Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey Cupcakes... Aqui mias um capitulo para vcs amores =) Que Bom q estão Gostando... Bjs e Boa Leitura...



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~Continuação~

Voltei correndo em direção ao beco e só parei quando caí por cima de algo. Ou alguém. É, como eu imaginei, era ele quem estava lá. Ele tossiu e gemeu quando eu caí em cima dele, mas logo levantei e peguei o celular, pra tentar clarear um pouco aquele lugar pavoroso, de tão escuro. Ele estava mal. Muito mal mesmo. Ele estava tentando falar alguma coisa, mas não conseguia. Depois que eu me acalmei o suficiente pra pensar em alguma coisa, tentei levantar ele, enquanto tentava ligar pra uma ambulância. Ele segurou a minha mão e fez que não com a cabeça.

- O que é? Você é idiota, garoto? Vou chamar uma ambulância, fica quieto – empurrei a mão dele pra longe, mas ele segurou a minha mão de novo e conseguiu dizer:
- São só… Uns machucadinhos bobos…

Então eu ri. É, eu ri! Daquela situação, da cara dele e do jeito que ele falou. Quer dizer, o garoto estava com o nariz sangrando, o olho roxo, a boca inchada e estava apertando com uma das mãos a barriga e me dizia que eram só uns machucadinhos bobos.
Tudo bem, eu sabia que morrer ele não ia, mas eu estava realmente preocupada.
- Ei, você acha que quebrou alguma coisa? – perguntei, tentando me acalmar e iluminar com o celular o rosto e os braços dele. Ele negou com a cabeça. – Você devia ir pro hospital…
- Não devia não, me deixa em paz, eu me viro. – As palavras eram rudes, mas ele falou de um jeito tão fraquinho, como se pra falar cada palavra doesse, então nem me importei muito com a ignorância.
- Vem, vou dar um jeito de te levar pra casa… É muito longe?
- Não precisa – ele tentou levantar e quase caiu.
- É obvio que precisa. Vem, te ajudo.

Ajudei-o a levantar mesmo que ele continuasse resmungando. Por algum milagre conseguimos sair daquele beco. Ele apontou o carro dele, estacionado no fim da rua, embaixo de uma árvore. Andei com dificuldade até lá, enquanto ele se apoiava em mim. Peguei a chave no bolso dele e o ajudei a se sentar no banco do carona. Dessa vez ele nem reclamou.
Sentei em frente ao volante e ainda estava tentando decidir se era melhor levá-lo pro hospital ou pra casa dele.

- Onde é a sua casa? – perguntei. Se fosse perto do hospital, eu parava lá e dane-se ele, se não queria ir. – Ok, esquece – liguei o carro e tentei sair o mais rápido possível dali.
- Não, eu não quero ir pro hospital! – ele gritou de repente e eu dei um pulo. – Pode me deixar aqui, eu dirijo.
Encostei o carro de novo e olhei pra ele.
- É o seguinte: você é um grosso e você merece levar mais porrada do que já levou. Já que você não quer ir pro hospital, beleza, vou te levar pra minha casa e cuidar desses machucados, porque não estou a fim de deixar uma pessoa no estado que você tá ir pra casa sozinho, mesmo que seja você. Então, só cala a sua boca.
Virei pra frente e liguei o carro. Depois de um tempo de silêncio, ouvi uma risada, virei pro lado e ele estava rindo e fazendo caretas. Aparentemente, rir doía.
- O quê? – perguntei.
- Nada… - ele disse - Só… Só tenta não capotar com o meu carro também, tá? Dessa vez não vou poder te salvar.
- Vai à merda,Vargas .

Estacionei perto de casa. Ajudei-o a entrar e o deixei sentado no sofá da sala enquanto ia pegar a caixinha de primeiros socorros.
Quando voltei, ele estava exatamente do jeito que eu deixei, olhando ao redor. Ajoelhei-me em frente a ele e comecei a limpar os machucados. Por incrível que pareça, ele ficou quieto, só fazia umas caretas de vez em quando. Ele estava com um cheiro esquisito. Quer dizer, tudo bem que ele ficou sei lá quanto tempo jogado em um beco escuro e mal cheiroso, mas não era só isso.
Ele tinha traços realmente bonitos. E delicados também, mas, nem por isso, femininos. Sacudi a cabeça e continuei com meu trabalho.

- É melhor você tomar um banho – eu disse, quando terminei – o banheiro é a segunda porta à direita, subindo a escada. Vou pegar umas roupas pra você. Acha que consegue subir?
- Não precisa, eu já estou indo pra casa. – ele disse, levantando-se. Entrei na frente dele.
- Para de ser teimoso, garoto. Não vou te deixar sair desse jeito. Você não tá bem.
Ele me olhou com raiva. Muita raiva mesmo.
- Você é uma patricinha idiota, sabe? Eu faço o que eu quiser, você não pode me prender aqui.
-Leon… – comecei, tentando controlar a raiva.
- Não, eu quero ir embora. Eu não gosto de você, eu não gosto da sua companhia, eu não gosto de ficar na sua casa e eu não preciso da sua ajuda. – Ele terminou de falar e ficou ali, encarando-me, esperando a minha reação.
Saí da frente dele, caminhei até a estante e peguei a chave do carro dele. Joguei a chave na direção dele, mas ele não pegou e a chave caiu no chão. Caminhei até a porta e abri.

- Tchau. – disse, apenas.
E aquele idiota, ao invés de sair da minha casa de uma vez, ficou ali, me encarando.
- Anda, pode ir. – apontei pra porta aberta e fui até a cozinha. Abri a geladeira e peguei um pote de sorvete pela metade. Peguei uma colher e voltei pra sala.
- Tá aí ainda? – disse, quando percebi que ele ainda estava ali, parado no meio da sala – Sabe, você já pode ir, se quiser.
Sentei no sofá, abri o pote calmamente e liguei a TV. E ele continuava ali parado. Tentei ignorar a presença dele, mas foi impossível, porque ele andou até onde eu estava, arrancou o pote da minha mão, colocou ele na mesinha ao lado do sofá, segurou os meus braços e me fez levantar.
- Qual é o seu problema? – perguntou-me. Empurrei-o pra longe e ele quase caiu. Fiquei me sentindo mal por isso, ele ainda estava fraco.
- Qual é o SEU problema? – gritei, com raiva – Você não queria ir embora? A porta tá aberta, querido. Já que você é tão autossuficiente e não precisa da minha ajuda – enquanto falava, fui até a chave que estava no chão e a peguei, caminhando de volta pra onde ele estava. – então, pega essa sua chave – coloquei a chave com violência na mão dele – vai até a merda do seu carro, liga ele e some!
Ficamos nos encarando por um tempo, então ele disse:
- Ótimo, é exatamente isso o que eu quero. Ficar longe de você. Tchau. – ele foi caminhando até a porta com dificuldade, passou por ela e a fechou com força. Ouvi um barulho do lado de fora e logo depois ele praguejando.
Caminhei calmamente até a porta e a abri. Como eu imaginei, ele estava lá, jogado no chão porque escorregou nos degraus logo em frente à porta da minha casa.
- Tenha cuidado com os degraus na próxima vez – eu disse, com um ar superior, mas mesmo assim, caminhei até ele pra ajudar.
- Não, fica longe. – ele falou, com raiva. Parei onde estava e fiquei observando enquanto ele levantava. Ou tentava levantar, porque ele não conseguiu.
- Tem certeza que não precisa da minha ajuda? – eu disse, chegando mais perto. Queria que soasse como se eu estivesse o esnobando, mas na verdade, soei como uma idiota, preocupada e prestativa.
Ele não respondeu, então presumi que ele precisava da minha ajuda, sim, mas era orgulhoso demais pra admitir.
Depois que ele já estava de pé, peguei a chave do carro que tinha caído no chão de novo e entreguei pra ele.
- Tem certeza que consegue ir pra casa? – perguntei, como uma estúpida. Quer dizer, ele é um grosso e não merece nem o mínimo esforço vindo de mim. Pra minha surpresa, ele olhou pra baixo e falou baixinho:
- Não sei. – depois de um tempo em silêncio ele olhou pra mim e continuou. – Eu não sei se consigo ir pra casa. – suspirou.
- Tudo bem. Anda logo, é melhor você entrar, tá frio aqui fora. Amanhã eu te levo.


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Notas finais do capítulo

Tenho certeza q vcs se preocuparam com o Leon neh??? Mais Calma isso tudo só esta começando, muitas coisas vão se resolver e muitos Perigos iram aparecer...



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