A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 83
2x41 Deep thoughts




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PDV Claire.

Desci as escadas, tentando adivinhar aonde Derek se metera. O encontrei sentado nos degraus de fora da casa.

– Hey, Derek. – o cumprimentei, me sentando ao seu lado.

– Oi. – ele respondeu, me olhando educadamente.

Eu mal sabia como começar. Mas eu detestava ver uma pessoa triste, então tinha que fazer algo.

– Eu sei como se sente. – falei de uma vez, o fazendo me olhar surpreso.

– Sério? – ele perguntou, me olhando surpreso.

– Quando Quil estava na Itália, eu tinha que me segurar sempre para não dizer que o amava. Sei que o que você sente é dez, quinze, trinta, cinquenta vezes pior do que eu senti. Eu queria que ele ficasse e terminasse de fazer o intercâmbio.

Ele franziu o cenho quando eu terminei.

– As situações são um pouco diferentes, eu sei. – continuei. – Mas os sentimentos são quase os mesmos, não é?

Ele confirmou com a cabeça, e fechou os olhos. Eu não o conhecia tão bem quanto Renesmee ou Carlie, mas eu acho que ele estaria derramando lágrimas se não fosse vampiro.

– Eu a amo, mas não quero essa vida para ela. – ele confessou, ainda com os olhos fechados. – Se houvesse um jeito de eu virar humano novamente, apenas para tê-la... eu daria qualquer coisa para isso.

– Sinto muito, Derek. – falei, o abraçando. – Eu sou péssima em confortar as pessoas, mas faço meu possível.

Ele riu, e retribuiu meu abraço. Eu gostava de fazer as pessoas rirem quando estão chateadas. Me faz sentir útil para algo nesse mundo.

– Agora eu entendo como Carl e Ness têm tanto afeto e amizade com você. – ele falou, após alguns segundos. – Você é tão amorosa, sua baixinha.

Eu ri, agradecida.

– Eu também entendo como elas adoram você. – comentei, pronta para dar o troco com o adjetivo. – Você é tão sem graça tentando ser engraçado, que faz parecer divertido.

Ele soltou um riso fanhoso com a minha frase um pouco atrapalhada.

– Vem, vamos voltar para dentro. – ele falou, se levantando, e estendendo a mão para me ajudar. – As duas desastradas devem estar preocupadas comigo. – ele comentou enquanto me levantava, e revirou os olhos.

– Elas são assim mesmo. Sempre se preocupando com os outros. – falei, entrando em casa.

– Isso é uma das coisas que mais gosto nelas. – ele sorriu, orgulhoso. Eu poderia dizer que ele havia esquecido sobre o assunto Gabriella, mas seus olhos ainda estavam um pouco angustiados.

Decidi não tocar mais no assunto, com medo de ferir mais seus sentimentos.

Subimos as escadas e fomos de volta para o escritório.

PDV Renesmee.

Puxa vida. Eu queria tanto fazer algo para ajudar meu amigo. Derek não merece sofrer.

– Cadê eles? – perguntei, angustiada. Estavam demorando, e eu queria saber se ele estava bem. Sabe, Claire não é muito boa em confortar pessoas.

– Calma, filha. – papai falou. – Faz apenas um minuto e meio que eles se foram.

– Espero que Der fique bem. – Carl sussurrou com a voz rouca.

– Eu também. – falei, querendo falar alto, mas minha voz não passou de um sussurro.

– Ele vai ficar. – Jake assegurou, segurando em minha mão.

Minha mãe está cuidando da Sarah? Perguntei.

– Está dando banho nela. – respondeu.

Eu não estou muito presente na vida dela ultimamente. Falei, me sentindo uma péssima mãe.

– Para começo de conversa, acho que você só se afastou dela umas três ou quatro vezes desde que ela nasceu, e há algumas horas você sofreu um acidente, sendo inevitável você não poder ficar com ela, como diz que está ausente em sua vida?

Senti vontade de rir da incredulidade em sua voz.

– Quando Bella acabar de banhá-la, ela a traz aqui, não se preocupe. – ele falou, e selou nossos lábios.

Meu pai pigarreou, e Jacob se separou, suspirando. Lancei um olhar sem humor para o meu pai. Nem assim ele me deixa dar um beijo no meu marido?

Ele sorriu de forma angelical, e eu não pude deixar de não apagar o sorriso em meu rosto.

– Não podemos ficar deitadas até nos curar. Temos decessidades humanas. – Carlie começou, e eu sabia que era uma tentativa de sair da cama.

– Rosalie, Alice, Esme ou sua mãe ajudará a vocês duas a tomarem banho. – ele falou.

– Sério? – Carlie perguntou, sem acreditar.

– Claro. – ele falou, como se o que ela acabara de pronunciar fosse uma calúnia. – Vocês são humanas e têm suas necessidades. Mas está ficando tarde e vocês precisam descansar melhor por causa de seus ferimentos e fraturas.

– Mas agora que são nove horas, papai. – Carl reclamou, esquecendo de mencionar os minutos, que por acaso, eram quarenta e cinco.

– Faltam apenas quinze minutos para as dez. Jake e Seth ficam com vocês até quando vocês quiserem, combinado?

– Combinado. – repetimos, derrotadas.

Claire e Derek apareceram na porta do quarto, rindo.

– Ouvimos você falando que somos preocupadas. – acusei. – E somos mesmo, e daí?

– E ouviram nós falando que adoramos isso em vocês? – Derek perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Dei de ombros.

PDV Carlie.

Estava me deixando com tédio ficar deitada e só deitada.

– Olá, queridas. – tia Alice falou entrando elegantemente dentro do escritório, com tia Rose. Como tenho inveja dessas vamprias fabulosas. – Deixamos a Nick e Heather lá embaixo com Jasper e Emm para ajudá-las a tomarem banho.

– Ela estava pensando em ir ao shopping, mas...

– Não! – Nessie e eu exclamamos ao mesmo tempo, indignadas e alertas. – Não podem ir sem nós.

– Como eu ia dizendo, – ela continuou, sorrindo como se esperasse por isso. – eu a convenci de ir quando estivessem boas o suficiente para sairem.

– Obrigada. – agradecemos, aliviadas. Senti meu corpo se aliviar da tensão. Ela não poderia fazer isso conosco. Com as tantas vezes que elas nos levou “obrigatoriamente” ao shopping, ela nos devia isso. E também por ser a nossa tia.

– Fiquem calmas. – ela falou, caminhando, quase flutuando graciosamente até Nessie, enquanto tia Rose vinha até mim. – Eu não faria isso com vocês. Sei como adoram fazer compras.

– Ainda bem que nos conhece. – Renesmee suspirou.

Elas nos levantaram cuidadosamente.

– Relaxem. – tia Alice reclamou quando Seth e Jacob ansiavam para nos ajudar também. – Vamos cuidar delas.

– Uhum. – resmunguei quando minha perna reagiu quando tentei apoiá-la para andar.

– Nada disso. – Rose reprovou quando viu o que eu tentava fazer.

Ela só não carregava meu peso para não pressionar minha coluna ou qualquer osso perto dela.

Entramos no banheiro e mamãe e vovó Esme estavam regularizando a água da enorme banheira do banheiro do corredor.

– Vamos lá, joguem um pouco para se distraírem. – Derek falou com alguém. Quase implorava. – Elas vão melhorar logo, e vocês precisam de algo para se distraírem!

– Eu acho que vou matar esse garoto. – Jacob falou. Ele sempre perdia a paciência com Derek, e era hilário.

Ri enquanto minha tia me ajudava a me despir.

* * *

Elas acabaram de nos banhar e nos levaram de volta para o quarto. Na verdade, agora foi para o quarto de Renesmee. Que era o mais perto. Papai garantiu que não era mais preciso ficar no escritório, pois era apenas esperar os ossos se curarem completamente, e que para isso precisávamos colaborar, enquanto isso podíamos ficar no nosso quarto.

– Quil é... tão... uau! – Claire suspirou, com um sorriso bobo no rosto.

Estávamos tendo uma conversa sobre sexo. Na verdade, sobre quando ela teve a primeira vez dela, e foi com Quil.

– Eu pensei que seria com o seu ex. – admiti, recebendo um olhar mal humorado dela, com os olhos estreitos. Obviamente, ela não acreditava que eu acharia isso dela. – Quero dizer, eu já ouvi falar que isso é tão difícil de se controlar quando está naqueles amassos, então naquela vez que você comentou que estava num amasso daqueles com o seu ex, não achei que você teria resistido.

– Mas eu resisti. – ela vociferou, me fazendo prender o riso. – E agradeço pelo meu autocontrole. Não acho que com qualquer um teria sido tão especial e magnifico como foi com Qui. Ele é tão maravilhoso e...

– Perfeito e romântico e blábláblá. – minha irmã e eu a cortamos, já sabendo o final de sua frase, de tantas vezes que ela repetiu.

– Vocês falam isso, mas até parece que não se sentem o mesmo em relação a Seth e Jacob.

– Pior que é verdade. – concordei. As vezes eu era tão melosa, que minhas tias não gostavam de ficar perto de mim quando eu meio que brincava com esses negócios apenas para irritá-las, mas eu usava a verdade para encher elas. Era divertido.

– É mesmo. – Ness concordou.

– Pois é. – Claire suspirou, e rolou de barriga para cima do colchão que ela estava deitada, e encarou o teto. – Desde que eu soube sobre o imprinting, não parava de imaginar como seria estar com Quil. Como seria o gosto do seu beijo, a sensação de tocá-lo sendo namorado e namorada... E eu me sentia sendo injusta com Jean. Mas depois parei para me tocar de que estava apaixonada pelo Quil. Por mais que eu tentasse disfarçar, esse imprinting me fez ficar atraída por ele, de forma que eu imaginava beijá-lo, e essas coisas.

Essas suas confissões, fiquei tentada a contar sobre algumas das minhas.

– Desde quando eu aparentava catorze anos, eu gostava do Seth. – admiti, sem vergonha nenhuma.

– Sério?! – Claire falou, com a boca aberta num perfeito O, mas sorrindo. Ela se apoiou no cotovelo e me olhou. – E como eu nunca soube disso?

– Ela não contava nem para mim. – Nessie deu de ombros, mostrando normal ela não ter ficado sabendo.

– Eu sempre tive medo de ele não gostar de mim como eu gostava dele. – revelei, sentindo os mesmos sentimentos ruins da possível rejeição que existia se eu me declarasse para ele. – Então nunca contei.

– Como você é boba. – Claire disse, fazendo pouco caso da minha preocupação.

Eu ri.

Soltei um enorme bocejo, e depois meu corpo ficou flácido por causa do cansaço.

– Vocês precisam dormir. – Claire comentou enquanto Renesmee terminava de bocejar. Tão longo quanto foi o meu.

– Acho que sim. – murmuramos ao mesmo tempo.

Aos poucos, a escuridão foi tomando conta de minha mente, me puxando para o mundo dos sonhos.

* * *

Acordei com o barulho de pássaros por perto. Abri meus olhos devagar e piscando, para me acostumar com a claridade. No começo demorou para ver de onde a claridade vinha, porém depois captei a linda e brilhante luz do sol. Hoje era um lindo dia de sol em Boston.

Respirei fundo e tentei me arrumar na cama, mas minhas costas reagiram.

– Au. – falei num resmungo entre cortado e um pouco, parando de me mexer. Meu corpo automaticamente murchou, pela surpresa repentina da dor.

– Bom dia, querida. – meu pai falou, entrando no quarto. Veio ao meu lado na cama e se ajoelhou. – Como se sente? – perguntou, acariciando meu cabelo.

– Ainda tenho dor. – gemi, exausta.

– Logo vai passar quando descansar. – ele assegurou.

Assenti com a cabeça, fechando os olhos por um segundo, já ciente daquela informação.

– Sim, eu sei disso. – suspirei.

– Precisamos adiar o nosso plano. – ele suspirou, parecendo raciocinar algo. Só depois de alguns segundos me caiu a ficha do que ele falava.

– Não precisamos, não. – discordei, tentando me virar, mas minhas costas reagiram. Resmunguei com uma careta no rosto, e parei de tentar me virar. Papai imediatamente percebeu o que eu queria e me virou sem esforço, e agradeci mentalmente quando não doeu.

Obrigada. Falei aliviada, e ele se deitou ao meu lado, se juntando a mim e me deitou em seu peito duro e frio. Ele puxou meu lençol e me cobriu, pois apesar do sol, o vento que passava pela minha janela aberta não estava nada ausente. A mudança repentina da temperatura que fez meu corpo tremer.

– E tudo isso por causa de ciúmes.

– Ela quem começo. – me defendi.

– Eu te entendo. – falou, com a voz compreensiva. – Apenas não entendo porque ela não desistiu depois de todo esse tempo, todos esses anos. – murmurou, sua voz suave estava tão confusa.

– Quando eu a conheci, nesse dia, ela tinha um jeito arrogante, sabe? Muuuito mimada, cheia de querer as coisas do jeito dela, e querer ficar acima de todos. – comecei, me lembrando do jeito mal educado que ela me tratou quando esbarrei nela em La Push.

Ele respirou fundo, e me abraçou delicadamente.

– Lamento por colocar vocês nisso. – sussurrei, me sentindo imensamente culpada. Não era para envolver ninguém da minha família. Era para ser apenas ela e eu. Ninguém a mais. Mas isso se tornou inevitável quando ela me machucou em Volterra, e eu sabia que minha família se meteria nisso para me proteger a partir desse dia.

– Vamos dar um jeito nisso. – ele assegurou. – Não se culpe, meu anjo. Você não é culpada. Apenas estava protegendo a nós.

Funguei e assenti. Ele segurou meu rosto entre duas mãos e limpou minhas lágrimas com os polegares, em seguida me deu um beijo carinhoso e protetor em minha testa, e o soluço que veio foi mais forte por suas ações me fazerem sentir mais culpada.

– Papai? – chamei sua atenção quando senti um incomodo em minha barriga.

– Sim? – ele falou, me olhando com seus lindos olhos castanhos dourados.

– Estou com fome. – reclamei, fazendo uma leve careta um pouco risonha.

Ele riu e me retirou delicadamente de seu peito.

– Omelete? – sugeriu, se levantando.

– Com queijo e preunto. – confirmei.

– Volto logo. – ele me deu um beijo na testa e se foi.

Quando ele estava fora de vista, fiquei pensando em como iria acabar o encontro com a Tifanny; eu esperava que ela não fosse conseguir fazer nada com a minha família. Eu não suportaria qualquer um deles machucados, especialmente se a culpa fosse minha.

Será que eles não me deixariam ir sozinha?

A resposta veio quase automaticamente: claro que não! Nunca que eles me deixariam correr risco sozinha.

Tombei minha cabeça de lado e me deixei ser levada pelo sono pelos próximos curtos minutos, o suficiente para papai me fazer o café da manhã.


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