Um Amor Clichê escrita por LunaLótus


Capítulo 6
Durante a segunda semana


Notas iniciais do capítulo

"Estou viciada nele, mas nenhuma quantidade será suficiente para mim. Jamais estarei saciada dele."



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Há sete dias, Klaus começou com os bilhetinhos. Tudo bem, aquilo é muito fofo. Mas ele devia ter parado por aí.

Afinal, não era necessário ele chegar com um buquê de rosas no quarto dia. Fiquei tão vermelha que parecia que meu rosto estava em brasas. Todos da classe ficaram olhando para nós, com certeza especulando se estamos namorando. Até o professor Romualdo ficou lançando olhares provocadores.

Durante todos esses dias, Klaus parece insistir em nos mostrar como casal. Ok, eu o adoro e o desejo muito. No entanto, não quero atenção. Não posso... Não vou suportar tudo de novo...

Estamos na porta do refeitório. Já é fim de tarde. Tudo está vazio. O silêncio reina ali, e também entre nós. Só meu coração que não está quieto. E o meu corpo, que grita “agarre-o!”.

Durante os sete dias, Klaus sempre roubava um beijo meu, depois das aulas. Mas nenhum beijo de verdade, que ele me puxasse e fizesse meu corpo tremer.

Se me perguntarem, sim, eu desejo aquilo. Desejo muito.

Ah! Por que ele tem que ser tão misterioso?! Deus, o Senhor sabe o quanto isso me atrai. Não é justo que Klaus seja assim, quando preciso evitá-lo.

Ironia. Pura ironia do destino. Claro.

Esta é uma história incrivelmente previsível, de uma garota tímida previsível, que previsivelmente se apaixona por um garoto misterioso e... romântico. Que além de tudo, é gatíssimo. E também previsivelmente, ele parece se interessar por ela.

Previsível. Como naqueles filminhos de amor. Quem nunca sonhou com isso?

E eu estou vivendo. Legal.

Só que nem tanto.

Klaus está na minha frente, as mãos nos bolsos da calça. Está estudando meu rosto. Então pergunta:

– Em que está pensando?

– Em nada – respondo.

– Conheço a sua expressão – ele diz. Abro a boca para dizer que ele não me conhece tanto assim, quando ele me interrompe: – Eu a observo há nove meses, lembra?

Faço cara de exasperação, mas por dentro, algo explode. Klaus dá um passo calculado na minha direção. Parece se questionar se irei me afastar. Apesar da minha timidez, forço-me a ficar.

Ele não fala nada. Aproxima-se mais um pouco e estende a mão para a minha cintura, pousando-a ali. Klaus então me puxa para si, devagar, e eu já não sei como controlar as batidas rápidas do meu coração. Sua outra mão toca meu pescoço, enquanto seu polegar acaricia minha bochecha. Seu olhar desce pelo meu rosto fixando-se na minha boca. Vejo-o umedecer os próprios lábios.

Ah, meu Deus! Ah, meu Deus! Sim, sim, sim!

O que você está fazendo?!, uma luz estala no meu cérebro. Você não pode querer isso! Não, não, não!

Klaus abre um pouco os lábios, e ele está tão perto que posso sentir sua respiração. Seu corpo está tão próximo do meu que morro de vontade de tocá-lo, sentir o corpo dele.

Ah! Quer saber? Dane-se o bom senso!

Coloco minha mão sobre o seu peito, deslizando-a até chegar à sua nuca. Aquele sorriso discreto no canto da boca aparece na sua face, e o meu coração estremece quando ele sorri assim. Exatamente, talvez, do mesmo jeito que ele disse se sentir.

Sinto seus ombros relaxarem, mas todo o meu corpo está tenso, desejando-o, desejando aquilo. Então ele aproxima seu rosto do meu e...

Seus lábios se encaixam perfeitamente nos meus. Lábios cheios e extremamente atraentes, e muito, muito macios. Ele se move devagar acompanhando o meu ritmo. Eu o provo, e o sabor dele é como tudo que é doce e mais gostoso do mundo.

Klaus me aperta mais, uma mão puxando-me pela base das minhas costas e a outra no meu rosto. Ele começa a acelerar a velocidade do beijo, e eu gosto porque eu o quero mais e mais, e ele parece querer o mesmo. Empurra-me contra a parede e agora a minha mão desce pelo seu peito, e então sou eu que o estou puxando.

Minha cabeça gira, pedindo ar, mas eu me recuso. Não quero interromper este momento.

Klaus é tão maravilhoso. Agora me questiono por que eu evitava tanto me envolver com ele. Por que negar o que sinto?

Finalmente nos afastamos. Klaus parece sentir dificuldade nisso. Ambos estamos ofegantes. O beijo poderia ter demorado cinco minutos, mas não é o suficiente para mim. Estou viciada nele, mas nenhuma quantidade será suficiente para mim. Jamais estarei saciada dele.

Eu o olho. Dessa vez, não sinto vergonha. Talvez eu fique vermelha, mas já não me importo. Ele me encara por longos segundos, e então sorri o seu sorriso secreto que eu tanto amo.

– Acho que nunca esperei tanto por um beijo – diz, acariciando meu rosto. Ele encosta seus lábios nos meus mais uma vez. – Pense em mim esta noite? Só dessa vez, quero que nossos pensamentos estejam conectados. Porque penso em você todos os dias antes de dormir. Mas hoje, quero sentir que você pensa em mim também.

Ele me abraça e enterra seu rosto nos meus cabelos. Beija meu rosto e então diz:

– Boa noite, princesa.

E vai embora, deixando-me ali sozinha, com os lábios ainda quentes e com a sensação do beijo e meu coração acelerado. Viro-me na direção contrária, indo para o meu dormitório.

Tudo o que eu sei é que, depois desse beijo, não há mais chance nenhuma de que conseguir me afastar, nem que eu queira.

Porque eu já estou apaixonada por ele.

“Eu sou um bobo apaixonado. Para mim, não existe nada mais bonito do que um casal feliz que de dá bem, que vive um dia após o outro, sabe?”

“Seu jeitinho misterioso foi me conquistando aos poucos. Não posso dizer que estou te amando, mas penso em você a todo tempo.”

“Ei, psiu, tem um garoto aqui carente de carinho. Será que tem carinho aí para mim?”

“Você está trazendo de novo em mim algo que estava guardado, uma sensação boa.”

“Volta e meia, durante todo o dia, me deparo pensando em você.”


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Notas finais do capítulo

Eu agradeço de coração pelos comentários! É muito bom saber que estão curtindo a história! :DMuito obrigada!



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