A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 8
Palavras não pensadas (E)


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo. Apreciem sem moderação.
Bjs



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—CARLIE MASEN CULLEN, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

O grito ecoou pela clareira, me deixando assustada. Afastamo-nos num pulo, Seth mantendo uma mão em minha cintura.

Isso pareceu enfurecer ainda mais o vampiro que estava há dezenas de metros de nós, sendo contido pelos meus tios.

Arfei arregalando os olhos. Meu pai estava muito bravo, como nunca vi antes.

—Pai, calma... – tentei, porém fui cortada com ele gritando.

—Você é só uma criança! – Meu sangue ferveu, e eu lutei por autocontrole, afim de não deixar as coisas piores.

—Pai, eu não sou mais uma criança. – falei baixinho, controlando a raiva em minha voz.

—É sim! E você vai para casa agora! – Ele disse entre dentes.

—Pai, eu n...

—Agora!

Encolhi meus ombros, sentindo lágrimas nos meus olhos. Ele nunca tinha gritado dessa maneira comigo.

Seth me ajudou a sair do lago.

—Seu vira-lata, ela é só uma criança. – meu pai rosnou com o Seth.

—Edward, eu...  – ele começou a falar, mas eu não deixei. Usei meu poder e cobri os pensamentos de Seth, para as minhas próximas palavras.

—Seth, não precisa se desculpar, a culpa não foi sua. – Eu não tirei os olhos do meu pai enquanto falava.

Ah, droga, não acredito que a estou metendo nessa encrenca...

Não foi? – Meu pai perguntou incrédulo.

—Não foi, pai. Eu que o beijei. – Senti uma alegria ao mencionar aquilo.

C-como assim? Do que ela está falando?

Meu pai me olhou boquiaberto enquanto eu o encarava. Eu sabia como ele se sentia, mas estava me magoando.

E então lançou um olhar confuso – ainda furioso – para Seth.

—Por que não consigo ler seus pensamentos, cachorro?

Era a primeira vez que meu pai se referia a Seth dessa maneira. Geralmente era somente com Jacob.

—Carlie, pare com isso já!

Seth estava tão surpreso como meu pai. Meus tios me lançaram um olhar desesperado, sabendo tão bem quanto eu como eu só piorava a situação.

E então um estalo me bateu: era a voz de Seth que eu ouvia na minha cabeça. Eu relaxei, e então o vinco entre as sobrancelhas do meu pai sumiu, assim como a outra voz.

—Vá para casa agora. – Ele trincou os dentes novamente.

—Você vai comigo! – Exigi.

—Não antes de eu acabar com esse cachorro. – Quando ele disse isso, meus tios, agradecidamente, o seguraram e me coloquei imediatamente na frente do Seth.

—Você não vai fazer nada com ele, pai. E se você fizer, eu juro que nunca mais falo com você.

—Carlie, não precisa fazer isso... – Seth tentou.

—Eu não vou deixá-lo te machucar. – prometi, olhando nos olhos do meu pai, lutando contra as lágrimas.

Algo no meu rosto fez meu pai respirar fundo para se acalmar.

—Vamos pra casa. – não querendo mais confusão, fui até meu pai dando um olhar de desculpas para o Seth, que me deu um sorriso me reconfortando.

Quando estávamos longe, meu pai começou a falar. 

—Então, você veio até aqui de moto, sem me avisar e ainda por cima beijou aquele ca...

—Não o chame assim novamente. – Eu disse o interrompendo. – E sim, eu vim aqui de moto, protegida, e o beijei, mas não tinha necessidade de te falar isso, porque você ia surtar, como agora.

—Poderia me deixar sabendo. Ainda sou seu pai. Podia ter me ligado.

—Como se isso fosse fazer alguma diferença. Você me ligou, não ligo? Então.

—Você vai ficar de castigo.

—Que? – Eu quase gritei.

—Isso mesmo, mocinha. Não ouviu errado.

Gemi alto de raiva.

—Eu te odeio! – Falei sem pensar.

Eu sabia que isso tinha o afetado mais do que tudo que eu disse.

Avistei o jipe do tio Em, e entrei batendo a porta com força. Tinha me esquecido completamente do tio Jasper e do tio Emmett por causa da discussão ridícula com o meu pai. Tio Emmett foi dirigindo e tio Jasper foi no banco do carona. Eu e meu pai fomos no banco de trás. Fiz questão de me sentar o mais longe possível. Encolhi-me em posição fetal perto da janela lembrando do nosso beijo.

Como aquilo foi mágico. Foi melhor do que todas as vezes que eu sonhei antes de dormir. De todas as minhas fantasias e sonhos.

Respirei fundo, maravilhada, por cima de toda a minha frustração e raiva.

Sem querer soltei um suspiro e ele saiu entrecortado, e nesse mesmo segundo, senti alguns pares de olhos em mim. Ignorei fechando os olhos.

Chegamos à mansão Cullen. Assim que tio Emmett parou o carro, saí dele e fui correndo em direção à floresta. Queria estar em casa o mais rápido possível. Esperava que ele não me seguisse. Devia me conhecer muito bem para saber que a raiva transbordava de mim, como dele.

Cheguei lá, a porta do chalé estava fechada, mas não trancada. A abri e corri para o meu quarto após fechar com força.

Tranquei minha porta, e caí de cara no meu travesseiro. Deixei as lágrimas saírem livres.

—Carlie, o que houve? Seth te machucou? – minha mãe perguntou, sua voz desesperada.

—Me deixa em paz. – minha voz abafada no travesseiro não seria de dificuldade de ser ouvida. Mesmo com meu choro descontrolado.

—O que aconteceu? – ela insistiu.

—Por que não pergunta para o seu marido?!

—Edward? O que seu pai fez? – pela sua voz, ela estava a ponto de arrombar a porta.

Neste exato momento, ouvi a porta da frente se abrir e depois se fechar. Vozes, depois se abriu e fechou de novo. Deitei na minha cama e continuei com os soluços.

PDV Bella.

Alice, Rose, Esme e eu estávamos no meu quarto após voltarmos do shopping, conversando sobre os anos que eu passei longe. Realmente senti falta delas, e dividir tudo era emocionante.

—Edward e as meninas são completamente viciados no videogame, e ainda com aquele surround, eu não sei como consegui estudar.

Mal terminei de falar, a porta fez barulho, e eu sabia que alguém estava entrando. Ouvi os batimentos. Uma de minhas filhas. Porta se fechou com força, estranhei. Só decidi me levantar ao ouvir passos correndo.

Carlie. Não veio cumprimentar nós, apenas correu para o seu quarto. Ela fechou a porta e a trancou.

Estava em sua porta em um instante. Seus soluços eram altos.

Tentando me manter calma e não arrancar a porta com minhas mãos, bati.

—Carlie, o que houve? Seth te machucou?

Renesmee me mandara mensagem avisando que elas duas estariam com meu pai. E Seth também estava lá.

—Me deixa em paz. – Ela estava chorando muito. Fiquei mais preocupada e fiz de tudo para não puxar aquela madeira do meu caminho e ninar minha bebê junto ao meu corpo.

—O que aconteceu? – Insisti.

—Por que não pergunta pro seu marido?

Edward?

—Edward? O que seu pai fez?

Neste momento, ele entrou pela porta com raiva em suas feições.

—Edward, o que aconteceu? – Perguntei preocupada. Minha filha chorando e meu marido com raiva.

—Vamos embora. – Esme disse, sendo seguida por Alice e Rose. Eu, confusa, encarava Edward.

—Edward, o que aconteceu? – Repeti.

—Então ela não te contou? – Ele não parecia surpreso com isso.

—Não, assim que ela chegou, ela foi para o quarto dela chorando e trancou a porta. Edward, pela última vez, me dê uma boa razão para não arrancar aquela porta e pegar minha filha em meus braços. Ela está machucada?

—É tudo muito simples. Meus irmãos e eu estávamos caçando. Emmett parou com o jipe para explorarmos a área. Imediatamente senti o cheiro deles. Seguimos o rastro, e ao chegarmos numa clareira, estavam Seth e Carlie se beijando. – Ele cuspiu, rosnando.

—Isso não explica porque ela está chorando.

—Como assim? – ele perguntou incrédulo. Eu não entendia o porquê disso. – Não vê o que eu fiz? Dei um basta nisso.

—Edward... como...? – fui incapaz de completar a frase. Por mais que eu não gostasse de Carlie dessa forma, eu não iria impedi-la de gostar de alguém.

—Eu vou para o quarto. – me deu as costas e desapareceu antes de eu falar alguma coisa.

PDV Emmett.

—Emmett, o que aconteceu para Edward estar com tanta raiva? – Carlisle perguntou quando Edward foi embora. Agora teríamos que comprar uma nova porta da frente. Edward e seu ataque de fúria... – Carlie também não veio falar conosco, saiu correndo...

—É uma história complicada... Foi mais ou menos assim. Edward, Jasper e eu estávamos caçando e eu dei uma ideia de explorarmos a área. Paramos com meu jipe logo após ver uma moto. Edward já ficou muito desconfiado. E tinha cheiro de cachorro misturado com de Carlie. Seguimos até o final, e os dois estavam no maior amasso...

—Demos de cara com Carlie e Seth se beijando. – Jasper me interrompeu. Ah, qual é? Ficaria legal com um pouco de humor. – Edward simplesmente explodiu. Tivemos que segurá-lo para ele não fazer nenhuma besteira que fosse se arrepender depois.

—Coitado de Edward. – Rose falou.

—Coitado do Seth e da Carlie, isso sim. – Esme discordou. – Imagina. Se não fosse por Emmett e Jasper, ele teria feito algo que acabaria magoando todos depois.

—Carlie deve estar arrasada. – Carlisle murmurou.

—Com certeza. – Alice falou.

PDV Bella.

Fui até o quarto da Carlie e bati na porta.

—Filha, me deixa entrar, por favor.

Segundos depois, ouvi seus passos até a porta e ela abrir. O estado que ela estava me assustou. Seus olhos inchados e com lágrimas escorrendo pela sua face. Ela percebeu e as limpou rapidamente, fungando com dificuldade.

—Posso entrar? – perguntei calmamente.

Ela fungou.

—Pode. – e me deu espaço para entrar.

Sentei em sua cama e ela me imitou.

—O que aconteceu? – eu já estava cansada de repetir a mesma pergunta e não ter resposta.

—Ah, claro que ele não falou. – ela disse, sua voz carregada pelo sarcasmo. – Ele falou da parte do beijo, né? – desta vez estava tímida.

—Sim, mas eu quero saber porque você e ele estão assim.

—Além de ele fazer uma tempestade num copo d'água? Ele gritou comigo, quase arrancou a cabeça do Seth e disse que eu iria ficar de castigo.

Abri a boca para tentar formular algo, só que Edward entrou no quarto. Claro que ele queria dar a bronca final. Fuzilei-o com o olhar, o que ele ignorou.

—Você vai ficar de castigo por três meses. – ele disse para a Carlie.

Seu queixo foi ao chão, e ela riu incrédula.

Três meses? – ela perguntou enquanto eu o olhava, boquiaberta. Ele nunca tinha pegado tão pesado assim. No máximo que ele dava de castigo para elas era uma semana sem celular, videogame, ou qualquer outra coisa que não fosse estudar. – Quer dizer que não posso mais visitar meu avô? A gente vai se mudar bem antes disso!

—Charlie tem carro. Pode muito bem vir aqui. Três meses. – reafirmou, sua voz tão dura uma pedra.

—TUDO ISSO POR CAUSA DA DROGA DE UM BEIJO? – ela gritou me surpreendendo, só que para o pai dela não foi surpresa.

—Não é só por causa de um beijo, você ainda é uma criança. – ele aumentou o tom de voz.

—EU JÁ DISSE QUE EU NÃO SOU MAIS CRIANÇA! – berrou, e saiu em disparada para fora do quarto. Edward ia segui-la, porém o segurei.

—Deixe-a. Ela precisa se acalmar.

—Se ela por um pé em La Push, eu juro que...

—Não, ela não vai até lá. Carlie sabe o significado do castigo. Edward, eu não acredito que você fez tudo isso...

—Ela provavelmente não te falou que beijou o cachorro, né?

Ele não sabia, porque deixei meu escudo entre nós duas.

—Contou, sim. E ao contrário de você, eu não surtei com isso.

—Eu não surtei, e ao contrário de você, eu reagi da forma certa. – ele se defendeu.

—Edward, você realmente acha que gritar com ela é reagir da forma certa? – contra-ataquei. – Enquanto você não consertar isso, estou em greve.

—Não! – ele exclamou já sabendo o que eu estava planejando.

—Sim. – eu disse e saí do quarto dela. – Vai passar suas noites apreciando centenas de canais na TV. A não ser que mude de ideia sobre isso tudo. – acrescentei antes de entrar no nosso quarto e fechar a porta.

PDV Carlie.

Eu corri rumo à floresta. Quando cheguei a um lugar distante da minha casa, me encostei-me a um tronco e escorreguei ainda chorando. Eu não conseguia cessar os soluços. Só de pensar que meu pai fez isso comigo, me separar do Seth... Três meses é um grande exagero.

Depois rumei a casa da minha família, sem me importar com minha aparência.

Todos estavam lá, reunidos na sala de jantar, onde acontecem as reuniões. Disso eu lembrava, antes de me mudar.

—Oi, gente. – os cumprimentei, sem ânimo. Me sentei no colo da minha avó, sem conseguir segurar algumas lágrimas. Com minha cabeça baixa, reparei na minha roupa. Toda suja e ainda úmida. – Desculpe, estou te molhando.

—Shhh, não ligue para isso, meu anjo. – ela me abraçou, afagando meu braço e cabelo.

—Já devem saber o que aconteceu, né? – ri sem humor.

—Estamos aqui para o que precisar, minha querida. – tia Rose falou calorosa, enquanto meu avô passava a mão em minhas costas.

—Não posso mais ir para La Push. E nos mudando, só em anos novamente. – minha voz quebrou em toda a fala, apesar de minhas tentativas. – Não vai ser a mesma coisa.

Me encolhi, sentindo essa parte ser arrancada da minha vida.

Pelo menos eu tinha um consolo. Seth gostou de me beijar. Não me afastou em momento algum, como achei que ia.

—Vamos sair. – tia Alice disse, se levantando do lado de tio Jazz. – Você precisa de uma distração disso tudo. Ou então vai desidratar.

—Alice. – vovó a repreendeu.

—Não, ela está certa. – funguei, e me retirei do seu colo.

—Edward não vai gostar. – tio Emmett raciocinou.

—Não estou indo ver Seth. – resmunguei, e ele sabia que meu mau humor não era para ele. – Estou indo com minha tia. Ele não me proibiu de ficar com família. Não poderia.

—Eu vou com vocês. – tia Rose levantou. – Vamos, Esme?

—Um instante.

E se foi. Me senti culpada por fazê-la trocar de roupa.

—Não se culpe, querida. – tio Jasper falou, sentindo minhas emoções. – São apenas roupas.

Sorri, gostando da sensação de acolhimento se sobressair a magoa por um instante.

—Vamos, primeiro você vai tomar um banho. E vou dar um jeito nesse seu rostinho lindo. Eu esganaria Edward por deixá-lo assim.

Ela me colocou na banheira e passou um creme relaxante para meus olhos. Acho que se passaram uns vinte minutos, e depois ela me deu um vestido e uma bota de cano curto que ficaram perfeitos. Por último, uma maquiagem leve.

Quando estávamos saindo, Ness chegava de carona com o chefe Swan. Ela iria conosco. Agradeci que nenhuma delas mencionou o ocorrido.

—Carlie, está tudo bem?

Claro que ele notaria.

Falei que meu pai me proibiu de ir para La Push.

—Ele não pode te proibir de me ver. – sua mão disparou para a cintura.

—Vovô, vampiros são a prova de bala. – ri. – Venha nos visitar. Vovó Esme pode preparar almoço ou janta para você e Sue.

—Claro. – ela confirmou, sorrindo. – Venha quando quiser.

—Pode apostar que virei. – estreitou os olhos. Não gostou nada de saber que eu não poderia mais ir a sua casa.

Depois fomos.

Passamos a tarde passeando no shopping. Comprei algumas coisas para minha decoração no meu novo futuro quarto novamente. Isso me animou um pouco.

Ness percebeu meu humor diferente, porém ela não me pressionou. Só me abraçou de lado enquanto andávamos, e me deixou sabendo que ela estaria ali para quando eu quisesse conversar. Sorri verdadeira.

Estávamos numa loja, minhas tias estavam no provador. Nós três esperávamos no sofá ali. Escutei um toque de celular.

—É o meu celular, podem atender? – tia Alice disse sem sair de lá.

—Claro. – eu disse o pegando. Atendi sem ver quem era. – Alô.

—Carlie? – meu coração acelerou quando ouvi quem era.


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Notas finais do capítulo

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