Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 23
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakes aqui mais um capitulo pra vcs. Bem ñ liguem para a minha desanimação ok.. To meio depre e morrendo de Ódio da minha amiga q fez a pior coisa da Vida dela, agr eu to na merda, quero enfiar minha cabeça em um buraco, me esconder, e ñ aparecer amanha na escola :P
Mais bora para de fala da minha vida pq sei q vcs estão interessadas na fic e ñ nas bobagens q eu to escrevendo aqui sobre a minha vida...

Boa Leitura..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432579/chapter/23

Saí da sala de aula para retornar a ligação de Fran.
– Fala, chatinha – eu disse quando ela atendeu.
– A sua avó! – ela gritou e eu ri – Vilu, a Brit marcou de novo, vai ser amanhã, você pode vir?
Brit, ou Brittany, era amiga da Fran, uma psicóloga recém-formada que concordou em me ajudar. Encontrávamo-nos na casa de Fran, já que Brit ainda não tinha o próprio consultório.
– Não sei, Fran... O Leon já está desconfiando – respondi chorosa, pois realmente queria ir.
As consultas com Brit estavam me fazendo muito bem. Só pra começar, aconteciam no quarto da Fran, então parecia que eu tinha ido visitar as minhas amigas e não que estava tendo consultas com uma psicóloga. E falar sobre o que eu fazia com uma estranha era incrivelmente mais fácil do que falar para algum conhecido. Eu me sentia mal nas primeiras consultas, mas agora percebia o alívio que era não guardar aquilo só pra mim. Sem contar que, com a ajuda de Brit, comecei a aceitar o que a Fran vinha me dizendo há muito tempo: que, embora eu me sentisse culpada pela infelicidade do meu pai e por minha mãe ter ido embora, aquilo nunca foi realmente minha culpa.
– Vilu, você devia contar pra ele! – ela disse severamente – Afinal, a Brittany já te disse que você vai ter que começar a tomar os remédios e você não vai poder esconder isso dele.
– Eu vou contar, Fran. Só não posso contar agora.
– Contar o que? – ouvi Leon perguntar, logo atrás de mim e gelei.
– Fran, mais tarde eu falo com você – eu resmunguei e desliguei sem nem esperar resposta – Oi, Leon, não te vi chegando.
– Percebi – ele disse, grosso. Suas mudanças de humor estavam começando a me irritar – Contar o que? – ele repetiu.
– Ah, nada... Nada de importante – sorri, mas ele não fez o mesmo.
– O que você não quer contar pra mim? – perguntou, tentando manter a voz baixa.
– Quem disse que é pra você que eu tenho que contar? – eu falei irritada – Sério, Leon, essa sua desconfiança já tá enchendo o saco.
– Esses seus sumiços de repente que estão enchendo o saco!
– Interessante – comentei sarcástica – Porque você vivia sumindo por aí, indo pra casa de uma tia doente ou sei lá o que, e eu não fiquei te cobrando nada! – me arrependi na mesma hora quando disse aquilo. Ele sabia que eu quis dizer que todas aquelas saídas eram desculpas pra ele ficar sozinho e se drogar, mas antes que ele pudesse responder, continuei, mais calma: - Eu tenho ido apenas à casa da Fran, Leon. Só isso.
Ele balançou a cabeça negativamente e voltou pra sua sala.
Olhei pro relógio e faltavam quinze minutos pra aula acabar. Caminhei até os fundos do colégio, onde eu e Leon costumávamos fugir das aulas juntos e me sentei no gramado.
Sabia que seria muito mais fácil se eu contasse tudo pra ele. Que há duas semanas consultava uma ótima psicóloga e que logo começaria a tomar os remédios que ela me receitou. Remédios contra depressão, que me impediriam de ter uma recaída. Mas eu não queria contar pra ele antes que ele percebesse que, por mais difícil que seja admitir, ele também precisava de ajuda.
Eu não queria ficar longe dele e era horrível saber que não pude ajudá-lo como pretendia. Mas se teve algo que essas sessões com a Brit me fizeram entender foi que as pessoas precisam querer se ajudar. Que alguém de fora pode conseguir melhoras, como eu consegui, fazendo com que ele diminuísse a frequência com que se drogava e fazendo com que ele não quisesse mais se drogar, mas vícios são coisas sérias e muitas vezes as pessoas pioram seus estados pensando que podem melhorar sozinhas, como nós dois tínhamos feito.
Eu sabia que ele não podia parar sozinho, mas ele não sabia. Ele achava que podia parar sem precisar da ajuda de ninguém. E era isso o que ele sempre me dizia, mesmo no dia em que, depois que percebi o que estava acontecendo, fui até a casa dele e o encontrei completamente drogado.
Deitei na grama e olhei para o céu azul e tão bonito acima de mim e comecei a lembrar daquele dia.

“Sua cabeça estava apoiada no meu colo e, desde que eu entrei no quarto, ele ainda não tinha falado nada. Eu estava certa, então. Mas demorei demais pra perceber os sinais.
Olhei ao redor e senti um aperto no peito. O quarto estava todo bagunçado. Dava pra perceber os fracos contornos do pé de Leon na porta de seu guarda-roupa. Pelo o que entendi, ele havia quebrado quase o quarto todo, mas quando entrei, ele já estava deitado na cama, com a respiração ofegante e as mãos tremendo.
– Eu joguei a caixinha fora – eu disse, finalmente, e esperei que ele olhasse pra mim antes de continuar – A caixinha onde eu guardava as lâminas.
As pupilas dele estavam dilatadas e eu sabia que se colocasse a mão em seu peito, sentiria seus batimentos rápidos. Sua pele estava quente e eu já sabia qual tinha sido a droga que ele usara. Pelos efeitos e por dedução, afinal, ele não tinha mais dinheiro para gastar com cocaína. Ele estava usando algo pior.
– Você... Você já pensou em procurar ajuda? – eu perguntei hesitante – Você sabe... Em um lugar especializado.
– O que você tá querendo dizer? – ele disse, se levantando de meu colo e me encarando.
– Uma clínica... – comecei, mas ele me interrompeu.
– Você quer que eu me interne? – perguntou, furioso, e eu me encolhi.
– Se for o melhor pra você...
– Então, pode esquecer! – ele disse grosso, deitando-se novamente e colocando uma mão no peito – Eu não vou me internar.
– Leon... Você podia pensar...
– Não preciso pensar, Violetta – ele disse ofegante – Eu não vou me internar. Não preciso disso!
– Eu te ajudo a contar pra sua mãe – eu falei, sem ligar pras palavras dele – A gente explica pra ela. Tem uma clínica muito boa, e nem é tão longe daqui...
– Você tem pensado bastante nisso, não? – ele disse sarcástico, se levantando novamente e saindo de perto de mim, andando de um lado para o outro no quarto.
– Tenho – admiti, olhando pra ele ainda sentada – Queria falar sobre isso com você faz tempo. Porque é óbvio que isso é um vício e você não vai conseguir parar sozinho!
– Só falta me chamar de drogadinho também – ele gritou, mas sua respiração estava falhando e suas mãos ainda tremiam.
Ele se desequilibrou quando tentava dar mais uma volta pelo quarto e só não caiu porque se apoiou na cômoda ao lado da cama a tempo.
– Eu achei que você me entendia... Achei que ia me ajudar – ele disse, com uma mão no peito e um olhar triste – E, no entanto, você quer que eu me interne. – sua voz parecia a voz de alguém que estava sentindo dor e isso me fez sentir-me um lixo - Eu esperava isso de qualquer pessoa, Vilu. Só não esperava de você.”


O sinal para o fim das aulas tocou e eu me levantei. Precisava pensar e, mais que tudo, precisava ver Brit. Caminhei até a sala de aula e peguei as minhas coisas. Fui embora e não olhei pra trás. Precisava sair dali. Sem o Leon.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então oq acharam Gnt? Sei q o capitulo ficou chato mais estou sem muita animação para escrever... Bem sei q ngm vai querer saber mais a musica e eu estava ouvindo quando estava escrevendo e HELP do McFly.. (homenagem para meu novo leitor(a) Dougie Poynter kkkk bem acho q e so isso mesmo bjs amores e HJ posto mais... By

Link da Musica: http://letras.mus.br/mcfly/232914/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Story Of Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.