Estrela Dourada escrita por ThEmzi


Capítulo 10
Dez


Notas iniciais do capítulo

Como prometido ontem (28/11) para a Jenny, aqui está mais um capítulo. Talvez eu poste um novo só na semana que vem já que terei prova e só depois disso que vou poder relaxar pra escrever pra valer. Espero que curtam. :3



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— Como assim você quase morreu afogada? — Tamires estava surtando.

— Ah, deixa isso pra lá, já passou, estou aqui, não estou? Então pronto! — Resmungava Mariana.

— Mas, quem te salvou? — Fernanda parecia não acreditar no que Mariana e Evellyn haviam contado.

— Bem, o salva-vidas, Alexandre. — Respondeu a caçula.

— Não foi bem assim. — Evellyn engoliu em seco. — Quem te tirou da água foi o Lucas, e quem fez o boca-a-boca foi o Alexandre.

— O Lucas? Merda. — Resmungou Mariana, despencando no sofá.

— Não creio. — Fernanda fez o mesmo.

— Pois é, Mari. Acho mesmo que ele está arrependido, acho que talvez o amor pode ter arrebatado ele, e de jeito. — Evellyn suspirava, esperançosa.

— Jamais, jamais. —Mariana sacudia a cabeça, que logo voltara a doer.

— Que seja, já é de noite, vou tomar banho. — Evellyn saiu da sala e foi para o quarto.

— Se não se importam, eu vou também, e cair na cama. Boa noite meninas, eu amo vocês. — Mariana sorriu e foi para o quarto.

— É melhor deixarmos ela dormir. — Sussurrava Fernanda.

— Sim, depois passamos o conteúdo pra ela. — Tamires fitava Mariana em seu sono profundo.

— Tá, tá, vamos logo, antes que acabemos acordando-a. — Evellyn bufou e puxou as demais.

O trio parecia preocupado, por elas, ficariam ali para garantir o bem estar da amiga, mas fora apenas Mariana que sofrera o leve acidente, e em Estrela Dourada, só se falta às aulas com uma ótima e convincente justificativa, e Mariana tinha um belo curativo na testa para provar o porque de sua ausência nas aulas.

— Como ela está? — Lucas foi o primeiro a perguntar às meninas.

— Dormindo. Preferimos deixá-la descansar. — Disse Fernanda.

— Certo, vou lá esta tarde para vê-la, se importariam? — Lucas engoliu em seco.

— Nós, nem tanto, agora ela, já não sabemos. — Evellyn comentou enquanto franzia os lábios e olhava para os lados com ar de dúvida.

— Não tem problema, só quero ver se ela está melhor. — Respondeu Lucas.

Os outros garotos estavam numa mesa distante, pareciam ocupados demais com as amigas de Beatriz para notar a ausência de Lucas, o qual parecia receoso a cada palavra que dizia.

— Oi amor, o que houve? —Beatriz surgiu no meio do refeitório, passando o braço pela cintura de Lucas, que suspirou profundamente com certa impaciência. Fernanda, Tamires e Evellyn contiveram um risinho baixo.

— Nada, Bia. Só conversando com as meninas, nada demais.

— Ah, sim. — Beatriz jogou seus cabelos louros para um lado, olhando o trio à frente com a expressão enojada. — Pra quais dessas aí você armou mesmo? — Lucas pareceu nervoso ao final das palavras de Beatriz, seus lábios foram retraídos, formando apenas uma linha fina no seu rosto repentinamente pálido.

— Cala a boca, Beatriz. — Alertou Lucas, engolindo em seco enquanto torcia para que as três não tivessem ouvido.

— Como é que é? — Fernanda deu um passou na direção do casal, para a infelicidade de Lucas.

— Fica de boca fechada, Beatriz. — Disse Lucas, novamente, num tom mais baixo.

— Mas porque? Não deu certo aquele lance lá? De trocar as roupas delas? Você disse que tinha dado, que você planejou na hora e tudo mais, não se lembra? — Beatriz tagarelou rapidamente, como se as três não estivessem ali.

— EU FALEI PRA CALAR A BOCA! — Lucas disse num tom alterado, atraindo alguns olhares.

— Então foi tudo armação sua? — Fernanda bufava, incrédula. — Foi você que colocou a blusa do Marcelo em mim naquela madrugada? Tudo foi você?

— Evellyn, segura minhas coisas que eu vou acabar com esse monte de merda. — Tamires disse, fuzilando Lucas com o olhar enquanto jogava seu caderno para Evellyn.


Porque você tinha que ser tão tagarela? Não tem noção do que fala não? Se acha tão poderosa a ponto de não se importar com o que diz? — Lucas desvencilhou-se do braço da loira e saiu correndo. Os outros garotos não viram, pois o restante do grupo de Beatriz manteve cada um distraído o suficiente.

Beatriz virou-se melhor para o trio — perplexo com a informação recentemente fornecida — à sua frente e fez uma careta aborrecida antes de cruzar os braços e bufar.

— Se o Lucas me deixar por culpa de vocês, eu juro que vão pagar muito caro.

— Estou morrendo de medo! — Disse Tamires ironicamente, fitando Beatriz com desdém. — Loira vadia.

Fernanda, Tamires e Evellyn viraram-se, dando as costas para Beatriz.

— Odeio biscates. Ela aprontam e depois se passam por inocentes. Só vão parar de agir assim quando esfregarmos suas caras no asfalto. — Resmungou Fernanda, acompanhando as amigas até a sala de aula.

— Relaxa, a Beatriz foi o de menos. Será que você não viu a reação do Lucas? Ele surtou! —Tamires comentou com a testa franzida. — Tudo foi armação dele, tudo. E nós culpamos cegamente Marcelo e Phellipe, e não tinham feito absolutamente nada, eles realmente só haviam tentado ajudar.

— Pior, droga, falei tanta besteira para o Marcelo. — Lamentou-se Fernanda, levando as mãos até o rosto como gesto de desespero.

— Temos que pedir desculpas a eles. — Comentou Tamires.

É, já estou vendo que só eu vou prestar pelo menos um pouco de atenção nas aulas de hoje. — Disse Evellyn, sentando-se numa carteira.

— Ah, deixe-nos. — Bufou Tamires.


Tamires e Fernanda sentaram-se logo em seguida, com a mente viajando nas não tão distantes lembranças, em tudo que haviam passado em relação a Marcelo e Phellipe desde o dia em que acordaram numa cama de casal improvisada junto deles. Haviam sido precipitadas, haviam pensado apenas no possível lado ruim da real situação, mas elas até então não haviam parado direito para pensar no lado positivo de tudo. Vacilo.

Mariana não viu Fernanda na cama ao lado da sua ao acordar. Sua cabeça latejava, especificamente na testa, onde havia sido atingida no dia anterior, por onde o sangue escorrera. Num salto repentino, ela levantou-se de sua cama em desespero, correndo para ver as horas.

— Mas que droga. Dez e meia, já? Porque não me chamaram? Agora ferrou. — Mariana resmungava andando em círculos. — Não quero nem saber, eu vou à aula.

A garota rapidamente tomou banho e se trocou, teve de refazer o curativo em sua testa, que ardia e latejava ao mínimo movimento facial.


— Vacas, elas me pagam. — Bufava Mariana, referindo-se às amigas.

Mariana saiu do apartamento a passos firmes e impacientes, as chaves de seu armário e do apartamento eram seguradas firmemente numa das mãos da garota. Descer as escadas foi rápido, Mariana descera os degraus de dois em dois, e ao chegar a entrada do prédio, onde Paulo ficava, assim como sofás e poltronas, Mariana notou a presença de alguém que normalmente não deveria estar ali.

Alexandre.

Ela fingiu não vê-lo e passou reto, saindo do prédio, porém, Alexandre correu até ela.

— Ei, espere. — Arfou ele. Mariana fez-se de desentendida e virou-se com uma falsa expressão de surpresa em seu rosto.

— Ah, oi. —Murmurou ela. — O que faz aqui?

— Vim ver como está. — Respondeu o rapaz.

— Mas como sabia que eu estava aqui?

— Quando fez a inscrição para as aulas de surfe, preencheu o espaço que questionava seu prédio e seu apartamento, preferi ficar por aqui mesmo, principalmente depois que cheguei e Paulo disse que viu suas amigas saindo, e você não. — Alexandre desviou o olhar rapidamente para Paulo. — Esperaria aqui o tempo que fosse necessário. — Alexandre parou para respirar, abrindo um sorriso satisfeito.

— Ah, mas e se eu não tivesse saído?

— Suas amigas voltariam e eu as acompanharia até o apartamento para te ver.

Mariana notou que Alexandre já havia planejado basicamente tudo, em todas as situações possíveis. A forma que ele parecia se preocupar fez com que ela se preocupasse por um momento, mas percebeu que não era necessário, era apenas o receio de que ele estivesse realmente interessado nela.

— Enfim, onde pretendia ir? — Perguntou ele.

— Para a aula. Acho que posso pegar algum conteúdo ainda.

— Seria perda de tempo, principalmente a essa hora. Vamos dar uma volta?!

— Onde?

— Conheço uma ótima sorveteria na cidade.

— Suponho que alunas não possam sair com professores. — Comentou Mariana.

— Suponhamos que eu seja muito novo para ser tratado como um professor em si, vamos como amigos, não como professor e aluna. — Alexandre segurou uma das mãos de Mariana e sorriu.

— Quantos anos você tem? —Ela franziu o cenho.

— Dezenove, agora… Você vem comigo?

— Dezenove… — Mariana murmurava para si num tom que apenas ela era capaz de ouvir, e ao se dar conta da última pergunta feita por Alexandre, ela assentiu. — Tudo bem. E como vamos?

— De carro, ué!

— Desses que tem por aqui? — Mariana arfou desconfiada.

— Claro que não. No meu carro. — Riu Alexandre da pergunta da garota, e quando ela fez menção de falar, ele prosseguiu. — Sim, eu tenho um carro, agora, vamos.

— Ah, sim, claro, você tem dezenove anos, né? Que cabeça a minha.

Mariana preferiu ficar calada dali em diante, Alexandre a puxou para um carrinho que estava estacionado do lado de fora do prédio Safira e foram até a entrada principal de todo o lugar; os portões pelos quais Mariana havia passado em seu primeiro dia. Um carro do lado de fora reluzia em sua cor prateada, a Hilux tinha quatro portas e ao notar ser puxada por Alexandre até o carro quando abriram os portões, espantou-se. Era possível um professor de surfe ter um carro daqueles?

— Não, não, não… É seu? — Perguntou ela, perplexa, para a surpresa de Alexandre.

— Sim, porque?

— É o carro dos meus sonhos. — Respondeu Mariana, abobalhada.

— Parece que escolhi bem. —Alexandre abriu a porta do passageiro para Mariana e ela entrou, ainda um tanto boba.

Alexandre foi para o banco do motorista, e com um sorriso gentil ao fitar Mariana, deu-lhe um beijo na bochecha e ligou o carro, dirigindo rapidamente até a tal sorveteria.

— Olha que engraçado, fui ver como você está e até agora não perguntei. — Riu Alexandre, colocando outra colherada de sorvete na boca, apreciou o sabor por um momento e focou seu olhar em Mariana. — Então, como está se sentindo? Melhor?

— Ah, sim, felizmente, só com um pouco de dor de cabeça, se é que me entende. —Riu ela, apoiando-se na mesa. — Espero que passe logo.

— E vai, não foi nada grave, ainda bem. — Alexandre colocou sua mão sobre a de Mariana, o que a fez encolher levemente.

Mariana não sabia ao certo o que fazer, deixou sua mão por baixo da do rapaz e focou seu olhar ao dele, por mais trêmula e nervosa que estivesse, os olhos azuis de Alexandre equivaliam rapidamente aos azuis de Mariana, e para piorar a situação dela, o olhar dele a hipnotizava, e já corando, ouviu um riso baixo vindo de Alexandre. Mariana puxou sua mão e voltou o olhar para a mesa, de cabeça pra baixa.

— Você está corada, bastante. — Anunciou Alexandre.

— É, eu sei. — Mariana bufou. — Odeio ficar assim.

— E por quê? — Alexandre aproximou-se de Mariana, e ela engoliu em seco.

— Porque me denuncia. —Murmurou ela. — Enfim, é… Não sabia que eu podia sair da instituição. — Mariana ergueu o olhar e a cabeça, respirando profundamente.

— E não pode, mas como estou te acompanhando, não há problema algum.

— Ah, entendo.

— Fora que sou maior de idade, universitário e professor.

— Você faz faculdade na Estrela Dourada?

— Sim, educação física. Termino em um ano e meio.

— E você está meio que fazendo estágio, não é? —Mariana perguntou, realmente interessada.

— Tipo isso, vou continuar como professor de surfe e salva-vidas até mesmo depois de terminar a faculdade. Eu gosto de tudo por aqui, e tive a oportunidade de te conhecer, olha que maravilha. — Alexandre analisava Mariana atenta e intensamente, como se ela fosse a única coisa que realmente importava ali, e para ele, realmente era.

— Poderia ter sido qualquer uma, qualquer outra. Porque eu?

— É, poderia. Mas foi com você, o porquê eu não sei, mas foi, e estou feliz com isso.

— Certo. — Mariana terminou seu sorvete e fitou Alexandre, com os sentimentos e pensamentos mesclando entre confusos, satisfeitos e receosos. — Já terminei, estava realmente delicioso, muito obrigada, Alexandre. — Era estranho chamá-lo assim, mas antes que pudesse corrigir o que havia dito, ou até mesmo pensar em como corrigir, ele sorriu e retrucou:

— Alex, se preferir, poupa saliva. — E riu. Mas logo suas feições ficaram um pouco mais sérias. — Mari, se me permitir chamá-la assim, você se arriscaria em viver algo novo?

— Dependendo do que seja esse algo. — Respondeu ela, mesmo que tivesse certeza em relação ao que ele se referia.

— Num… relacionamento. — Foi a vez de Alexandre corar.

— Ah, isso também dependeria.

— Do que?

— Do esforço do interessado principal, nesse caso, do meu ponto de vista, você. — Ela riu.

— E o que eu teria que fazer?

— Descubra. — Ela riu mais uma vez, um pouco mais baixo e levantou-se, respirando profundamente.

Alexandre fitou-a intrigado e levantou-se, viu-a caminhar até a Hilux e suspirou, pagou os sorvetes e correu até Mariana, que o aguardava.

— Tenho que voltar, não quero ter simplesmente desaparecido quando as meninas voltarem. — Disse Mariana, olhando-o.

— É mesmo, venha. — Ele abriu a porta para ela novamente.


Ambos no carro, logo voltaram para a instituição. Tiveram que mudar da Hilux para um dos minúsculos e lentos carrinhos, e nisso, Alexandre a deixou na entrada do Safira.

— Então, nos vemos na praia, todos os dias a tarde estou por lá, a noite eu reservo para estudar.

— Ah, sim, tudo bem. — Mariana respondeu tranquilamente.

— Me desculpe por isso. — Murmurou Alexandre.

— Pelo q…? — Mariana começou, porém, foi interrompida.

Alexandre segurou-a pela nuca e puxou-a para si rapidamente, selando seus lábios. Fora apenas um selinho demorado, mas que ao ser encerrado parecia ter sido um sonho realizado de Alexandre, enquanto Mariana respirava profundamente para raciocinar e absorver sobre o que havia acabado e acontecer. Apenas um detalhe por eles não fora notado, os cinco garotos do apartamento 1528 — Marcelo, Caio, Lucas, Wallace e Phellipe — vinham rapidamente num carrinho, e Marcelo parecia perplexo, já que mesmo não tão perto, havia assistido a cena, assim como os outros, uns boquiabertos e outros apenas sem fala.

— Por isso. — Disse Alexandre, sorrindo feito um completo idiota.

— Entendi, até mais. — Mariana fitou o chão e logo em seguida os olhos azuis de Alexandre, por fim, correu para dentro do prédio.

Alexandre foi embora, e Mariana, pasma, foi para seu apartamento.

— Onde você estava, Mariana? —Berrou Tamires.

— Sabe o quanto ficamos preocupadas? — Fernanda estava vermelha.

Tem idéia? Poderia ter deixado um recadinho! — Evellyn parecia prestes a chorar.

— Calma, calma. Eu ia pra aula, mas… — Iniciou a caçula.

— Mas…? — Arfaram as outras três.

— Houve um grande imprevisto. — Finalizou Mariana.

— Ah, é? Que tipo de imprevisto? — Bufou Evellyn.

Mariana bufou impacientemente graças às reações das amigas e jogou-se no sofá maior da sala.

— Tipo um cara apaixonado. — Murmurou ela.

— Como as…? — Fernanda começou, confusa, mas alguém batendo frenética e desesperadamente na porta a interrompeu. —Já vou, já vou. — Fernanda caminhou até a porta e a abriu.

— Cadê a Mariana? — Marcelo saltou para dentro do apartamento.

Uma mistura de sensações tomou conta de todas ali, principalmente em Fernanda e Mariana. Fernanda, devido à descoberta de mais cedo, sobre Lucas ter armado todo o esquema do dia seguinte à festa de boas vindas, e Mariana por nunca ter visto o irmão daquela forma, a não ser quando seu time havia perdido o campeonato de futebol e o juiz recebera inúmeros e chulos apelidos, todos fornecidos por Marcelo.

— Aqui, ué. — Respondeu Tamires.

— Pode me dizer o que você estava fazendo agarrada com o professor de surfe? — Marcelo cruzou os braços em frente à irmã, as outras ficaram mais confusas do que já demonstravam estar.

— O que está havendo? — Perguntou Caio, recostado na porta aberta do apartamento, ladeado por Phellipe, Wallace e Lucas, que mantinham expressões mais confusas do que as das meninas.

— A Mariana e o professor de surfe estavam aos beijos lá fora. —Arfou Marcelo.

— Não exagera, não sou como você, foi só um selinho, e o Alexandre que me puxou. —Resmungou Mariana.

— Como assim? Meu amor aos beijos com outro? —Lucas pareceu perplexo.

Aquela foi a chance de Fernanda,

— Seu amor? Qual é! Fala sério, vai armar para ela como fez conosco? — Fernanda franziu o cenho, cruzando os braços.

— Armar pra vocês? Do que estão falando? — Perguntou Mariana.

— Foi o Lucas que colocou a blusa do Phellipe em mim e a do Marcelo na Fer no dia que ficamos bêbadas. — Retrucou Tamires.

— É verdade? — Perguntou Phellipe, virando-se para Lucas, que parecia procurar uma saída para aquela situação.

— Vocês vão mesmo acreditar nelas? — Resmungou Lucas, tentando agir da forma mais natural que lhe fosse possível. — Elas mesmas os julgaram, vocês sabem bem.

— Se não acreditam em nós, não podemos fazer muita coisa quando à isso, mas Beatriz poderia dizer de boa vontade à vocês. — Disse Evellyn, dando de ombros.

— Lucas, isso é verdade? — Marcelo bufava, parecendo ter se esquecido da confusão com a irmã por um momento, e logo Phellipe entrou com o rosto tomado de raiva na direção de Lucas.

— E… e se for? Não foi nada demais. — Lucas engolia em seco.Qual é, pessoal!?

— Você não tem ideia do que se passava por nossas cabeças, não tínhamos como provar a elas que não havíamos feito absolutamente nada. — Phellipe estava decepcionado, era possível ver em seus olhos, os braços cruzados e os lábios retraídos.

— Uma brincadeira péssima, e de muitas consequências. Entenda isso! —Arfou Mariana.

— Pegou pesado, Lucas. Errou, e errou feio. — Disse Marcelo.

— Deixa, vou pedir transferência de quarto. Vocês não sabem brincar. — Lucas resmungou.

— Isso não foi algo com que você devesse brincar. — Marcelo disse com razão.

Lucas aproveitou a deixa e saiu correndo, deixando os demais a vê-lo fugir, e ninguém moveu um músculo sequer, sabiam que ele aprenderia com o próprio erro. Ou não.


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