Almas Ligadas escrita por Caroles
Notas iniciais do capítulo
Como diz o nome, aí está o prólogo! Espero que goste e se envolva com a história. Tentei proporcionar diferentes escolhas das dadas no jogo.
– Às vezes eu ainda sinto como se fosse "a estranha". – suspirei, encarando Nathan. Achava ridículo ter de sempre desabafar meus problemas, mesmo tendo 20 anos e sabendo muito bem sobre o que sinto. – "Talvez você tenha que aceitar a si mesma antes de querer que as pessoas ao seu redor te aceitem...", é, Nathan, você já disse isso.
Nate me encarava como um corvo. Abrira a boca para falar no momento em que finalmente inclinou-se para trás, como se aliviasse a tensão. Endireitou a coluna e pousou as mãos sobre a mesa.
– Jodie... – pronunciara, devagar. – Você tem que se aceitar, sempre! Eu presencio o que você sofre... Presenciei. – e mais uma lição tosca que Nathan sempre achava que iria me ajudar em alguma coisa. Humpf, para mim, aquilo não fazia o mínimo sentido.
– Eu não me importo, Nate. – desatei a fuzilá-lo, na intenção de amedrontá-lo. – Estou presa nesse lugar desde quando era uma criança inocente. Fui abandonada, maltratada por patricinhas ridículas... Acusada de ser uma bruxa! Eu só quero ser normal! E é bom achar uma solução pra isso! Aiden também já deve estar cansado. Eu sinto... – meu coração batia forte. Sentia a presença de Aiden mais forte naquele momento. Sempre que pronunciava seu nome, era como se ele viesse correndo até mim.
Antes que pudesse levantar-me e ir embora irritada como sempre, Nathan pegou minha mão e sorriu.
– Jodie, acalme-se. Eu tentarei descobrir... O quanto antes.
Revirei os olhos.
– "Descobriremos o que está acontecendo com você.", foi o que disse quando cheguei aqui. E amanhã farei meu 20° aniversário aqui. Realmente, te adoro muito, Nathan. – levantei-me, sem mais nem menos. Andei sobre o azulejo da sala de testes, procurando algo interessante para olhar além dos corredores brancos e sem graça do lado de fora da sala.
Ficar num instituto de pessoas paranormais realmente não é algo para mim. Continuei andando tentando atolar-me em pensamentos mais importantes, como o fato de fazer 20 anos. Qual é?! Eu já tinha passado dos 18, já era livre. Mas o dever de Nathan e de seu assistente que auxiliava o doutor em meu caso, era manter-me aqui até descobrir o que fazer para deixar Aiden. Tudo o que eu sempre quis era ser uma pessoa normal.
Abri a porta de meu quarto, logo, ao deixá-la se fechar, um barulho irritante de tranca que eu ouvia todos os dias fora soado.
Direcionei-me até o banheiro, com expressão séria, cara amarrada, como dizem. Estalei os dedos, o pescoço. Mais um dia presa aqui, pensei.
Já no local, fitei o espelho, com as seguintes palavras:
"Não me deixe."
Então virei para trás, lado esquerdo, direito e para frente de novo.
– Aiden? – sussurrei. – Você escreveu isso?
E então um "sim" enorme fora escrito embaixo do "Não me deixe."
Aquilo era apenas o começo... Apenas o começo...
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Pois é, espero que tenham gostado. x)