I don't understand escrita por Bibelo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

[REVISADO HOJE 01/11]

Bom, essa Oneshort é feita para um concurso de um grupo no facebook : Titãns Atacar.

Portanto, espero que possam gostar.

Desculpem quaisquer erros, por estar postando agora estou exausta. Talvez amanha eu revise melhor.
Bom, ficou meia boa - eu achei - mais não ficou ruim :3

espero que gostem!

boa leitura



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capitulo 1

O diabo, quando acuado, vocifera.
O que é ruim por si mesmo se destrói.
Uma bruxa nunca consegue ser perfeita num disfarce de princesa.
Nem um lobo é convincente em pele de cordeiro.
- Coloque-os à prova, e todos falharão, irremediavelmente.

- Augusto Branco

(...)

Dia de Halloween. Uma das épocas mais movimentadas do país onde crianças e adolescentes vão as ruas atrás de doces e travessuras. Várias pessoas com fantasias de bruxas, fadas, esqueletos, personagens de filmes (terror e infantil) e seres do submundo - vampiros, lobisomens - ente outros.

Em Jump City não era diferente. Todas as lojas, casas e áreas de lazer enfeitadas com abóboras, morcegos, aranhas, túmulos, tudo ao devido caráter do evento.

Entre todas essas pessoas, um grupo de jovens se preparavam para irem as ruas atrás de seus doces. Todos menos uma.

(...)

–Hey, Cyb, você miu minha foice? - perguntou o metamorfo eufórico no meio da sala.

–Não vi isso não! Deve estar perdida na maloca do seu quarto. - zombou o homem de metal que se pintava de verde.

O esverdeado o encara raivoso.

–Escuta aqui Cyb, a minha maloca é o meu conforto tá? Além do que, eu não me troquei lá - afirmou Mutano cruzando os braços emburrado.

–Tanto faz! - retrucou Cyborg iniciando uma de suas discussões rotineiras.

Em um dos corredores da torre, a tamaraniana andava por todos os lados a procura de sua "cesta de doces". Olhava dentro de vasos, atrás de quadros, embaixo de meses, mas nada de encontrá-lo.

Ela vai ao quarto de Robin batendo em sua porta sendo aberta pelo rapaz que encara, dos pés a cabeça, a pequena ''lobsimenzinha'' do lado de fora.

–Robin, você viu a minha cestinha? Acho que ela fugiu, não a encontro. - resmungou Estelar com a feição preocupada.

O garoto prodígio não deixou de rir.

–Na verdade não vi n... - ele parou ao se tocar de um pequeno detalhe - ... Espera, ela fugiu? - A rosada aquiesceu o fazendo rolar os olhos.

–Star, você não pode levar animais de verdade lá! - advertiu o rapaz.

–Por que? Ele não morde. - falou ela curiosamente.

–Porque ele não é desse planeta, vai chamar muita atenção! - concluiu o moreno recebendo um olhar gélido da tamaraniana.

–Eu também sou de outro planeta, então eu não deveria ir, não é? - cuspiu Estelar raivosa.

Robin gelou.

–N-Não foi isso que eu disse. - interveio ele tentando reverter a situação.

–Eu já entendi, Robin, vou procurar o Stligock. - assim ela sai batendo os pés no chão os fazendo vibrar de leve.

O garoto prodígio arfou esfregando a mão em sua nuca tentando exaurir a tensão. Virou-se novamente para dentro do quarto fechando a porta atrás de si.

Alguns barulhos desconhecidos debaixo de sua cama lhe chamam a atenção. Ele caminha até ela se agachando e olhando debaixo da mesma; encarou dois olhos avermelhados.

Ele se assustou recuando ao ver o animal avançando contra seu rosto.

–ESTELAR! - vociferou Robin irritadiço.

(...)

A empata estava sentada na cama encarando seu costumeiro livro azul. Grossas olheiras pintavam seu rosto alvo indicando o cansaço da mesma. Havia passado a noite em claro refletindo sobre a comemoração do dia 31.

Não via sentido na comemoração do dia das bruxas, sendo elas pessoas com contratos e pactos; seres moribundos e ardilosos que usam de magia negra para fazerem suas artimanhas.

Isso ela - mesmo com o tempo que morava na Terra - não compreendia e não aceitava. Como aceitar uma festa de seres do submundo se nem, ao menos, se aceitava? Essa pergunta a rondava desde o início de outubro e o início de suas mais nova amargura.

Três batidas na porta a retiram desse pensamento.

–Rae? - chamou o metamorfo do outro lado da porta. A empata suspirou se levantando e indo à porta; abiu uma pequena fresta balbuciando:

–O que você quer? - cuspiu ela irritadiça encarando os olhos do rapaz.

–Estamos prontos. Vamos? - indagou Mutano sorridente. A azulada franziu o cenho.

–Não estou com vontade. - Dito isso, fechou a porta retornando a sua cama.

O rapaz ficou lá, encarando a porta acinzentada. Deu meia volta e se dirigiu a sala.

(...)

–Ela não vai? - perguntou Cyborg vestido de corcunda.

O metamorfo aquiesceu.

–Bom, não temos muito o que fazer! - afirmou Robin fantasiado de vampiro.

–E se formos todos chamar ela? - propôs a tamaraniana radiante.

–Não acho uma boa ideia. - repercutiu Mutano sentado na banqueta da cozinha.

–Não vamos saber se não tentarmos. - disse o garoto prodígio indo em direção ao corredor sendo seguido por Setelar e Cyborg.

–Mas...mas... - resmungou Mutano sendo deixado para trás. - ... Ah, cara!

Assim ele correu ao quarto da amiga.

Assim que chegaram, Robin bateu a sua porta.

–Ravena! - chamou ele com a voz terna. Levou alguns minutos antes da porta ser aberta pela empata.

–O que vocês querem? - cuspiu Ravena encarando os amigos fantasiados.

–Queremos que você venha conosco. - Proferiu Robin.

Ravena somente rolou os olhos entrando mais para a escuridão de seu quarto.

–Não vou!

–Ah, vamos lá, Ravena, você vai gostar! - falou Cyborg com sua voz estridente. A garota trincou os dentes.

–Já disse que não. - aumentou seu tom de voz fazendo-os se calarem.

–Mas, amiga... - choramingou Estelar fitando a amiga que, somente, negou com a cabeça a incentivando a se calar.

–Pois bem, se é o que você quer. - assim, todos saem da frente de seu quarto - o qual foi fechado com força - indo as ruas de Jump City.

A azulada deitou-se em sua cama novamente encarando o teto do cômodo. Sabia que havia sido grossa, mas nada se poderia fazer naquele momento. Se era contra, o mínimo que eles poderiam fazer é respeitá-la.

Virou-se na cama encolhendo-se a agarrando seu joelhos os juntando ao tórax. Resfolegou algumas vezes antes de puxar a coberta e dormir ali, em forma de conchinha, aguardando aquele dia das trevas terminar.

(...)

O Metamorfo não conseguia se concentrar naquela noite. Mesmo tendo pego vários doces, algo faltava - ou melhor, alguém. Sabia que ela não era a favor, ainda mais pelo que passou na sua infancia.

Ele suspirou fundo sentando-se em um dos bancos do parque repletos de enfeites e crianças correndo eufóricas, todas correndo com cestas de doces repletas dos próprios.

Era pura alegria entre eles, tanta a ponto de se rir ao vê-las pelas ruas. Mas, ligando alguns pontos, se vê que talvez seja uma comemoração errada - talvez!

Ele apertou a cesta se levantando e se dirigindo a torre T. Chegou em menos de 10 minutos entrando por sua janela. Guardou sua foice, ou melhor, jogou-a em qualquer canto do quarto e saiu para o corredor.

Andou vagarosamente encarando as paredes negras e escuras, um arrepio lhe correu a espinha o fazendo tremer da cabeça aos pés. Sacudiu a cabeça retornando o olhar par frente.

Chegou no quarto da garota pigarreando e batendo - logo em seguida - na porta.

–Rae? - chamou o metamorfo do lado de fora. Esperou um pouco, mas nada da amiga responder. O mesmo bate novamente a porta não recebendo resposta.

Assim, abriu-a e entrou no quarto da azulada.

Nas vezes que entrou, sempre ficou com medo de sua decoração, mas desta vez não prestou atenção nas estantes e em suas estatuas de madeira e, sim, na menina que dormia encolhida no meio da cama.

Pelo modo que estava parecia aflita e, por esse motivo, ele chegou mais perto se sentando na beirada da cama encarando-a curiosamente. Sorriu radiante ao vê-la tão indefesa quando dormia.

Nem parecia a mesma Ravena de horas atrás. Esticou seu braço acariciando seu rosto com a ponta de seus dedos, a garota se mexeu o fazendo recuar.

Ela abriu os olhos vagarosamente encarando o rapaz sentado a sua frente. Assustou-se se levantando com tudo e incandescendo os olhos. Ao perceber ser o Mutano abaixou os braços e mostrou uma face irritadiça.

–O que faz no meu quarto? - perguntou grosseiramente a empata.

–Estava preocupado com você e vim te ver! - respondeu o metamorfo à Ravena que desviou o olhar. Sentou-se na cama um pouco longe dele.

–Já viu que estou bem, agora saia. - disse ela birrenta cruzando os braços na altura dos seios.

–Não! - falou ele sentando-se a seu lado. - Não até me dizer o que te incomoda. - afirmou Mutano convicto de suas palavras.

–Não te interessa, Mutano. - replicou Ravena recusando-se a se abrir com o amigo.

–Fale, você vai se sentir melhor. - disse o esverdeado segurando em sua mão. A mesma o olhou estranhamente retirando sua mão da dele.

–Se eu falar você dá o fora?

O rapaz apenas aquiesceu. Assim, a azulada respirou fundo e começou:

–Não vejo logica na comemoração do Halloween. Como comemorar a existencia de seres do submundos os quais só existem para atormentar a vida de pessoas - sejam elas terrenas ou não? Além do que, eu sei do que eles são capazes, meu pai é uma prova disso e, ainda sim, eles comemoram o dia.

"Nunca vou entender Mutano, e nem quero. Se nem ao menos consigo me aceitar, imagine aceitar outros seres que, sem sombra de duvidas, são piores do que eu?"

Terminou ela abaixando o olhar para suas pernas. Nunca fora de se abrir muito, isso para ela foi novo, mas gratificante; como se houvesse retirado um peso de seu corpo.

O rapaz sorriu pousando sua mão na dela.

–Você esta certa de tudo isso, mas todos só fazem isso pelos doces e pelas fantasias. Nada demais. - afirmou ele.

–Claro que há. Se você souber do evento e, mesmo assim o comemorar, estará fazendo tão errado quando quem comemorar por querer. Não finja ignorância. - murmurou a empata raivosa.

–Eu sei, mas tente compreender. Nós, humanos, somos guiados por tudo que nos chame a atenção, e esse evento chamou pelas fantasias, doces, travessuras. Normal. - afirmou Mutano se levantando e encarando-a nos olhos.

–Tente ser razoável e, caso não consiga, pelo menos me deixe passar a noite com você. - disse ele ternamente. Ravena corou bruscamente.

–Como assim? - perguntou ela curiosamente.

–Não é obvio?

Assim, o rapaz cessa a distancia entre elas selando-se seus lábios em um beijo terno e doce. Um simples roçar que fez os corações dos dois dispararem.

Separaram-se encarando um nos olhos do outro.

–O que foi isso? - perguntou Ravena com a respiração descompassada.

–Um beijo de dia da bruxas para minha bruxinha predileta.

(...)

Assim a noite de Halloween passou. Nada fora do normal, e nada que pudesse ser considerado absurdo; nada a não ser um novo casalzinho que se formou dentro de um quarto.

Esse foi o começo de muito outros dias das bruxas.


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Notas finais do capítulo

obrigada por lerem!
gostaram?

comentários???

beijos pessoal e sim, sou contra o dia das bruxas u-u



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