Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 15
Três conselheiros


Notas iniciais do capítulo

Bem, não demorei tanto quanto da ultima vez não é?
Espero que gostem do capitulo.
Boa leitura.



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23 de Dezembro de 1963

Com um último olhar em torno de seu dormitório foi que ela levitou seu tronco e fez seu caminho para baixo através das escadas da torre da Grifinória. Ela faria apenas duas breves paradas antes de seguir para fora do castelo sendo para deixar sua mala com a bagagem dos outros alunos e para dizer adeus a seus amigos que estavam hospedados na escola.

Como Mary Elizabeth que ficaria durante as festas porque seus pais tinham ido visitar seu irmão mais velho em Nova York. Só que quando chegou para falar com ela no salão comunal viu que havia outra pessoa conversando com a garota e para a surpresa de Molly foi que ela reconheceu se tratar de Arthur.

O rapaz ruivo estava sentado sobre a mesa de estudos naquele salão que se encontrava quase que totalmente vazia se não fosse por ele e suas companheiras de casa. Molly assim que os viu tentou se manter longe de vista e retornou alguns degraus mesmo assim foi possível ouvir o fim da conversa.

_ Tem certeza de que quer ficar aqui na escola? – perguntou Arthur – pode passar as festas comigo e minha família porque como minha mãe sempre diz na casa dos Weasleys sempre há espaço para mais um.

_ É muito gentil de sua parte Arthur só que eu prefiro ficar aqui na escola mesmo – disse Arthur – Não me importo em passar sozinha as férias de natal e também não sei se me sentiria a vontade entrando de penetra a ceia de vocês.

_ A oferta ainda esta de pé caso mude de ideia – falou Arthur – só tem se apressar um pouco antes que as carruagens comecem a sair para ir à estação – a garota negou com um aceno de cabeça e o rapaz assentiu parecendo aceitar a decisão dela – Nós nos veremos em Janeiro - então o ruivo se levantou – vou indo agora combinei de encontrar com o Billius para pegarmos uma mesma carruagem – ele já ia se afastando quando se voltou para olha-la sobre o ombro – Boas festas Mary Elizabeth.

_ Para você também Arthur – disse Mary Elizabeth.

Então quando o rapaz já havia desaparecido pela passagem da mulher gorda foi que Molly desceu os degraus das escadas do dormitório feminino e foi ao encontro da amiga que sorriu para a ruiva quando ela tomou um lugar a sua frente.

_ Eu vim lhe desejar boas festas – disse Molly então puxando um embrulho das vestes – E lhe entregar seu presente de natal – E morena aceitou o pacote da amiga então as duas se abraçaram e se separando algum tempo depois – Quer que eu fique com você? Ainda a tempo de decidir.

_ Não seja boba Molly – falou Mary Elizabeth – Eu irei ficar bem por aqui sozinha além do mais não iria me perdoar por privar você de passar as festas ao lado de sua família – ela fez uma pausa - Até porque ano que vem seus irmãos vem para Hogwarts e quero que gostem de mim não que me vejam como a garota que impediu a irmã deles de passar o natal em casa.

_ Então iremos nos ver apenas quando retornar – disse Molly – Irei mandar um cartão de natal via coruja talvez o faça até cantar – as duas riram - Aprendemos um feitiço desses no Estudos de Magia Domiciliar.

_ Eu estou nessa classe lembra? E espero realmente que você saiba cantar diferente da nossa professora – disse Mary Elizabeth – Então se você fizer isso eu também irei te mandar um junto com seu presente que ainda não comprei.

_ Estarei aguardando – respondeu Molly parando de rir aos poucos ao lado da amiga.

_ Ele esta aqui antes de você aparecer – disse Mary Elizabeth.

_ Quem? – perguntou Molly tentando disfarçar.

_ Ora, quem você acha? – disse Mary Elizabeth – o Arthur é claro.

_ Ah, é mesmo? – falou Molly fingindo não se importar.

_ Você viu – disse Mary Elizabeth.

_ Não – respondeu Molly rindo sem jeito – Por que eu saberia disso se nem estava aqui?

_ Por que você estava espionando? – falou Mary Elizabeth – Vamos lá – ela se levantara de seu lugar - não precisa mentir para mim.

­_ Eu o vi então voltei atrás porque não queria encontra-lo – respondeu Molly e Mary Elizabeth revirou os olhos – Apenas quero evitar este clima estranho que vai ser colocado entre nós dois se acontecer.

_ Clima estranho? Não sei se você ainda entende como estão as coisas Molly só que esse clima estranho já estar no ar a dias - disse Mary Elizabeth – desde o dia seguinte a briga de vocês as coisas não tem sido como eram porque duas pessoas que se gostam tanto apenas pararam de se falar.

_ Nossa amizade acabou – respondeu Molly com pesar – Não tem mais volta.

_ Só se você não quiser – disse Mary Elizabeth – Aquele garoto está péssimo porque você o esta evitando ou o ignorando e sei que também não esta bem com isso Molly porque por mais que tente parecer forte sempre não é como se conseguisse se transfigurar em pedra para suportar tudo – ela se aproximou – você é uma das melhores pessoas que conheço então dê uma chance para Arthur se redimir.

_ Eu não sei se posso... – falou Molly – a briga foi horrível.

_ Sim só que foi apenas uma – respondeu Mary Elizabeth – não deixe algo tão belo quanto o que há entre vocês dois acabar assim – ela pegou a mão da amiga – Por favor, apenas pense nisso durante esses dias é o que te peço.

_ Tudo bem – disse Molly – Só não eu irei prometer nada.

_ Já é um começo – falou Mary Elizabeth.

_ Feliz natal Mary Elizabeth – disse Molly.

_ Feliz natal para você também Molly – respondeu Mary Elizabeth.

...

Então Molly chegou ao lado de fora do castelo encontrando aquela imensidão branca que a neve havia formado durante os últimos dias durante as noites em que os flocos de neve caiam. Naquele dia a neve caia fracamente só que seus flocos dançavam com a brisa que o vento soprava naquelas altas montanhas da Escócia.

Alguns flocos de neve se armazenavam em um pouso nas suas vestes de inverno. Enquanto a garota fazia seu caminho para os portões da frente para pegar uma das carruagens vazias assim que ela parara ali. Alguns segundos antes da carruagem partir foi que ela tornou a parar e a porta se abriu para uma nova ocupante.

Molly apenas reconheceu a garota quando ela removeu seu gorro e desembrulhou o cachecol da lufa-lufa que lhe envolvia o rosto além do pescoço. Para certo incomodo da ruiva foi que ela identificou se tratar de Amélia Bones que estava ali frente a frente com ela.

Naqueles últimos meses a lufana tinha se aproximado de Arthur e aquilo tinha incomodado Molly que estava se sentindo traída mesmo sem nenhum motivo aparente afinal nem estava falando mais com Arthur então não havia motivo para que se doesse pelo simples fato de vê-lo com outra garota.

Amélia assim que viu que se tratava de Molly sentiu algum desconforto também. E a carruagem partiu em movimento com aquele clima silencioso apenas quebrado pelo som que as rodas faziam enquanto traçavam seu caminho. Molly evitava olhar para a garota preferindo fitar a paisagem através da janela enquanto Amélia lia algum livro que havia trazido consigo. Foi assim por alguns minutos até que a lufana decidiu por um fim aquilo e fechou seu exemplar de politica magica dando um fim a leitura para poder encarar Molly que também desviou o olhar para a outra garota.

_ Por que você parou de falar comigo? – perguntou Amélia Bones.

_ Desculpe-me? – disse Molly sem entender.

_ Durante o primeiro ano eu e você tínhamos estabelecido com as garotas um grupo – respondeu Amélia – Só que de repente você parou de falar comigo e com isso as garotas também pararam então eu fiquei sozinha por um tempo além de bastante mau com isso.

_ Olha... Eu realmente sinto muito por isso – disse Molly – Mas parece que você superou e fez novas amizades – ela tornou a fitar a janela – Só quero que saiba que nem ao menos me lembro o que causou nosso afastamento – a ruiva havia mentido afinal ela se lembrava muito bem do que era.

_ Não mesmo? Eu me lembro do motivo – respondeu Amélia – foi por causa do que eu tinha falado sobre você andar com o Arthur – e a garota voltou a fita-la – E acredito que tenha mentido sobre não lembrar porque sei que algo assim não iria esquecer tão fácil – a ruiva ficara em silêncio – Eu sabia... Você se lembra.

_ E se eu me lembrar? – falou Molly – Isso não faz muita diferença.

_ Claro que faz – disse Amélia – percebeu a ironia aqui? Você se afastou de mim porque eu te falei que não era bom andar com o Arthur – ela se ajeitou em seu lugar - E quando você se afasta dele é quando eu começo a andar com ele – ela erguera uma das sobrancelhas – Isso é muita ironia do destino não acha?

_ É – falou Molly seriamente - pode ser... Só não sei aonde quer chegar

_ Dá para tentar ser mais gentil? Olha, sei que pode estar incomodada comigo e lhe dou muita razão para isso só que eu não quero o seu mal Molly – disse Amélia – A verdade é que eu estava enganada aquela época em dizer para que se afastasse do Arthur e me sinto muito boba por ter jogado nossa amizade fora por causa de uma opinião boba sobre alguém que eu mal conhecia.

_ Certo – falou Molly – Eu deveria desculpa-la?

_ Eu não estou me desculpando – disse Amélia – Estou dizendo que estava errada assim como você esta por ter se afastado de Arthur – e antes que Molly abrisse a boca para argumentar – Eu sei o que aconteceu. Esta bem? E sei que tem seus motivos só que tem que levar em consideração o momento e o como ele se sentia. Pessoas as vezes dizem coisas quando estão nervosas ou magoadas.

_ Eu também me magoei naquele dia – falou Molly – às vezes palavras machucam bem mais do que maldições imperdoáveis – e houve uma pausa em que a ruiva tentava conter as lagrimas – mas você deve estar feliz não é mesmo? Viu o garoto ótimo que é Arthur e agora esta com ele.

_ Como? Espera, você pensa que esta havendo algo entre mim e Arthur? – perguntou Amélia surpresa – Oh, Molly... – ela esticara o braço para que pudesse colocar sua mão junto da amiga só que a ruiva se encolheu para trás – Não sei como dizer isso só que...

_ Por favor, não... – disse Molly – apenas cale a boca porque eu não preciso de você jogando a verdade na minha cara – então Amélia Bones começou a rir – O que há de engraçado?

_ Eu e Arthur somos apenas amigos – falou Amélia – Não há nada entre nós que não seja amizade.

_ Mesmo? – questionou Molly.

_ Palavra – disse Amélia erguendo a mão.

_ Mas vocês parecem ter algo a mais – falou Molly – as pessoas começaram a dizer que...

_ Olha, a maioria do que as pessoas fazem de fofoca em Hogwarts não é verdade – disse Amélia Bones – tudo vem de pessoas que gostam de destorcer fatos para ver os outros falarem e comentarem por algo que não existe – ela ajeitou sua saia – sabe alguém que gosta de fazer isso? Uma garota da sonserina do sexto ano chamada Rita Skeeter. Não importa o que ela lhe diga pense duas coisas antes de acreditar.

_ Eu não sei o que dizer – disse Molly – Digo... – ela tossiu - Vocês são tão próximos que eu supus que estivesse tendo algo entre... – ela fez uma pausa – Oh, como eu fui uma boba por acreditar em fofocas como esta.

_ Eu e Arthur somos amigos apenas isso – disse Amélia – tudo aconteceu a partir do momento em que vi que ele poderia ser muito mais do que o garoto que gosta de coisas dos trouxas e isso foi quando num desses dias a alguns meses atrás ele ajudou meu irmão – ela fez uma pausa – Meu irmão Edgar, acho que se lembra dele... – Molly fez um aceno positivo com a cabeça - Então, num dia desses... Ele foi interceptado por uma dupla de sonserinos. Rodolphus Lestrange e o Evan Rosier pelo que vi eram os nomes deles... Garotos mais velhos que gostam de infernizar bruxos que não tem o sangue puro.

_ Sim, eu sei quem são – respondeu Molly.

_ Eles foram bastante covardes – disse Amélia – pretendiam fazer uma brincadeira sem graça com o meu irmão se não fosse pelo Arthur aparecer ao lado do Ted Tonks e os dois tomarem a defesa do Edgar. Eu cheguei ao final e vi o que eles haviam feito e me senti extremamente agradecida por tudo aquilo.

_ Seu irmão se machucou? – perguntou Molly.

_ Não, mas graças aos dois que chegaram a tempo de evitar alguma coisa pior – disse Amélia – Naquele dia, nós fomos para uma aula que teríamos nas estufas de Herbologia em que eu acabei por me sentar com o Arthur e o Ted para tentar conhecê-los melhor até porque eu queria muito agradecê-los por terem ajudado meu irmão. E dai nasceu a amizade.

_ Eu não fiquei sabendo disso – falou Molly – de como Arthur e Ted brigaram com esses alunos mais velhos – e novamente Amélia Bones sorriu por uma das poucas vezes que a ruiva conseguia a ver fazendo aquilo com tanta frequência.

_ E você acha que alguém ia espalhar algo assim? – disse Amélia – foi algo bastante isolado e também nós não queríamos dizer aos outros porque sabíamos que poderíamos estar arrumando problemas ainda maiores se fizéssemos.

_ Então, é isso? – falou Molly se endireitando em seu lugar – mas teve uma vez que você o acompanhou até o quadro da Mulher Gorda e pareceu que tinha rolado alguma coisa – a lufana acenou com a cabeça negativamente.

_ Eu posso ser sincera com você? – disse Amélia – Eu bem que queria que tivesse rolado alguma coisa entre mim e Arthur porque por um tempo meio que acabei tendo essa atração por ele que acho que poderíamos dizer que era algo como uma paixão precipitada? Não sei se existe esse tipo de coisa só que é a que mais funciona nessa situação.

_ Esta querendo me dizer que... – disse Molly – que você se apaixonou pelo Arthur?

_ Sim, mas já não estou mais – respondeu Amélia – Eu estava confusa entende? Eu nunca tive a amizade de um garoto antes e isso me fez pensar que era algo que não tinha nada haver – ela fez uma pausa – Naquele dia que eu fui com ele até a entrada de seu salão comunal eu tentei beija-lo...

_ Espera... – falou Molly novamente pega de surpresa - Você beijou Arthur?

_ Sim, eu sei... Fui muito ridícula em tentar fazer aquilo só que eu precisava tentar entende? – disse Amélia – Ainda bem que não deu certo... Porque não há como haver alguma coisa entre nós dois quando um de nós não se sentia da mesma forma. E também não iria funcionar e eu prefiro a amizade do Arthur e somente isso agora.

_ Nem sei o que dizer – disse Molly – É muita informação de uma vez.

_ Sabe um dos assuntos em que mais eu e Arthur conversamos? – disse Amélia – É sobre você.

_ Sobre mim? – perguntou Molly.

_ Ele sente muito a sua falta – disse Amélia – Eu também sinto só que perto dele toda essa minha saudade não é nada porque sem você por perto o Arthur não parece tão alegre ou divertido quanto antes – ela fez uma pausa – É como se uma parte dele estivesse faltando e eu acredito que você também sinta isso.

_ Olha, Amélia... – falou Molly.

_ Eu quero sua amizade de volta Molly – disse Amélia – E adoraria se aceitasse só que também quero que você perdoe o Arthur só que o faça apenas quando achar que esta preparada – ela fez uma pausa – porque sei que ele já esqueceu tudo isso e quer voltar a tê-la por perto.

A carruagem parou e Amélia se levantou descendo dela e seguindo seu caminho. Molly ficara um tempo para trás porque sua mente ainda estava tentando compreender toda aquela conversa que tivera com a sua antiga amiga.

Toda aquela historia parecia ainda ecoar pela sua mente em especial a última frase. Foi então que a ruiva se levantou de seu lugar e saiu da carruagem caminhando pela neve rumo a plataforma em que o grande trem já se encontrava.

...

Quando ela chegou ao Expresso de Hogwarts foi que Molly encontrou sua própria cabine. Ela se instalou ali colocando seu malão e a gaiola com seu gato espaço do chão já que não conseguia alcançar o bagageiro.

Antes de a paisagem começar a rolar passando por sua janela foi que a ruiva tinha já tirado do malão os seus novelos de lã e agulhas para que pudesse retornar ao seu trabalho no tricô. As alunas haviam sido ensinadas a tricotar com magia e sem nas aulas de Estudos de Magia Domiciliar. A professora alegou que era bom ter um conhecimento de trabalho de ambos os métodos.

Molly estava feliz com aquele novo passatempo que adquirira. Ela descobriu que mesmo que trabalhoso e fosse necessário muito mais tempo era bastante agradável pelo menos para ela era muito melhor que o tricô mágico. O clique das agulhas era calmante e ela gostava de ser produtiva com as mãos enquanto sua mente vagava.

Ela observou pela janela as colinas nevadas e as árvores cobertas pela neve com cristais de gelo se formando em seus galhos além de lagos congelados ao longe enquanto a imagem ia passando rapidamente conforme o trem se movia. Molly deva rápidas olhadas na paisagem enquanto trabalhava nos presentes de natal de Gideon e Fabian. Ela estava tricotando para cada um de seus irmãos um conjunto de gorro e cachecol. A garota queria poder fazer um par de luvas para cada também e bem que tinha tentado só que ela simplesmente não conseguia fazer os dedos da mão direita.

Ela tinha ficado tricotando placidamente por uma hora e meia até que algo lhe chamou a atenção. Pela janela do trem passaram dois garotos ruivos conversando e ela logo pode reconhecê-los facilmente. Eram os irmãos Weasley. Arthur foi o primeiro a passar parecendo não nota-la naquela cabine logo seguido por Bilius que dera um rápido olhar para ver quem estava ali no interior e seus olhos encontraram com os de Molly. Ele então se foi e Molly sentiu que não conseguiria mais tricotar.

Molly sentiu uma pontada no peito ao ver Arthur. Não era como se não tivesse ocorrido o mesmo nas varias vezes em que o encontrara e percebera que ele não a tinha visto. Ela e Arthur não tinham se falado desde aquele dia de setembro.

Ela estava sozinha em Hogwarts sem a sua amizade com o ruivo mesmo que tivesse as garotas parecia que não era a mesma coisa porque simplesmente havia coisas que apenas poderia falar com Arthur. Só que ela ainda sentia raiva quando ela se lembrou de seu argumento durante a discussão.

Ela suspirou com infelicidade e voltou a cortar franjas para cachecol de Gideon. Um tempo depois foi que a dupla de ruivos passou enfrente a sua porta novamente. Um deles parou do lado de fora e de frente para ela através do vidro.

Molly tentou não olhar só que não pode resistir. Ela acabou espreitando para ver de quem se tratava através do canto de seu olho. Foi quando ela avistou Billius com os olhos tortos e sua língua de fora numa careta que ela caiu na gargalhada. E o rapaz também riu para acompanha-la. O irmão de Arthur abriu a porta e entrou.

_ Posso entrar? - perguntou Billius.

_Claro - disse Molly deixando de lado o tricô - O que vocês estão fazendo? - Sua curiosidade tinha conseguido o melhor dela – Parecem bastante agitados hoje - e realmente estavam. Normalmente, os irmãos assumiam uma cabine e lá permaneciam durante toda a viagem. A mãe geralmente os lotava de lanches e eles levavam snap explosivos e outros jogos para mantê-los ocupados.

_Eu e Arthur só fizemos um lanche rápido – falou Billius - Perdemos carrinho dos doces quando ele veio – ele tirou alguns doces do bolso – Bolo de Caldeirão? - ele ofereceu e Molly lhe sorriu.

_ Obrigada - disse Molly aceitando.

Billius se sentou de frente para ela e abriu um Bolo de Caldeirão para si próprio. Era um silêncio amistoso que se passou entre eles não aquele tenso que havia ocorrido mais cedo entre Amélia e a ruiva. Ele fez com que Molly percebesse o quanto ela sentia falta de passar o tempo com os Weasleys.

_Então, eu ouvi dizer que você e Artie tiveram uma discussão – falou Billius depois de algum tempo - Ele lançou o feitiço antes de mirar, não é? – a ruiva lhe olhou um pouco surpresa que ele quisesse falar sobre isso enquanto o ruivo parecia imperturbável como se falasse de um assunto qualquer enquanto degustava seu doce - Eu vou ser franco com você... Arthur parece estar bem para os outros só que apenas que o conhece bem consegue perceber o quanto esta mal... Ele tem andado durante estes três meses como se tivesse um par de dementadores invisíveis um de cada lado se alimentando da felicidade dele.

_ Ele te contou sobre nossa briga? – disse Molly.

_ E precisaria contar? – falou Billius rindo enquanto dava uma nova mordida em seu bolo de caldeirão - Vocês discutiram do lado de fora do salão principal no inicio do almoço em que todos que passassem por ali pudessem ouvi-los.

_ Isso é verdade - disse Molly. Ela tinha firmemente ignorado Arthur mesmo nas aulas que eles compartilhavam e podia imaginar o quanto isso deveria estar sendo horrível para o rapaz ruivo – Ele ficou chateado só porque nós não íamos mais fazer uma aula juntos então praticamente acusou o meu pai de odiar trouxas.

_ Ah... Ele realmente lançou o feitiço antes de mirar - disse Billius parecendo compreender - Artie faz isso de vez em quando – ele se ajeitou em seu lugar enquanto pegava um pacote de feijõezinhos de todos os sabores do bolso - Ele fala antes que ele possa pensar algumas vezes – ele abriu o pacote e jogou alguns para ar os fazendo cair dentro da boca - Ele fica em apuros em casa também por conta disso.

_ Eu sei – falou Molly – Essa não é a primeira vez que ele disse uma coisa que foi um pouco... Sem pensar – ela brincou com a embalagem seu bolo de caldeirão em suas mãos - Mas eu geralmente esqueço-me disso e deixo passar só que desta vez... Ele cruzou a linha.

_Eu entendo - disse Billius – E é bastante justo não posso negar isso – ele fez uma pausa enquanto ela comia o bolo de caldeirão parecendo olhar pela janela como se estivesse com o pensamento longe então o rapaz ergueu os olhos para ela – Sabe de uma coisa? Nós estamos meio que nos acostumando com a ideia de que você pode ser parte da família um dia.

_ Você está falando sobre o casamento? - Perguntou Molly surpresa.

_Bem, você sabe? Um dia daqui alguns anos – disse Billius - Eu não acho que Arthur pensa nisso... Não sei... Quero dizer, sei que vocês são apenas amigos só que tem que se lembrar de que quando a amizade é muito forte assim não é difícil aparecer algo a mais.

_ Eu... – disse Molly perdida sem saber o que dizer sendo que o ruivo pareceu não lhe escutar e continuou falando.

_ Você sabe que SJ esta namorando firmemente com a Danielle mesmo depois de terem saído de Hogwarts não é? Nossos pais estão até falando de começar a fazer algumas economias para poder ajudar no casamento daqui a algum tempo. – falou Billius - SJ e eu estávamos conversando sobre todos nós estarmos crescendo e nos casarmos. Ele encontrou a garota dele... Eu nem sei se existe alguém de verdade para mim por ai que possa me fazer subir em um altar por livre vontade – ele riu - Era tudo hipotético nesse nossa conversa... Mas nós concordamos que você e Artie têm uma relação especial.

Molly estava espantada e sentia suas bochechas corarem rapidamente de uma forma que podia até sentir o calor vindo delas. Toda aquela conversa com Billius tinha saído de um nível causal para amigos para algo mais sério e um tanto desconfortável. Ela realmente não tinha pensado em Arthur de uma forma romântica. Ele era seu melhor amigo não queria confundir as coisas como Amélia tinha feito.

_Eu tenho apenas quatorze anos, Bill - respondeu Molly - Eu não sei o que eu quero da minha vida ainda. Só sei que Arthur ficou todo chateado e nos brigamos porque eu tirei uma estupida aula do meu horário.

_Eu acho que ele estava muito chateado porque ele estava contando em passar esse tempo com você - disse Billius de uma forma direta que fez Molly conseguir compreender o que Arthur tinha sentido naquele dia.

_ Então, por que ele não disse isso? - Perguntou Molly .

_ Arthur é um menino e um Weasley – disse Billius - Isso é duas coisas que vão contra ele. Estou sendo sincero aqui sobre isso... Como não costumo ser então lá vai – ele pigarreou - Olha, ele vai se atrapalhar um pouco e pode até falar coisas que não deve – ele ajeitou suas vestes – só que ele vai acertar no final. Basta dar-lhe um pouco de folga e deixa-lo encontrar seu caminho.

_ Eu vou pensar sobre isso – falou Molly por fim e o ruivo assentiu - Eu sinto falta dele – então ela ouviu o rapaz dando risada e fitou-o com um olhar desafiador - Não se atreva a dizer a ele que eu disse isso.

_ Eu não vou - prometeu Billius rindo novamente e ele se levantou e puxou uma das tranças que a ruiva usava a tirando de sobre o ombro - É melhor eu voltar antes que ele venha me procurar.

_ Tudo bem – falou Molly.

_ Espero vê-la por aí, Molly – disse Billius ele saiu pela porta logo depois a abrindo novamente e colocando a cabeça pela passagem– Já estava me esquecendo de uma coisa tenha um bom natal – e fechou a porta.

_Obrigada, Bill – disse Molly para o rapaz que agora lhe olhava pela janela da porta – Boas festas para você também – seu tom foi mais alto para que ele pudesse ouvir o que deve ter acontecido já piscou para ela através do vidro da porta do cabine.

E ele se afastou e desapareceu pelo corredor. Deixando Molly sozinha com o cachecol de Gideon ao qual retornara ao trabalho e os muitos pensamentos que estavam girando em sua cabeça. Enquanto a paisagem lá fora tornava a correr assim como a neve e a friagem que embaçavam o vidro fazendo com que a visão não fosse das melhores.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado aos leitores que comentaram. Fiquei bastante feliz pelos comentários que recebi e espero que gostem desse capitulo.

Espero que os outros leitores que ainda não aparecerem também deem sua opinião nos comentários.

Isso é bastante importante para mim e também acho que a partir do próximo capitulo as coisas vão melhorar para aqueles que não estavam gostando muito da ideia de Arthur e Molly sem se falar.

Então, eu espero reviews.



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