Estrela Dourada escrita por ThEmzi


Capítulo 22
Vinte e dois.


Notas iniciais do capítulo

Eu havia deixado ED em "hiatus" devido alguns problemas que tive em minha vida pessoal, maaas.. Retornei, a pedidos, e também porque PRECISO terminar essa história. Não foi "o" capítulo, mas espero que gostem e tenham uma boa leitura. Beijos da Licht.



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Acordar no dia seguinte foi uma tarefa fácil, todas estavam animadas, assim como os garotos, e isso incluía a dupla de finalistas que, mesmo nervosa, mantiveram-se firmes do café da manhã até o momento que tiveram de ir até a praia para desfrutar de sua aventura logo pela manhã.

Estava quente, mais que o dia anterior, não havia sequer uma nuvem que pudesse fazer uma mínima sombra no céu. A praia estava toda organizada como no dia anterior, com muitas barracas e pessoas perambulando de um lado a outro a fim de poder melhor assistir a final do campeonato. Caio e Wallace estravam agitados e davam pulinhos quase que involuntariamente, mas ao menos estavam se aquecendo para o que estava prestes a começar.

Alexandre caminhava debaixo da barraca de jurados com o microfone em mãos, música eletrônica tocava ao fundo fazendo os estudantes de Estrela Dourada dançarem aos montes enquanto a competição final não era iniciada.

– Vocês precisam se acalmar. – Dizia Fernanda, cruzando os braços.

– Não é tão fácil quanto você pensa, Fernanda. – Foi Evellyn quem disse. – Se eu e Mari já ficamos nervosas no meio da competição, imagina se estivéssemos na final como eles.. Estaríamos enlouquecendo, certeza.

– Faço das palavras dela as minhas. – Mariana deu de ombros.

Fernanda revirou os olhos enquanto os garotos riam de sua conversa. A música de fundo foi diminuída aos poucos conforme Alexandre fazia a multidão se acalmar, falando ao microfone. Sua voz ecoou pelo local da maneira que mais era possível, então anunciou:

– Estão prontos para a etapa final? Quero chamar até aqui Caio e Wallace, Pedro e Ricardo!

– Boa sorte, garotos. – Mariana murmurou, dando um tapinha no ombro de cada um.

Todos desejaram boa sorte à sua maneira, mesmo Lucas, que não estava com uma cara muito agradável.

Os participantes estavam preparados, mas a constante sensação de nervosismo os dominava, não era algo que surpreenderia tanto os que participaram até serem desclassificados.

Caio e Wallace seriam os últimos, o que só piorava e os deixava ainda mais atordoados e nervosos. Mantiveram-se em seus lugares, apenas assistindo a dupla adversária nadar sobre suas pranchas rumo às ondas que começavam a se formar.

Minutos depois, Alexandre anunciou:

– E agora, os últimos finalistas: Caio e Wallace.

Ambos respiraram fundo ao mesmo tempo, era difícil pensar com clareza, tudo em suas mentes dizia que tinham que vencer aquilo a todo custo, como se definisse o rumo de suas vidas, e só eles entendiam o real significado daquilo.

O mar os levou rapidamente para perto das ondas. A dupla observava o grande número de pessoas na praia antes de começar a agir.

Puseram-se de pé sobre suas pranchas e dali em diante decidiram que dariam o melhor de si, como se fosse o último dia de suas vidas. Manobras únicas e até mesmo algumas improvisadas foram feitas e arrancavam gritos do público que aos poucos ia à loucura com o que via, pulavam e gritavam na areia enquanto a música tocava alto ao fundo.

Minutos depois eles voltavam à praia com as pranchas em mãos.

Alexandre ria ao microfone pouco antes de dizer:

– Disputa forte, não é, pessoal? Quem vocês acham que vai vencer? A primeira ou a segunda dupla?

Da caixa de som, tambores rufaram enquanto um dos avaliadores passava um envelope para o moreno.

Os quatro finalistas estavam juntos e de mãos dadas, torcendo mentalmente.

Alexandre abriu o envelope e tirou o papel de dentro do mesmo pouquíssimo tempo antes de anunciar:

– Caio e Wallace são os vencedores!

Todos na praia, até então calados, começaram a gritar e pular, correram rumo aos campeões e os ergueram ali mesmo.

Era ensurdecedor e ao mesmo tempo contagiante, mas, assim que puderam colocar os pés no chão novamente, correram até os amigos.

Wallace surpreendeu a todos, especialmente Evellyn ao largar a prancha e abraça-la pela cintura ao mesmo tempo que a girava no ar e a beijava. Caio parou de correr quando percebeu que ia na direção de Mariana e que Lucas tinha os olhos focados nos dele. Caio sorriu largamente e abraçou a garota enquanto os demais vinham parabeniza-lo. Wallace ainda não soltara Evellyn, o que dificultava a parabenização do mesmo. Assim que Evellyn voltou ao chão, enfim todos se abraçaram.

– Agora, Caio? – Indagou Wallace, repentinamente.

Todos se separaram, sem entender o que estava havendo.

É contigo, cara. – Riu Caio.

Wallace passou a mão no cabelo rapidamente, ajeitando-os enquanto encarava uma Evellyn repentinamente aflita. A mesma olhou o moreno dos pés à cabeça.

– Eu falei pro Caio pouco antes da competição que se ganhássemos eu faria algo, caso contrário, esperaria um pouco mais.

Todos os outros ficaram boquiabertos, Evellyn estava paralisada, temerosa.

Wallace a tomou pela cintura num abraço suave. Ainda havia muito barulho e um grande número de pessoas começou a se reunir em volta deles. Murmúrios eram ouvidos, mas o rapaz parecia não ligar. Algumas risadinhas também se fizeram audíveis, mas a voz dele saiu num tom baixo, como se dissesse somente a Evellyn o que queria.

– Sabe o que eu falei que faria a ele?

Ela balançou a cabeça negativamente, mas um sorriso começou a surgir em seus lábios.

Eu disse que a pediria em namoro. Não vai doer arriscar, vai? – Ele arqueou uma das sobrancelhas. – Que tal, Evy? Aceitar ser minha namorada?

A garota não tinha certeza de absolutamente nada naquele momento, mas repassou na cabeça o que ele dissera há pouco: “não vai doer arriscar, vai?”. Não, não doeria.

Ela agitou a cabeça positivamente enquanto seu sorriso se alargava cada vez mais. O gêmeo de Wallace, Phellipe, ergueu os braços e gritou ao ver o irmão rodar a garota uma vez mais.

– Tá namorando! Tá namorando! – Começou Marcelo, batendo palmas e sendo acompanhado por todos os outros, agora eufóricos.

Ocupados em mais um beijo, demorou até que percebessem Alexandre ali do lado com o um troféu em mãos.

– Bom, comparando à ela, acho que isso aqui não é nada, né? – Riu o moreno.

Wallace acompanhou o riso e apanhou o troféu, passando-o a Caio antes de dizer:

– Esse aqui foi o meu prêmio, o melhor que eu poderia querer. – Apontou Evellyn e a ergueu nos braços, a garota riu.

Demorou cerca de duas horas até que as pessoas começassem a se dispersar. Alguns sentiam fome, outros simplesmente já haviam sentido a adrenalina de todo o campeonato se esvair, não que fosse de grande importância, afinal, o evento em si já havia sido encerrado e não haveria mais nada dali em diante a não ser as aulas e festinhas que os próprios alunos promoveriam entre si. Já havia se passado mais da metade do ano.

De volta aos apartamentos, resolveram descansar, ao menos boa parte deles, já que Wallace e Evellyn tiraram o restante do dia para ficar juntos. Enquanto isso, no 1529, Fernanda e Tamires estavam jogadas no sofá quando Mariana levantou para atender a porta, já que alguém batia na mesma.

Era Caio.

– Não pense que vai fugir das aulas de violão que te prometi. – Disse ele, cruzando os braços com ar autoritário.

Mariana havia se esquecido de tal detalhe, quando ele dissera que a ensinaria, quando fizeram a história para a peça da escola. Ela engoliu em seco.

– Não tenho talento para isso, certeza. – Murmurou ela.

– Você sequer tentou, Mari. Eu te prometi, me deixe cumprir minha promessa. Vamos, uma aulinha só e depois você vê se vai querer outras. Pode ser? – Caio a encarava tranquilo.

– Ok, pode ser. Quando?

– Que tal mais tarde? Se estiver muito cansada podemos deixar para outro dia, amanhã, ou depois.

– Não, por mim tudo bem que seja hoje. Só vou avisar as meninas pra que não se preocupem.

– Ok, apareço aqui às oito e vamos pro térreo, já que é só uma aula experimental, por assim dizer.

O rapaz parecia confiante, Mariana já demonstrava o contrário total, mas não quis pensar muito a respeito quando enfim voltou para dentro do apartamento e viu as amigas encarando-a.

– Que foi?

– Quando foi que ele te prometeu aulas de violão? – Fernanda arqueou uma das sobrancelhas.

Quando estávamos fazendo a peça da escola, ele e Phellipe me ajudaram, não sei se vocês lembram.

Sei. – Tamires bufou.

– Não venham implicar. Eu sei o que significa quando agem assim. Ele é um ótimo amigo, não comecem!

– Seeeeei! – Fernanda imitou Tamires e logo começou a rir baixo.

Mariana revirou os olhos e caminhou rumo ao banheiro.

– Por que tão de repente? – Indagou Evellyn, caminhando ao lado de Wallace de volta ao prédio Safira.

O moreno segurava a mão da garota cuidadosamente enquanto deslizava o polegar por sua p ele, ela arrepiava vez ou outra, mesmo que sem querer. Desviou o olhar, mesmo que quisesse encarar os olhos verdes do agora seu namorado.

Só não queria deixar essa chance passar. Algo me dizia que se eu não arriscasse logo, não conseguiria nunca mais. E bom, como falei, não dói arriscar, e eu quero arriscar com você. Gosto de você.

– Eu ia recusar. – Confessou Evellyn. – Talvez tenha sido cedo demais..

– Cedo? Com certeza. Mas quanto antes eu tentasse, melhor supus que seria, ou poderia te perder para alguém.

– Isso é algo completamente fora de cogitação, Wallace! – Ela disparou, sorrindo e cruzando os braços repentinamente.

– Nunca se sabe.

A morena tomou o rosto do rapaz em mãos e selou seus lábios.

– Apenas acredite em mim.


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Notas finais do capítulo

Quaisquer errinhos, não esqueçam de me avisar!



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