Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey Cupcakes =') Fiquei muito. MUITO .m-u-i-t-o ..... Feliz com os Reviws Serio gnt Chorei kkkkk vcs são as melhores Leitoras do Mundoo sabiam... =3 Bem o Nesse Cap. Eu vou contar um pouco da historia Do Leon e da Vilu, vcs vão meio q saber como e pq eles começaram a fazer oq fazem agr..... Bem só isso mesmo e Obgd a Vcs mais uma vez, sem vcs a fic não seria nada!!!

Boa Leitura!!!



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Estávamos sentados na cama e ele ainda me abraçava. Ficamos tanto tempo em silencio, que me assustei quando ouvi sua voz de novo.
- Não sei se você se lembra do Mike, um loiro alto, repetente e tal...
- Lembro – eu disse, em uma voz fraquinha.
- Ele estava na detenção e eu também – não entendi aonde ele queria chegar com esse papo, mas escutei, prestando atenção – Não sei o que ele fez, mas eu havia jogado umas bolinhas de papel higiênico molhado no teto do banheiro...
- Eca! – interrompi, olhando pra ele.
Ele riu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Eu sei – continuou – Sabe como é... Primeiro ano na escola, queria fazer algo pra me divertir, mas...
- E o seu jeito de se divertir é jogando papel higiênico molhado no teto da escola?
- Melhor do que jogar travesseiros nas pessoas, não acha? – ele disse, rindo – comecei a achar que você ia querer jogar a cama também.
Dei um tapa nele e fiz sinal pra ele continuar.
- Enfim, a inspetora me pegou no ato e me levou até a diretoria. E, além de pegar três dias de detenção, ainda tive que limpar aquela sujeira.
- Que você mesmo fez... – interrompi novamente, sorrindo.
- Ok, senhorita Eu-Adoro-Interromper-O-Leon, posso continuar agora? – Ele perguntou, com uma sobrancelha erguida.
- Só mais uma coisa – falei e ele assentiu, de má vontade, me deixando falar. – Meu pai é foda. – falei e ri da cara dele de indignado.
- Ele me fez limpar aquela porcaria todinha e você diz que ele é foda?
- Sim, você mereceu! – falei, com um sorriso e ele bagunçou meu cabelo.
-Agoraeu já posso continuar?
- Sim, senhor.
- Ótimo. Bom... Ele estava na detenção e eu também. Começamos a conversar e logo fizemos amizade. Ele me chamou pra ir a uma festa na casa dele e eu fui. Lá rolava de tudo o que você possa imaginar – ele olhou pra mim e continuou. – Já tinha ido a festas assim antes, mas essa era bem pesada. O Mike me ofereceu um cigarro. Era maconha, claro, e eu não queria parecer um idiota perto da turma dele, então aceitei – ele sacudiu a cabeça, como se estivesse pensando que idiota mesmo foi ter aceitado – Depois do primeiro, fumei o segundo, o terceiro e assim por diante. Eu não estava acostumado, fiquei mal e então o Mike me disse pra dormir na casa dele, porque não ia ser legal minha mãe me ver naquele estado. Depois que acordei, achei que tinha ganhado um ótimo amigo, ele não queria que eu me desse mal. – ele parou e eu esperei. – Pensei em não fazer mais isso, mas comecei a sair com a turminha dele e sempre acabávamos do mesmo jeito, jogados na rua, chapados. Eu era o excluído no colégio, me senti bem por ser aceito entre eles, entende? – assenti e ele continuou – Passei da maconha pra cocaína, o Mike sempre me oferecia e eu aceitava. Percebi que não conseguiria mais parar quando eu comecei a pedir pra ele. Quando o que eu tinha em casa acabou, fui atrás do Mike. Até então, ele não me cobrava nada, mas naquele dia ele disse que eu tinha que ir até o fornecedor com ele e ajudar a pagar, se quisesse mais. O lugar era bem tenso, na pior parte da cidade, mas eu já estava lá mesmo, então fui até o fim – ele apertou a minha mão e começou a falar mais rápido, como se quisesse acabar logo com aquilo. – Eu voltei lá mais vezes, mas não tinha dinheiro suficiente. Eu aumentava a quantidade e eles o preço. Começaram a cobrar mais caro do que deveria ser. Roubei a minha própria mãe pra comprar mais droga – ele olhava pra frente, como se estivesse perdido em lembranças ruins. E estava mesmo - Ela desconfiava, eu negava, a gente brigava... Tentei arrumar um emprego pra pagar o que eu já devia, eles abriram uma espécie de conta pra mim e ela só aumentava. Não parei em nenhum emprego, eu me irritava, xingava as pessoas, era grosso e quebrava tudo nas piores situações – ele me fitou, envergonhado, parecendo só se lembrar agora da minha presença – A minha mãe ficou sabendo dessas coisas e teve que pagar os estragos que eu fazia. Nessa época, os poucos colegas que eu tinha na escola se afastaram de mim, não queriam mais papo. Briguei sério com a minha mãe depois que o dinheiro do aluguel sumiu e ela me acusou. Saí de casa e não tinha pra onde ir. Fui pra casa do Mike e dormi lá, fiquei uns três dias, mas ele me disse que não podia mais ficar, que ele não era a minha mãe e que não tinha nada a ver com a minha vida e meus problemas. Briguei com ele e saí de lá arrasado, sem saber o que fazer, fiquei uns dias na rua, que nem mendigo, e sempre drogado, usando tudo o que eu havia pego na casa do Mike. Voltei pra casa quando não aguentei mais. Minha mãe estava horrível – pude ouvir o arrependimento na voz dele - Tinha chamado a policia pra me procurar e tudo... No outro dia o Mike apareceu, disse que a policia tinha ido à casa dele me procurar e acharam drogas lá. Ele não estava em casa, mas o seu pai havia sido preso. Me senti pior e não sabia o que fazer. Começaram a me ligar, me cobrando, e, um dia, um dos caras foi lá em casa, atrás da minha mãe – ele olhou pra mim e eu entendi o que ele quis dizer. Ele bateu no cara que cobrou a mãe dele e aquele dia que o encontrei caído no beco tinha sido a vingança dos caras. – e mesmo depois de tudo isso, de ver a decepção nos olhos da minha mãe, de a ouvir dizer que não sabia o que fazer comigo, depois de mentir pra ela todos os dias e me odiar por isso, mesmo depois de passar dois dias como um mendigo, de pensar que iam me matar,eu ainda queria mais. Arranjei com um velho amigo e tenho usado aos poucos, com medo de que acabe, mas começou a ficar difícil. Os traficantes me ameaçaram, cobraram bem mais do que o que eu devia pelo atraso, eu não sabia o que fazer... Então você apareceu. – ele fez uma pausa, suspirou e recomeçou - Depois que eu te contei, resisti por muito tempo. Até ontem, pra ser mais exato. Mas então eu me senti um merda. Estava com medo, tinha vendido meu carro e não queria mais ver aqueles caras. Queria relaxar, me desligar um pouco do mundo. Depois que saí daqui, andei por aí, sem rumo, e encontrei com o velho amigo de quem eu falei, ele me levou pra uma festa do outro lado da cidade. Alguém deve ter me trazido pra casa, não sei, porque só me lembro de ter chegado até a festa, de me oferecerem droga e depois apaguei. E lembro de que, quando acordei, te vi do meu lado – ele falou, me olhando nos olhos com uma intensidade enorme –você estava lá quando eu mais precisava de ajuda.

Ficamos muito tempo em silêncio. Fiquei pensando em tudo que ele passou, tudo que ele renunciou por causa das drogas. Encarei-o e ele retribuiu meu olhar. Houve um trato silencioso entre nós: não falar mais sobre isso.
Senti que devia a ele uma explicação também e me surpreendi quando percebi que queria contar a ele, desabafar, como ele acabara de fazer.
Passei a mão no meu braço e me preparei pra contar, mas Leon percebeu isso e colocou um dedo nos meus lábios.
- Você não precisa se sentir na obrigação de me contar.
- Eu quero contar. – falei de um jeito estranho, porque o dedo dele ainda estava na minha boca. Ele riu e abaixou a mão.
- É serio, não precisa...
- Eu quero contar – repeti – vai me ouvir ou não? – falei com grosseria demais e me arrependi na mesma hora. Pra minha surpresa, ele colocou uma mão na minha nuca, me puxando pra perto, colando a minha testa na dele.
- Você sabe que não precisa. - ele disse, com uma voz rouca.
Percebi que tinha prendido a respiração quando respirei fundo em seguida, sentindo o cheirinho dele. Meu coração batia tão forte que não me surpreenderia se pudesse ouvi-lo.
- E-eu quero contar... – Falei. Ele sorriu e me deu um beijo na testa.
- Então, conta.
Comecei pela parte mais difícil. Minha mãe. Contei a ele que ela havia traído o meu pai, por isso se separaram. Que ela foi embora de casa sem mais nem menos quando eu tinha seis anos, e ficou meses sem dar notícias. Contei como meu pai ficou destruído e que havíamos nos mudado porque ele não queria ter mais nenhuma lembrança relacionada a ela. Disse que eu não queria vir pra cá porque ainda tinha esperanças de que ela aparecesse na nossa antiga casa, pra ficar, e queria estar esperando por ela. Depois de quase um ano sem notícias, ela entrou em contato, disse que estava vivendo com seu amante e que estava grávida.
- Meu pai pareceu definhar – contei – ele bebia muito e descontava em mim, às vezes. Até hoje não sei se ele se recuperou totalmente. Minha mãe aparecia, às vezes, dando uma de preocupada, me perguntando sobre a escola e os garotos. Conforme fui crescendo, entendi melhor as coisas e comecei a me culpar por ela ter ido embora. Comecei a achar que a vida era injusta com o meu pai, que nunca fez nada de errado. Ele melhorou um pouco e, então, começamos a fingir que nada havia acontecido, não tocávamos no nome dela. Mas eu ainda me sentia culpada, sempre me senti. E o meu pai nunca disse o contrário. O tempo passou e eu me acostumei a ser sozinha. Passava muito tempo em casa, sem ninguém. Meu pai arranjava um milhão de coisas pra fazer e eu percebi que era pra se distrair, pra não pensar nela. Me sentia muito sozinha às vezes, não tinha amigos na escola e o único que eu sabia que podia contar era o marco, mas ele morava em outra cidade. Teve uma época que cansei de ser forte. Chorava todas as noites, minha vida era uma bagunça, minha mãe não me queria, meu pai provavelmente estava pior que eu e eu não sabia o que fazer pra mudar isso. Começou a voltar a raiva que eu sentia do mundo pra mim. No começo, fazia cortes pequenos e percebi que pensar neles, na dor que eles causavam, me distraía, eu não pensava tanto em tudo o que eu queria mudar e não conseguia. Aliviava. Eu tinha treze anos quando comecei. Então mudei pra nossa escola e as coisas melhoraram um pouquinho, porque conheci aFran. Mas ela já estava no ultimo ano e eu tinha medo que ela fosse como todas as outras coisas da minha vida: passageira. Ela iria se formar, iria pra uma faculdade e iria me esquecer. No meio do ano,marco se mudou pra cá, então as coisas ficaram realmente boas. A única coisa ruim é que eles não se entendiam, não conseguiam ficar muito tempo juntos perto um do outro porque sempre brigavam. Tentei mostrar a eles que não era tão ruim ficarem juntos e então eles se tornaram amigos e tudo ficou perfeito. Eles começaram a namorar, fiquei muito feliz por eles e percebi que teria a minha melhor amiga, mesmo depois que ela saísse da escola. Eu havia parado de me cortar. Mas então me senti trocada de novo. Me senti uma intrusa na relação deles. Sempre atrapalhava quando eles queriam ficar sozinhos. Eu era um peso. Eles diziam que não, me queriam por perto, o marco me apresentou alguns amigos dele, mas nenhum deles combinava realmente comigo. Uma vozinha chata na minha cabeça me dizia que eles tinham pena de mim, porque eu era sozinha. Me afastei um pouco deles e então comecei a fazer de novo... – toquei no meu braço e deixei minha voz morrer no silêncio.
Ele me abraçou forte quando percebeu que não conseguiria dizer mais nada. Quando me soltou, sentou-se de frente pra mim e puxou pra cima a manga da minha blusa, deixando à mostra as marcas que eu mesma havia feito. Não senti vergonha, pela primeira vez.
Ele passou a mão pelo meu braço, cobrindo toda a extensão dos machucados. Devagar, como se tivesse medo de que eles reabrissem, mas com toda a determinação que pôde demonstrar através de seu toque, como se quisesse fazer com que cada uma das feridas sumisse.
- Você não precisa mais disso – ele disse – Não precisa mais se sentir sozinha, porque você não está! Eu vou sempre estar aqui – prometeu – não precisa mais fazer isso – ele repetiu, me abraçando.
- Não vai mais sair do meu lado? – perguntei, retribuindo o abraço.
- Eu não posso – ele disse, com um estranho tom de voz – e mesmo se pudesse,não iria querer.


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Notas finais do capítulo

Uhuh 2000 Palavras Meu Maior Cap. ate agr Gnt to muito Feliz, serio mesmo e isso tudo graça a vcs MEUS Cupcakes =3 Espero mesmo q vcs gostem desse capitulo fiz especialmente para vcs..... E ñ liguem para os MEUS ali em cima, sou muito possessiva e apegada as pessoas (bem só d quem eu gosto, e gosto mt de vcs) Eu só de imaginar quando a Fic acaber fico triste, já estou ate pensando em uma próxima Fic muito mais Diva q essa (dizendo vcs) Para não abandona-las Adoro vcs.. Bjs