O Mundo do Outro Lado escrita por Alasca


Capítulo 15
Coisas inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Demoramos mas postamos! Quero me desculpar muuuuito pela demora, de verdade! Mas aqui está um capítulo novinho, bonitinho, limpinho, cheirosinho(se tivesse cheiro) e embrulhadinho pra presente! Resolvi acelerar um pouquinho as coisas porque ai fica menos chato, então aproveitem!
Manatica
P.S.: Não deu pra fazer todos os vestidos no site, alguns estão em formas de descrição.



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POV Mahina

A maioria das meninas quer ir a um baile, mas eu não faço parte da maioria! Só de olhar pra o vestido que eu teria que usar dava vontade de pular pela janela! Era bonito, tinha que admitir, mas não pra eu usar! Só não reclamei porque as criadas fizeram um trabalho incrível e achei que mereciam até um premio. As reações das outras garotas foram bem diferentes, elas amaram os vestidos!

Vestido de Melly: http://www.polyvore.com/m/set?.embedder=8900644&.svc=copypaste&id=115706263

Vestido de Sophie: http://www.polyvore.com/noite_de_baile/set?id=109701272

Vestido de Julie: http://www.polyvore.com/noite_baile/set?id=109709995

Vestido de Silena: Verde e tinha pérolas minúsculas espalhadas pelo busto e na barra da saia. Um colar e brincos delicados prateados, sapatos de salto da cor do vestido. Cabelo arrumado e alisado.

Meu vestido: Cor de creme com mangas até os pulsos, mas não cobriam os ombros. Alguns babados na barra da saia, uns enfeites no busto. Colar e brincos simples e salto baixo.

–Eu AMEI esse vestido! Me sinto como uma Selecionada!- Disse Silena

–Pena que não é pra sempre...- Falou Melly

–Não quero abandonar esse vestido! Será que deixam ficar com ele?- Disse Sophie. Quando ela disse aquilo, parecia até que estava falando em abandonar um bichinho indefeso na rua.

–Não tenho ideia...- Disse Julie -Mas seria tão legal!

–Andem, ou vamos chegar atrasadas!- Falei. Nem sei porque estava com pressa, não queria ir.

Julie terminou de calçar os sapatos e fomos para o baile. Quando chegamos, vi que nossos vestidos não eram tão chamativos perto das Selecionadas, isso fez eu me sentir melhor e esquecer um pouco aquela coceira irritante que aquelas mangas estavam me dando. A família real ainda não havia chegado, mas já havia muita comida e um grupo de músicos clássicos famosíssimo, só que eu não lembrava o nome. A decoração parecia ter saído de um livro de contos de fada.

–Agora fiquei com pena da Meri, ela perdeu isso!- Disse Silena

–Calma, aposto que o casamento dela vai ser MUITO maior e MUITO mais chique.- Falou Julie

–Sem contar na festa de "Bem Vinda de Volta e Que Bom Que Está Viva!"- Falei

–É, vocês tem razão, mas que essa festa está linda, está!- Disse Sophie

Mesmo sabendo que America iria participar de festas maiores e mais bonitas, não podia deixar de concordar com Silena, America iria perder uma festa incrível.

Não aproveitamos muito, tivemos que ficar com as coroas dos países traduzindo tudo o que falavam. Trabalhar em uma festa era horrível, não podia fazer nada a não ser repetir o que uma pessoa falava em outra língua! Não podíamos nem chegar perto do bufê se eles não fossem pra lá, o que pra mim estava ótimo, por que tinha ganso assado, e eu estava com um pequeno desapetite(essa palavra existe?) por eles.

Houve um pequeno desentendimento entre Celeste e uma garota(acho que era a Kriss) que tinha espirrado. Parece que não cobriu totalmente a boca e respingos de cuspe haviam "manchado e infectado" o vestido de Celeste. Comecei a pensar em como é que ela entrou pra Seleção já que era óbvio que a única coisa que sabia fazer era se mostrar. Ela deve ter subornado alguém, só podia.

Quando achei que elas iam começar a se xingar feito loucas, a família real chegou e todas se calaram. O rei, a rainha e o príncipe estavam muito arrumados e formais. Já que tudo parecia um conto de fadas, Maxon decidiu participar da brincadeira, não parecia real, nem um pouquinho, parecia mais um sonho.

Mas aí aconteceu uma coisa que acabou completamente com a minha teoria do sonho.

POV Mellynda

Eu vi Jonatan. Quando Maxon entrou combinando com o salão de contos de fada, eu vi Jonatan. Não sei o que deu na minha cabeça, por um segundo, achei que era ele, mas quando olhei melhor, vi a diferença do olhar e minha alucinação parou. Estranhei meu pensamento, já que agora eu estava saindo com Brok. Mais ou menos, só foi um encontro, mas tínhamos marcado outro depois da missão.

Ele conversou e dançou com todas as garotas e conversou com as coroas, só olhei para ele novamente quando executei meu trabalho de tradução e não olhei mais. Eu não queria me lembrar dele, não mesmo! Agradeci por ter que trabalhar o baile inteirinho, mesmo estando muito longe da comida, e estava com um cheiro tão bom...

Uma sirene tocou, uma sirene conhecida. Guardas apareceram, as garotas gritaram apavoradas, todos fomos levados até uma passagem secreta que anotei a localização mentalmente(NA: Elas só entraram porque as coroas precisavam se comunicar, se não iriam para os esconderijos junto com as criadas). Não havia ataque para hoje, seria depois de irmos embora. E se fosse uma emergência, seríamos avisadas horas antes, então não fazia sentido nenhum.

–Será...- Comecei a falar bem baixo enquanto entrava na passagem.

Olhei para Mahi e sua expressão me dizia que eu estava certa, mas eu não queria estar.

–O que está acontecendo?- Perguntou Silena

–Tinha algo planejado pra hoje?- Julie quis saber

Sussurrei a resposta.

–O que?- Disse Sophie

–Shhh!- Disse Mahi e apontou para o guarda que estava atrás de nós. Tapamos a boca.

Chegamos lá embaixo e observei o esconderijo, nada mal. Muito eficiente. Começamos a ouvir barulhos lá fora, tiros e mais tiros, uma batalha entre guardas e rebeldes. Três Selecionadas choravam e o príncipe tentava acalmá-las. Depois de explicar para algumas coroas o que acontecia, me juntei com minha amigas e tentamos convencer umas as outras de que estávamos seguras. Se está surpreso, é por que não entendeu. Não eramos nós, eram assassinos! Eram Sulistas!

Se passaram horas, muitas! Todas cheias de medo e choro, alguns já haviam dormido, cansaram de esperar aquilo acabar. Silêncio, tanto fora quanto dentro. Um silêncio gigante, que devorava tudo que existia, que deixava o ar pesado e difícil de respirar. Não se ouvia nada, respirações, corações batendo, acho que naquela hora nem ouvia o meu. Ouvimos passos, destruindo o silencio pouco a pouco, mas aumentando a pressão no ar que ele deixou, uma guarda apareceu na porta e disse para sairmos.

Depois daquelas palavras, o ar pareceu ficar tão fino, que fiquei com medo de entrar demais nos meus pulmões quando respirei. Então era isso que sentiam quando invadíamos? Esse desespero horrível? Até que não gosto do rei, mas agora que provei na pele, entendi que política e brigas não eram só o que irritavam! Fomos junto com as coroas, eles avisaram que queriam falar conosco em alguns minutos. O rei, a rainha e o príncipe vinham logo atrás.

Ouvimos algo caindo, algo pesado, e depois um baque surdo seguido de um grito agudo. Vinha da escada que tínhamos acabado de sair, a rainha e o príncipe congelaram na parte de cima, o grito viera de baixo, na direção que olhavam. Não entendi o que aconteceu até que percebi uma coisa. "Onde está o rei?"

POV Narrador

Todos estavam salvos, aliviados e felizes. Depois de horas esperando o pior, nada aconteceu, fora somente o medo que fez algum mal para aquelas pessoas. O medo de não voltar para casa, o medo de fechar os olhos, o medo de morrer. Mas tudo acabou, esse medo fora exterminado com tamanha facilidade que parece até uma piada, fora substituído por alívio. Mas um momentâneo.

Até hoje, ninguém sabe como aconteceu, por que aconteceu, nem como foi possível acontecer, só sabem que aconteceu. O medo retornou a todos, mas um medo diferente. Não era o de morrer, como o de minutos atrás, era o medo de perder, perder alguém.

O rei Clarkson havia, de alguma maneira, escorregado e caído meio lance da escada. Ele estava no chão, inconsciente. Os médicos haviam chegado segundos depois e o levaram rapidamente para ser atendido. Era um momento estressante para todos, mas ninguém sentia tanto medo quando a rainha e o príncipe.

Já não bastava America ter sido levada, ter sido arrancada de Maxon, agora seu pai poderia ter quebrado o pescoço. E tudo girava em torno dos rebeldes. Ele sempre tentava não por a culpa de tudo neles, sempre tentava ser sensato, mas agora não adiantava mais. Os rebeldes podiam não ter feito nada contra o rei naquela hora, mas estavam relacionados, isso bastou para que o ódio do príncipe explodisse.

Estavam no hospital do castelo há horas, Maxon e sua mãe, os melhores médicos a disposição, já era quase seis e meia da manhã. Ela não parara de chorar, Maxon a abraçava o quanto podia. O médico fora até eles, foi a primeira vez que o príncipe desviou o olhar do chão depois de chegar. Notícias, só queria ter notícias!

.......NO DIA SEGUINTE.......

–O Chefe disse que esse acidente vai nos ajudar. Agora que Maxon toma as decisões, vai ser mais fácil conseguir o que queremos.- Disse Mahina -Não vou mentir, to me sentindo péssima!

–Eu também. Mesmo que seja bom pra nós, não vou ficar feliz a custa disso.- Sophie concordou.

Todas olharam para Julie e Mellynda. De todas, as duas tinham mais revolta com o rei do que muitos rebeldes, e por motivos bem justificados. Mellynda nunca conheceu o pai, estava preso ou morto na cadeia por causa da lei de não poder ter filhos antes de casar. Julie assistira a execução do pai na infância, ele fora acusado de um crime que não cometeu, foi julgado sem direito a defesa e condenado a morte.

Mellynda levantou o olhar e encarou as companheiras.

–Por Maxon, estou triste por Maxon!- Disse baixo, em resposta ao olhar -Odeio o rei, ele mereceu, mas Maxon não.

Julie não falou nada, ninguém falou nada. Todas se sentiam assim.

Deve estar pensando que o rei está morto. Você está errado! Ele foi hospitalizado, mas vivo. Não foi uma queda tão grande, mas ele caiu de um jeito que o deixou quase morto. Teve uma forte concussão, machucou seriamente o pescoço, quebrou uma perna e três costelas. Ele iria demorar muito para sair da cama, e mais ainda para voltar a governar o país. As decisões estavam por conta de Maxon, o rei dissera que seria um bom exercício.

Nenhum rebelde gostava do rei, mas todos pensavam a mesma coisa: Maxon não merecia ver o pai assim.

–Bem- Silena quebrou o silencio incomodo -O que vai acontecer quando voltarmos?

Silena sabia desviar desse tipo de assunto, agia como se nunca tivessem tocado nisso. Mellynda e Julie agradeceram com o olhar e ela balançou a cabeça. Sem trocarem palavras.

–Vão enviar uma carta avisando a negociação da America, e então vamos esperar a resposta.- Respondeu Sophie.

Todas ficaram caladas por bastante tempo, aquele não era um assunto muito bom para conversar. O silencio era bom, mas elas não sabiam. Não imaginavam que alguém passou por trás da porta e ouviu o que diziam, que sabia quem eram. Foi um grande choque para o príncipe.

Depois que soube que seu pai estava vivo, ele se acalmou. Se passaram pouco mais de 24 horas depois de se acalmar, mas ainda sentia raiva dos rebeldes. E lá estavam, cinco delas, entraram no castelo de alguma forma, mas só queriam tirar informações, e não sabiam que ele sabia delas.

Só precisou de segundos para formar um plano, um plano que iria ser posto em prática o mais rápido possível, elas iriam partir na manhã seguinte. Saiu de lá devagar, sem um único ruído, assim como chegou. Convocou uma reunião imediatamente, era um assunto sério, muito sério. Era a vez dele revidar os ataques.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou levanta a mão!