Verbo Intransitivo escrita por Bloodie


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Nem sei se alguém vai ler isso, pois faz muito tempo que não posto nada aqui. Então, primeiramente, eu peço desculpas, pois eu estava estudando bastante, tentando vestibular para Medicina. Segundo, vou tentar postar de vez em quando, isso se alguém ainda acompanhar minhas história, e as histórias que não terminei, tentarei continuar, mas infelizmente nem lembro onde parei. É só isso, obrigada e se gostou comenta e se não também.



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Verbo Intransitivo

Adjuntos, pronomes ou advérbios? Qual a diferença? Palavras deveriam ser apenas palavras, com significados e concordâncias com meus sentimentos. Deveria significar somente a essência de minha alma e o reflexo dos meus desejos. Qual a diferença entre o transitivo direto e indireto? O que eu quis dizer foi capitado e o leitor deu sua própria significação ao texto? Que eu lembro-me nenhum poema parnasiano tocou minha alma, afinal eu não entendi. Para que palavras difíceis, de vocabulários remotos, se eu uso meu “cearês” e é assim que entendo. Elipses e metáforas propositais, como se “ditados populares” ninguém usasse e não fosse natural engolir algumas palavras. Eu entendi, é isso que importa.

Regência, concordância… Gramática maldita que o professor inventou de ensinar. Decorei aquele livro, colocação pronominal na ponta da língua, eu aprendi a usar a próclise, mesóclise e a ênclise. Mas pra quê? Se ninguém fala “mudar-se-ão”, porque meu avô diz: “aqueles caboclos se mudarão”. E eu entendo. E ele é feliz com sua “aumildade”. Que eu lembro-me nunca fui à padaria e pedi: “Senhor Padeiro, dê-me 2 reais de pães”. Não eu falei assim: “Moço, me dar 2 reais de pão”.

E aquela maldita crase, aquele “tracinho” infeliz em cima do “A” que me fez tirar 160 na primeira competência da redação. Eu preciso saber se pede preposição, se é transitivo indireto, para colocar aquele acento maldito? Quem vai, vai a algum lugar? Na verdade, quem vai, vai e ponto. Minha mãe falou que eu não devo bisbilhotar a vida de ninguém, que é falta de educação. Então porque a gramática não segue o meu padrão?

Ainda vem com essa de “Coesão e Coerência”. E daí se eu repeti as palavras duas ou três vezes naquele parágrafo? Eu tenho que colocar um sinônimo? Não é tudo a mesma coisa. Mostrar é o mesmo que expor, não é? Eu acho expor um tanto arrogante. Eu nunca falei: “Mulher, deixa eu te expor o presente que ganhei”. Se eu falasse isso não teria amigos. E ainda me perturba com os advérbios, no entanto, todavia, porém, entretanto, entrementes. Eu só uso o “mas” mesmo. Eu nunca cheguei ao meu irmão e falei: “Entrementes, não foi isso que eu vi”. Primeiro, ele perguntaria se eu enlouqueci e, segundo, me acharia uma exibicionista.

Eu uso minhas catacreses, metonímias, anáforas e hipérbatos sem querer mesmo. Não tenho sensibilidade suficiente para entender a sintaxe, estou feliz com as minhas hipérboles diárias e tento fazer da minha vida um eufemismo constante. E sou feliz, com meus adjetivos e pronomes possessivos diários. Eu não entendo a voz passiva, sou ativa assim mesmo, correr de um lado para o outro. Porque pobre é assim mesmo, tem que correr mesmo, afinal a vida não estar fácil para ninguém, mesmo. E verbos? Verbos, para mim, são tudo intransitivo, porque é mais simples de classificar assim.


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