PDV Seth.

Estava tudo lindo que ela tinha feito para mim.

Eu tinha ao meu lado uma noiva maravilhosa.

Ela preparou tudo isso apenas termos uma noite especial.

Mas que sorte eu tinha!

PDV Carlie.

Eu fiquei muito aflita, desnecessariamente, confesso. Eu sabia que ele ficaria contente com a notícia de mais uma noite para dois. De repente, meus pés estavam tirados do chão por ele, que me deu um abraço me rodopiando, enquanto o ar se enchia com as minhas gargalhadas.

—Só você mesmo! – ele parou de me rodar e me colocou no chão.

—Que bom que gostou. Quero dizer, eu sabia que você iria gostar, mas ver me faz sentir bem.

—Ahh, meu Deus! – ele exclamou feliz e me beijou novamente. Seus dedos escorreram pela minha bochecha e ele me deu um beijo na testa, na têmpora, na maçã da bochecha, mais para baixo, em minha mandíbula, meu queixo e foi subindo lentamente. O caminho que ele fez com os seus lábios me deixou arrepiada e me fez estremecer. Suas mãos desceram lentamente e pararam em minha cintura. Eu parecia uma gelatina de tão mole que eu estava.

A gente foi se deixando levar pelo momento.

***

—Oi, Ness. – a cumprimentei quando ela entrou na cozinha.

—Oi. – ela respondeu e encostou-se à bancada ao meu lado. – Legal da parte dos nossos pais nos deixarem a sós, né? – perguntou ela. Ness tentou esconder a alegria, mas quase não funcionou. Eu percebi um pouco. E eu disse:

—É. – respondi com um riso. – Isso foi um milagre, mas graças a nossa família que a gente conseguiu convencer. Eles insistiram para nossos pais ficarem um pouco com eles, já que não faziam isso há um tempo.

Seth e Jacob estavam aproveitando um tempo com Embry. Mendy viria aqui em casa mais tarde depois de estudar um pouco, como o combinado com tia Rose. Ela também tinha que ter sua hora de estudos.

—Oi, pessoal. – correção a tempo! – Demorei?

—Pensei que você ia ficar lá mais um tempo. – confessei, apesar de ter em mente que ela poderia ter demorando mais, já que ainda estava cedo. Mendy estudou de manhã hoje porque a gente combinou de passar um dia de meninas hoje. Assistir filme com pipoca, conversar, jogar alguma coisa.

Foi por isso que Seth e Jake foram ficar com Embry.

Ela ficou louca da vida quando soube que seria a nossa madrinha.

—Sério isso?! – ela quase gritou, super feliz e empolgada. – Mas e a tia Rose? A tia Alice?

—Elas se contentam em serem nossas tias. – Renesmee respondeu sorrindo. – Mas se você não quiser...

—Quem disse que eu não quero? – ela a cortou, ansiosa. – Vai ser mais do que um prazer! Ah, mal posso esperar para contar para todos da escola, quem de lá você vai convidar? – as vezes parecia que ela era da família de verdade. Ela tinha a tagarelice como eu, a teimosia da minha mãe, um pouco da birra da minha irmã.

—Não sei direito, já que talvez faremos o casamento antes de termos nossos filhos, e antes da faculdade.

—O que? – perguntou incrédula. – Vocês estão grávidas?

—Não! – exclamamos ao mesmo tempo.

—Você é esquisita. – ela me olhou torta. – Falou de filhos do nada.

—Foi só uma observação. – encolhi os ombros.

O tempo ia passando e a festa estava chegando. Faltavam algumas horas para a gente sair de casa e estava uma correria para lá e para cá no quarto da tia Alice. Foi difícil convencer meus avós de irem.

Quando descemos, surpresa: Seth, Jacob e Embry ainda estavam lá em cima.

—Uhhhhh! – o bestalhão do meu tio Emm assoviou ao ver a roupa de Mulher Gato da tia Rose. Mas realmente estava muito sexy mesmo.

—Por que eles ainda não desceram? – apontei para o andar de cima.

—Estão com vergonha – papai falou tentando esconder a risada.

—Sério? – perguntei sem conseguir acreditar.

—Sério mesmo. – Embry se intrometeu descendo as escadas vestido a fantasia do Chuck. Estava bem legal. Os cortes no rosto pareciam de verdade. O suéter colorido estava rasgado por baixo do macacão. E havia um machado idêntico ao do filme. Muito realista.

Meu pai estava vestido como um mago.

Meus avós combinaram de vestir roupas de vampiros. Gostei da ideia de eles revelarem nosso segredo sem ninguém descobrir.

Mendy também estava como vampira, mas a diferença do vestido delas duas era que o da Mendy era curto.

O tio Emmett estava muito bem de Batman.

Tio Jasper, sem surpresas; estava fardado. Mamãe era o diabo, ou melhor, diaba. Foi ideia minha de ela pegar aquela fantasia.

Tia Alice era a Mulher Maravilha.

Nick era a Cinderela. Ela estava crescendo e o vestido caiu perfeitamente em seu pequeno corpo.

Minha irmã estava com um vestido preto de bruxinha. Pela sua cintura era como um corselete, e a bota da cor de seu vestido.

O meu era de pirata.

—Seth arrumou uma desculpa que ia pegar algo em seu quarto e não saiu mais de lá. – Embry continuou. – Jake está apenas terminando os “últimos detalhes”.

—Por que as aspas? – Renesmee perguntou confusa.

—Porque ele também está nervoso. – ele revirou os olhos.

—Caramba, estou com vestido curto e nem por isso estou com vergonha. – Mendy falou indignada – Seus noivos são uns mariquinhas mesmo.

Tio Emm riu alto com a sua piada.

—Essa é a minha garota. – ele pôs seu braço ao redor de seus ombros.

—Cala a boca. – reclamei e ela prendeu o riso. – Vou tirá-lo de lá logo.

Subi as escadas e ouvi passos me seguindo.

—Vê se pode! – Ness fingiu estar indignada.

Eu ri dela. Seth sempre foi desse jeitinho dele.

—Seth? – quando cheguei na porta do seu quarto e bati antes de entrar.

—AHH! Nossa! Está muito boa!

Ele estava com uma fantasia do Freddy. Hoje todos estavam parecendo tão reais em suas fantasias.

—Obrigado. – ele agradeceu com um sorriso no rosto.

Fui até ele e cutuquei sua máscara.

—Meu Deus. – fingi estar espantada, e um sorriso cresceu em seu rosto pela minha cara de impressionada. – O Freddy existe de verdade!

—Sério que está parecido?

—Você está brincando! – falei sem acreditar. – Está parecendo o próprio.

Ele sorriu satisfeito com minhas palavras.

—Por que está com vergonha de descer?

—Não estou com vergonha de descer. – ele disse confuso. – Estou apenas procurando os três convites que não consigo achar em lugar nenhum.

—Era só o que faltava. – exclamei e fui procurar também.

—Por que pensou que eu estava com vergonha?

—Embry. – esclareci, e depois continuei. – E meu pai.

Ele riu. Agora tudo havia se encaixado em minha mente. Papai viu na mente de Embry o que ele tinha planejado e entrou em sua brincadeira.

—Achei! – Seth falou aliviado com os convites em sua mão. Ele veio até mim que estava de joelhos em frente a sua cômoda e me ajudou a levantar.

—Vamos? – perguntei. – Todos estão nos esperando.

—Vamos sim. – ele veio até mim e pegou na minha mão. – Você está... linda.  Você está tão... uau!

—Você realmente acha que estou “uau”?

—Bom, não há palavras para te descrever. – soltei um riso nervoso. Seth estava rindo com a minha timidez. Ele me deu um beijo na minha testa.

O caminho para a escola foi dividido em carros. Fui com a minha bebê, e levei Seth na minha garupa.

A fantasia de Jacob era do Jason.

—Hey, Carlie. – Zack me cumprimentou quando cheguei a portaria.

—Olá! – exclamei alegre e o abracei. – O que está fazendo aqui fora?

—Eu perdi o ingresso da minha prima. – ele apontou sua prima e ela acenou para, mim, e acenei de volta. Ao seu lado estavam mais duas pessoas que eu não conhecia.

—E esses são meus primos Guilherme e Daniely. – ele apontou para os outros dois.

—Oi. – ela me cumprimentou. Realmente bonita. Morena, do meu tamanho, olhos claros, cabelos cacheados e sem volume. Muito bonita.

Sorri tímida em resposta.

—Olá. – o garoto, Guilherme, falou pegando minha mão, e beijou ali. Droga! Eu tinha certeza de que corara. Ainda bem que eu estava de luvas, como em todos os eventos públicos.

—Oi. – murmurei baixinho, puxando minha mão de volta – eu sabia que Seth viu a cena e chegaria aqui em alguns segundos -, e ele soltou um sorriso muito fofo.

—Pare de deixa-la sem graça. – Zack repreendeu seu primo.

Ele sorriu novamente, e sorri também, ainda envergonhada.

PDV Seth.

Quando vi aquele adolescente idiota flertando com a minha noiva – veja bem, adolescente não se aplica mais muito bem a mim, pois tenho vinte e dois anos – queimei de ciúmes por dentro. Quem ele pensa que é? Eu vou lá e agora!

—Seth, tenha calma. – Edward me segurou antes que eu começasse a andar.

—Claro, não é a sua garota que está sendo flertada! – falei baixinho, mas irritado de ele não me deixar salvar minha parceira.

—Relaxa, garoto. – Jacob tentou me convencer. – Ela não vai te trair.

—Eu sei disso. – sibilei. – Mas sei que ela quer sair dali o quanto antes. Conheço-a.

—Deixe-o ir, Edward. – Bella pediu-lhe, e fiquei agradecido por isso.

Edward suspirou, e me soltou.

Obrigado. Silenciosamente, agradeci de forma sarcástica. Qual é? Não é como se eu fosse fazer uma ceninha de ciúmes. Eu estava sim com ciúmes, porém não iria fazer nada para envergonhá-la.

PDV Carlie.

—Olha aqui. – verifiquei minha bolsa a procura do ingresso e lhe entreguei.

—Mas não vai precisar?

—Na verdade, os que eu já tenho são os que eu preciso. – sorri. – Eu ganhei da Chloe porque ela não ia usar.

—Obrigado, Carlie. – ele me abraçou novamente, me agradecendo.

—Não foi nada. – falei com um sorriso simpático no rosto quando ele se afastou do abraço. De repente o sorriso dele desapareceu, e ele pareceu ficar intimidado. E eu já podia saber o porquê.

—Pronto, Carlie? – a voz de Seth estava ao meu lado. Passou os braços em volta da minha cintura. – Já vamos entrar.

—Sim. – respondi olhando-o. – Bom, a gente se encontra lá dentro. – falei para Zack.

—Obrigado. – ele sacudiu o ingresso em sua mão.

—Tchau. – Guilherme se despediu, e Seth rosnou.

Apenas acenei.

Você fica tão fofo quando está com ciúme. Pensei para ele.

Seth me olhou do tipo “você está brincando, né?” e revirou os olhos.

Ri e me encostei ao seu corpo conforme andávamos com minha família para dentro do salão.

—Uau! – exclamei quando entramos. Estava incrível! Um lado tinha as mesas dos alunos e do outro uma enorme pista de dança. A música estava suave, o suficiente para ouvirmos bem e para conversarmos normal.

A festa foi demais! Tirando o fato de que vários garotos flertaram comigo e Seth, obviamente, ficava com ciúmes. Mas ele não era o único; Jacob ficou com ciúmes de Nessie e Embry de Mendy. Até tio Emm com tia Rose! Os garotos babavam por ela, mas minha querida tia não dava a mínima. Meu tio parecia prestes a voar na garganta de cada um que piscava para ela.

Teve um concurso de talentos para se inscrever, e eu e minha irmã entramos.

—Tudo bem, pessoal. – o diretor tentou acalmar o alvoroço que havia ali por causa da última apresentação. – Agora vamos para a próxima candidata. Com vocês... Carlie Cullen.

Sorri constrangida quando as pessoas perto de mim aplaudiram para mim. Minha família me aplaudiu mais do que qualquer um. Fui até o palco ao lado dele.

—Muito bem, Sra. Cullen. – ele falou ao microfone. – O que quer fazer?

Ele colocou o microfone em frente da minha boca para eu falar.

—Eu quero cantar.

Nunca ouvi tanto barulho na minha vida. Os alunos pareciam que iam enlouquecer. Sorri diante daquilo.

—Muito bem. – ele repetiu, e levou o microfone para longe dele. – Precisa de algum instrumento musical?

—Preciso de um violão, por favor.

Ele assentiu e o pegou para mim. Murmurei um “obrigada” . Enquanto eu ajeitava o violão, ele colocava um microfone com suporte a minha frente. Eu havia aprendido violão há um tempo. Chequei se estava afinado e dedilhei. Perfeito. Sem falar mais nada, comecei a tocar.

True Friends – Miley Cyrus

Você é a minha melhor amiga para sempre. Resolvi colocar essas palavras na cabeça da Nessie. Ela estava emocionada, era a emoção predominante em sua mente.

E você é a minha, ela responde quase chorando.

Houve aplausos e assobios.

—Muito boa, Sra. Cullen. – ouvi a voz do diretor ao meu lado no microfone. – Muito boa mesmo. E agora vamos dar boas-vindas a Renesmee Cullen!

Aplaudi assim que coloquei o violão na cadeira. Descia os poucos degraus do palco enquanto ela subia.

—Arrase! – sussurrei para ela, que sorriu para mim.

Comecei a andar para a mesa onde minha família estava sentada. Todos me olhavam impressionados. E eu sabia que havia corado.

—Bela escolha de música. – tia Rose parabenizou.

—Minhas meninas. – mamãe murmurou com dificuldade. Se fosse humana estaria em lágrimas.

—Obrigada. – falei envergonhada.

PDV Renesmee.

Subi no palco um pouco nervosa, e empolgada ao mesmo tempo. Fiquei contente das aulas de violão que Carlie e eu fizemos. Coloquei a alça do violão em torno de mim, como deveria ficar, e comecei.

Avril Lavigne – I will be

Eu fui aplaudida quando acabei de cantar.

—Muito obrigado, Sra. Cullen. – o diretor veio até mim.

—Obrigada. – agradeci e coloquei o violão na cadeira, e desci imediatamente do palco. Eu podia sentir vários pares de olhares em mim.

—Você fez o que eu te pedi. – Carlie falou para mim e sorri, já sabendo onde ela queria chegar.  – Você arrasou!

Ela me deu um abraço, desconsiderando de que ela estava ao meu lado.

—Que nada. – falei quando ela se afastou do abraço. – Você quem vai ganhar esse concurso.

—Se eu ganhar, não vai ter sido merecido, porque você foi a melhor. – ela garantiu e sorri.

—Obrigada pela música.

—Eu cantei de coração.

Abracei-a.

—Você é a melhor irmã do mundo!

Ela riu.

—Eu sinceramente não consigo escolher quem foi melhor. – tio Jasper se intrometeu.

—Obrigada. – falamos ao mesmo tempo.

O resto da festa a gente dançou muito.

PDV Carlie.

—Ahhhh! – tia Alice cantarolou assim que entramos em casa. – A festa foi um máximo. Obrigada por nos convidar, Carlie, Nessie.

—Não foi nada. – falamos em coro e todos riram. – Eu falei que você quem ia ganhar. – falei com minha irmã. Ela estava com um troféu de primeiro lugar do concurso.

Algumas meninas que participaram ficaram com raiva e inveja dela.

—Linda a música que você cantou pensando no Jake.

Ela corou na hora.

—Você não podia deixar isso para mais tarde? – ela sibilou.

—Foi linda mesmo. – Jacob veio até ela, e passou os braços em sua cintura por trás. – Obrigado. – ele sussurrou em seu ouvido. Bom, já ela, ficou parecendo um pimentão.

Esse tempo todo, eu estava rindo sem querer disfarçar.

—Que tal se a gente levar Nick para pedir doces e ver as decorações? – sugeri.

—Oba! Doces! – ela gritou contente.

—Vamos sim. – Renesmee respondeu. Ela se ajoelhou em frente à pequena Cinderela e falou: - Que tal se você pegasse aquela sua cestinha para colocar dentro os doces que você ganhar?

—Ééééééé!

A gente riu quando ela correu lá para cima ignorando os degraus, tia Alice em sua cola caso ela tropeçasse em seus próprios pés. Bocejei e caí no sofá ao lado de Seth. No andar de baixo agora havia apenas Seth, Jacob, Renesmee, Mendy, Embry e eu. O resto foi se trocar nos quartos.

—Já falei que você canta muito bem? – Seth me falou e abaixei a cabeça constrangida.

—Já perdi a conta de quantas vezes você disse isso.

Ele riu.

—Cheguei, Carl. – Nick falou meu apelido descendo as escadas. Dessa vez sem a tia Alice, e minha prima foi cuidadosa na descida. Ela ter falado para Nick não correr. Ela foi a primeira a me chamar assim e pegou.

—Vamos encher essa cestinha de doces hoje! – exclamei para entrar no clima de alegria com ela.

—Vamos! – ela gritou.

A gente passou em várias casas, e os vizinhos eram todos muito gentis. Apesar disso, alguns ficavam intimidados com os sofisticados e misteriosos Cullen. Não estava tarde, então não achei problema irmos ao cinema. Assistimos um desenho infantil. Nick adorou.

A gente a deixou em casa e fomos para casa. Despedi-me da minha irmã e entramos em nossos quartos.

Espreguicei-me e fui me trocar.

O ar condicionado em constantes 22 graus deixava ameno para dormir com pijama de frio ou de calor. A diferença ficava em usar o cobertor ou não.

Chamei Jess para a cama, e ela subiu em mim, pedindo carinho.

PDV Seth.

Eu estava em meu quarto, deitado e assistindo em um canal qualquer. Fazia um pouco de tempo que eu não via minha mãe e minha irmã. Eu estava com saudades delas. Iria conversar com Carlie sobre ir vê-las. Ela ficaria feliz de ver a sogra.

Fui tirado dos meus pensamentos quando escuto o toque de mensagem do meu celular. Argh. Quem estava me incomodando essa hora? Já passavam das onze e meia.

De Carlie:

Te amo. ♥

A frustração voou de mim como uma tempestade de areia, fazendo meu coração acelerar.

Também te amo. Durma bem.

Mandei para ela. É uma injustiça eu estar noivo da Carlie e termos que dormir em quartos diferentes. Só Edward mesmo para fazer isso.

Novamente o celular tocou.

De Carlie:

Eu estava pensando que a gente podia ir visitar sua mãe qualquer dia desses, que tal?

Boa! É exatamente o que eu quero.

Acho uma boa ideia. Na verdade, eu estava pensando sobre isso agora.

Enviei-lhe. Comecei a ficar mais do que empolgado de visitar minha mãe.

De Carlie:

Que dia você quer ir? Eu estava pensando em amanhã mesmo. A gente acorda cedo para arrumar as nossas malas e compra as passagens enquanto se arruma, o que acha?

PDV Autora.

Seth estava muito contente com a ideia de visitar sua mãe, sua irmã e seus amigos de La Push. E sabia que Carlie também estava ansiosa. E tinha razão. Sem combinarem nada, Seth e Carlie mandaram torpedos para Jacob e Renesmee, avisando da viagem. Elas sabiam que seus pais as deixariam ir. Carlie estava pensando em levar Embry e Mendy também. Fazia bastante tempo que ela não pisava em La Push.

Os quatro foram dormir pensando na viagem de amanhã, mas não perderam tempo; foram dormir antes que dessem meia noite e meia, para não acordarem sonolentos.

No dia seguinte apenas Carlie e Renesmee acordaram às sete da manhã para não perderem tempo.

Ness e Carlie se encontraram no corredor.

—Acordou agora? – Renesmee lhe perguntou. Carlie tinha dormido apenas com uma blusa comprida, mas como iria falar com os seus pais, colocara um short. E estava com a sua meia longa que dormiu.

—Quase agora. – Carlie deu de ombros. Não se sabia qual cara de quem havia acordado agora estava pior. – Aonde você vai?

—Vou perguntar ao papai se ele deixa a gente ir a Forks, e você?

As vozes das duas estavam saindo roucas.

—Vamos lá então.

Carlie foi até onde sua irmã estava e segurou sua mão, até chegarem ao quarto de seus pais. Ela levou sua mão até a porta e bateu três vezes.

—Estamos incomodando? – Renesmee se voluntariou para falar.

—Só um minuto, querida. – elas ouviram a voz de sua mão de dentro do quarto. Eles correram em velocidade vampiresca para pegarem suas roupas e se vestirem. Bella colocou apenas a blusa de Edward, e ele apenas sua calça.

Passou dois segundos.

—Entrem. – Edward falou quando eles haviam acabado de se arrumarem.

Elas entraram dramaticamente, com os olhos cobertos com suas mãos.

—Vocês têm certeza? – Carlie conferiu.

—Claro que sim, querida. – Bella falou risonha.

Seus pais já estavam acostumados as cenas que suas filhas faziam.

—Mas o que traz vocês duas aqui a essa hora da manhã sem ter aula? – Edward perguntou.

—Bom, já faz um tempo que não visitamos meu avô e Sue... – Renesmee deu uma parada sugestiva.

—Podemos ir para lá ainda hoje? – Carlie foi logo ao ponto, impaciente.

—Ainda hoje? – ele perguntou surpreso. – Por que não esperam? Tem que fazer malas, arrumar itens de higiene...

—Pai, isso leva meia hora. – Renesmee gemeu.

—Claro que podem, vou ver a passagem para vocês. – Bella ignorou seu marido e falou com as meninas.

—Mendy e Embry também vão.

—Obrigada, vocês dois. – elas falaram juntas e saíram de seus quartos. A preguiça e sono as seduziam, mas sabiam que se cochilassem, iriam viajar somente a noite.

PDV Carlie.

Fiquei feliz, apesar do sono, quando mamãe nos deixou ir a Forks. Estava com saudades daquela cidade chuvosa e fria.

Entrei no quarto do meu noivo e fiquei admirando sua beleza por uns minutos. Cada detalhe de sua feição. Olhos, boca, nariz, bochecha, queixo, cabelo. Inexplicavelmente, quando estava dormindo, parecia um anjo.

—Seth. Acorda, meu anjo. – sussurrei para ele, ainda adormecido. – Seth, acorda amor.

—Hmmm. – ele murmurou sonolento. – Me chama assim de novo? – perguntou ele num simples sussurro.

—Meu amor. – fiz o que ele me pediu carinhosamente.

—Mais uma vez. – pediu ele novamente.

Cheguei perto de seu ouvido.

—Meu amor. – deixei meu hálito se espalhar por ali e ele estremeceu. E eu ri. – Seth, agora é sério.

—Por que agora é sério? – ele repetiu minhas palavras, finalmente abrindo os olhos. – Você estava brincando quando me chamou de “meu amor”?

—Sabe que não é isso, mente boba. Mas se continuarmos batendo papo, não vamos sair daqui nunca. Falei com meus pais e eles toparam. Falei com Mendy e ela e Embry irão também.

—É uma boa. – ele concordou e se levantou.

—Então tá, toma um banho, arrume suas coisas. Mamãe vai comprar as passagens e dirá o nosso horário.

—Sem meu beijo de bom dia? – ele segurou minha mão quando atravessei o quarto para sair. Ele sorriu e aproximou nossos lábios, colocou o meu cabelo atrás da orelha e me beijou. – Pronto. Assim está bem melhor.

Sorri.

—Até daqui a pouco.

—Vá preparando esse coraçãozinho manteiga derretida porque logo você reverá sua mãe.

Ele sorriu e respirou fundo.

—Vou tentar. – prometeu ele, em tom de brincadeira.

PDV Renesmee.

—Jake? – o chamei antes de entrar, caso ele estivesse se trocando ou algo do tipo. Mais para o meu pai não surtar. Que nada. Ele estava é dormindo. Revirei os olhos e fui até sua cama. Subi em cima dele. – Jake, acorda. – falei alto. – Jake! – cantarolei em seu ouvido.

—Hmmmmmm! – ele gemeu. – Me deixa dormir só mais um pouquinho, por favor!

—Nada disso! – saí de cima dele e fui abrir sua janela, para que o sol lhe incomodasse.

—Ahhh, Ness! – ele exclamou colocando o travesseiro em sua cara, fugindo do sol.

—Vamos lá, seu preguiçoso. Tome um banho e arrume suas coisas. Ainda hoje vamos estar em Forks. – enquanto falava, eu caminhava até ele, e selei nossos lábios.

Ele riu.

—Você tem sorte que não te agarrei comigo na cama, menina levada. – ele me puxou pela cintura e me beijou.

Logo estaríamos partindo.

PDV Carlie.

—Carlie! – Renesmee gritou alto, e pela pelo tom de sua voz, ela estava ficando furiosa. – Se a gente perder o voo por sua causa...

—Eu já estou descendo! – peguei minha mochila e Seth carregou minha mala

—A gente vai ficar lá quanto tempo? – ele perguntou descendo as escadas, comigo não muito atrás.

—Alguns dias, talvez três. – respondi. – Qualquer imprevisto papai ou vovô cuidam disso na escola.

A esse ponto, a gente já estava no andar de baixo. Todos os nossos familiares estavam lá, para se despedirem.

—Quanto tempo vocês vão ficar lá? – tia Alice perguntou cabisbaixa.

—Oh, tia. – fui até ela e a abracei. – Não vamos demorar. Você vai ver. Nem vai notar que não estamos aqui. Eu te ligo todos os dias. – acrescentei quando vi que sua expressão não tinha mudado nada.

—Nick vai ficar com saudades de você. – ela apontou para a sua filha ao seu lado no chão. A peguei no colo.

—Claro, a Nick, né?

Ela fez um bico. Dei-lhe um beijo na bochecha.

—Não acredito que esses cachorros vão levá-las para longe de mim. – tia Rose indagou.

—Que mãe dramática eu tenho. – Mendy retrucou e foi abraçá-la.

Logo Mendy, Renesmee e eu fomos abraçadas por todos.

***

—Finalmente chegamos! – exclamei com os braços abertos quando o carro alugado parou em frente a casa de Sue. Renesmee e Jacob foram para a casa de Billy, e Mendy e Embry foram para a casa da mãe dele.

—Oh, meu Deus! – a voz emocionada de Sue irrompeu do lado de fora. – Meu filho!

Seth sorriu enquanto levava as malas até a porta, onde sua mãe estava. Ela passou os braços em seu pescoço, e ele foi recebido com milhões de beijos pelo rosto.

—Tá legal, mãe. Já chega. – falou ele, entre risos e outros.

—Olá, querida! – ela se aproximou de mim e me abraçou apertado.

—Oi, Sue.

Desde que paramos na frente de sua casa, a gente não tirava um sorriso do rosto. Nenhum dos três.

—Vamos, vamos. Entrem!

Fizemos o que ela disse. A casa estava a mesma coisa, com exceção do armário que fora substituído por um armário lindo. Ele era preto e branco, e combinava lindamente com a casa.

—E então? O que fazem aqui?