Flower of science escrita por Berry Baker


Capítulo 19
Sempre juntos!


Notas iniciais do capítulo

HIIIIIIII peoples! mais um novo capitulo! espero que gostem muitoooo desse,e para quem for perguntar se a fic está no final a responta é...não,tenho ainda muitas ideias pela frente uahuahauahuahau,podem esperar muitos capitulos ainda.Beijos na bunda de vocês e deixem comentarios!!



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POV´S AUTORA:

Cebola corria feito um louco dentro do enorme salão lotado com inúmeras pessoas dançando a um ritmo de uma dança leve e suave.Seu couro cabeludo estava arrepiado,e quando isso acontecia não era um bom sinal.Seus olhos se arregalam atentos e frenéticos entre a multidão,nenhum sinal da Mônica.Ela não pode estar no baile,pensa Cebola com desespero,no mesmo momento esbarra com alguém alto e musculoso,era o Adrian:

–Que cara é essa?-pergunta de maneira desconfiada.-Esta acontecendo alguma coisa?

Cebola engole em seco e por um momento parece engasgar com a própria aflição,ele não poderia esconder a verdade do próprio irmão da Mônica,cedo ou tarde ele iria descobrir:

–A Mônica! A Mônica desapareceu!-diz com uma mistura de medo e nervosismo.

A expressão desconfiada no rosto de Adrian passa para uma completamente preocupada,seus olhos piscam como um leão feroz a procura de algo importante enquanto vasculhava desesperadamente pela multidão ,seus olhos cor de mel finalmente se voltam a Cebola e parecem tensos e raivosos:

–Como assim ela sumiu?? –fala com os dentes cerrados.-Para onde ela foi?

Todo aquele desespero contido em Cebola parecem virar um pouco de raiva ao ouvir a pergunta ridícula de Adrian:

–Se eu soubesse acha que estaria te perguntando?-diz com um tom sarcástico.

Adrian parece ficar vermelho e Cebola não sabe exatamente se é por causa do nervosismo ou por raiva,via das duvidas decide dar um passo para trás.Alice chega no mesmo instante e parece sorridente ao se aproximar de Adrian,mas assim que vê sua expressão seu sorriso vai desmoronando como uma torre frágil de cartas até seus olhos reluzirem atentos como sinais de alerta:

–Adri? Ta tudo bem?-ela toca em seu ombro preocupadamente.

Adrian segura suas mãos como se fosse fazer um pedido importante,seus olhos mais pareciam de um grande felino atento a qualquer perigo:

–Lice,ligue para a Marise,a Mônica...a minha irmã desapareceu.

Ela arregala os olhos boquiaberta e pasma,por um momento parece um estatua mas quando sua ficha cai,pergunta:

–Tem certeza? Ela pode ter saído para tomar um ar e...

–Não.-Adrian diz com uma firmeza inexplicável,algo em sua postura fez com que Cebola tremesse,ele parecia pressentir alguma coisa.-Ligue para Marise,eu não estou gostando nada desse pressentimento,enquanto isso vou dar uma olhada lá fora.

Alice faz um gesto de concordância exagerado,parecia nervosa e suas mãos suadas alcançaram o telefone na bolsa preta,ela disca rapidamente os números sem nem sequer piscar.Adrian sai dali e começa a passar pela onda de pessoas,abrindo uma trilha de corpos que logo se fecha ao passar.Cebola o segue sem hesitar,mas uma coisa queimava em seu interior,uma sensação ruim e nauseante que ele jamais esqueceria.

As lagrimas ainda estavam em seu rosto,ele finalmente tinha conseguido a Mônica depois de meses desaparecida e agora...havia perdido a garota que ama.E sabe o pior disso? Era que ele não podia provar sua inocência,a noite com a Irene tinha sido real,nada mudaria isso:

–Pensei que estava ao lado da minha irmã.-Adrian cerra os dentes irritado enquanto anda pela pequena trilha que é aberta pelas pessoas que dançavam despreocupadamente pelo caminho.-Ela não é de sumir assim,o que aconteceu cinco fios?

Ele vira rapidamente ao chegar na enorme porta de saída e encara Cebola com seriedade.Percebe na mesma hora que deveria responder:

–Eu estava ao lado dela,mas ai...-Cebola hesita mas as palavras saem tremulas ao olharem o olhar selvagem do Adrian.-Ai ela foi para o banheiro...

–Ora não me enrole.-Adrian parecia um leão selvagem com muita vontade de estrangular alguém.-Eu sei quando alguém anda fazendo coisa que não devia,e pela sua cara...você fez alguma coisa que não devia,então ao menos que tenha um bom motivo para eu não te dar uma surra agora...é melhor dizer o que aconteceu.

Cebola engole em seco e não consegue esconder seu olhar incrédulo:

–Esta me ameaçando?

Adrian forma uma linha reta com os lábios e os olhos piscam com firmeza indicando que não estava para brincadeiras:

–Não se não tiver nada a esconder,mas você tem não tem?

Os olhos cor de mel o encaram com bastante intensidade o fazendo recuar um pouco e sentir a tensão pesar sob as costas como um murro de concreto,antes que qualquer um dos dois dissesse alguma coisa,Alice aparece:

–Adrian!! Adrian!!!-ela chama enquanto rompe a multidão com passos largos.

Ele finalmente para de encarar Cebola e volta sua atenção para a garota de cabelos chocolates e olhar vibrante a sua frente:

–Lice? O que houve?-ele arregala os olhos preocupado.

A garota morde os lábios e hesita antes de responder,parecia não saber exatamente como dar a noticia,mas ela decide dizer de uma vez:

–Eu liguei para a Marise,ela conseguiu ter acesso as câmeras na frente do salão,e...-sua voz falha como se tivesse prestes a chorar,Adrian parece ficar ainda mais nervoso como se algo tivesse morrendo aos poucos dentro dele esperando apenas o golpe final.Ela faz um negativo com a cabeça sem querer acreditar nas próprias palavras.-Pegaram ela,Adri, o Samuel...mas não só ele,o Mark.

Adrian recua para trás como se tivesse levado um murro no rosto,seus olhos parecem ascender dolorosamente como chamas de uma vela quase apagada,ele ofega como se aquilo fosse um dos seus piores pesadelos.Tinham pego sua irmã,e seu melhor amigo fazia parte disso:

–O Mark?-sua voz arrasta como tivesse prestes a sucumbir a dor,mas logo se eleva com a raiva repentina que explode como gás explosivo em seu peito.-O MARK??? O MARK SEQUESTROU A MINHA IRMÃ??

Alice dá um passo a frente e segura seu rosto entre as mãos.Cebola escuta tudo incrédulo enquanto seu coração se enche de uma dor insuportável,o medo tomava conta de seu coração abatido,ele não podia suportar a ideia de que pegaram a Mônica novamente,não! Isso só podia ser um pesadelo!! Da ultima vez ficaram meses separados e dessa vez...poderiam nunca mais se verem novamente:

–Eu sei Adri,é difícil acreditar,mas agora precisamos que você vá até a casa dos Souza e tente rastrear a Mônica,você é o único que sabe mexer nos programas,a Marise já foi encarregada de chamar a policia,vamos dar a localização dela para eles e tudo ficara bem,eu prometo.

A expressão de Adrian e Cebola tinha algo em comum,ambas as duas estavam devastadas como se tivessem presos em um mesmo pesadelo cujo precisavam urgentemente acordar.Adrian assume uma postura seria e centrada como nunca fez na vida,ele olha para a Alice determinado:

–Venham vocês dois, hoje eu mato aqueles desgraçados.

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POV´S MÔNICA

–SUA RATINHA,EU VOU MATAR VOCÊ!!-as veias pulavam expressivas no pescoço de Samuel que apontava um revolver para mim,seu rosto estava coberto de ódio.-VOCÊ DEU AS SENHAS PARA A MARISE!!!

Irene estava vermelha de raiva e tudo que eu queria era sair dali,as contrações estavam ficando cada vez mais severas.O meu rosto estava ensopado de lágrimas e meu vestido vermelho de baile estava coberto de sangue,eu estava perdendo meu bebê,eu precisava ter paz,eu precisava de calma,mas eu simplesmente estava coberta de desespero,tudo era dor e morte:

–Samuel por favor...-imploro com um fio de voz entre as lágrimas que desciam insistentes.-Eu te dou todo o meu dinheiro,não é disso que eu amo,mas por favor...por favor...deixe-me ir ao um hospital e ter meu filho.

Irene dá um risinho de divertimento enquanto Samuel abaixa a arma ainda mas vermelho de puro ódio:

–VOCÊ NÃO VAI A LUGAR ALGUM!.-seu grito me faz soluçar de medo,mas decido usar minha única arma contra ele.

–DO CONTRARIO EU IREI MORRER.-grito o mais alto que posso aproveitando outra forte contração,as lágrimas caem fervendo minha pele,olho para ele com o rosto contorcido de raiva misturado com dor.-E SE EU MORRER QUERIDO...VOCÊ NÃO TERÁ ESSAS SENHAS,ELAS AINDA ESTÃO NA MINHA CABEÇA,TUDO QUE A MARISE FEZ FOI TRASFERIR-LA PARA OUTRA CONTA,AINDA PRECISA DE MIM PARA RETIRAR O DINHEIRO DAS OUTRAS CONTAS.

Ele cerra os dentes e segura com firmeza meu pescoço me fazendo gritar:

–Olha aqui cobaia,acha que eu vou te deixar ir a um hospital?.-ele pergunta raivosamente perto do meu ouvido com sua voz sombria me fazendo tremer enquanto aperta meu pescoço cada vez mais.-Eu não sou burro,mas se é uma chance que você quer de ter essa coisinha então...vou deixa-la a vontade por um tempinho.

Samuel solta meu pescoço bruscamente e seus olhos brilham com perversidade.Irene sorri ao vir em minha direção,sua voz soa como um som de algum inseto nojento em meus ouvidos:

–É bom que saiba que quando esse bebê nascer...vou cuidar dele até que nos dê as senhas,do contrario.-um sorriso macabro surge em seus lábios.-Eu desapareço com seu filhote e eu juro Mônica...você NUNCA irá ver-lo.

Uma onda de pavor me invade só de ouvir suas palavras:

–SUA VADIA! FIQUE LONGE DO MEU FILHO OU EU MATO VOCÊ!!-grito com toda a fúria contida em minha garganta.-ESCUTE O QUE ESTOU DIZENDO IRENE...EU PROMETO QUE SE INCOSTAR NO MEU FILHO...EU TE MATOOO!!!

Ela dá um risinho de graça e logo sai pela porta como se nada tivesse acontecido,Samuel olha para mim e segura uma faca,por um momento acho que vai usa-las em mim,mas vejo que estou errada quando ele corta as cordas que amarravam minha mão:

–Está livre,tenha logo essa criança e assim que ouvir o choro...a Irene irá vir e leva-la,está entregue a sorte cobaia,espero que sobreviva ao parto,a sua situação é de risco.

Ele diz tudo aquilo com um sorrisinho de satisfação e passa a ponta da faca contra minha garganta de modo superficial mas suficiente para que um risco de sangue molhe meu pescoço,choro estática de medo:

–Isso é pelas senhas.-ele retira a faca e finalmente sai pela porta e a tranca me deixando sozinha.

Minhas mãos voam para minha garganta onde o sangue ainda escorria de maneira dolorosa.Levanto quase sem forças da cadeira,era um cômodo pequeno,apenas com um cochão e um criado mudo,tudo absolutamente branco, e sem janela alguma.

Mas eu simplesmente não podia abaixar até o colchão,era baixo demais,eu precisaria de ajuda e não havia no que se apoiar.Aqueles monstros haviam me deixado com a própria sorte,não tinha nada aqui suficiente para um parto e a Irene tinha dado um soco em minha barriga prejudicando tudo,ainda mais todo esse estresse em que eu estava sentindo,eu simplesmente não iria conseguir.vamos passar por isso juntos filho,vamos sim,penso tentando conter as lágrimas que caiam do meu rosto.

“só se lembre que se você for hoje...pode levar a mamãe também,eu quero ficar com você,não quero que ninguém pegue você...e se formos embora...iremos juntos.”

Acaricio minha barriga,eu sinceramente não fazia a minima ideia do que iria acontecer daqui para frente,eu só sabia que eu estava com medo como nunca estive antes,meu Deus! Eu não sei como ter um bebê,quer dizer...não sei como me comportar,não sei o que é melhor para se fazer em horas como essas,tudo que eu sei era dos poucos vídeos de partos que eu vi na vida.Como eu,uma adolescente de quinze anos,vou conseguir ter um bebê? E pior...sozinha e em estado de risco?

Outra contração aperta com tudo meu ventre como uma mão de aço,vou abaixando cuidadosamente até o colchão sentindo dores terríveis,mas eu não tinha outra alternativa:

–Vamos nessa,fique comigo,eu só tenho você.-digo sentindo os soluços quererem invadir minha garganta, finalmente consigo repousar minhas costas no colchão.

Eu estava nas mãos do Samuel novamente,tudo aquilo me vem a tona,era tanta coisa para pensar,tantas dores em um dia só....

Olho para meu vestido coberto de sangue e fico imaginando se isso era normal em um parto,mas um instinto forte me diz que não, fazendo meu coração acelerar como nunca.Fecho os olhos enquanto meu cabelo grudava no meu pescoço suado.Eu estava tão tremula que algo me dizia que eu deveria me acalmar pois a qualquer momento eu poderia entrar em estado de pânico.

Olho para o lado e meus olhos se arregalam com a imensa surpresa,meu coração parece ser invadido por flechas flamejantes,era...um celular,a Irene esqueceu o celular!!!

Pego o aparelho e sem pensar duas vezes disco os números e instantes depois... ele começa a chamar.

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POV´S AUTORA:

Marise estava na casa dos Souza enquanto tinha a ajuda de Adrian para tentar rastrear a Mônica.Cebola ia para lá e para cá suado e nervoso como nunca,Alice olhava o que os dois estavam fazendo enquanto sugeria algumas dicas,ela também parecia nervosa.

E os pais da Mônica estavam simplesmente desolados,eles tinham medo de perderem sua filha mais outra vez.Todos naquela sala estavam diante daquele fantasma que havia os assombrado a meses atrás e agora estava de volta.

Toda aquela dor que eles sonharam em nunca mais sentir estava de volta.Era doloroso achar que o pior havia passado e o que você mais temia...simplesmente voltasse:

–Droga!-diz Marise nervosa e impaciente enquanto teclava no lap top.-Não estou conseguindo rastrear a Mônica.

–Talvez devêssemos pedir para a policia ver as imagens das câmeras no horário do desaparecimento,talvez descubram onde estão.-Adrian diz praticamente fora do controle.

Mas na mesma hora o celular da do Adrian toca interrompendo a todos,ele não se mexe para atender pois tem certeza que se trata de alguma besteira e agora estava totalmente concentrado em achar a irmã.Marise vê o estado do jovem e decide atender ela própria,sem olhar para o visor ela atende:

–Alô?

–Marise...-a voz do outro lado sai como um sussurro furtivo e ao mesmo tempo esgotado.-Marise por favor me ajude.

Ela arregala os olhos diante da voz e parece engasgar por alguns segundos,Adrian e Cebola sentem e na mesma hora viram como um instinto para ela,eles arregalam os olhos apreensivos:

–É a Mônica.-Marise fala quase como um sussurro por causa da tensão.

Adrian faz um sinal de se aproximar mas ela o interrompe fazendo um gesto:

–Mônica...pelo amor de Deus! Você esta bem?-pergunta aflita.

A voz da jovem sai quase esgotada e rouca:

–Marise...Marise por favor.-Mônica soluça com o corpo tremendo de tensão.-Me ajude...meu bebê vai nascer,estou machucada,estamos correndo risco de vida e não vou conseguir...

Marise parece perder o equilíbrio ao ouvir suas palavras,ela se segura em um móvel totalmente pálida e estática,ela mais do que ninguém sabia dos riscos que isso representava e tudo se complicava ainda mais por causa disso,eles teriam que agir muito rápido,era pior do que ela pensava.Ao ver sua expressão o cômodo é tomado pelo silencio angustiante que toma a atmosfera tornando o ar pesado como chumbo:

–Querida fique calma,fique calma.-ela apela e afasta o celular olhando para Adrian de um jeito serio.-Adrian,você precisa rastrear esse celular,agora! ela está tendo o bebê!

Cebola parece ficar tenso como nunca ao ouvir aquilo,Adrian pega o telefone de suas mãos e coloca em sua orelha enquanto começa a preparar o computador para rastrear o outro numero:

–Mônica? como você está garotinha?-ele puxa conversa querendo ouvir sua voz e tranquiliza-la enquanto fazia o que era preciso,todos da sala pareciam roer as unhas de anciosidade.

Ouvir o Adrian falar assim poderia ser engraçado em outras situações,mas não nessa:

–Adrian...Adri eu to com medo.-ela soluça tentando fazer isso o mais baixo que pode,ela não ligava em manter sua postura de valentona agora,as dores eram muito fortes e o medo do futuro incerto era ainda mais.-Muito medo.

O coração de Adrian parece ser torturado de todas as formas ao ouvir sua irmã falar assim.Nunca tinha ouvido ela apelar daquele jeito,era um apelo desesperado,um apelo cheio de pavor.Nada típico da verdadeira Mônica,mas essa não estava sendo durona:

–Não fique com medo,estou falando com você,vai ficar tudo bem,eu prometo.-tenta dizer com a maior firmeza possível,mas por dentro estava descontrolado como nunca esteve.

Cebola sente uma pontada de dor,a Mônica ligou para o irmão e não para ele.”é claro seu imbecil! Você perdeu a Mônica !” seus pensamentos o torturam.Ela estava procurando conforto com o Adrian,mas era ele quem queria estar dizendo todas essas palavras para fazer com que se sentisse bem.E logo agora que a Mônica estava prestes a ter o bebê,meu Deus! Depois de tudo que aconteceu essa noite! Por que a Mônica simplesmente não pode ser poupada de tanta dor? Ela já sofreu muito,pensa Cebola com a mão nos olhos tentando acalmar os próprios nervos que explodiam a mil:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH ARGHHHHH!!-Mônica grita do outro lado do telefone fazendo Adrian contorcer o rosto de nervosismo.

–Isso Mô,faça força.-diz Adrian com uma voz doce enquanto mexia no computador ainda recebendo os sinais,ele precisava manter a ligação até conseguir rastrea-la.-Fique firme,vou te dar um bom motivo para isso,sabe qual é?

No outro lado da linha Mônica discorda com a cabeça até se lembrar que ele não podia ver-la:

–ARGHHHH! N-não...

Adrian dá um fraco sorrisinho:

–Olha a hora que o pikachusinho escolheu para nascer! Bem na hora do perigo,isso quer dizer que ele é um Souza,tem sangue dos Souza pulsando nessas veias !!-ele dá um risinho fazendo a irmã fazer o mesmo entre a dor intensa do parto.-Então aguente firme porque tanto a mãe quanto a filho parece que são bem atrevidos quando se trata do perigo,e sabe o melhor? É porque eles sempre vencem no final.

Dona Luisa e seu Souza sorriem ao ouvir o filho falar daquele jeito da família,desde que conversaram Adrian avia se mostrado distante e até não gostava muito de bater papo,ele se sentia como se não fosse da família exceto por causa da Mônica,ouvi-lo falar aquelas palavras era como ver o jovem dar seus primeiros passos de aceitação.Por mais duro que ele parecesse...ele gostava da família.

Mônica sorri largamente do outro lado mas na mesma hora outra contração aperta seu ventre de um jeito impiedoso:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!-ela ofega.-VAI LOGO COM ISSO!!!

Adrian estava pronto para dizer alguma coisa mas a tela do computador exibe um mapa com um ponto branco marcado em uma localização,ele sorri e mostra para a Marise:

–Não é muito longe daqui!!

Ela sorri de orelha a orelha e olha para os Souza sentados no sofá olhando preocupadamente para ela:

–Chamem a policia e informem o local,enquanto isso...-ela olha para Adrian e Alice.-Que tal darmos uma adiantada garotos?

Os dois sorriem de um jeito maroto,a adrenalina tomando o corpo de Adrian e o fazendo vibrar.Dona Luisa olha para eles sem entender:

–Mas o que vocês...?

–Não se preocupe.-Adrian dá um piscadela marota avistando sua inseparável arma perto do computador.-Vamos dar um rolé.-ele volta a atenção para o celular e fala com divertimento e pura adrenalina que ele tanto amava.-Irmãsinha....aguente firme porque eu estou indo completar a festa.

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Irene estava sentada tediosamente no sofá clássico e vermelho enquanto assistia a TV de tela plana.Mark fazia o mesmo e Samuel tocava o piano preto ao fundo da sala.Para uma casa abandonada o seu interior era bastante conservado,já que o próprio Samuel havia reformado,já o lado de fora continuava decadente para afastar as suspeitas:

–Quando é que essa criança nasce? Acho que ela esta gritando a um bom tempo lá embaixo.-Irene diz impaciente enquanto lixava as unhas e ouvia a TV,ela faz uma careta.-Muda essa porcaria de novela mexicana!

Mark sorri e a obedece mudando o canal:

–Pega leve,esse negocio de dar a luz deve doer.

Irene revira os olhos para o garoto:

–O mínimo que pode acontecer é ela morrer,não seria tão mal assim.-ela sorri com perversidade.-A não ser pelo dinheiro claro...em falar nisso....-ela olha ao redor procurando algo.-Onde está meu celular?

Mark dá de ombros e Samuel continua tocando ao fundo da sala parando a cada vez que ouvia um dos gritos abafados da garota no porão.Irene levanta e começa a procurar seu telefone por todos os lados:

–Porra Mark,se foi você eu juro que...

–Dá um tempo gata,pra que eu pegaria seu telefone?

Alguma coisa parece acender na cabeça de Irene,ela arregala os olhos e parece ficar pasma:

–A COBAIA!!!!

Irene corre para o porão mesmo com o olhar confuso de Mark que dá de ombros e continua a assistir a TV.

Ela desce as escadas de madeira rapidamente com o coração quase pulando pela boca,ela destranca a porta branca a sua frente e abre com força.Lá estava a Mônica sobre o cochão coberto de sangue:

–Onde está meu celular?-ela cerra os dentes ao perguntar encarando a jovem suada e ofegante.

Mônica vira a cabeça em sua direção e seus olhos estavam cerrados como se estivesse prestes a desmaiar,mesmo para Irene aquela cena parecia chocante e ela sabia que nunca tinha visto a Mônica tão fraca como estava agora:

–Eu não sei.-fala com um sussurro doloroso entre a respiração ofegante e fraca.

Irene olha desconfiadamente para a jovem e dá um passo a frente,olhado-a assim tinha quase certeza de que não iria sobreviver por muito tempo,esse era um parto de risco e até a própria Mônica não conseguia aguentar as dores e aquele sangramento intenso:

–Ah eu sei que você sabe.-ela se ajoelha ao lado da jovem que grita quando outra contração chega.-Eu procurei por todo lugar,só pode estar com você,me diga o que andou fazendo e juro que te dou alguns minutos com essa coisinha quando nascer....SE nascer.-ela sorri perversamente.

Mônica olha para ela quase sem forças para sustentar o olhar:

–Vai pro inferno.-é tudo que diz com desprezo na voz.

Uma onda de fúria invade a garota que segura o pescoço de Mônica com força a fazendo agonizar,Irene não podia parar de reparar que ela parecia mais perdida do que nunca,como uma ratinha presa em uma jaula de cobras:

–Veja como fala comigo,eu posso piorar seu estado,eu posso...acabar com você.-ela sorri com maldade enquanto os olhos cor de mel e fracos da outra a fitavam quase apagados .-Como eu fiz hoje,gostou do filminho? Ah você tem que admitir que eu e o Cebola formamos um lindo casal.

Uma lagrima cai dos olhos de Mônica,mas sua expressão estava fraca demais e o rosto bastante pálido para demonstrar alguma mudança em seu estado,só seus olhos podiam expressar o que sentia ao ouvir essas palavras:

–Eu imaginei.-fala com um desprezo contido.-Imaginei que tinha sido você que fez aquilo,mas de que adianta? Não era mentira.

Irene sorri de um jeito sádico:

–Não,não era.Mas eu não quero mais o Cebola,ele me desprezou por sua culpa,quando acordamos ele falou que ele te amava e que eu tinha o embebedado.

Alguma coisa brilha nos olhos de Mônica:

–Ele...estava bêbado?

Antes que Irene respondesse com sua maldade um celular começa a tocar freneticamente embaixo do travesseiro em que a jovem estava apoiada.Irene parece surpresa e logo depois seus olhos piscam de fúria como trovões contidos em uma tempestade pesada:

–SUA RATA! MENTIU PARA MIM!!!-ela aperta ainda mais o pescoço de Mônica que grita sentindo o corte feito por Samuel em sua garganta.-LIGOU PARA OS SEUS AMIGUINHOS NÃO É? POIS NÃO VÃO ACHAR VOCÊ,VAMOS TIRAR VOCÊ DAQUI AGORA.

Mônica não responde mas dá um baixo risinho de satisfação:

–Infelizmente não dá mais tempo de fugir...Irene.

As duas jovens ouvem barulhos de tiros vindo lá de cima.

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POV´S MÔNICA:

Irene solta meu pescoço bruscamente fazendo minha cabeça cair de volta no colchão,ofego vendo o mundo totalmente embaçado e ficando escuro aos poucos,luto contra essa sensação,eu não podia desmaiar,se eu fechasse os olhos agora...nunca mais tornaria a abri-los novamente.

Ela levanta nervosa como uma zebrinha perto dos leões,em outras horas isso seria hilário,mas os barulhos de tiros me deixavam atormentada.Ela era uma perfeita mistura de nervosismo e de uma raiva fulminante,seus olhos me fitam com ódio e medo:

–Você vai me pagar!-é tudo que diz antes de se levantar e correr para a porta mas antes que a alcance ela é aberta bruscamente,era o Adrian.

–Ora ora.-ele sorri de um jeito maroto.-Não toco em mulheres.

–Ah mas eu toco.-um voz feminina surge atrás dele,reconheço de qualquer lugar...Alice!

Ela segurava um revolver e aponta para Irene que agora parece um bichinho indefeso e encuralado se tremendo de medo:

–BORA VADIA! ANDA!! QUERO VOCÊ NA MINHA FRENTE!!!-Alice grita com uma certa diversão na voz fazendo Irene tremer e a obedecer na mesma hora.

–O que você vai fazer comigo?-pergunta com uma voz de choro.

Alice ri obrigando-a a andar em sua frente:

–Vou te levar para o carrinho da policia lá fora,seus amiguinhos estão te esperando.-ela parece morder os lábios tentando conter alguma coisa,mas termina não aguentando.-Você esta presa.-e sorri logo depois disso com os olhos brilhando.-AI!!! Sempre quis dizer isso!! ...VAI !!! ANDAAA!!!

Irene treme freneticamente e sai do quarto seguida pela Alice logo atrás.Adrian sorri orgulhoso mas esse sorriso desaparece quando olha para mim,ele parece me ver pela primeira vez desde que entrou no quarto:

–MÔNICA!!!-ele corre em minha direção e se ajoelha com os olhos arregalados de preocupação.-MEU DEUS! QUANTO SANGUE!!

Seu rosto estava embaçado na minha visão,ela ficava cada vez mais escura:

–Adri...obrigada.-agradeço quando uma lágrima cai em meu rosto,tudo tinha acabado,o Samuel estava preso,era tudo que importava,enquanto a mim...acho que eu não duraria muito.-Valeu a pena aguentar até ver tudo isso acabar bem,agora eu posso ir.

Adrian parece entrar em desespero:

–Não...NÃO!!-ele segura meu queixo vendo o corte em minha garganta,as lagrimas começam a cair livremente em seu rosto.-É pelo motivo de tudo isso ter acabado que você deve viver,recomeçar uma nova vida...ter o pikachusinho.-ele soluça.-Não me deixa garotinha,eu não quero perder mais um irmã...eu amo você,você e a Alice são a única família que eu tenho.

As lagrimas caem em meu rosto e mais uma contração impiedosa aperta meu ventre me fazendo jogar a cabeça para a frente com o rosto contorcido de dor:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!-solto o ar com força quando a contração passa e minha cabeça cai bruscamente sobre o travesseiro,olho para Adrian e um impulso de determinação me toma.-Você nunca vai me perder.

Ele sorri entre as lágrimas e dá um suspiro doloroso,na mesma hora ouço a porta abrir violentamente,era a Marise.Ela fica estática ao ver o cenário e suas mãos vão até boca incrédula:

–MEUS DEUS! QUANTO SANGUE!!-ela corre até mim e se ajoelha ao meu lado assim como o Adrian.-Precisamos levar você até o hospital!!!-fala com urgência na voz.

Olho para seu rosto embaçado:

–Não dá,o bebê...-antes que eu complete outra contração chega fazendo meu rosto se contorcer de dor.-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Marise arregala os olhos e vai até a ponta do cochão,eu ainda estava com meu vestido vermelho de baile:

–Querida respire,vai ficar tudo bem,a ambulância está chegando...

–AMBULANCIA?? MORAMOS NO BRASIL!!-Adrian diz nervoso.-Vamos esperar a droga da ambulância??

Marise levanta um pouco a barra do meu vestido apenas para poder olhar como estava,ela a abaixa novamente e parece suar de nervosismo e surpresa:

–EU VEJO A CABEÇA!! ELE ESTÁ AQUI!!-ela diz com um sorriso de empolgação.-VAMOS MÔNICA,FORÇA!! ISSO É URGENTE.

–Marise...-minha voz sai exausta.

–NÃO DESISTA AGORA!!-ela me incentiva.-NÃO ESTOU MENTINDO,ELE ESTÁ AQUI!!

“Meu bebê...”penso e meu coração agora fraco começa a se esquentar de um jeito inexplicável ,sim! Eu não posso desistir dele! Cheguei aqui e vou até o final:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH-outra contração chega,apoio minhas costas no travesseiro e faço força apesar de estar fraca para isso,eu precisava ver meu bebê bem,eu queria ver seu rosto.

Só ai que percebo o quanto quero conhece-lo:

–Vamos!!!-Marise morde os lábios.

Adrian segura minha mão e eu a aperto com ferocidade.A porta abre novamente e dessa vez...era o Cebola:

–Mônica????-ele parece ser preenchido por um dor sufocante ao olhar para mim.-Meu Deus!!!!

Meu coração bate mais forte mas tento ignorar essa sensação,Cebola tinha o quebrado inexplicavelmente essa noite.Eu tinha que me concentrar em dar a luz agora:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH-grito e sinto minha visão girar e ficar ainda mais escura,minha cabeça cai contra o cochão.

–Querida não desmaie!.-Marise fala com uma voz urgente.-Se desmaiar...bem...

Entendo o recado e luto contra aquela sensação,Cebola se aproxima nervoso ao lado de Adrian:

–Cade a droga da ambulância?????-Adrian pergunta incrédulo e nervoso enquanto Cebola estava pálido.

Minhas mãos tremem freneticamente gastando a pouca força existente em mim,tudo que eu queria era ver o rostinho do meu bebê e depois dormir...dormir para sempre:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.-as lágrimas caem enquanto começo a soluçar,um desespero fora de hora me toma e se eu não conseguisse? Depois de tudo isso porque tinha que ser assim? Eu nunca iria aceitar se perdesse o meu bebê,se ele morresse...eu queria ir junto.-EU NÃO VOU CONSEGUIR!!!

Falo entre os soluços,Adrian aperta minha mão tremula e gelada:

–Cadê a historia do sangue dos Souza,aquela que eles são fortes e sempre ganham?

–Foi você a inventou.-digo ofegante.

Adrian me olha com os olhos brilhantes e molhado pelas lágrimas e beija minha mão gélida,uma lagrima escorre por sua face quando encara meus olhos,castanhos encarando castanhos:

–Foi você que me inspirou a inventa-la garotinha...você.

Choro ainda mais,porém dessa vez entre um sorriso vitorioso.Meu coração se esquenta como se estivesse em brasa,eu tinha o melhor irmão do mundo! Eu o amava:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH isso dói!!!

–Vamos Mônica!.-cebola fala pela primeira vez desde quando chegou sua voz parecia aflita.-O Adrian tem razão,nunca conheci alguém tão forte e tão decidida como você,vamos! Você consegue!

–VAMOS QUERIDA!ELE ESTÁ AQUI!!-Marise fala empolgada e preocupada ao mesmo tempo.-FORÇA!!! FORÇA!!!! VOCÊ CONSEGUE!!!

Vejo as luzes piscarem contra meus olhos como se me incentivassem a continuar.Eu era a Mônica Souza,a meses atrás se eu me encontrasse diria a mim mesma que eu seria sequestrada depois do pior jantar da minha vida,o jantar que achei que perdi o garoto que amo e que depois de muito chorar em um beco deserto vários caras me botariam dentro de um carro.Eu diria que eu iria sofrer vários tipos de experiências sobre humanas que muitos são incapazes de se imaginar em um pesadelo,diria que conheci uma garotinha que mais parecia um anjo e na verdade...foi isso que ela foi,uma garotinha que seria minha irmã até depois da morte,uma garotinha que morreu em um local de dores sem nunca ter visto o por do sol lá de fora.Eu diria que depois de muito sofrer com dor e com a perda de muitas pessoas que eu amava...iria descobrir que estava grávida e logo depois de ver o hospital arder em chamas em minha frente eu seria resgatada por um bando de loucos.Eu contaria a ela que um dos loucos era um otário de um traira,e o outro...era simplesmente o meu irmão de sangue.Eu diria que encontrei uma segunda mãe na Marise e uma irmão com a Alice.E logo depois iria reencontrar com todos meus amigos e família,e com o garoto que eu amo que me machucou bastante,mas apesar de tudo...nosso sentimento ainda existe forte como nunca.E sabe o que mais eu contaria? Eu diria para ela que apesar da dor,apesar das perdas que tudo isso me trouxe...eu também encontrei uma família,encontrei o amor,fiquei grávida do meu bebê.E se eu pudesse fazer uma revelação seria a seguinte: eu passaria por tudo isso de novo apenas por eles...sempre...por eles.Por que é assim que é o amor,ele pode surgir dos momentos onde o ambiente é o da mais completa destruição:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!-o que eu criei aqui,jamais seria desfeito com a morte.

–FORÇA MÔNICA!!!!!! FORÇA!!!!!

As tempestades chegam é verdade,mas atrás de cada nuvem cinzenta há um sol brilhando grandioso no céu,trazendo com ele sua luz,e só aqueles que a procurarem e romperem as nuvens...irão acha-la:

Junto todas as minhas forças,tinha que ser agora,daria tudo bem.Essa sou eu,não me deixo vencer por uma simples batalha:

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!

Um momento de silêncio se perdura pela sala,mas ele é quebrado,quebrado por um choro raivoso:

–NHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!

As lágrimas caem e um sentimento de vitoria me invade me trazendo paz,o alivio é simplesmente cortante,meu coração bate veloz espalhando o sangue quente pelo meu corpo.

Marise sorri assim como Adrian e Cebola que parecem dois faróis com aqueles olhos arregalados e brilhantes.Ela pega meu bebê e me entrega,o cordão umbilical ainda intacto.

Instintivamente o seguro e vejo pela primeira vez,suas bochechas enormes como a de qualquer bebê,seu rostinho pequeno e macio e os olhos...cor de mel,um tom ainda mais claro que o meu e muito brilhante:

–Um menino...-Adrian fala para si mesmo com admiração.

Os olhos de Cebola parecem reluzir de orgulho de uma maneira estranha mas muito sincera e bonita.

Meu bebê parece raivoso por ter sido tirado de seu sossego,parece até que estava reclamando.Mas isso muda quando nossos olhos se encontram,ele para de chorar aos poucos e me olha com atenção como se sentisse quem eu sou e tentasse também ver meu rosto pela primeira vez.Talvez fosse impressão de mãe...mas algo parece brilhar dentro dos seus olhos quando me vê:

–Lindo.-minha voz falha mas ainda sim sai de um jeito bobo,meus olhos brilham como nunca fizeram antes.-A mamãe está feliz em te ver.

Ele deixa os olhos quase fecharem com sono e boceja,na mesma hora sinto um tontura horrível e meus olhos também começam a fechar:

–Mônica?-Cebola pergunta preocupadamente.

–Hospital.-é a única coisa que sai dos meus lábios,minha visão começa a escurecer.

Adrian parece tremer e exatamente na mesma hora a porta é aberta,quatro paramédicos entram.Antes que meu irmão se afastasse seguro sua mão com força o fazendo ficar:

–Lucas,o nome dele é Lucas.-digo sentindo minhas forças serem sugadas e aperto sua mão ainda mais enquanto me olha completamente surpreso.-Se alguma coisa acontecer...não largue um minuto dele.

Os olhos de Adrian parecem entrar em confusão,mas ele concorda para me fazer sentir bem:

–Jamais.-responde determinado.

Olho para meu bebê em meus braços e penso.”hoje foi um dia difícil,mas amanhã o sol vai aparecer de novo,se você escolheu ficar...eu também ficarei”,só de ver seu rosto eu sabia que era a pessoa que eu mais amava nesse mundo,a pessoa pela qual eu daria a vida sem nem pensar duas vezes,e pela primeira vez entendo as mães,ele realmente é meu tesouro,não há nada nem ninguém mais valioso.

Seus olhinhos abrem preguiçosamente me fitando,sorrio de um jeito fraco.”juntos...sempre”,e com esse pensamento a minha força é sugada por completo e minha visão é arrancada de mim trazendo a escuridão,tudo que ouço são os paramédicos,gritos desesperados e sirenes.

Mas dessa vez eu sabia que quando eu acordasse...tudo seria diferente.O sol havia aparecido e dessa vez ...era para ficar.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoas? gostaram? amaram?odiaram o capitullo? deixem seus cometarios em homenagem a coisinha lindaaaaaaaaaaaaa que nasceu,ounnnnnnnnnnnnnnnnn,bjsnb!!!



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