A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 23
Agora ela faz parte da família (E)




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Aproveitei que todos estavam no quarto de Ness ocupados com suas malas, e Leah na varanda estudando, fui arrumar meu cabelo.

—Ei. – chamei Mendy quando a vi passar pelo corredor. Desliguei o secador, sentindo meus cachos secos o suficiente. – Quer uma aula de montaria?

—Não, obrigada.

—Tem medo de cavalo?

Ela hesitou, entrando em meu quarto.

—Um pouco. Uma vez um cavalo correu bem do meu lado no Texas, me derrubou com tudo no chão. Não me machuquei, mas fiquei com bastante medo de chegar perto de um depois disso.

Balancei a cabeça, compreendendo.

E logo comecei a ponderar sobre ela na nossa família. Se ela estava sendo adotada, logo ela perceberia alguma coisa errada. No nosso comportamento, modo de se esconder do sol.

—Vamos descer um pouco. – ofereci, pegando sua mão e a puxando comigo.

Na sala de estar, vovô estava lendo algum livro de medicina. Tio Jazz um livro da Guerra Mundial. Tia Alice e tia Rose estavam desenhando, dessa vez um lindo vestido. Papai estava com a mamãe mexendo no celular. Tio Emmett estavam com Brady, Collin, Quil e Embry assistindo um jogo que passava.

—Estudando medicina, vovô? – perguntei curiosa.

Ele me olhou e sorriu.

—Mesmo que você estude mil anos, você nunca vai saber completamente tudo sobre isso.

O olhei perplexa. Era impossível! Ele era ótimo nisso, como ainda não sabia de tudo?

—É impossível você não saber de tudo. – afirmei, e ele sorriu doce para mim, agradecido.

Respirei fundo, incerta sobre começar o assunto.

—Pessoal. É... Eu estava pensando... Já que Mendy vai fazer parte da família... – tia Rose sorriu quando ouviu essa parte. – Ela podia saber sobre nós.

Tia Rose ficou tensa por um momento, mas tenho certeza que ela não ia ter raiva da Mendy por ser uma humana que sabe sobre o nosso segredo. Tia Alice ficou pensativa. Tio Emmett observava cautelosamente a reação da tia Rose. Vovó e vovô estavam tendo uma conversa silenciosa no olhar. Papai prestando atenção nos pensamentos deles. Eu sabia pelo seu olhar que estava distante. Mamãe o olhava, assim como Embry. O resto apenas observava.

—É. Eu acho justo. – tia Alice falou depois de um momento de silêncio.

—O que eu preciso saber? – ela perguntou, perdida.

Olhei para meu avô, em busca de apoio. Ele consentiu.

—Vovô Carlisle saberá explicar melhor. – falei, a deixando perplexa ao chamar um homem tão jovem de avô.

PDV Mayra.

Senti minha cabeça rodar. Ela acabou de chamar aquele homem de no máximo vinte e cinco anos de avô?

—Você já ouviu falar de vampiros? – ele começou.

Sua beleza ainda me era estonteante, embora eu não sentisse nada de atração por ele. Era apenas... excepcional demais para qualquer pessoa. Seus cabelos loiros perfeitos num topete elegante, seus olhos – e de todos os outros – num castanho dourado magnífico. Sua pele pálida parecia mármore de tão perfeita.

—Já. – falei confusa. – São muitas lendas diferentes. Ou eles viram pó no sol, ou queimam, e dormem em caixões. Nada muito concreto.

—Exato. Mas nós somos diferentes. Não saímos ao sol porque saberiam que nossa pele é diferente dos humanos. Também não precisamos dormir em caixões. Somos velozes e muito mais fortes que um de vocês.

Senti minha pele empalidecer. Minha pressão estava caindo? Como assim “nós”? Ele estava falando dele e dos outros?

—Sim. – Edward respondeu. – Somos vampiros.

Em meio à surpresa, fiquei confusa. Não me lembrava de ter dito algo em voz alta.

—Porque você não o fez. – continuou. – Eu leio mentes.

Antes que meu choque estabelecesse em mim...

—Eu posso ver o futuro. – Alice prosseguiu.

—Eu consigo manipular suas emoções. – Jasper falou, em seguida eu me senti reconfortada.

—Uau. – sussurrei, ainda sem esboçar muita coisa.

—Emmett tem uma super força. – Edward continuou – Forte até para um vampiro.

Meu pai sorriu para mim, carinhoso. E ali eu realizei: não tinha como eles serem ruins. O meu pressentimento me gritava que eles eram bons.

—Uau. – foi só o que consegui dizer. Como eu fui parar no meio de uma família de vampiros?!

—Ness e eu somos filhas biológicas de Edward e Bella. Mas vampiros não podem ter filhos.

—Como assim...?

—Nós fomos concebidas quando ela ainda era humana.

—E como você já faz parte da família, não precisa mais trabalhar. – Carlisle falou.

—Oh meu Deus. – quase gritei, me levantando de forma brusca. – Me esqueci completamente, meu chefe vai me matar e...

—Ei, calma. – ele me interrompeu – Eu já resolvi isso. Você não trabalha mais.

—Como assim?

—Como já dissemos, – Carlie falou – você faz parte da família.

—Bom... – hesitei – Então tudo bem.

—Falamos sobre vampiros, e ela surta com o trabalho. – Edward brincou, deixando o clima mais leve ao que todos riram.

Olhou para Embry como se pedisse permissão. O mesmo balançou a cabeça para cima e para baixo sutil.

—E já ouviu falar sobre lobisomem? – Carlisle perguntou.

—Lobisomens? Quem são?

Como um click na minha mente, meus olhos voaram para Embry. Foi para ele que Carlisle pediu permissão.

—Collin, Brady, Quil, Leah e Embry. – foi apontando para cada um por vez, e eu seguia com o olhar. Parei nele, percebendo aflição em seus olhos.

— Seth e o Jacob também são. – Carlie se intrometeu. – Os outros na praia, Paul e Jared. Também tem Sam, aquele que visitamos a casa no dia que fomos até La Push.

—Deixa eu tentar assimilar... eu estou no meio de uma família que tem lobos e vampiros?

Era uma informação... bem, pesada. Meu cérebro não estava conseguindo absorver isso. Era demais. Muito surreal. Fantasioso.

—Bom, é. – Carlie disse – você está bem? – ela perguntou.

—Acho que sim. Só preciso de um pouco de ar. – falei me virando sem esperar que ninguém dissesse nada.

Era bom sentir o vento em meu rosto, minha nuca e cabelos. Estava começando a ficar suada de tão nervosa.

Embry um lobo? Não pode ser! Ele parecia tão normal. Claro que com essa revelação agora tinham muitas perguntas em minha mente. Não só sobre ele, mas a metade é vampiro, a outra metade lobo e duas meias vampiras?

Que tipo de lobisomem era Embry? De lua cheia? Tinha que ter correntes o segurando para o conter? Ou isso era apenas lenda?

A esse ponto eu já estava longe da casa, e agradeci que o imenso quintal era todo iluminado. Não dava para perder a casa de vista.

—Ei, Mendy. – ouvi Embry me chamando e me virei a tempo de vê-lo correr até mim. Carregava um moletom em sua mão. – Achei que estaria com frio.

—Obrigada. – agradeci, sentindo meus dentes trincarem com a temperatura.

Ele respirou fundo.

—Você... Está com medo?

—Consegue ser mais exato?

Hesitou. Ele parecia estar ainda com aflição.

—De mim. – finalmente falou.

—Não, na verdade não. – falei franzindo o cenho. – Só fui pega de surpresa. Quem diria que um esbarrão com uma amiga na rua me traria até aqui, não é?

Rimos.

—Você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. – ele disse de uma forma intensa e quase engasgou quando percebeu o que disse. Me senti muito sem jeito. – Quero dizer... Eu... – ele abriu a boca para falar algo, mas nada saiu.

—Não precisa dizer nada. – o acalmei, lisonjeada – De qualquer maneira, isso não muda o que sinto por v... – ele pareceu surpreso e eu pigarreei. – Isso não muda em nada a nossa amizade.

—Que bom. – ele parecia decepcionado, apesar de suas palavras.

Ficamos calados por um momento, sem dizer nada. Suspirei tentando me acalmar, eu estava muito nervosa.

Começamos a andar para perto do estábulo.

—Então, – comecei – você é um lobo, certo?

Ele assentiu.

—Tipo, de lua cheia?

Riu, parecia prever essa minha pergunta.

—Não. Posso me transformar quando eu quiser.

—Como assim? Tipo, quando você quer mesmo?

—Sim. Nós todos somos assim.

—O namorado da Carlie também é. – comentei mais para mim mesma. – Ex namorado. – me corrigi.

—Sim – ele assentiu.

—Bom... Tem mais algo em que eu preciso saber?

—N-não. – ele gaguejou. – Não que eu saiba.

—Como assim? – indaguei, confusa. – Você é um lobo e não sabe o que tem a me contar?

Ele encolheu os ombros sorrindo timidamente e eu ri.

—Hã, então podíamos procurar saber mais um do outro. – falei.

—Boa. – concordou, animado. – O que quer saber?

—Ahm... – o que eu poderia querer saber dele?... Tudo? – Cor preferida?

—Verde. E a sua?

—Vermelho. – respondi automaticamente. – Animal preferido?

—Cachorro e você?

—Idem. – falei feliz por termos algo em comum. – Mas tenho medo.

—Por quê? – ele franziu o cenho. Suas sobrancelhas num reto perfeito.

—Eu já fui mordida por um quando eu era pequena. Agora eu tenho pavor.

—Uau. Você tinha quantos anos?

—Acho que uns sete. Nem era tão pequena.

—E de lobo? Você tem medo? – ele perguntou, seu olhar intenso sobre mim.

—Eis algo que preciso descobrir. – insinuei, e ele percebeu, pois sorriu atrevido.

—Prometo que assim que possível te levarei para dar uma volta.

Meu coração acelerou com sua declaração. Seu olhar voou para o meu peito por um instante.

—Consigo ouvir seu coração acelerado. – respondeu meu olhar. – Temos super audição também. E sinto o cheiro de lavanda do seu shampoo.

Sorri, corando.

Ficamos conversando mais um pouco.

PDV Carlie.

Já estávamos todos acomodados na casa. Minha mãe tinha ido para La Push falar com Jake e meu avô. Ela conseguiu convencer papai de não ir junto, e de alguma forma ele aceitou. Bem, minutos depois que ela saiu, ele disse que iria chegar a área e se foi também. Óbvio que ele foi atrás da mamãe. Sempre protetor com nós três. Qual é? Ela é uma vampira e Jake não ia machucá-la.

Nessie foi dar uma olhada em Tynson, sua égua marrom. Não teve tempo de dia, então estava o fazendo a noite antes de dormir. Fingi não perceber que era um pretexto para chorar longe dos nossos olhares.

Vovô devia estar em seu escritório junto com minha vó. Tia Alice fazendo algumas decorações pela casa, de acordo com os nossos gostos.

Tia Rose e tio Emmett tiraram um tempo para conhecer Mendy melhor. Logo ela iria ser tornar uma vítima da minha tia maníaca por compras. Collin, Brady, Embry, Quil estavam conversando com Claire na varanda da frente. Leah, como prometi, estava enfiada no quarto de Renesmee estudando.

Suspirei. Logo eu iria para lá também. A gente queria que fosse uma eterna festa do pijama. O chão estava cheio de colchões de solteiro, um para cada um. Bom, Ness e eu iriamos dormir em sua cama, claro.

No entanto, cá eu estava, deitada na minha cama, pensando na vida. Eu achei que estando com o Seth eu ficaria feliz, já que ele teve imprinting por mim, mas nem isso o impediu de ser desonesto. Eu pensava que ele me amava incondicionalmente como eu o amava, mas eu estava errada.

Eu tinha que dar um jeito de esquecê-lo. De esquecer seus beijos, suas caricias, seu corpo perto do meu. Seu calor, seu cheiro simplesmente irresistível e amadeirado, seus olhos castanhos, seu cabelo macio...

Fechei os olhos com força, me obrigando a parar de pensar nele.

Tentei lutar contra as lágrimas, mas elas encharcaram meus olhos, logo em seguida escorreram pela minha face.

PDV Bella.

Já era de manhã quando pisei em La Push. Havia pegado meu pai em casa bem a tempo de vê-lo saindo para trabalhar. Lhe expliquei nossa situação, e ele ficou muito chateado por não ter se despedido das meninas. Mas entendeu.

Agora restava Jake. Não sei se Seth contou sobre nossa mudança, e por isso falar pessoalmente com ele era uma boa ideia. Eu conhecia o temperamento do meu amigo.

Fiz Edward ficar em casa, prometendo que iria ficar bem. Sabia que ele ficaria preocupado de qualquer forma. Só que Jake nunca iria me machucar. Entretanto com certeza iria ficar magoado.

Eu passei por algumas árvores que eu já conhecia. Eu já estava chegando lá. Fui até sua casa e bati na porta.

—Ei, Bells. – Jake me cumprimentou sorrindo.

—Oi, Jake. – sorri de volta, recebendo um abraço quente. – Eu tenho que conversar com você.

—Claro. Aconteceu algo? – ele perguntou preocupado.

—Ãn...

—Nessie está bem? – seu tom mudou para um leve desespero.

—Vamos a algum lugar melhor para conversarmos.

—Claro, vamos. – vi que por trás de sua máscara, ele estava impaciente.

Fomos à floresta atrás de sua casa.

—Bella. – suplicou. – Nessie está bem?

—Ela está bem. – falei e ele suspirou de alívio. – Mas não aqui.

Jake riu sem humor.

—Como assim ela não está aqui? – sua voz era séria.

—Fomos para Nova York. – soltei de uma vez. Ouvi seu coração vacilar e depois acelerar.

—Como assim em Nova York, Bella? – ele perguntou, mas não me deu chances de responder – O que diabos vocês estão fazendo lá? Você não me disse nada. E pelo que você falou... – ele se interrompeu.

—Ela já foi. – terminei sua frase.

—Não acredito, Bells. Não acredito que você vai fazer isso comigo de novo.

Seu rosto estava ficando transtornado.

—Mas não fui eu que quis, Jake. – tentei explicar. Era difícil lidar com o temperamento dele. – Ela e a Carlie, foram com os meninos. Eu não decidi nada.

—Por isso que eles estavam lá tão tarde. – ele disse como se fosse o óbvio.

—Elas pediram para manter segredo. – confessei, parecendo que eu estava falando sobre um crime que cometi. Ele ainda era meu melhor amigo, e fazer isso parecia uma traição.

—E por que não me disse nada? – ele perguntou, pasmo.

—Tente entender, Jake – tentei acalmá-lo, já percebendo seus braços tremendo. – Ela está muito magoada.

—Mas você devia ter me avisado. – ele falou entre dentes.

Isso me fez enxergar vermelho. Seu egoísmo já estava me dando nos nervos.

—Ah, claro. Vou fazer a sua vontade por cima da de Renesmee. – devolvi, e revirei os olhos. – Eu jamais iria trair a confiança delas. Renesmee nem ao menos quer falar comigo. – falei meio cabisbaixa.

—Aonde é essa fazenda? – ele perguntou como se eu não tivesse dito nada.

—Em Nova York. – repeti.

—Bella, qual o endereço desse lugar?

—Eu não vou te contar. – contestei, no mesmo tom. – Ela se foi sem te avisar porque não te queria perto!

Me arrependi na mesma hora que falei. Nunca vi tanta dor em seu rosto desde a vez em que fomos para minha ilha.

—Olha, Jake... Eu sinto muito. Eu só vim dizer isso.

—Bells, não faça isso comigo. – ele implorou, tremendo violentamente.

—Jake, se acalme ok? Você pode perder o controle...

Mas era tarde demais. Ele explodiu em lobo e eu só vi ser arremessada longe, mas antes que eu alcançasse o chão, senti braços me pegando.

—Eu disse para não vir sozinha. – ele falou duro.

—Edward! – exclamei – O que você faz aqui?

—Por esse motivo. – ele me respondeu, e fez uma pausa antes continuar. – Eu sei que você só fez isso para não a machucar – ele respondeu a Jake.

—Jake... – tentei falar, mas o lobo saiu correndo antes que eu pudesse prosseguir. – Jake! – gritei, em vão – Tenho que ir atrás dele.

—Não. – Edward foi a minha frente, impedindo a passagem – Você não vai.

—Edward, ele deve estar magoado, eu tenho que ir. – tentei passar por ele, porém fui impedida.

—Ele quer ficar sozinho.

Suspirei.

—Tudo bem. – me rendi, me sentindo mal pelo meu amigo. – Vamos voltando, então.

PDV Carlie.

—Seu pelo está ficando sujo. – comentei, incomodada.

Tive uma noite de sono horrível, mas ainda assim levantei mais cedo que o resto e fui para o estábulo.

—Está dizendo que negligencio a lavagem dos animais? – William brincou, me fazendo sobressaltar. Não sabia que estava tão perto.

—Ele não tinha que estar mais limpo? – perguntei, sem intenção de ofender.

Riu de mim, me fazendo relaxar de alívio.

—Hoje é dia de lavar ele, na verdade. É exatamente essa hora...

Me lançou um olhar desconfiado.

—Está vigiando meus horários de trabalho, Cullen? – apesar disso, tinha um sorriso lindo em seus lábios. – Não que eu reclame, sabe?...

—Engraçadinho. – torci o nariz em sua direção, de brincadeira. – Eu só... não dormi bem. E decidi me levantar logo.

—Algo te incomoda? – perguntou, sem fazer contato visual. Foi mexer no Employee.

—Sim. – admiti em meio a um suspiro. – Mas não quero falar sobre isso. Posso ajudar a dar banho nele?

Seu sorriso parecia... que ganhou o dia.

—Seria uma ótima companhia.

Sorri de volta, sem conseguir desviar daquele olhar profundo.


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