A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 85
2x43 A baby coming soon




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O dia estava chegando. O grande e temeroso dia. Faltava apenas quarenta e oito horas.

— Eu ainda acho que não é uma boa ideia. – Seth falou, assim que acabou seu nono cachorro quente.

Nessie e eu decidimos fazer uma fogueira na frente da casa da tia Alice, que havia um quintal enorme, e sua casa não era no condomínio. Eu sei, eu sei, vampiros e fogo não combina muito. Mas eu queria fazer algo a noite, e isso me parecia uma ótima ideia.

— Eu vou ficar bem. – lhe garanti pela centésima vez, e lhe dei um selinho.

— Já acabou. – Embry reclamou, se reencostando nos joelhos de Mayra.

— Vou buscar mais. – me voluntariei me levantando.

— Te ajudo. – Claire falou, e eu a ajudei estendendo a mão.

— Mamãe, eu também quero. – Harry e Sarah falaram de uma forma que parecia unissonante. Ele falou me olhando, e Sarah pedia para Nessie.

— Eu pego, queridos. – falei, sorrindo, e os dois comemoraram como se tivesse ganhando novos brinquedos. Balancei a cabeça, sorrindo, e fui para dentro da cozinha a companhia de Claire.

As vezes eu fico pensando que os dois têm a mesma fome dos pais. Eles comem mais do que uma criança normal. Não tanto, mas sim comparavelmente.

— Ah, ainda bem que chegaram. – Vovó falou, aliviada assim que nos viu entrando na cozinha. – Eu já ia chamá-las.

— Do que precisa? – perguntei, disposta a ajudá-la.

— Eu preciso que cuidem dos cachorros quentes dos garotos. – ela falou, nos passando dois sacos de pães e uma faca. – Heather sujou as fraldas.

— Sem problemas. – falamos rapidamente, contentes que ela não nos pediu isso.

Os ingredientes acabaram e tia Alice e tia Rose foram com nossos tios comprar mais. Eu achei sem precisão de irem todos os quatro, mas elas falaram que precisavam estocar o armário para a criança. Tia Rose foi junto, pois disse que precisava de “Ar fresco”. Anos e anos e ela ainda continua com a implicância.

Começamos o trabalho, Claire não falava nada. Parecia distante.

— Claire, você está bem? – perguntei, recebendo a sua atenção. Ela me olhou como só agora notasse a minha presença.

— E-estou.

— Não está, não.

Larguei a faca e pão e me virei para ela. Compreendendo que eu queria conversar, ou melhor, que eu não deixaria o seu gaguejo passar em branco.

— Estou bem, é sério. – ela falou, e eu acreditei. Mas havia outra coisa que ela queria me contar. Eu sentia isso.

— Mas não é tudo.

Suspirou.

— Não.

Esperei paciente enquanto ela respirava algumas vezes. Comecei a ficar prepcupada.

— Carl, eu acho que... Acho que estou... Grávida. – ela sussurrou a última palavra tão baixo que tenho certeza que apenas eu ouvi. Os lobos estariam com certeza alheios a nossa conversação, pois conversaram num volume alto, e Harry e Sarah também gritavam, querendo atenção.

Eu precisei ser cutucada por ela para perceber que fiquei sem falar por uns segundos.

— Carl, fale algo! – ela pediu, tentando me sacudir. Mas ela não era tão forte. Ah, ela não estava me cutucando, e sim tentando me balançar. Eu quase ri como isso não surgiu efeito.

Quil já sabe? Perguntei, não certa de falar em voz alta se ele não soubesse.

E eu estava com razão. Ela negou com a cabeça.

O que está esperando para contar a ele?

— Coragem.

Suspirei. Ela era muito cabeça dura.

— Por que está demorando tanto? – Quil perguntou, entrando na cozinha, e dando um susto em Claire.

— Nos distraímos em meio a conversa. – respondi, sorrindo inocentemente.

— Sarah e Harry estão reclamando da demora.

— Ah, claro. São apenas eles. – falei sarcástica, arrancando risadas dos dois.

— Não vamos demorar. – Claire falou, num tom despreocupado, mas eu sabia que ela queria que ele saísse logo.

— Tudo bem. – disse ele, sorrindo. Se aproximou dela, e selou seus lábios.

E foi para fora.

Sabe que não poderá esconder dele por muito tempo, não sabe? Perguntei. Eu a conhecia bem o suficiente para saber qual seria a sua resposta.

Ela balançou a cabeça, porém suspirou.

Você já fez o teste?

Ela negou com a cabeça, sem fazer contato com os olhos. Era assim que ela fazia quando ficava sem saber direito o que fazer.

— É que dois dias antes de vir para cá, eu vomitei, eu sinto muito sono... Mais do que o normal. – rimos, para tentar quebrar o gelo. – Você percebeu o tanto que eu comi quando estive aqui? – perguntou, e eu assenti. Realmente, ela não era acostumada a comer tanto assim. – E o mais importante... Er... – ela começou a gaguejar, como se “importante” não tenha sido uma escolha de palavra boa para a situação. – Ah... – ela exclamou, fazendo um gesto com a mão, como se dissesse “Deixa pra lá!”. – E o meu atraso na menstruação.

Bem, isso era mesmo o mais importante.

— Nunca, jamais atrasou um dia para mim, e veja só! – ela exclamou, num sussurro áspero. – Uma semana.

Assenti, compreendendo.

Amanhã vamos acordar cedo e vamos a farmácia, O.K?

Ela assentiu com a cabeça, e me abraçou.

— Obrigada. – sussurrou.

— É sério. – a voz de Seth nos sobressaltou, pois nenhuma das duas o escutou entrando. – Harry e Sarah est... Está tudo bem aqui? – ele variou seu olhar desconfiado entre nós duas.

— Por que não estaria? – fiz uma pergunta retórica, o desafiando. Eu sei, eu sei, foi óbvio demais, mas se Claire queria esperar, eu não podia fazer isso com ela.

— Vocês duas estavam se abraçando, e isso me pareceu um momento delicado. – ele falou, erguendo a sobrancelha, agora me desafiando a argumentar com isso.

— Duas amigas se abraçando, qual é o problema? – falei, pegando um pão e colocando os ingredientes dentro. – E já que está aqui, vai nos ajudar.

Ele soltou um muxoxo, mas fez o que eu mandei sem discutir.

— Eita, até que enfim! – Jacob exclamou, pegando com agilidade um da minha bandeja antes mesmo de eu ajeitá-la.

— Guloso. – acusei, num tom de brincadeira. Ele abriu a boca, e eu torci a cara.

— Eca. – falei, virando rapidamente o olhar. – Ness, como você teve coragem de casar com isso?

— Não reclame. – ela o defendeu. – Seth também, com certeza, tem seus defeitos.

— Abrir a boca com a mesma cheia não é um deles.

Todos riram.

Meus pais são muito injustos. Eles podem aproveitar que saímos para... hã... preciso nem dizer. E quando nós arrumamos uma desculpa, papai vira a fera!

Logo era mais de duas da manhã, e só tinha a gente do lado de fora. Tia Rose e tio Emm foram para a sua casa, quero nem imaginar para que. Tia Alice e tio Jazz também aproveitaram. Vovó e vovô igualmente. Então nós tivemos a ideia de fazer um acampamento improvisado na sala.

Pensamos em pegar as barracas da Nick, mas eram todas pequenas. Então trouxemos várias cobertores para baixo e montamos ali. Eu achei um colchão inflável.

— Não é justo. – Renesmee falou, cruzando os braços.

— Eu achei, então é meu. – falei. Ela me mostrou língua, e Seth me ajudou com ele.

Acordei com um barulho quebrando, e veio da cozinha.

— Harry, vai acordar a sua mãe. – Seth o repreendeu.

Tarde demais, pensei comigo mesma.

Me levantei, soltando um longo bocejo.

Dei um banho em Harry e em seguida tomei o meu.

— Aonde vai, querida? – papai perguntou quando me viu descendo as escadas.

— Vou dar uma volta com a Claire e Nessie. – respondi. Claire contara a minha irmã e decidimos ir juntas. – Acho que vamos ao Starbucks.

Demos um beijo de despedida em Seth, Quil e Jacob. Peguei o meu carro e nos dirigimos a farmácia. Pedi quatro tipos de testes diferentes, e logo em seguida fomos a um hotel simples, pois precisávamos de privacidade para esse procedimento.

— Mas o que faremos? – Claire perguntou, entrando depois de mim no quarto alugado. – Eu não estou nem um pouco afim de fazer xixi.

— Beba bastante água. – Nessie sugeriu, trancando a porta e caminhando até nós duas. – Dizem que resolve. Para mim também resolveu. – deu de ombros.

Pedimos cinco garrafas de água pelo serviço de quarto. Em dois minutos ela tomou duas garrafas e meia.

— Não está dando certo. – ela suspirou, fechando a garrafa, agora vazia, e a jogando na cama.

— Tenha paciencia. – falei. – Sabemos bem como é isso.

— Mas e se der positivo? – disse ela, sua voz trêmula.

— Todos nós estamos com você. – Renesmee pegou sua mão enquanto falava.

— Quil ficará tão feliz. – garanti, sorrindo. – Essses bobões ficam felizes com uma notícia dessas.

— Ela está certa. – minha irmã falou, afirmando com a cabeça.

— Ai. Acho que a água está fazendo efeito.

Nessie e eu rimos enquanto ela se levantava e pegava os testes, logo em seguida se trancando no banheiro.

— Isso vai ser muito legal. – comentei, sorrindo feito boba. – Nossa melhor amiga está grávida!

— Já era tempo... Ei, não me olhe assim! Daqui a pouco ela faz dezoito.

— Não antes dos dezessete. – revirei os olhos.

— Parece que foi ontem que estávamos, as três, brincando nas praias de La Push com Jake, Seth e Quil.

Ela suspirou com a lembrança. Pouco depois fomos para o Alasca, infelizmente. Voltamos tempos depois, mas não durou muito, já que mamãe e papai nos levaram para a Ilha da Bella. Ficamos sem nos ver por mais algum tempo. Depois da nossa volta, eu tive a ideia de comemorar jogando volei no quintal da frente. Foi esse dia que eu tive meu sonho... Hmm... Erótico com Seth.

— Será que vai dar positivo? – perguntou Renesmee, me olhando interrogativa e ao mesmo tempo ansiosa. 

— Acho que sim. – falei, me jogando de costas na cama e fechando meus olhos, me lembrando que ela disse que estava sentindo fome e sono em excesso.

PDV Claire.

Quando estava tudo pronto, voltei para o quarto aonde as meninas estavam me esperando.

— Vou colocar dois minutos no despertador. – avisei e peguei meu celular, marcando os minutos. – Agora é só esperar.

Respirei fundo e me sentei entre elas duas.

Esperamos quase impaciente – especialmente eu que batucava o pé repentinas vezes no chão – passarem esses dois minutos que decidiriam minha vida. Fechei os olhos, imaginando a face sorridente de Quil ao receber essa notícia, e em seguida me abraçando e rodopiando meu corpo no ar.

O alarme soou, me tirando dos meus devaneios. Senti lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas ao mesmo tempo. Não perdi nem mais um segundo. Nós três nos levantamos como se tivessemos combinado, e andamos até a cômoda. Com as mãos trêmulas, peguei um dos frascos que preveria meu futuro.

— Deu positivo. – falei num meio fio de voz. Eu lia a embalagem, dizia que rosa escuro é positivo.

Peguei o próximo, e também deu positivo.

— Positivo. – Carlie e Renesmee falaram ao mesmo tempo sorrindo, com os outros dois restantes em suas mãos.

Com essa única palavra, eu me senti tonta. O quarto girou, as paredes criaram vida, e parecia aquelas formas onduladas que chama como “Ilusão de ótica” que a gente encontra no Google.

— Hey, cuidado com ela. – Renesmee murmurou de longe.

Quando retomei meus sentidos, eu estava nos braços da Carlie.

— Isso não foi pela gravidez, foi? – Renesmee falou, confusa, ajudando sua irmã a me colocar sobre a cama.

— Foi pela surpresa. – falei, bebendo um pouco da água que deixei na cama. – Tia Emily e minha mãe vão me matar!

Carlie tocou minha mão.

— Estamos do seu lado para o que der e vier. – ela me garantiu, e eu comecei a derramar lágrimas.

Minha mãe nunca foi do tipo que apoiaria uma gravidez antes dos dezenove. Para ela, precisava terminar os estudos, fazer faculdade e só depois pensar em ter filhos. Eu ainda vou fazer dezessete. Querido Deus, mamãe vai me matar!

Acordei do meu trágico transe quando ouvi uma música da Carlie tocando no seu celular.

— É o Seth. – ela falou. – Ele perguntou se vamos demorar.

— Não. – falei, me levantando. Quase recuperava da vertigem. – Não quero causar problemas. Vamos.

Elas quase protestaram, mas me conheciam bem o suficiente para saber quem ganharia essa discussão de “Você não vai causar problemas” e blá blá blá.

Como Quil vai reagir quando eu contar isso a ele? Ele vivia falando sobre o nosso futuro, e tais coisas. Mas será que realmente gostaria de ser pai?

Sobre o que está pensando?

— Gah! – me engasguei pela surpresa da voz de Carlie em minha cabeça. – Quer me matar de susto? – falei brava, enquanto ela ria sem parar no banco de trás.

— Carlie! – Renesmee, que assumia o volante, a repreendeu. – Não pode assustá-la desse jeito. Esqueceu? Ela está grávida.

— Ah, desculpe. – ela parou imediatamente de rir, ficando com um ar sério.

— Tudo bem, apenas... não faça mais isso. – falei de uma vez, balançando uma vez minhas mãos e as deixando rígidas no mesmo instante para dar ênfase do que eu dizia.

— Desculpe. – ela repetiu.

— Pare de pedir desculpas.

— Okey, desculpa.

— Para de pedir desculpas.

— Descul... okey.

Rimos. Carlie só era de pedir desculpas a melhor amiga quando era algo bem sério.

Logo chegamos em casa, e estavam todos a nossa espera.

PDV Carlie.

Eu olhava as passagens de ida e volta para na minha mão como se fosse um ponto vago. Eu estava com tanto medo de colocar a minha família em risco. Ainda mais com essa vampira manipuladora.

Angústia.

Era tudo o que eu sentia por ter a minha família metida nisso por minha causa.

Ainda bem que eu estava sozinha na biblioteca, e sozinha. Não queria que ninguém me visse assim. Não me deixariam ir.

Por que a vida precisava ser tão difícil? Se não é os Volturi, é a Tifanny. Se não é ela, uma bruxa que aparece do nada. Mas é uma droga mesmo.

— Tem certeza de que quer fazer isso? – me sobressaltei ao ouvir a sua voz ao meu lado.

— Você é louco? – exclamei. Com a mão no coração, me reencostei na prateleira de livros e relaxei mais uma vez meu corpo no chão gelado.

— Desculpe. – ele pediu, me abraçando.

— Sim. – respondi. – Não posso mais voltar atrás. E quero dar um fim nisso de uma vez. Quero fazer aquela desgraçada sofrer.

Ele me apertou suavemente contra o seu corpo quente.

— Eu estou feliz por Derek ter sofrido aquele acidente. – murmurei, depois de pensar duas vezes.

— Não acredito que ouvi isso de você. – ele falou, pasmo.

— Se lembra de quando Tifanny me ligou no mesmo dia? – continuei, querendo lhe explicar as minhas palavras absurdas, mas coerentes. Ele confirmou com a cabeça. – Ela disse que estava perto dele quando tudo aconteceu. Ela com certeza nem teria o deixado viver.

— Tem razão. – ele suspirou, e apoiou seu queixo em minha cabeça.


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