A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 44
2x2 Aos 45 do segundo tempo (E)


Notas iniciais do capítulo

Vestidos (3): https://i.pinimg.com/750x/ec/c5/80/ecc580cf0da62cb626d9ee6500cf3f3b.jpg

Vestidos (4): https://i.pinimg.com/564x/9b/d1/22/9bd1223f2b8ee30e2a3131b7bfab6522.jpg

Último vestido: https://i.pinimg.com/750x/0a/32/e2/0a32e20706b387cd76031020c5766955.jpg



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Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Meu coração palpitava de nervosismo pelo pedido que saiu de sua boca. Isso estava mesmo acontecendo?

—Eu aceito. – minha voz vacilou pela emoção.

Um sorriso brotou em seu rosto conforme a emoção tomava-lhe conta. Me ajoelhei na sua frente e me joguei em seus braços. Lágrimas de felicidade escorreram pelo meu rosto. Ele me abraçou forte e eu retribuí do mesmo jeito. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo! Eu. Noiva do Seth. Meu melhor amigo. Nem em meus melhores sonhos.

Podia lembrar de uma vez quando Renesmee e eu queríamos nos vestir de noivas e os escalamos para serem nossos pares. Mas eu era criança. Era um sonho bobo apenas para se vestir bem. Agora vou me vestir bem para ficar para sempre com o amor da minha vida.

Ele segurou minha cintura me afastando do abraço e pegou algo em seu bolso. Uma caixinha preta de veludo. Abriu-a e tirou de lá um lindo anel de moedas antigas. Mais lágrimas.

—Eu te prometo: assim que eu tiver dinheiro, vou comprar uma aliança decente para você.

—Oh, Seth. – falei engasgada com o nó na garganta enquanto ele escorregava o anel em meu dedo.

Segurou minhas mãos enquanto se levantava e me ajudava a me levantar. Sua mão afastou o cabelo do meu rosto e pousou ali, na minha bochecha. A pele ao redor dos olhos estava vermelha pela luta contra as lágrimas. A lua refletia seu olhar, e meu coração vacilou em como ficou mais lindo.

Ele se aproximou de mim e me beijou.

Nosso momento foi interrompido por alguém batendo palmas. Era nítido o deboche pelo ritmo lento. Olhamos na direção, e estava saindo de trás da casa.

—A pirralha está noiva. Você sabia que eu odeio quando mentem para mim?

Reconheci-o na hora. Era o vampiro que dançou comigo há pouco tempo. Então foi por isso que o humor dele mudou..., mas por uma coisa tão banal?

—Fale com ela assim de novo e...

—E o que, hein lobinho? – ele o interrompeu, divertido.

—Eu mato você. – Seth rugiu.

Seus braços começaram a tremer. Ninguém nunca conseguia tirá-lo do sério. Não digo sobre as brincadeiras do bando – Jacob ou Paul, por exemplo. Basta falar um A torto sobre mim.

—Seth, calma. – pedi num tom de voz tranquilo, tentando acalmá-lo.

—Quero ver você tentar. – o vampiro me ignorou e o desafiou. Seth já estava tendo tremores que poderiam ficar piores.

—Cala essa boca, imbecil. – vociferei. Apesar de estar com medo, não ia me acovardar.

—Se eu fosse você, eu não falaria comigo dessa forma. – ele avisou. Seth me puxou para trás dele.

—O que você quer? – perguntei irritada, e fiquei orgulhosa que minha voz não tremeu.

—Você.

—Nunca. – rosnou Seth.

—Seth. – murmurei. Se for para eles pararem de perturbar minha família, eu me entregaria.

Ele me olhou, procurando o que eu queria dizer. E na mesma hora encontrou no meu olhar.

—Ficou maluca? – perguntou, incrédulo. – Não vou deixar você fazer uma besteira dessas!

—Você a ouviu. – o vampiro falou. – Deixe-a vir comigo.

Saí de trás do Seth e dei um passo na direção do perigo.

—Carlie, nem pense nisso. – Seth grunhiu segurando meu braço.

—Seth, me solte. – pedi.

—Não vou te soltar. – falou ele, convicto. Entretanto em seu olhar havia uma pontada de dor. Não sei se por minhas atitudes ou minhas palavras. – Seu pai já deve estar vindo.

—Você falou para ele? – indaguei incrédula.

—Claro que falei!

Puxei meu braço para longe de seu aperto.

—Eu vou. – minha voz falhou quando olhei em seus olhos.

—Não faça isso. – implorou ele. Lágrimas se formaram em seus olhos.

—Não tenho escolha.

—Tem sim!

—Só assim ela vai deixar minha família em paz. – insisti. – E é tudo o que eu quero.

—Você quer me ver sofrer também?

—Ah, pare com essa enrolação e vamos logo que Tifanny está esperando. – estremeci ao ouvir seu nome.

Virei-me na direção do vampiro desconhecido e dei alguns passos indecisos. Eu estava apavorada, e triste que esse seria o meu fim. Morrer noiva, na festa de dezoito anos, e minha família ter que inventar alguma desculpa do que aconteceu para os meus amigos humanos. E para Derek também, infelizmente – ou felizmente – nunca saberia da verdade.

Puxei uma respiração tensa, me lembrando dos meus infinitos momentos com Ness que de repente se tornaram finitos. As vezes que ela pediu para a gente sair e eu recusei por preguiça. Ela nunca mais ouviria minha risada ou sairia comigo.

Fechei os olhos e sacudi a cabeça, me obrigando a parar de me torturar e seguir meus passos.

PDV Seth.

VAMOS, EDWARD, VENHA LOGO, VENHA LOGO! NÃO TENHO FORÇA PARA A PARAR E VOCÊ SABE DISSO! IMPEÇA SUA FILHA DE IR EM DIREÇÃO A MORTE. DROGA, EDWARD, CADE VOCÊ?

Lágrimas e mais lágrimas caiam cada vez mais com a cena a minha frente, e nada do Edward ou algum Cullen chegar. A mulher da minha vida caminhando em direção ao vampiro do mau. Sabe-se lá o que eles fariam com Carlie, porque matar quando você odeia é fácil demais. Não, com certeza iriam tortura-la.

—Não!

Uma respiração que eu nem sabia que segurava se soltou ao ouvir um rosnado rasgando a garganta de Edward. Sua forma vampiresca voou porta a fora e agarrou Carlie pela cintura, a trazendo para o lado seguro da briga fria. Aquilo tirou o aperto do meu peito, me enchendo de alívio.

—Pai! – ela protestou. – Você não entende? Ela nunca vai nos deixar viver em paz enquanto não me ver morta! Eu preciso ir!

—Você não vai coisa nenhuma! – Bella quase gritou.

E então vi que todos os Cullen, tirando Alice, estavam do lado de fora, protegendo Edward e Carlie. Me juntei a eles, ajudando a bloquear a visão da minha amada daquele psicopata. Se fosse para lutar pelo meu amor, eu lutaria até o fim.

—A garota quer vir. Deixem-na fazer as decisões por ela mesma. – o vampiro começou a ficar desesperado quando percebeu a inesperada barreira.

—Não quando essas decisões a levam para o caminho errado. – Emmett disse.

—O que ainda está fazendo aqui? Sabe que para conseguir ela, terá que passar por todos nós primeiro.

Olhei para Esme chocado porque nunca a ouvi falar assim com ninguém.

—Eu ainda vou consegui-la. – suas últimas palavras, e de repente ele não estava mais ali.

PDV Carlie.

Meus olhos voaram para o chão.

—Carlie, você está bem? – papai foi o primeiro a me perguntar, e me abraçou sem esperar uma resposta minha.

Assenti. Naquele momento que ele se foi, eu percebi a burrada que eu quase fiz. Eu ia fazer minha família sofrer com a minha morte enquanto eles estavam tentando me fazer viver, me protegendo.

—O que estava pensando? – lá vem o sermão. – Ficou maluca? Você podia ter morrido!

—Por que você acha que eu estava me entregando, mamãe?

—Carlie. – tia Rose veio até mim e segurou minhas mãos. – Você não pode se entregar assim. Tem de lutar até o fim, e nós lutaremos por você.

Olhei novamente para o chão, constrangida.

Um silêncio pesado tomou conta da noite quando só era possível ouvir as batidas dos corações meu e do Seth.

—Temos que ir. – meu pai falou, quebrando o silêncio. – Os convidados estão procurando por vocês.

—Carlie! – a voz de Renesmee explodiu porta a fora. Jake saiu não muito depois, como se quisesse impedi-la, mas desistiu quando viu que estava tudo já tranquilo. Ela voou para os meus braços. – Oh, Carlie. Estava tão preocupada!

—Estou bem. – abracei a sua cintura.

—Tia Alice está preocupada. Falei para ela esperar lá dentro. Ela está falando com alguns dos convidados. Precisamos ir logo. Derek está perguntando de você. Ele falou que viu o seu “término” da dança com o estranho.

—Ah, droga, não Derek!

Esse nosso amigo é de uma perspicácia que me assusta.

—Vamos entrar. – ela puxou minha mão e me levou para dentro. Não olhei para Seth. Não sabia se ficava magoada ou agradecida com ele. Ele realmente ia me deixar em perigo daquele jeito?

—Carlie. – a voz de Derek surgiu atrás de nós.

—Hey! – exclamei me virando. – Onde você estava?

—Eu quem pergunto. – ele pegou minha mão, peguei a de Ness e o acompanhei até a parede, onde não tinha quase ninguém. – O que aconteceu? Eu vi aquele idiota com as mãos em você. Você está bem? Vi o jeito que você se afastou dele.

—Como você é um fofo, sabia? – apertei de leve sua bochecha, e ainda assim ficou uma leve marca vermelha em sua pele clara. – Ele é um idiota. Só isso.

—Mesmo?

—Ah, Derek, eu te falei. – Nessie revirou os olhos, entrando no meu teatro. – O que mais seria? Carlie sabe cuidar dela mesma.

—Se foi só isso, ok então. – sorriu para nós.

—Hey, a Gabriela veio. – no momento em que eu falei o nome dela, ele ficou visivelmente nervoso. – Por que não vai lá falar com ela? Sei que gosta dela.

—É. – ele abaixou a cabeça, corando. – Ela é muito legal. Umas das únicas garotas amigas minhas. Tivemos muita afinidade.

—Eu te mato se nos trocar. – Renesmee falou séria, apontando um dedo em sua direção.

—Ahh, vocês são diferentes. – abraçou nós duas ao mesmo tempo. – Vocês são minhas irmãs mais novas.

—Somos três semanas mais velhas. – revirei os olhos.

—Mas o homem foi feito para proteger a mulher, então isso me faz irmão mais velho.

Contive minha língua ao pensar que Ness e eu conseguiríamos o proteger da maioria dos perigos naturais – e também sobrenaturais.

Ed Sheeran - Perfect

Renesmee revirou os olhos, e mudou de assunto.

—Chame-a para dançar.

—Com que cara eu vou chamá-la para dançar?

—Com essa cara que você tem. – apertei suas bochechas outra vez, vendo seus olhos claros demonstrarem irritação.

—Au! – ele exclamou, esfregando seu rosto. Segurei-me para não rir dele, enquanto Ness riu alto sem querer disfarçar. – Você me trata como se eu fosse anos mais novo do que vocês.

—Te vemos como um irmão mais novo.

—E também não somos mais velhas que voc-

Ela se interrompeu percebendo estar falando demais.

—Como? – perguntou ele desnorteado.

—Vai logo dançar com a garota. – o empurrei em direção dela.

Droga, Ness, sério isso? A queimei com o olhar.

Eu sei, foi mal. Ela gemeu internamente.

Ele parou dois passos depois, puxou uma respiração funda e foi até seu encontro. Ela se virou, surpresa e sorriu quando o viu.

Juntei as mãos, feliz por ele ter superado essa vergonha.

—Me concede essa dança? – uma voz do meu lado me surpreendeu.

—Claro. – coloquei minha mão por cima da sua. Me deixei ser guiada pela pista de dança, deixando Ness para trás. – Não sei se fico chateada ou agradecida com você, Seth.

—Por quê? – ele colou meu corpo ao seu, e tive que usar as minhas forças para não me derreter.

—Você realmente ia me deixar ir para aquele vampiro?

—Não. – falou ele. Vi em seus olhos que ele não estava mentindo; mas a sua afirmação me deixou confusa. – Eu avisei ao seu pai. Eu sei que não sou mais forte do que você, e claro que eu não posso revelar meu segredo para ninguém. – sua voz se encontrava ao pé do meu ouvido, falando baixinho para a nossa conversa ser alheia aos ouvidos humanos. – Eu me transformaria sem pensar duas vezes para salvar a sua vida, mas entre me transformar e confiar no seu pai, o mais seguro foi a segunda opção.

Um peso saiu dos meus ombros, e eu nem sabia que o tinha. Mesmo o pedindo para me deixar ir, meu coração ficou mais leve ao ter a certeza de que ele não o faria tão fácil.

—Eu gritei em meus pensamentos pelo seu pai. – continuou, seus lábios roçando minha pele sensível abaixo da orelha, e eu quase não tinha poder de concentração. – E também, você sabia que quando o imprinting te ordena algo, é uma obrigação? Mesmo que seja a coisa mais horrível do mundo? Mesmo que seja para matar o presidente dos Estados Unidos? A gente faria tudo por vocês, e quando eu digo tudo, é tudo mesmo.

Sem dizer nenhuma palavra, o abracei.

—Ahhh, – suspirei descansando a cabeça em seu ombro, enquanto sua mão acariciava meu cabelo. – da mesma forma que eu queria que você me deixasse ir, eu queria que me impedisse.

—Sei disso, amor. Te conheço. Sei que você não queria ir, e estava se sacrificando porque achou que iria fazer bem à sua família. Mas nunca mais pense assim. Ninguém iria suportar te perder. Muito menos eu.

Obrigada por me amar tanto. Sussurrei em sua mente, já que eu estava um pouco fraca tentando segurar o choro e desfazer o nó na garganta. Aos poucos foi cessando.

—Obrigada por aceitar a se casar comigo.

Ri acanhada.

Foram seus últimos pensamentos antes de meu pai interromper.

—Hora da dança. Vocês escolhem, com o namorado, pai, ou a de vocês? Renesmee prefere com os namorados.

—Por mim tudo bem. – dei de ombros.

—Ok. Vou combinar a música com Emmett, e Alice está te esperando no quarto para a troca de roupa.

—Estou indo. – assenti.

—Feliz aniversário, docinho. – ele me capturou nos braços antes que eu pudesse me afastar.

—Obrigada de novo, papai. – falei o fazendo rir. Todos os meus familiares que deram feliz aniversário umas mil vezes, cada um.

—Me desculpe, mas é que é difícil para mim. – ele se afastou e segurou minhas mãos. – Ontem mesmo você era pequenina e hoje já... acho que não vou entrar em detalhes. – finalizou ao ver a água salgada em meu olhar.

—Obrigada. – dei um sorriso forçado. Eu não queria ficar tão emocionada hoje.

—Vou lá e já volto para chamá-los.

E se foi.

Ainda não contou a ele?, perguntei quando ele estava fora de vista.

Achei que ia querer contar, ele deu de ombros, se você quiser eu falo, não tem problema.

Eu falo, concordei.

—A decisão é toda sua. – ele me deu um selinho. Sorri. Isso era um sonho? Seth realmente me pediu em casamento? Eu estava com ele? Eu era seu imprinting? Ele me amava mesmo? Parecia tudo surreal. Eu tinha tanta sorte pela minha vida. Pela minha família. Meus amigos. Meu amor. Tudo.

Fui para o quarto da mamãe e nos trocamos.

(Vestidos 3)

Descemos de encontro a Jake e Seth, e prendi a respiração ao nota-lo de smoking.

Quando você vai parar com suas tentativas de me dar uma parada cardíaca?

Pensei para ele descendo as escadas, sem a necessidade de uma resposta. Sorriu de orelha a orelha, deixando seus olhos cerrados.

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A música começou e a dança também. Tudo como planejado nas aulas de dança. Devo confessar que Seth se saiu muito bem, me deixando arrepiada com seus movimentos ágeis. A letra da música se encaixava em nossas vidas. Passamos por momentos difíceis - e continuamos passando - antes de nos consolidarmos juntos.

Depois dançamos com vovô e com papai. Intercalando no meio da dança. De certa forma me surpreendi com seus movimentos perfeccionistas, mesmo sabendo como eram perfeitos.

Olhar nos olhos castanhos dourado que me deram a vida foi especial durante aquela dança. Seu sorriso terno e seu olhar amoroso foi um relaxante para o meu corpo.

Te amo, papai. Para sempre.

Te amo, minha pequena.

Cortei a ligação ao que recebi um beijo na testa. A emoção me desestabilizou.

Após a dança terminar, fomos colocar a última roupa para a dança de irmãs.

(Vestidos 4)

 

Ruth B - Dandelions

 

Escolhemos uma coreografia que fizemos algumas gracinhas, como pedir a mão para a outra dançar e giros segurando a mão. A nossa cumplicidade que eu sempre amei em nós deixou tudo muito harmônico, e meu coração quase explodiu de felicidade com essa irmã que foi enviada do céu para mim.

PDV Renesmee.

Meu corpo explodia de adrenalina após a dança perfeita com a minha irmã. Amei cada segundo, e nossa cumplicidade tornou tudo perfeito.

—Ei, Ness. – Jake me chamou.

Ele conseguiu dançar comigo depois de muitos caras da escola após a dança. Senti seu ciúme de longe, e seu olhar não desgrudava de mim por nada. Eu podia dizer que não era tão relacionado a proteção em relação ao perigo. Bom, não perigo sobrenatural.

—Preciso falar com você.

Uma das frases que eu nunca gostava de ouvir porque me fazia pensar em tudo de errado que eu já fiz.

—O que eu fiz?

Ele riu de meu tom hesitante.

—Você não fez nada. É que eu queria te dar um presente.

—Um presente? – eu podia sentir meus olhos brilhando. Eu amava ganhar presentes. Ao contrário de minha mãe. Não sei o que tinha demais em ser presenteado. – O que é?

—Vamos para um lugar mais reservado.

Assenti e ele subiu as escadas comigo até chegarmos ao seu quarto.

—Então? O que é? – perguntei ansiosa.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, me deixando confusa. Em nenhum momento tirou os olhos do chão. Olhei em seu rosto tentando decifrar o que havia ali. Nervosismo. Franzi o cenho. Pouquíssimas coisas o deixavam nervoso.

Respirou fundo e tirou de sua gaveta uma caixa vermelha, logo em seguida me entregou sem dizer nada. Abri-a e lá dentro tinha uma bonequinha de pano. Achei uma graça.

—É linda, Jake. Vai para a minha prateleira de ursinhos.

Peguei-a delicadamente em minhas mãos e senti que havia algo duro e redondo dentro de sua barriga. Curiosa, apertei para ver o que ela falaria, e fiquei sem reação ao ouvir um “Quer casar comigo?” vindo dela.

—Jake... – sussurrei engasgada, e nada mais saiu de minha boca.

Quando levantei meus olhos para encontrarem os seus, ele estava aflito.

—Aceito. – respondi sem hesitar.

Um sorriso enorme brotou em seu rosto. Em passos largos, me pegou em seus braços e me rodopiou, me fazendo gargalhar. Segurei firme a boneca em minhas mãos para que não caísse.

Colocou-me no chão.

—Olhe nos bolsos. – ele sugeriu.

Eu sabia que ele se referia a boneca.

Enfiei os dedos no bolso da boneca, e senti algo redondo gélido contra minha pele. Retirei rapidamente, e vi duas alianças em minhas mãos.

—Jacob...

As alianças... tão lindas... eu mal podia acreditar!

—Jake, essas alianças... – o olhei chocada.

—Eu tinha umas economias minhas. – deu de ombros. – Eu sabia que um dia te pediria em casamento, fosse agora ou em dez anos. Então deixei um dinheiro separado para esse momento. Eu lembrei que você gostou dessa.

Sem nunca tirar um sorriso de seu rosto, as pegou e deslizou em meu dedo. Fiz o mesmo com ele, e a partir de agora, estávamos oficialmente noivos.

Engoli em seco, em choque.

—Ness. – fomos interrompidos pela minha irmã entrando no quarto. – Ah, desculpe. Atrapalhei alguma coisa?

—Jacob acabou de me pedir em casamento! – explodi meus sentimentos através da minha voz que subiu três oitavas no meu grito. Me afastei dele para a abraçar.

—Sério?! Que máximo! Agora somos nós duas!

—Seth te pediu em casamento também?!

—Sim!

—Ahhhh! – seguramos as mãos umas das outras e começamos a pular e a gritar.

—O que houve aqui? – a voz de Seth foi abafada pelos nossos gritos, que cessaram a entrada dele.

—Elas descobriram que as duas estão noivas. – Jacob explicou sorrindo.

—Tenho apenas uma preocupação. – a frase de Carlie fez meu sorriso desaparecer quase completamente. O que a deixaria tão preocupada em relação ao casamento? – Como daremos essa notícia ao nosso pai mais protetor do mundo?

Todos nós rimos. Ela estava coberta de razão.

PDV Carlie.

—Gente, acabei de ter uma ideia genial! – falei assim que ela veio a minha cabeça.

—O que? – Ness perguntou curiosa. Jacob e Seth me olhavam também, esperando pela resposta.

—E se a gente tivesse um casamento duplo?

—Meu Deus, vai ser demais! – minha irmã exclamou animada. Abraçamo-nos, felizes.

—Seria tão legal, seria um máximo! O que vocês acham, meninos?

—Acham do que? – a voz de meu pai assustou a todos nós. Pela sua cara, ele percebeu isso. – Carlie, Nessie, sua mãe falou que já podem tirar essas roupas. Alice escolheu uma roupa simples, segundo ela mesma, e está no meu quarto.

—Tudo bem. Obrigada, papai. – falei com intenção de que ele saísse.

Mas ele se encostou à soleira da porta com os braços e os tornozelos cruzados, nos observando.

—Obrigada, papai. – Renesmee repetiu.

—Não tem do que. – falou ele, mas não se moveu um centímetro. Meu pai estava lindo de terno preto e gravata. Quando ele ficava parado, parecia uma estátua perfeitamente esculpida.

—Tá legal, vamos logo, Carlie. – Renesmee pegou minha mão e me puxou pelo corredor e escada a cima.

Último vestido

—Que perfeito. – peguei o meu em minhas mãos e observei. Às vezes parecia que ela lia as nossas mentes.

—Não sei de qual troca mais gostei. – ela confessou.

—Nem eu, mana.

Trocamo-nos.

—Ficou lindo em você, se você tivesse pego o brilhante iria roubar o charme do seu ruivo. – comentei analisando seu look.

—Sim, por isso insisti para você ficar esse, o brilho combina com os seus olhos e seus cachos.

Nos abraçamos, felizes com o momento.

Alguém bateu na porta.

—Entre. – falamos ao mesmo tempo.

—Estão lindas, minhas netas maravilhosas. – vovô falou entrando. Seu sorriso tão feliz, assim como de nós todos. – Alice está esperando vocês para cortar o bolo. – ele veio até nós e nos abraçou. – Tão difícil acreditar que já estão completamente crescidas.

Rimos dele.

—Vovô, eu posso tirar uma dúvida? – perguntei e nos sentamos na cama.

—Quantas que você quiser.

—A gente pode... assim... hã... você sabe...

—O leitor de mentes aqui é o seu pai. – brincou com um sorriso descontraído.

—Isso é o que dá conviver com tio Emm. – Ness brincou também, balançando a cabeça. Rimos da verdade em suas palavras.

—Mas o que tem tanta dúvida, Carlie? – ele voltou ao assunto.

Respirei fundo. Já que havia começado, não sabia se queria ir até o fim.

—Nada. Esquece. – decidi ir por esse lado. Ele podia pensar besteira.

—Sabe que pode me perguntar o que quiser, né? – falou ele.

—Olhe, não pense besteira, ok? – me certifiquei, colocando alguns pensamentos meus em palavras. – ... a gente completamente crescida, podemos engravidar?

—Vocês estão grávidas? – ele perguntou atônito.

—Não! – exclamamos ao mesmo tempo, o deixando aliviado.

—Só curiosidade. – esclareci. – É que Seth sempre quis ter filhos, e estou com medo de que meu crescimento atrapalhe nisso para ele.

—Escute, meninas. Vocês duas são metade humanas e sempre serão. Seus corações batem em seus peitos. O sangue corre em suas veias. Vocês podem ter filhos mesmo sem crescer mais.

—Sério? – um sorriso cresceu em meu rosto. Seth sempre quis ter filhos e eu seria capaz de dar isso a ele.

—Isso é tão bom de ouvir. – Ness colocou meus pensamentos em palavras.

A gente conversou mais uns minutos e depois desceu. Cortamos o bolo e depois fomos para o canto conversar com Derek na rodinha de amigos. Em algum momento o assunto foi para o outro lado, e nós três ficamos “isolados”.

—Damon está querendo me ver quebrar a cara com a Gabriela. – ele falou cabisbaixo. – Quando eu finalmente tive coragem para beijá-la, ele me interrompeu.

—Ele é um idiota. – Renesmee afirmou. – Gabriela é inteligente, ela não vai dar bola para esse imbecil.

—Com certeza não, está vendo? Ele está tentando puxar assunto com ela, e ela está sendo educada, porém firme e se virando para a amiga dela.

Isso fez a feição dele se suavizar.

—Acho que vocês têm razão. Bom, preciso ir embora mesmo. Minha mãe pediu para eu não chegar muito tarde em casa.

—Ah, não pode ficar mais alguns minutinhos? – implorei.

—Não dá, gente. Eu realmente gostaria de ficar. Digam tchau para Bella, Alice, Esme, enfim. Para a sua família. A festa estava incrível.

—Espera. – pedi.

—A gente vai até a sua casa com você. – Renesmee falou meus pensamentos.

—E deixar vocês duas voltarem sozinhas? Não mesmo!

—Você se esqueceu da parte que eu não te perguntei. – retruquei, irritada com sua proteção. – Vou avisar algum parente nosso. Já volto.

Fui à procura de um membro da minha família. Fiquei aliviada quando vi meu avô.

—Hey, V... Carlisle. – o chamei e me repreendi com minha outra gafe.

Ele se virou para mim e sorriu.

—Querida, o que houve?

—Nada demais. Só vim avisar que Ness e eu vamos deixar Derek em casa, tá bom? Se Edward e Bella perguntarem, avise a eles para não surtarem.

—Sem problemas. – riu da minha frase.

Lhe dei um beijo e virei.

Eu sabia que em alguns minutos meus pais saberiam.

—Prontinho. Vamos.

Nos dirigimos para a saída de casa.

—Bella pode nos contar como é em Harvard, ela está estudando medicina na área que quer se especializar e fazendo residência no mesmo hospital que Carlisle e Edward trabalham. – puxei assunto enquanto virávamos a esquina.

—Pede para ela tirar um tempo para falar com a gente. – ele falou rápido. – Vai ser ótimo ter alguma referência.

—Espero que a gente fique na mesma faculdade. – Renesmee comentou.

—Também espero. – Derek concordou. – Já pensou? Quem eu iria encher o saco se vocês fossem para longe?

—Gabriela pode ir para a mesma faculdade também. – provoquei.

—Isso não vai acontecer. – seu olhar voou para o chão de repente. – Ela disse que vai ajudar os pais na loja por um tempo, depois vai pensar em cursos.

—Escute, Der. – entrelacei meu braço no seu, e Renesmee seguiu meu movimento com o outro lado. Não era legal vê-lo assim, sendo que seu espírito era ser palhaço. – Se for para ser, vai acontecer.

—Mesmo que for antes da faculdade, durante ou depois. E se não for para ser, não fique a esperando. Conheça outras pessoas, ou foque apenas no estudo.

—Foi complicado para Seth e eu no começo. Renesmee e Jake também trilharam um caminho sinuoso até chegarem aqui.

—É, vocês foram arrumar dois namorados sinistros. – ele estremeceu. – Eles são irmãos?

Ness e eu rimos.

—Eles não fazem por mal. – expliquei para ele. – Eles são apenas protetores.

—Eles são da mesma tribo. – ela respondeu. – Não têm grau parentesco.

—Eles são índios? – falou surpreso. – E índios são musculosos assim?

—Você está em qual século, Derek? – revirei os olhos. – Índios podem vestir roupas igual nós, e podem malhar.

—Bom, só fiquei surpreso. – recuou ao ver que me ofendi.

—Me perdoa. – pedi, coçando a cabeça sem graça.

—Não tem porque perdoar, garota. – e me puxou para um abraço quando chegamos perto de sua casa. – Ah, deixei os seus presentes com Alice. – ele lembrou abraçando Ness.

—Tudo bem. – falamos juntas.

—Tchau, aniversariantes, deem um abraço na Bella por mim.

—Daremos.

Demos um beijo em cada lado de sua bochecha e ele riu.

E entrou.

Senti o ar e captei imediatamente o cheiro. Olhei para Ness de sobrancelha erguida, e ela também fungou o ar.

—Nos seguindo, stalkers? – ela provocou.

—Stalkers? – Seth perguntou saindo de trás de um poste de luz, e Jacob se levantando de trás de uma cerca.

Isso me fez rir.

—Estamos longe de ser isso.

—O que estão fazendo aqui? – falei cruzando os braços enquanto eles vinham até nós.

—Nós somos perfeitamente capazes de cuidar de nós mesmas.

—Querem apenas agradecer por termos um tempo para ficarmos com vocês sem seu pai vigiando?

Sorri enquanto Seth se aproximava e me dava um selinho. É. Seria bom ter um tempo a sós.


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