Mas ou menos isso – eu admito.
– Eu só realmente queria conhecer a garota que conseguiu mesmo que indiretamente me dar o que eu tanto procurei – ele fala dando de ombros.
– E pra isso você tinha que fazer aquela cena toda? – eu pergunto me lembrando do que ele fez antes.
– Eu não sou um cara discreto! – ele fala rindo – Acho que o Peeta não gostou muito de mim! – ele fala ironicamente.
Então eu me lembro do Peeta e ele deve está me procurando, eu me levanto.
– Eu não posso culpá-lo! – eu falo já de pé.
– Acho que meus dois minutos acabaram! – ele fala já de pé também.
– É, eu tenho que ir! Peeta deve estar me procurando! – eu falo esticando a mão pra ele.
Ele aperta a minha mão.
– Foi bom te conhecer! – ele fala com um sorriso.
Eu me viro olhando pro Haymitch.
– Pronto! Agora ele fica aí até a festa acabar! – eu falo já me virando pra sair, dessa vez eu consigo sair mas não acho Peeta começo a andar procurando por ele, mas sem muito sucesso, até que ele me encontra.
– Katss! – ele me chama me parando, eu me viro pra ele e o encaro.
– Eu estava te procurando!
– Onde você estava? – ele pergunta se aproximando mais de mim e colocando os braços em volta da minha cintura, mas com uma cara de preocupado.
– Eu estava tentando não deixar o Haymitch ser expulso e nem vomitar o salão inteiro! Mas eu espero que você tenha aproveitado bastante a sua dança – eu falo fingindo indignação.
Ele se afasta e me olha curioso – Kats, qual o problema? – ele pergunta sorrindo – Eu só fui por que você disse que estava tudo bem! – ele se defende – E o que aconteceu com o Haymitch? – ele pergunta ainda curioso.
– Ele bebeu demais pra variar!
– Eu sinto muito mas eu não podia adivinhar – ele se defende de novo.
– Claro que não, você estava bastante empolgado lá na pista né! – eu falo encarando ele.
– Kats! – ele pede passando o nariz pelo meu pescoço como ele sempre faz – Eu preferia estar com você a cada segundo! – ele se aproxima de novo e dessa vez eu não me desvio dele, ele aproxima nossos rostos me olhando como que pedindo permissão e como resposta eu aproximo nossos lábios, quando o beijo começa eu sinto toda a agitação se escorrendo de mim e a vontade e a fome que eu tenho dele tomando seu lugar, nosso beijo segue até que estamos sem ar, quando nos afastamos, eu abro meus olhos e o encontro me olhando, nossos olhares se encontram e os sorrisos aparecem como sempre, nada me importa quando estou com ele, ele ainda é tudo que eu preciso.


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