Emma estava com Henry em casa. Ela estava feliz por ele estar com ela já que, desde que tinham voltado de Neverland, ele havia decidido morar com Regina. Ela também saiu da casa de Mary. A terra do Nunca acabou mexendo com o sentimento de abandono que ela tinha, ela havia certeza que isso havia afetado a decisão de Henry também. Aquilo doía um pouco em Emma,mas ele nunca deixava de vir vê-la, e ela realmente conseguia o entender. Ela parou seus devaneios e o observou olhando o calendário.

_O que esta fazendo Kid? (Ela perguntou acariciando os cabelos dele.)
_Estou planejando uma coisa! (Ele disse se levantando empolgado e botando a mochila.) Eu vou na casa da minha mãe, mas eu volto...
_Mas Henry! Você chegou ainda agora... (Ela falou com o coração partido.)
_Eu sei... (Ele disse em tom de desculpas.) Mas é que eu só pensei nisso agora, eu prometo que não demoro! (ele terminou de dizer dando um beijo no rosto dela e saindo pela porta.)

Emma o olhou saindo e se jogou desanimada no sofá de sua nova casa. Seria difícil se acostumar com a distância dele, por mais próximo que ele estivesse.

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Regina estava em seu escritório, quase indo às lágrimas lendo o final de “Orgulho e Preconceito”. Aquela história lhe misturava todos os sentimentos que ela possuía, desde a questão da mãe que só queria casar as filhas, que às vezes lhe lembrava Cora, as babaquices da sociedade daquela época, até as palavras ásperas que Lizzy usava com Darcy. Tudo naquela historia refletia um pouco de seu ser.

_Mãaae! (Uma voz infantil interrompeu sua leitura.)

Quase que imediatamente ela escondeu o livro na gaveta de sua mesa.

_Henry! O que esta fazendo aqui? Não deveria estar com a Emma? (Ela perguntou surpresa.)
_O que você estava fazendo? (Ele perguntou percebendo que ela estava constrangida.)
_E-eu? Nada! (Ela disse ajeitando a postura e demonstrando um tanto de preocupação.) Esta tudo bem? Algum problema com Emma?
_Está tudo ótimo, a Emma está perfeita também.
_O que houve para você voltar tão cedo?
_Não houve nada, anda, mas vai haver! (Ele disse sorrindo.)

Regina o olhou desconfiada e perguntou:

_O que você está planejando aprontar heim? (Ela perguntou levantando com as mãos na cintura.)
_Uma festa. (Ele disse com um sorriso de orelha a orelha) Podemos fazer uma festa de Halloween aqui em casa?
_Acho que sim... (Regina disse sorrindo e acariciando o rosto do filho.)
_Eu tava na Emma e quando olhei o calendário e vi que tava tão perto vim correndo pra te dar a ideia!
_Foi uma ótima ideia Henry. Nós podemos fazer as lanternas de abóboras, um ponche, suco de abóbora, maçã do amor, uma abóbora recheada com camarão, “polvos” de salsicha, cupcakes em formato de monstrinhos...
_Adorei! (Ele disse animado)
_Quem você vai chamar? (Ela perguntou com um sorriso radiante.) Seus amiguinhos da escola?
_Na verdade eu pensei numa festa de família... (Ele disse fazendo Regina congelar.)
_Você quer chamar a família INTEIRA? (Regina perguntou achando aquela ideia uma insanidade.)
_Por favor! Eu não tenho culpa de ter uma família confusa...
_Tudo bem. (Regina disse revirando os olhos.) Mas faça a lista de convidados antes para eu me preparar psicologicamente. (Ela disse fazendo uma leve careta.)
_Ta... eu vou fazer junto com a Emma.

Regina bufou ao ouvir o nome Emma, mas não quis contrariar o garoto. Já estava bastante feliz por ele ter resolvido morar com ela e não queria dar ser incompreensiva.

_Vai com cuidado. (Ela disse observando-o ir embora.)
_Ta bem...
_E obedeça à sua mãe.
_Sim mãe... (Ele disse mandando uma piscadela para ela e saindo do escritório.)

Ao ouvi-lo fechar a porta de casa olhou pela janela e o viu saindo correndo todo feliz. Ter que dividi-lo com Emma não era bem o que tinha planejado, mas estava feliz por tê-lo em casa. Abriu a gaveta e voltou à sua leitura anterior.

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Emma pediu comida chinesa por telefone logo assim que Henry saiu. Estava vendo TV quando ouviu a campainha tocar.

_Enfim a comida! (Ela disse pegando a carteira e abrindo a porta.)

Surpreendeu-se ao invés de encontrar um entregador ver Henry todo feliz entrando na casa.

_Hey Kid! Você voltou! (Ela disse dando-lhe um beijo na testa.)
_Eu falei que voltava! Temos uma operação!
_Que operação? (Ela perguntou franzindo o cenho fingindo preocupação.)
_Operação Abóbora! (Ele disse abrindo a mochila e pegando um caderno.) Minha mãe vai dar uma festa de Hallowen e ela confiou na gente para fazer a lista de convidados!

Emma ficou surpresa e então disse:

_Kid, a Regina realmente quer dar uma festa com a gente ou você a induziu a dizer isso? (Ela perguntou conhecendo o filho que tem.)
_Um pouco dos dois... (Ele assumiu fazendo uma careta.) A questão é que ela concordou e esta feliz com isso. Ela está animada com as lanternas de abóbora e falou que vai fazer maçãs do amor.
_Maçã eu dispenso. (Emma disse brincando.) Mas vamos lá, quem você quer chamar?
_Bom só a família...

E então os dois passaram o resto da tarde preparando a lista de convidados.

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Emma estava na casa de Mary. Ela havia combinado com Regina que ajudariam com a decoração. Então ela e Snow estavam fazendo fantasminhas, caveiras e abóboras de papel para pendurarem pelo local.

_Ainda não acredito que Regina realmente concordou em fazer uma festa de Halloween e convidar todos nós. (Emma disse pensativa.)
_Ainda não acredito que concordamos em ir... (Snow disse dando ombros.)
_Qual é... Ela nos deixar fazer a lista de convidados é mais chocante que nós aceitarmos ir...
_Ir aonde? (Uma terceira voz perguntou.)

Neal tinha acabado de entrar no local.

_Na festa de Halloween que Regina vai dar. (Snow falou.)
_Uma festa de Halloween na casa da bruxa? (Ele disse irônico.) Nada mais conveniente.

Emma revirou os olhos e respondeu:

_A “bruxa” em questão te convidou para a festa, ela esta tentando ser gentil pelo Henry. Acho que devemos tentar também, e isso inclui parar de chamá-la desse jeito.

Neal e Snow se entreolharam sem entender muito bem a reação da loira.

_Desculpe Emma, mas desde Neverland você tem tratado a Regina como se ela fosse uma pessoa boa e, bem, nós sabemos quem ela realmente é. (Ele disse encarando a loira que revirou os olhos mais uma vez.)
_Acho que ela realmente é uma mãe que ama tanto seu filho que é capaz de aturar pessoas que a julgam pelo passado ao invés de a darem uma segunda chance. (Ela disse fuzilando-o com o olhar.)
_Bem... Ela pode amar o Henry, mas ela fez coisas terríveis, destruiu sua vida e... (ele começou a falar mas a loira o interrompeu.)
_Você também fez coisas terríveis. Aliás, quem mais destruiu minha vida foi você! (Ela disse perdendo a paciência.)

A situação dos dois era complicada desde o reencontro em Neverland. Eles não haviam ficado juntos desde que se acharam na Terra do Nunca. Neal se sentia magoado com aquilo e tentava recuperar o coração da loira, mas aquilo era mais complicado do que parecia.

_Emma... (Mary tentou apaziguar a situação entre os dois.)
_Não Mary, eu estou falando com ele. (Ela disse voltando a sua atenção para Neal.) Eu não te julgo pelo passado Neal, mas no presente você tem sido tão idiota que... Eu simplesmente não consigo te entender mais. Você não era assim!

Ele baixou a cabeça sem saber o que falar, ela tentou sair do local, mas ele a segurou:

_Desculpe Emma... (Ele disse sinceramente.) Meu problema não é com você e sim com ela...
_Seu problema é com a felicidade do nosso filho. (Ela disse de forma ríspida.) E esse “nosso” inclui a Regina.

Ela desvencilhou seu corpo do dele e saiu do local. Snow balançou a cabeça negativamente e falou com ele:

_Vocês tem que conversar. Não é fácil superar tudo que aconteceu entre vocês e você sabe como ela é cabeça dura...
_Não. (Ele disse suspirando.) Ela está certa, eu antigamente tinha mais fé nas pessoas. Nós realmente mudamos. (Ele admitiu baixando a cabeça e saindo do local.)

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Flashback

Regina havia se separado do grupo em Neverland. Emma não conseguia entender o porquê, mas sentia um vazio desde que a morena resolveu se virar sozinha na busca por Henry. Ela estava sentada num canto sozinha, pensando em Henry e em como o resgataria sem Regina, quando Hook chegou e sentou do seu lado.

_Esta pensativa por qual motivo Swan?
_Não importa. (Ela disse encarando o pirata.)
_Estava pensando em nosso beijo? Porque sua cara de paixão me leva a pensar nisso. (Ele disse dando seu melhor sorriso.)
_Estava pensando no meu filho! (Ela cortou a cantada de forma ríspida.)

Ele arqueou a sobrancelha insatisfeito com a resposta.

_Desculpe... (Ele pediu meio sem jeito.) Eu só queria descontrair.
_Não. (Ela disse o encarando de forma séria.) Você só queria tentar ganhar um “Remake”, mas não vai rolar.

Ele molhou os lábios, um tanto tenso, e então falou:

_Eu realmente gostaria de um remake, mas eu me dou satisfeito por conseguir ser seu amigo. (Ele disse a encarando de forma profunda.)

Ela ouviu aquela frase e sentiu algo bater mais forte em seu peito. A frase que veio em sua cabeça imediatamente foi “Você quer que sejamos amigos? Depois de tudo o que aconteceu entre nós?”.
Sim... Ela devia ter dito à Regina que queria que fossem amigas antes dela ter ido embora.
Ela se levantou subitamente então e disse:

_Se quer ser meu amigo, me ajude a achar a Regina.

Ele a encarou sem entender a princípio.

_Temos que encontrar a Regina. Ela estava certa, a minha única habilidade é saber quando estão mentindo e isso, com certeza, não vai me ajudar a encontrar Henry. Preciso aprender magia, preciso dela.

Killian concordou com a cabeça e se levantou também. Os dois então foram falar com Mary e David.

Fim do Flashback

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Emma chegou na casa de Regina bem cedo no dia trinta. Ela trazia uma caixa de enfeites que ela e Mary haviam preparado. Tocou a campainha e logo Regina a atendeu.

_Bom dia Emma. (Regina disse abrindo passagem para a loira e a dando um sorriso.)

Desde Neverland a prefeita havia abolido “Swan” de seu vocabulário. Emma sentia um conforto estranho ao ouvi-la falar seu nome. Era como se fosse música para seus ouvidos.

_Bom dia Regina. (Ela respondeu entrando na casa.)

Ambas não tinham trocado muitas palavras desde a volta da terra do nunca. Mas era como se estivessem em uma estranha sintonia. Elas começaram a pendurar os enfeites, fizeram teias de aranha com cola quente, colocaram as velas dentro das lanternas de abóbora que agora só precisariam ser acesas. Em duas horas estava tudo pronto.

_Ficou tudo ótimo! (Emma disse dando um sorriso genuíno.)
_Verdade. (Regina admitiu retribuindo o sorriso.) foi uma ótima ideia que Henry teve.
_Foi sim... (Ela concordou colocando as mãos no bolso do jeans.)

Fez-se um silêncio um tanto constrangedor, ambas se encaravam sem dizer nada, até que a loira o quebrou:

_Bom agora que esta tudo arrumado, acho que vou pra casa. (Ela disse desviando o olhar e começando a andar em direção à porta.)
_Espere Emma... (Regina disse segurando seu braço delicadamente.) Eu preparei uma lasanha, só falta colocar no forno... Não quer ficar por um pedaço?)
_Ok. (Ela respondeu sorrindo e dando ombros.)

Regina pediu que ela a acompanhasse até a cozinha. Ela acompanhou a morena que pegou o tabuleiro já pronto na geladeira e o colocou no forno o ligando. Emma não pode deixar de reparar no corpo da mulher. Desviou o olhar um tanto desconcertada.

_Daqui a pouco fica pronto. (Regina disse sorrindo.) Aceita um vinho enquanto esperamos?
_Pode ser... (A loira disse retribuindo o sorriso.)

Regina foi até sua adega e pegou um Merlot e o serviu para ambas em belas taças de cristal. Emma aceitou a bebida e deu um gole apreciando o sabor da uva.

_Você conhece a lenda do vinho? (Regina perguntou encarando a loira.)
_Não...
_Reza a lenda que, há muitos anos atrás, na véspera da noite de Halloween, um homem encontrou uma videira no caminho de casa. Como não tinha vaso para a transportar a planta, utilizou o que tinha à mão: um osso de galo que encontrou no chão. Meteu dentro do osso as raízes da planta com um pouco de terra. Como se deslocava a pé, demorou muito tempo a fazer a viagem e a videira cresceu. Então o homem mudou a videira para um osso de leão que encontrou pelo caminho. Mas como a viagem era longa, a videira continuava a crescer e qual foi a sua sorte quando encontrou um osso de burro e assim mudou mais uma vez a sua videirinha de lugar.

Emma ouvia a história atentamente, mas sem entender onde a prefeita queria chegar.

_Por ela ter crescido em vasos tão estranhos, na noite de Halloween quem bebe pouco vinho, fica alegre como um galo. Já quem bebe um pouco mais, fica forte como um leão e quem muito abusa do vinho, perde as ideias e fica mesmo estúpido como um burro. (A morena concluiu a história.)

Ambas gargalharam juntas ao final da história.

_Acho que estamos no estágio “Galo” (Emma disse rindo.)
_É estamos. (Regina disse enchendo a taça de ambas.) Temos que chegar ao estágio leão.

Emma concordou sorrindo e então disse:

_Sabe Regina, você deveria mostrar mais esse seu lado...
_Que lado? (Regina perguntou perdendo o sorriso e ficando na defensiva.)
_Você é uma pessoa adorável quando você quer. (Emma disse dando mais uma golada no vinho.)
_Começo a temer que você tenha pulado o estágio do Leão e ido direto para fase do burro. (Regina disse arqueando a sobrancelha e se levantando da mesa.)
_Qual é Regina! (Emma reclamou.) Depois de tudo você não me engana com essa sua mania de se fechar em uma concha.

Regina a encarou a analisando.

_Eu quero ser sua amiga. (Emma admitiu encarando os olhos castanhos de forma profunda.) Eu deveria ter dito isso desde Neverland.

A morena engoliu em seco e desviou o olhar, mas respondeu timidamente.

_Eu não sei se quero ser sua amiga.

Dito isso se virou e foi olhar a lasanha. Emma cruzou os braços indignada e então perguntou:

_Por que não?

Regina suspirou e fechou os olhos e disse:

_Você não gostaria de saber. (Ela disse e então voiltou sua atenção para o forno e tirou a lasanha.)

Emma continuava a encará-la esperando uma resposta de verdade.

_Nós podemos nos dar bem e almoçar juntas ainda assim esta bem pra você? (Ela fez a pergunta retórica enquanto colocava a massa na mesa.)

Emma revirou os olhos e então perguntou confusa:

_Qual a diferença entre isso e sermos amigas?
_A diferença é maior do que você pensa. (Regina disse num sorriso zombeteiro.) Esqueça isso Swan, vamos logo comer antes que esfria esta bem?

A loira fez uma careta ao ouvir Regina voltar a lhe chamar de “Swan” novamente, acabou cedendo e almoçando calada.

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Flashback

Regina estava procurando água para beber, seu cantil estava vazio e ela não queria pedir água para nenhum dos idiotas, ainda mais depois de toda aquela cerimônia de “Heroísmo” quer fizeram para Hook. Por que podiam aceitá-lo daquela forma, mas não conseguiam sequer agradecê-la quando ela se esforçava para se encaixar naquele grupo?
Estava se embrenhando na mata até que ouviu vozes. Foi espreitando com cuidado para ver quem era sem causar alarde. Por entre os galhos viu Hook e Emma conversando, estavam bem próximos os dois. Não sabia bem o porquê, mas sentiu lágrimas invadirem seus olhos ao ver Emma puxar o pirata pelo casaco e o beijar. Ela baixou o olhar sem conseguir entender o motivo de estar abalada. Ela não tinha sentimentos pelo Hook, mas aquilo que estava sentindo com certeza era ciúme.
Ela não conseguia entender a razão para estar sentindo aquilo se não tinha sentimentos pelo pirata. Olhou novamente para os dois e viu Emma sair dizendo que “aquilo” não aconteceria novamente. Sentiu seu peito se aliviar ao ouvir aquilo. O pirata ficou alguns segundo com os dedos nos lábios aproveitando o sabor da boca da loira.
Regina ia sair dali e fazer alguma piada com Hook sobre aquilo, mas antes que ela se mexesse, escutou outra voz. Era um garoto, era Pan. Ele confrontou Killian com relação ao beijo e então revelou que Neal estava vivo.
A morena teve que se segurar para não soltar uma exclamação. Aquela noticia a deixou desnorteada. Seu coração ficou bem acelerado e ela teve certeza então do que a tinha incomodado no beijo entre o pirata e a Salvadora. Ela suspirou bem baixo e tentou se recompor e colocar as ideias no lugar. Só agora que ela entendia: Estava apaixonada por Emma Swan.

Fim do Flashback

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Mal elas terminaram de almoçar Emma resolveu ir embora.

_Eu vou indo porque ainda tenho que me arrumar para mais tarde. (Ela disse terminando de beber sua terceira taça, Regina tinha aberto uma segunda garrafa.)
_Me ajude a terminar o vinho pelo menos, Emma. (Regina disse enchendo a taça da loira outra vez.) Ainda é cedo.

Emma não teve tempo de recusar, então só balançou a cabeça positivamente. Regina sorriu e então perguntou:

_Henry está com David e Mary?
_É... Ele está super empolgado com as fantasias, ele realmente gosta de Halloween.
_Sim, ele adora. Era a única época que eu deixava ele abusar dos doces. Aliás Emma, ele me disse que geralmente quando esta com você ele se entope de porcarias, você tem que controlar mais isso.
_Eu não consigo... (Emma disse fingindo uma carinha sofrida.) Quando eu era menor nunca podia comer besteiras e ele faz aquela cara... E ai eu não consigo negar.

Regina perdeu o sorriso em instantes então Emma tentou consertar o que havia falado:

_Mas você ta certa, eu vou tentar melhorar nisso.
_Não é isso. (A morena disse se mexendo desconfortável na cadeira e soltando um suspiro.) Eu só... Sinto muito por ter te feito perder tanto, de verdade.

Ouvir Emma falar de como perdeu sua infância era algo que realmente doía em Regina. Só em Neverland ela começou a entender as consequências de tudo o que havia feito. Saber que era a culpada por tanto sofrimento na vida de Emma, que era apenas uma criança, a fazia se remoer por dentro.
Só Emma podia a fazer sentir aquele remorso, só ela podia a causar todo aquele sentimento de culpa. No final Cora estava certa: O amor é realmente uma fraqueza, mas uma fraqueza que os fortes conseguiam transformar em força. E a força que habitava em Regina agora era a vontade de mudar para conseguir secar um pouco das lágrimas que tinha causado à loira.

_Eu não queria ter te feito sofrer tanto. Eu sempre fui uma egoísta que só pensava em mim mesma... (Ela pausou a fala para um suspiro demorado.) Eu sei que agora é tarde, mas eu gostaria de poder fazer algo para me desculpar e infelizmente a única coisa que posso fazer é pedir desculpas.

A xerife viu a sinceridade naqueles olhos castanhos. Estava um tanto emocionada por ver Regina falar aquilo, só agora Emma via que tinha sido ela o tempo todo quem causou sua miséria. Ao mesmo tempo ela não conseguia condenar aquela mulher frágil a sua frente, então ela simplesmente disse:

_Isso é o suficiente.

Regina sentiu as lágrimas invadirem seus olhos e sorriu sentindo seu coração pulsar mais forte. Parecia que ela estava vivendo um daqueles livros de romance... Os rostos das duas se aproximaram até que suas testas ficassem coladas. Regina sentiu seus lábios roçarem os da outra e elas se entregaram em um pequeno beijo, que foi logo interrompido pela loira.
Ambas se encararam assustadas. Emma estava ofegante e Regina mal conseguia sentir o ar em seus pulmões. Elas ficaram alguns segundos se encarando, uma tentando entender o que se passava na cabeça da outra.

_A-acho melhor eu ir... (Emma disse quase derrubando a taça que segurava.)
_Emma, me desculpe... (Regina tentou se explicar.) Deve ter sido o vinho... Eu não deveria... Eu realmente sinto muito.

Emma tentava acalmar Regina, mas ela continuava a falar sem parar. A xerife não sabia exatamente o que estava sentindo, mas a única coisa que conseguiu fazer foi cala-la tomando seus lábios novamente. Dessa vez o beijo foi intenso. A prefeita sentia se coração se aquecer a cada segundo que seus lábios se tocavam. Elas só se separaram quando lhes faltou o ar.
Elas se encararam mais uma vez, dessa vez mais calmas, mas completamente tímidas. Emma se forçou a falar algo e tudo o que saiu foi.

_Eu realmente tenho que ir pra casa, Henry deve estar me esperando.
_Claro. (Regina disse como se estivesse assustada.)

Elas evitaram se encarar então Emma foi em direção à porta e Regina a acompanhou. A morena abriu a porta para a outra que a encarou antes de ir com um olhar indecifrável e disse:

_Até mais tarde.
_Até. (A prefeita respondeu de forma débil.)

Emma foi em direção ao seu fusca levando uma das mãos ao lábio. Regina fechou a porta e se escorou nela fazendo o mesmo gesto e fechando os olhos ainda sem saber se aquilo era real ou não. Deu um sorriso bobo ainda tentando entender toda aquela loucura e se jogou no sofá ainda com a cabeça nas nuvens.

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Flashback

Pan havia dado a opção para Hook de contar ou não à Emma sobre Neal, mas Regina sabia que o pirata não contaria a verdade para Emma. Ele e ela estavam cada vez mais próximos e aquilo a incomodava de um jeito absurdo. Emma estava sentada escorando a cabeça no ombro de Hook, aquilo fez o sangue de Regina ferver e quando ela viu já estava falando:

_Swan, meu filho esta em perigo e você esta aproveitando o seu “tempo livre” com o pirata ? É isso mesmo?

Emma se levantou de imediato, encarou Regina e disse:

_Ele é meu filho também e que eu saiba estamos descansando para continuarmos na busca por ele!
_Então vocês estão só “descansando”? Esse é o termo que usam agora para “pegação no meio da mata”?

Emma abriu a boca para responder, mas simplesmente não saiu som algum. Hook então se levantou e disse:

_“My Lady”, nós descansamos na forma que nos convir. Sinto que esta com ciúmes de mim, mas, como nós nunca tivemos nada, sinto em informar que não convém esse tipo de reação.

Regina revirou os olhos e então encarou o pirata de um jeito feroz e disse:

_Eu nunca teria ciúmes de um bêbado que da em cima de qualquer mulher! Muito menos de um covarde que não tem coragem de dizer a verdade para a mulher com quem esta dormindo!
_Ei! (Emma interrompeu os dois) Ninguém aqui esta dormindo com ninguém , por deus! (Ela disse esbaforida.) E que historia é essa Hook? O que diabos você está escondendo?

O pirata desviou o olhar e disse:

_Não estou escondendo nada!

Emma percebeu na hora a mentira e encarou Regina.

_O que esta acontecendo? (Ela perguntou quase implorando.)

Regina revirou os olhos e trocou um olhar sofrido com o pirata. Ambos sabiam que se a partir do momento que Emma encontrasse Neal eles voltariam a ficar juntos. Aquilo doía em ambos, mas Regina não tinha nada a perder, ela não estava com Emma de qualquer jeito.

_Neal está vivo. E está aqui em Neverland. (Ela disse se controlando para não deixar as lágrimas invadirem seus olhos.) Pan está com ele.

Emma, porém, não conseguiu se conter, as lágrimas percorriam suas bochechas. A cena seguinte foi tão rápida que Hook nem pode prever o que ia acontecer. Emma lhe deu um soco que o fez cambalear e cair sentado.

_Eu não achei que você fosse tão canalha a esse ponto!

Hook limpou o sangue que estava saindo de seu lábio recém ferido e disse com lagrimas nos olhos:

_Me desculpe Swan... Eu sei que não tem perdão, mas eu tive medo.
_Dane-se você e o seu medo! (Ela disse revoltada.) Vamos atrás do meu filho e de Neal, agora!
_Eu vou sozinha atrás do meu filho. (Regina disse encarando Emma.)
_O que? (Snow chegou junto com Charming e perguntou estranhando o rumo da conversa que ouviu.)
_Eu não posso perder o foco por conta da paixão de sua filha, Snow. Neal está vivo e isso faz com que eu prefira trabalhar sozinha, já que meu único interesse é Henry e eu não quero perder meu tempo salvando o namorado dos outros.
David e Snow se entreolharam sem entender o que estava acontecendo. Emma e Regina trocaram um olhar intenso, que Regina quebrou ao dar as costas e rumar mata à dentro sozinha.
Emma queria pedi-la para ficar, mas toda aquela informação em sua cabeça a estava deixando em conflito. Neal estava vivo. Ela tinha que encontrá-lo. Mas seu coração partiu ao vê-la indo embora, e ela não entendia o porquê.

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Emma tinha combinado de passar na Mary antes de ir pra casa pra buscar Henry . ela olhou o relógio e só então se deu conta de que já estava mais do que atrasada. O que ela falaria para Mary se ela perguntasse algo? Por deus, ela havia acabado de beijar Regina. e o pior não era isso, ela havia realmente gostado de beijar Regina. Aquilo parecia a coisa mais errada do mundo a se fazer, mas ao mesmo temo era tão certo.
Ela chegou até a casa de Snow completamente atordoada tentando pensar numa maneira de fingir que nada havia acontecido. Mas quando viu sua mãe abrir a porta e a perguntar o motivo do atraso ficou rubra no mesmo instante.

_Não houve nada. Eu só... Só perdi a hora, foi isso.

Snow a encarou com um olhar de desconfiança.

_Emma, porque diabos vc está usando batom vermelho? (Mary perguntou cruzando os braços.)

A loira abriu e fechou a boca ficando cada vez mais com as bochechas rosadas. Ela nem se tocou que o batom da morena marcaria seus lábios. Até que conseguiu dizer:

_Regina me emprestou um batom pq eu pensei em ir de... (Ela falou a primeira coisa que veio na sua cabeça.) Gueixa pra festa, mas eu desisti da ideia...

Snow suspirou e arqueou a sobrancelha em tom de quem não estava acreditando muito na história.

_E essa marca de vinho na sua camisa é o que? (Ela continuou com o interrogatório.)
_É que eu ajudei a Regina a preparar o ponche. Então acabei derramando um pouco. (Ela disse botando as mãos no bolso.) Cadê o Henry? Temos que ir logo para não nos atrasarmos.
_Ele ta tomando um banho. (Snow disse ainda sem engolir direito a história que a filha tinha lhe contado.) Você e a Regina estão ficando amigas é isso mesmo?
_Bem... Quase isso. (Ela disse forçando um sorriso amarelo.) Mas vamos dizer que estamos nos aturando.
_É... Estou vendo. (Snow disse colocando a mão na cintura.) Emma o que você está me escondendo?
_Não to escondendo nada... Eu heim! (A xerife disse se fingindo de desentendida.)

Nesse exato momento Henry desceu de banho tomado.

_Mãe! (Ele disse dando um abraço na loira.)
_Vamos garoto? (Ela disse bagunçando o cabelo ecém penteado do menino.)
_Vamos!

E então Emma levou Henry para sua casa e conseguiu escapar do interrogatório da Mary Margaret. Mas chegando ao carro seu inferno recomeçou:

_Por que demorou na casa da minha mãe?
_Perdi a hora. (Ela disse desconfortável.)
_Achei que ia contar os minutos pra sair de la! (Ele disse sorridente.) Fico feliz que estejam se dando bem.

A loira não conseguiu conter o sorriso ao ouvir isso.

_Acho que minha mãe gosta de você Emma.

As mãos da xerife estavam suando no volante.

_Que bobagem Henry.
_É sério. Ela me pergunta sempre como você esta desde que voltamos de Neverland.

Emma acabou sorrindo de novo.

_Você gosta dela? (Ele perguntou analisando a expressão da loira.)
_Como? (Ela perguntou assustada)
_Eu vi como vocês se comportaram quando foram me buscar. Vocês não parecem se odiar mais.
_É... A gente não se odeia Kid. (Ela disse soltando um suspiro.)

O resto do caminho os dois ficaram em silêncio. Chegaram em casa e foram se arrumar para a festa.

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Flashback

Dois dias procurando na mata e nada de Regina. Charming e Snow já estavam reclamando que nunca a encontrariam naquele lugar.
Foi então que ouviram uma voz gritar:

_Henry!
_Regina! (A loira falou ao identificar a voz.) Os quatro correram em direção de onde vinha a voz.

Foi então que viram: Regina presa com tinta de lula e Neal brigando com os lost boys. Ele caiu no chão ao desviar de uma flecha e os lost boys fugiram com o garoto.

_Seu estúpido! (Regina gritava) Eu estava a um passo de conseguir meu filho de volta! Porque você fez isso?

Neal não respondeu pois seus olhos estavam grudados em outra pessoa:

_Emma... (Ele disse correndo para perto dela e lhe dando um beijo)

Regina e Hook desviaram o olhar da cena. Mas ao contrário do esperado Emma não se deixou ser beijada direito. Ela logo quebrou o contato:

_Porque você a prendeu seu idiota? (Emma perguntou o empurrando e indo até Regina.)
_Ela é uma vilã! Pensei que ela tivesse envolvida no sequestro do nosso filho! (Ele disse sem entender.)
_Ela é mãe dele também! Acha que uma mãe traria um filho para um louco como o Pan?

Charming, Snow , Hook e Regina se entreolharam sem entender a cena. A loira foi em direção à morena e perguntou:

_O que faço pra te soltar?
_Nada. (Regina se lamentou.) Tinta de lula é algo que não da para se quebrar. Vocês tem que ir, não da tempo de esperar o efeito passar.
_Droga!
Ela disse apoiando a mão no ombro de Regina e, surpreendentemente, o encanto automaticamente se quebrou.

_Mas como... (Regina começou a falar, mas se calou admirada.)
_Isso é impossível. (Neal disse sem entender como aquilo havia acontecido.)

Elas se encararam sorrindo.

_Vamos lá! (Regina disse tomando a dianteira.)

Em pouco tempo eles alcançaram o bando de Pan. Flechas venenosas voavam por todos os lados, eles pareciam estar esperando por eles. Foi então que eles viram uma nova pessoa chegando, imobilizando Pan com tinta de Lula e derrubando metade nos Lost Boys com golpes rápidos.

_Papa... (Neal disse reconhecendo Gold.)

Depois de derrubar os principais garotos eles continuaram lutando. Depois de muito esforço conseguiram recuperar Henry e saíram correndo dali ouvindo Pan dizer:

_Não adianta se esconderem, vocês jamais sairão daqui.

Fim do Flashback

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Regina terminou de se arrumar e se olhou no espelho. Ela não sabia bem como as pessoas reagiriam ao vê-la com aquela roupa. Talvez ficassem com medo... Mas bem era Halloween, a intenção era assustar não era?
Na verdade ela estava um pouco insegura com a reação de Emma. Nunca achou que fosse sentir medo de que uma roupa não agradasse à alguém... Mas dessa vez era diferente. Ela suspirou ao ouvir a campainha tocar: Tarde de mais para se trocar os convidados estavam chegando. Era realmente iria vestida de Evil Queen.
Ela abriu a porta e viu quem eram os primeiros a chegar: Ruby (Que estava de chapeuzinho a la filme pornô), Archie (que veio de cientista maluco), Gold e Belle que combinaram de ir só com um chifrinhos de diabo para dizerem que estavam fantasiados de alguma coisa.
Toda hora abria a porta na esperança de ser seu filho junto com a loira, mas a casa já estava lotada e nada dela chegar. Foi então que tocou a campainha e ao atender ela viu que eram:
Charming, Snow e Henry.

Porque Henry tinha vindo com os dois idiotas? Seu peito doeu só de imaginar que Emma não viria. Ela deu o melhor sorriso que conseguiu e disse:

_Feliz dia das bruxas, entrem e fiquem a vontade.
_Feliz dia das bruxas, Rainha.

Charming falou brincando com a roupa de Regina ela simplesmente revirou os olhos.

_Feliz dia das bruxas mãe!

Henry estava vestido de vampiro e deu um abraço apertado na mãe antes de entrar e voltar a conversar com seus avós. Charming estava vestido de marinheiro, Snow veio com o vestido da Branca de Neve dos clássicos. Regina sentou num canto se sentindo péssima. Respirou fundo e pegou um copo de ponche para si.

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Flashback

Eles correram o máximo que puderam para se afastar de Pan. Emma Carregava Henry nas costa. Quando enfim pararam em uma clareira Emma e Regina foram falar com Henry.

_Mães! (Ele disse abraçando ambas.) Eu senti tanto a falta de vocês duas!
_Nós também sentimos muito a sua... (Emma disse beijando-lhe a testa.)
_Você esta machucado? Eles fizeram algo com você? (Regina perguntou analisando o corpo do filho.)
_Eu to bem mãe. (Ele disse sorrindo.)

Foi então que ele encarou Neal e se deu conta de que não era uma alucinação.

_Pai? Você está vivo? (Ele perguntou e nem deu tempo para ele responder, já foi o abraçando.)

David, Snow e Gold também foram falar com o garoto. Hook se conteve a mandar um breve aceno ao menino. Depois de todos falarem com o menino Rumple interrompeu a comemoração e disse:

_Ainda não acabou.
_Sim, nós temos que ir logo pra casa. (Emma disse.)
_Só há uma forma de derrotar Pan, e não é fugindo. (Gold afirmou.)
_Claro que é fugindo, eu fugi uma vez, fugiremos de novo. (Neal disse.)
_Você só conseguiu sair daqui porque se não tivesse saído Henry não teria nascido, o mesmo motivo pelo qual eu sai. Pan nos deixou ir embora. (Rumple argumentou.) Todos estão onde Pan quer que estejam.
_Como saímos desse inferno então? (Hook perguntou impaciente.)
_Fazendo com que Pan nos deixe sair. (Ele disse como se fosse óbvio.)

Todos se entreolharam estranhando.

_É claro! Ele é bipolar e daqui a pouco para de ser um demônio e vira um anjinho? (Regina perguntou com ironia.)
_Mais ou menos isso... (Gold disse sorrindo.) Contarei a vocês uma pequena lenda:

“Há muitos anos atrás dois irmãos foram abandonados pelo seu pai. A mãe deles havia morrido e eles ficaram sozinhos vagando pela terra. Esses dois meninos não tinham nada a perder então bisbilhotavam tudo afim de descobrir o mundo. Eles estava brincando um dia e ambos caíram em um buraco verde que havia se formado na terra e foram parar em ma terra deserta e desconhecida. Em uma gruta dessa terra um dia até que acharam uma caixa que havia sido enterrada ali dentro. O mais velho, desenterrou a caixa, mais teve medo de abri-la, o mais novo a abriu e no mesmo instante foi envolvido por uma fumaça roxa que se alastrou para além da gruta e atingiu todo aquele mundo desconhecido. Ele sem querer abriu uma caixa que foi capaz de trazer a magia à Neverland, mas além disso ele foi dominado por aquela magia, como se um espírito tivesse tomado conta de seu corpo. Com Magia ele podia criar TUDO o que quisesse naquela terra. Ele então criou sombras de seu próprio corpo, para que elas trouxessem amigos para ele não ficar sozinho. Ele tentou buscar o irmão dele, mas esse se recusava a vir junto com ele.”

_Peter Pan? (Henry arriscou.)
_Sim. (Gold afirmou.)

“O irmão de Peter não queria ir, porque Peter havia virado um sádico após tocar na caixa e ele queria descobrir uma forma de tentar salvá-lo. Foi então que ele conheceu um mago que lhe deu uma Lâmina que poderia pegar o poder que Peter havia concentrado e dissipá-lo por completo, sem o matar. O irmão de Peter então aceitou vir para Neverland e acertou-o com a lâmina bem na nuca. Mas a lâmina não concentrou o poder de Peter, mas o dividiu em dando poder ao irmão também.
O irmão ao ver o que tinha acontecido então correu até o mago e contou o que tinha acontecido. O mago pediu a lâmina e ao segurá-la falou...”

_Eu o controlo Senhor dar Trevas. (Foi a vez de Neal responder.)
_Exatamente. (ele confirmou.)
_Espera, então você é o irmão de Pan? (Henry perguntou.)
_Eu não, o irmão de Pan morreu poucos anos depois quando alguém o matou para roubar seu poder. O que eu tenho é parte do poder de Pan, que esta...
_Na adaga. (Regina e Emma responderam juntas.)
_O que o Mago não falou para o pobre irmão de Peter, é que ele precisava golpear Pan duas vezes, uma para adquirir o poder dela e outra para aniquilar o poder negro que o envolvia.
_E porque diabos você ainda não matou esse moleque encapetado? (Emma perguntou.)
_Porque ele não quer acabar com o poder da Adaga.(Regina respondeu irritada.)
_Não. (Ele disse rapidamente.) Porque a magia que eu possuo deve ter passado por uns 800 Dark Ones diferentes. Os primeiros eram burros e andavam exibindo a adaga por ai até acabarem mortos. Logo, meu poder se dividiu muitas vezes ao longo desses anos e estamos na terra de Pan, ele controla esse mundo, então eu fiz a única coisa que poderia fazer para proteger a única coisa que pode nos salvar Mandei que minha sombra escondesse a adaga, para que apenas uma pessoa pudesse a usar. E essa pessoa não sou eu.
_O verdadeiro crente? (Henry conectou os fatos.) Pan me disse que queria que eu restaurasse a magia!
_Não. Ele queria que você acreditasse que ele queria salvar a magia, o que ele quer é mais poder. (Gold disse de forma simples)
_E a profecia? (Neal perguntou ainda pasmo.)
_Profecia? (Emma, Regina, Hook, Henry, David e Snow perguntaram ao mesmo tempo.)
_Henry poderia ser a minha desgraça, porque é ele quem poderia me matar, porque acreditando como ele acredita, ele é o único que pode chegar até a adaga. A escolha é dele de me destruir ou acabar com os poderes de Pan. (Gold falou com simplicidade.)
_Então Pan queria que eu derrotasse você? (Henry perguntou confuso.) _Não, ele queria que você o entregasse a adaga porque ele já sabia o que iria acontecer. Eu só vim ter certeza do que aconteceria quando soube que você tinha sido trazido para aqui. (Rumple concluiu.)

Todos estavam pasmos com aquilo então Emma interviu e perguntou.

_Mas como ele ira encontrar a adaga e o que você sugere? Que deixemos ele ser raptado novamente?
_Não. (Gold disse sorrindo.) Só sugiro que ele acredite.

Henry então sorriu e fechou os olhos. Ele se imaginou com a adaga nas mãos frente a frente com Peter Pan. Depois se imaginou fincando a adaga na nuca de Pan. Imaginou também a adaga se desfazendo e se dissipando.
E depois em toda a magia negra daquele local se dissipando e quando abriu os olhos era dia em Neverland e todos os “demônios” do local haviam desaparecido. No lugar da floresta negra e sombria tudo estava florido, sua família estava sorrindo ao seu lado impressionados com o que havia acontecido. Os lost boys agora eram crianças normais e estavam pulando de alegria, comemorando e agradecendo à Henry por tudo o que ele havia feito, inclusive o próprio Peter.

_Você conseguiu! (Emma disse abraçando o filho junto com Regina.)
_Sim, eu consegui, por vocês! (Ele disse e então recebeu um beijo duplo na bochecha, um de cada uma de suas mães.)
_Agora sim Neal nos mostre o caminho de volta... (Gold disse sorrindo e escondendo dentro de si a tristeza por ter perdido a adaga para sempre.)

Fim do Flashback

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Regina nem teve tempo de dar o primeiro gole no ponche. A campainha havia tocado novamente. Ela foi até a porta e então viu uma pessoa vestida de Mosqueteiro.

_Emma! (Regina disse surpresa.) Pensei que você não viria!

A loira então sorriu e apontou para trás.

_Sua rua está lotada de carro, estava quase impossível de estacionar nesse lugar!

A morena sorriu e elas se encararam muito próximas. Emma quase ignorou o local onde estavam, mas ao ver o olhar atento de Mary em cima dela, optou por se controlar.

_Me desculpe por ter saído daquele jeito mais cedo...
_Tudo bem. (A prefeita respondeu e abriu passagem para ela entrar.)

Elas foram juntas cumprimentando todos os convidados. As pessoas achavam um tanto estranha a simpatia da prefeita, mas como ela e Emma, estavam nitidamente mais amigas as pessoas não ligaram muito.
Houve um momento em que Emma foi ao banheiro e Regina a seguiu e a jogou dentro de uma das cabines.

_O que você esta fazendo? (A loira perguntou entre beijos.)
_O que eu queria fazer desde que você chegou! (Regina respondeu intensificando os beijos.)

Emma interrompeu o contato por alguns segundos, olhou nos olhos de Regina e perguntou:

_Você gosta de mim?

A morena suspirou e respondeu:

_Talvez mais do que eu deveria.

A xerife sorriu ao ouvir a resposta e disse:

_Eu também gosto de você

Regina deu mais um suspiro e acariciou as longas madeixas da outra. Foi então que criou coragem para dizer:

_Eu amo você.

Elas se beijaram mais uma vez e resolveram sair da cabine, foram pegas no flagra por Ruby e Belle que viraram seus olhos para elas. Emma ficou instantaneamente rubra, já a rainha... Bem ela só lançou um olhar assustador que fez as outras duas rapidamente inventarem um assunto para conversar.
O resto da noite Emma e Regina ficaram sem se desgrudar um segundo. Roubaram alguns beijos às escondidas, mas tudo da forma mais discreta possível já que Emma tinha pedido para conversar com seus pais e Henry antes de qualquer coisa em público.

Rumple chegou perto das duas e lhes disse:

_Neal me contou sobre a coisa da tinta de lula lá em Neverland.

Ambas franziram o cenho sem entender o que ele quis dizer.

_O que estou querendo dizer é que só uma coisa pode quebrar a magia contida em tinta de lula.

E o que seria? (Emma perguntou sem entender. Já Regina mordeu o lábio já sabendo aonde ele queria chegar.)

_True Love. (Ele disse sorrindo.)

Elas trocaram um olhar sincero e timido.

_Parem de fingir que não esta acontecendo nada... Todo mundo já percebeu.(Ele disse dando uma piscadela e saindo andando.)
_Acha que todo mundo percebeu mesmo? (Emma peguntou ficando preocupada.)
_Acho que ele esta exagerando... Relaxa. (Regina disse dando um sorriso e puxando Emma pra dançar.)

Snow olhava as duas dançando e comentou com David:

_Porque elas não contam logo que estão se gostando? Isso é tão óbvio desde Neverland...
_É obvio pra todos, menos para elas que só foram se beijar hoje. (Henry disse com a maior naturalidade possível.)

Snow e David levaram um susto ao perceber que Henry estava ouvindo o que estavam falando.

_E como você sabe que elas descobriram isso hoje se você esteve o tempo todo com a gente? (David perguntou espantado.)

Ele deu um sorriso meio macabro e disse:

_E sei de tudo. Todos estão exatamente onde eu quero que estejam.

FIM