A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 73
2x31 Afundando em pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Sei que não tenho desculpas desta vez. Tenho a cabeça avoada, e preciso me ligar mais nas datas. Sinto muito pela demora, e espero que gostem do capítulo
Beijocas!



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Natalie Imbruglia – Torn

PDV Seth.

Acordei com um mau pressentimento de um sonho. Um sonho no qual Carlie fugia com um estranho qualquer.

Virei-me de barriga para cima e encarei o teto, sentindo as gotas de suor descendo pela minha testa.

Foi só um sonho. Assegurei a mim mesmo. Carlie nunca irá te abandonar e você sabe disso.

Pensar nela me fez sorrir, como sempre. Girei minha cabeça para admirar a sua beleza natural enquanto dormia, mas tive uma surpresa desagradável. Onde está ela? A cama ao meu lado estava vazia.

A casa estava num silêncio absurdo para já ser de manhã. Olhei no relógio despertador, verificando que horas eram. Iam dar três da madrugada em poucos minutos. Onde a Carlie se meteu?

Levantei-me, torcendo para que ela tenha ido ao banheiro do mesmo corredor ou beber água. Não foi ver Harry ou a Sarah, pois Alice e Rosalie disseram que ficariam cuidando deles até amanhecer o dia.

Bati duas vezes na porta do banheiro, mesmo notando que a luz estava apagada.

– Carlie, está aí?

Fiquei preocupado quando não ouvi nenhuma resposta. Abri a porta, e estava vazio, sem vestígios de que ela esteve aqui. Desci rapidamente os degraus da escadaria, e estranhei as luzes estarem apagadas. A sala estava vazia. A sala de jantar também. A cozinha, idem.

Em passos apressados, fui até o quarto do Edward e da Bella. Ouvi um risinho vindo da Bella, e fiquei em dúvida se batia ou não, e ia procura-la sozinha. Eles deviam estar tão ocupados que nem me ouviram.

Decidi bater. Toc, toc.

Bella pigarreou e ouvi Edward dizer algo antes de falar “Um minuto”.

Esperei, impaciente os três segundos e meio que se passaram. Até ele abrir a porta.

– Sim, Seth? – ele falou, com o cenho franzido, obviamente não esperava me ver a essas horas.

– A Carlie sumiu. – soltei de uma vez, não querendo enrolações. Ela podia estar correndo perigo.

– Como assim “A Carlie sumiu”? – Bella perguntou, aparecendo na porta apenas com uma blusa cobrindo seu corpo. Rapidamente, desviei o olhar por causa da sua roupa. Ou pela falta dela.

– Eu acabei de acordar e olhei por toda a casa, e não a encontrei. – falei, olhando para qualquer canto, menos o quarto deles.

– Vamos procura-la. – ele falou e entrou. Enquanto isso, fui chamar a Nessie e o Jake.

– Ei, Jake. Acorde. – falei, sem sucesso. – Jake! Acorde.

Em vez de ele acordar, foi a Nessie quem despertou.

– O que foi, Seth? – ela perguntou, se sentando.

– A Carlie. – falei, sem saber por onde começar. Ela começou a ficar preocupada, e então eu sabia que nem ela sabia onde sua irmã havia ido. – Ela te falou se ia sair?

– Eu não falo com ela desde quando a gente foi dormir. – ela falou, estranhando também. – Ela não está na cozinha?

Antes que ela terminasse a última palavra, eu já estava balançando a cabeça, em negativo.

– Estranho. – ela falou consigo mesma. – Vamos procura-la. Vou acordar Jacob.

Assenti e corri escadas a baixo, e saí de casa. Bella e Edward estavam atrás de mim. Segundos depois, Ness e Jake saíram.

– Ela não pode ter ido longe. – Bella falou, mas ainda preocupada com a filha desaparecida.

Seguimos o rastro dela até sair do condomínio. Depois foi até o parque. Mas por que ela viria até aqui a essa hora da madrugada?

– Estranho, muito estranho. – Bella falou, quando viu pegadas no começo da floresta. Sem pensar duas vezes, adentrei a floresta, seguindo seu cheiro e suas pegadas.

E então a encontramos. Com um garoto... eu conhecia esse garoto de algum lugar.

Eles estavam... se beijando?!

– Solte-a. – rosnei, furioso. Assistir a essa cena foi como enfiar um punhal pelo meu peito.

Isso fez com que eles se separassem rapidamente. Mas ainda continuaram próximos um do outro.

– Seth, está tudo bem. – ela falou, colocando o braço em volta de sua cintura.

Isso chocou a todos nós. Mas o que ela estava fazendo?

– Como assim “Está tudo bem”? – perguntei, incrédulo com as suas palavras.

– Seth, eu queria ter te contado isso há um tempo, mas não consegui... – ela se interrompeu, aparentemente culpada. Ela o soltou e deu um passo em minha direção.

– Contado o que? – igualmente, dei um passo em sua direção.

– Olhe, eu... eu nunca te amei. – ela soltou de uma vez. E de repente eu precisava de ar. O que ela está falando? – Eu sempre pensei que sentia algo por você, mas era... ilusão. Eu acho que todo esse tempo eu estive me enganando para não te machucar. Eu estava mesmo me sentindo obrigada a ficar com você por causa do imprinting.

Todas essas palavras estavam sem fundamento para mim. E todas as palavras de amor que trocamos? Nossas promessas? Isso tudo foi em vão?

– Carlie, do que você está falando? – Nessie perguntou, quando eu não conseguia pronunciar nem mais uma palavra.

Ela desviou o olhar de mim para a sua irmã, para olhar ela por sobre o meu ombro.

– Eu nunca consegui confessar isso para ninguém. Nem para mim mesma. – ela deu de ombros, e ouvi seu coração vacilar e depois recuperar o mesmo ritmo. Depois voltou a me olhar nos olhos, onde eu não encontrava nada além da verdade. E isso me doeu tanto... – Mas é verdade.

PDV Renesmee.

Acho que Carlie foi hipnotizada ou estava falando tudo aquilo sobre ameaça. Ela não estava falando a verdade, eu tinha certeza disso. Eu iria descobrir o que estava havendo.

– E quando encontrei com o Henry – ela apontou para o híbrido ao seu lado. Agora que eu o estava olhando realmente, me lembrei de onde o conhecia. Ele quem nos sequestrou a mando dos Volturi. – eu senti algo que nunca senti por ninguém.

Coitado do Seth, tendo que ouvir toda essa difamação que eu não fazia ideia de onde vinha. Não sabia por que, mas eu não acreditava em uma palavra de que saia de sua boca. E por que diabos ela estava com um Volturi?!

– Um Volturi, Carlie? – perguntei, sem acreditar.

Por que está fazendo isso, Carlie? Um Volturi?

– Ele não é mais um deles. – ela respondeu em voz alta, para deixar claro para todos.

Por que será que eu não acredito em nenhuma palavra do que você diz? Perguntei.

Mas é verdade. Ele não é mais um Volturi...

– Não estou falando disso. – a interrompi, me aproximando.

Até ontem você estava tão bem com o Seth. Por que, de repente, mudou de ideia?

Eu já expliquei tudo. ela falou, e captei uma indecisão. Eu sabia que tinha coisa aí.

– Para com isso! – ela rosnou para mim, furiosa. Não me importei com o seu tom.

– Carl, por que está fazendo isso comigo? Com você? – Seth perguntou, e o olhei. Ele tinha seus olhos cheios de lágrimas. – Eu não acredito em nenhuma palavra que você falou.

– É uma pena. – ela falou, e voltou para o lado do garoto, segurando sua mão. – Pois é verdade o que eu sinto por ele. Eu o amo como nunca amei ninguém antes.

Seth ficou mudo, paralisado.

– Carl... – ele sussurrou, lágrimas rolando pelas suas bochechas.

– Sinto muito. – ela sussurrou, e franziu os lábios, sem mais nada a dizer. Essa definitivamente não era a Carlie que eu conhecia. A minha irmã. Tinha algo de errado com ela e eu não sabia o que era.

Seth balançou a cabeça para si mesmo, não acreditando no que ele estava vendo.

– Seth, calma... – tentei falar, mas já era tarde demais.

De repente começou a correr, tremores em todo o seu corpo. E em um violento, ele era um lobo que desapareceu em poucos segundos.

– Seth, volta aqui! – gritei, infelizmente já era tarde demais. – Carlie, o que deu em você? Não significou nada tudo o que vocês já passaram?

– Claro que sim, mas eu gosto dele apenas como meu melhor amigo. – ela tentou me explicar. – Todo esse tempo, eu só queria alguém especial para dar meu primeiro beijo e tal. Ele foi a pessoa certa, apesar disso não é por ele que estou apaixonada.

– Eu não acredito nisso. – minha voz saiu num meio fio, e eu me virei para ir embora. Não aguentava mais ouvir nada dela.

– Nessie, espere... – ela segurou minha mão.

– Me solta, Carlie. – falei, fazendo questão de não trata-la como “Carl”. – Eu não conheço mais você. Você não é a minha irmã.

Ela me olhou como se eu tivesse proferido várias palavras de baixo calão contra ela.

– Nessie... – ela sussurrou, indignada com o que eu falei. Eu estava arrependida, mas não voltaria atrás de jeito nenhum. Primeiro, eu queria ver aonde isso ia dar.

– É isso mesmo. – eu disse, arrancando minha mão da sua. – E não me impeça mais.

E dessa vez ela me deixou ir.

PDV Carlie.

Agora eu acabei de magoar mais uma pessoa que eu amo. Quando isso iria acabar?

As lágrimas transbordaram de meus olhos.

– Papai. – corri até ele, o abraçando.

– Você está certa disso, minha filha? – ele perguntou. Caramba! Tudo o que eu mais queria era dizer que não, mas tinha medo de Tifanny fazer algo contra a minha família se eu negasse que “gosto” do Henry.

Assenti, forçando minha cabeça ir para cima e para baixo algumas vezes.

– Seth vai ficar bem? – perguntei, e tentei soar apenas como uma melhor amiga preocupada. Mas no fundo eu queria ir atrás dele e dizer que tudo o que eu disse foi mentira.

Ele assentiu. Porém eu sabia o que isso queria dizer. Seth estava detonado por dentro, e por minha culpa. Definitivamente, ele merecia alguém melhor do que eu, que não paro de fazê-lo sofrer.

* * *

– Nessie, fala comigo, por favor. – implorei pela décima quarta vez naquele dia.

Ela continuava me ignorando. Isso estava me matando.

– Nessie, eu estou te implorando... – falei, sem mais saber o que dizer.

– Cala essa boca e me deixa em paz! – ela se exaltou comigo, e eu fiquei magoada com a sua atitude. Jacob, por sua vez, nem ligou que ela estivesse me tratando desse jeito. Na verdade, ele estava até gostando, pelo Seth! Mas eu merecia. Eu tinha que reconhecer isso.

Ela se se levantou do sofá e me deixou falando sozinha. Talvez o fato de ela estar assim, era porque Henry queria ir para Los Angeles. Tão longe da minha família! Do Seth... do meu filho.

Estranhei quando meu pai saiu pela porta com uma calça jeans, uma blusa de manga comprida cor de creme, e um tênis preto em suas mãos. Depois caiu a ficha. O alívio tomou conta de mim quando Seth passou pela porta.

– Tudo bem, você pode ir para onde você quiser com esse sanguessuga. – ele falou diretamente para mim. – Mas não vou deixar Harry ir junto.

– Como é que é? – perguntei, me levantando.

– Eu não vou permitir que você leve o nosso filho para morar com esse idiota. – ele falou, duramente. Algo em seus olhos estava o denunciando de que estava sendo difícil para ele, dizer essas coisas para mim, tão rudemente.

– Você não tem o direito de dizer o que eu devo fazer! – falei, tentando parecer do mesmo jeito que ele. Mas eu não iria deixar meu filho para trás.

– O que você acha que eu vou fazer com o garoto? – Henry perguntou, falando pela primeira vez desde que tentou conversar com a Nessie e o Jake, mas claro, foi ignorado pelos dois. – Matar ele?

– Não sei. – Seth falou irônico. – Mal conhecemos você. O que quer que a gente pense ao seu respeito?!

– Ei! – falei, defendendo meu namorado de mentira. Como eu odiei isso! – Não fale assim com ele!

– Me desculpe, senhora “Estou casada com o meu melhor amigo apenas por me sentir obrigada, mas agora achei o cara certo para mim”.

Ouvir isso doeu tanto. Eu precisei de muito esforço para segurar as lágrimas, pois estava inacreditavelmente difícil.

Sua postura cessou um pouco, enquanto ele me avaliava. Eu faria de tudo para trazer aquele sorriso de volta. Mas não podia agora. E ele estava coberto de razão. Eu precisava deixar meu filho para a segurança dele.

– Tá legal. – me rendi. – Mas só se me prometer que vai cuidar dele.

– Mas é claro! – ele exclamou, como se isso fosse óbvio. – Ele é meu filho também, sabia?

– E teria como esquecer? – perguntei, e percebi claramente que dei mole demais.

Como eu iria esquecer que eu tive um filho com o homem que eu mais amo nesse mundo? Impossível.

* * *

Meu pai se ofereceu a alugar o apartamento em Los Angeles. Estava tão chato sem ninguém da minha família.

A felicidade infinita das minhas tias e da minha irmã, meu tio brincalhão e palhaço, meu avô certinho, a minha avó conselheira e acolhedora. Todos.

– Você sabe que eu nunca vou te perdoar por isso, né? – perguntei, assim que Henry entrou na sala. Já faziam três dias que viajamos. Foi duro dizer adeus ao Seth. Ele não fez nada para sofrer, e de repente, perde a mulher que ele tanto ama.

– Depois você vai me agradecer, isso sim. – ele falou, com a sua cara de sono.

O Henry é lindo, alto, forte, e tudo mais. Porém, não é ele quem eu amo. É o Seth. Sempre vai ser.

– Até agora estou me perguntando porque eu não contei a minha família quando tive chance. – falei comigo mesma, e esquecendo de que ele ouviria facilmente. Me levantei para sair um pouco de casa.

Mas uma mão quente, segurando meu braço, me impediu.

– Onde você pensa que vai? – ele perguntou, como se eu lhe devesse satisfações.

– Acha que eu virei sua prisioneira? – perguntei, zombando dele.

Fiquei literalmente surpresa quando senti uma mão vindo de encontro ao meu rosto. O tapa foi forte o suficiente para fazê-la virar.

– Não fale assim comigo. – ele gritou, me assustando.

– Quem você pensa que é para levantar a mão para mim? – gritei de volta, tentando me libertar.

– Eu sou o seu dono. – ele falou, com um tom de autoridade.

– Sonha. – falei em tom de deboche, desviando o olhar do seu, mas com um medo assustador dentro de mim.

– Cala a boca, sua idiota! – ele falou e me jogou no sofá brutalmente.

Eu desejei com todas as minhas forças que Seth estivesse aqui agora.

– Agora que você está comigo, vai fazer o que eu mandar! – ele gritou novamente. – Não tem ninguém aqui para te defender, querida. – ele falou, em tom de deboche.

– Foi por isso que quis vir para Los Angeles?! – gritei, me levantei, tentando criar coragem para encará-lo. – Como meu pai não leu em seus pensamentos?

– Eu sou fera. – ele se gabou, e me beijou.

– Não toca em mim. – grunhi, com uma tremenda raiva. Sorte minha que estava quase mascarando o medo. Bastava uma ligação para os meus pais e eu estaria livre disso tudo. Voltaria para o Seth e para o meu filho.

– Que tal se fizermos um trato? – ele sugeriu, sem se importar com a minha reação bruta.

– Não faço tratos com você. – cuspi.

– Eu quero uma transa, e você pode voltar para a sua família sem correr riscos.

– Nunca você vai encostar um dedo em mim. – rosnei, me debatendo para me livrar de seus braços. Quem ele pensa que é? Apenas Seth me tocou desse jeito, e vai continuar sendo ele. Sempre.

Ele me segurou de um jeito que me deixou mobilizada.

– Você tem até as seis da tarde para pensar sobre isso. – ele falou, e me deixou sozinha na sala.

Droga! Eu precisava de um plano urgente! Eu não deixaria esse idiota encostar em mim. Seth não merecia sofrer mais.

* * *

Eram cinco e cinquenta e cinco da tarde. Eu tinha cinco minutos para contar a minha decisão ao Henry. Óbvio que eu tinha um plano. Um plano que eu esperava que funcionasse.

– E então, gata? – me surpreendi quando sua voz invadiu a sala. – Já pensou na minha proposta?

– Eu aceito. – eu falei imediatamente. Seu sorriso vacilou. Eu acho que ele esperava que eu não aceitasse, para ficar com ele, mesmo com a possibilidade de “nunca mais” voltar para a minha família. – Mas somente uma transa e nada mais.

Só de pensar que ele queria fazer aquilo comigo me dava enjoo.

– Sério? Mas... tão rápido?

– Quer que eu volte atrás? – perguntei, arqueando uma sobrancelha, o questionando. Ele mordeu o lábio, parecendo pensar bem antes de responder.

– Quer saber? Não. – ele falou do tipo “Deixa pra lá”. – Vamos lá, quando começamos?

– Eu achei que a gente podia ser um pouco mais romântico... – falei me levantando e ficando próxima dele. Segurei a argola de sua camiseta e brinquei com ela enquanto falava. – Para que a pressa? Eu encomendei algumas garrafas de vinho, diferentes, não sei de que tipo que você gosta... – interrompi minha frase, olhando em seus olhos verdes claros.

– Na verdade, qualquer um para mim está ótimo. – ele falou, me puxando pela cintura e me beijando.

Fechei os olhos, imaginando Seth ali, com a boca na minha. Todas as vezes que nos beijamos, como era diferente desse beijo! As vezes ele me beijava como se eu fosse muito delicada, e outras era como se ele quisesse esquecer do mundo. Henry... bem, o beijo de Henry não tem a mínima comparação com o do cara que eu amo.

Eu pensei em recusar quando ele pediu passagem com a língua. Vamos, Carlie. Pense que é o Seth...

Mas não dava muito certo. Não tinha mesmo comparação. Então eu apenas me concentrava em algum beijo que tive com Seth, um durador, porque parecia que esse idiota não quereria me largar jamais.

– Ei. – falei me afastando, fingindo alguns ofegos. – Quer me deixar respirar por um momento?

Ele sorriu, satisfeito com o que eu disse. É um bobo mesmo!

– Realmente, eu devia ter te dado ouvidos quando você falou que ia me fazer esquecer o idiota do Seth. – me doeu ter que usar essa palavra nesse sentido. Geralmente, quando eu o xingava, logo depois o abraçava e o beijava. – Caramba, nunca pensei que você fosse tão bom em beijar!

Ele sorriu novamente.

– Eu não te disse que ficar comigo seria bem melhor? – ele sorriu de lado.

– E tinha razão. – mordi o lábio inferior.

– Vou tomar um banho e ficar cheiroso para você. – ele falou antes de me beijar mais uma vez nos lábios e seguir para o corredor, onde ficava o banheiro.

Assim que ouvi o som da porta se fechar, impaciente, esperei o som do chuveiro.

Assim que captei o barulho, corri até o armário. Atrás do pote de pimentas, havia um tipo de calmante e mais uma surpresinha, já que provavelmente o calmante não resultaria em nada.

Coloquei os quatro de uma vez só em uma garrafa de vinho francês, que era muito boa, por sinal. Mas não me importei de desperdiçar. Era por uma boa causa.

Eu teria que tomar o Valdorella. Tudo bem, nem tão ruim.

Lifehouse – From Where You Are

Assim que acabei, fechei o frasco novamente. Me encostei na parede e escorreguei até o chão, escorregando minhas nervosas mãos pelo meu comprido cabelo. Eu não fazia ideia de que Henry era do tipo agressivo. E algo me dizia que, esse tapa na cara foi só um “aperitivo” do que virá pela frente se eu não fizer o que ele quiser enquanto eu estiver com ele. Merda!

– Ahh, Seth. Como eu queria você aqui. – falei comigo mesma, baixinho. – Ou melhor, como eu queria estar em seus braços nesse exato momento.

PDV Seth.

Por mais que eu pensasse nas burradas que fiz ao longo da minha vida, nada parecia o suficiente para que as coisas continuassem infinitamente dando errado para mim.

Estava tudo certo, tudo perfeitamente bem entre Carlie e eu, e de repente, ela me vem com uma desculpa de que todo esse tempo se sentiu obrigada a ficar comigo? E fica com o primeiro cara que ela encontra? Tem coisa aí. Tenho certeza disso. Eu a conheço bem o suficiente.

E quando ela disse que queria ir para outra cidade com o sanguessuga, pareceu que meu coração havia sido arrancado, jogado no chão e pisoteado.

Hey, garoto. Ouvi a voz de Jacob ecoando em minha cabeça. Como você está?

Eu espero que seja uma pergunta retórica. Falei, sem humor.

Você sabe que eu me preocupo com você. Ele falou, e de repente ele estava na minha frente. Nem me dei o trabalho de levantar. Estava exausto demais para isso. Que isso, cara. Não faz assim...

Claro, não foi a sua mulher que te abandonou. Respondi, nem me importando como quão rude aquilo tinha saído.

Ela ligou cedo e falou que daqui a alguns dias talvez virá nos visitar.

Com essa informação, minha cabeça se ergueu rapidamente. Eu ficava me alimentando com essa esperança de que, um dia ela voltaria para mim – e isso vai acontecer, tenho certeza –, mas não me importo. Honestamente, não ligo. Apesar de doer o bastante para me fazer querer cometer um suicídio.

Cala essa boca e se levante. Jacob reclamou com os meus pensamentos. Levante daí. Esme está fazendo o almoço e pediu para eu te chamar.

Eu adorava as comidas da Esme, entretanto desta vez eu não queria ver ninguém. Eu caçaria um animal qualquer por aí, menos encarar algum dos Cullen.

Não vou. Eu respondi, me levantando e correndo para o lado oposto com todas as minhas forças. Se desculpe por mim, por favor.

Por favor, não faça nenhuma besteira. Ele quase implorou antes de ficar calado e voltar para trás. Segundos depois, eu não podia mais ouvir seus pensamentos.

Um pouco de privacidade seria ótimo para mim. Não seria uma má ideia encomendar novamente as garrafas de álcool e tomar um porre, já que meu metabolismo não me deixaria morrer por essa causa.

Mas não agora. Não nesse momento. Eu queria ficar sozinho com a minha dor de perder a minha mulher para um sanguessuga qualquer.


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