Era uma vez no reino labiríntico das Maravilhas, a Rainha Negra, que arquitetava mais uma vez seus planos maquiavélicos, mais algumas pessoas a extorquir, mais pessoas a enganar, mais pessoas para maltratar, tictac-tictac, o relógio dizia. Porém nada era feito. A Rainha era soberana em seu pequeno reinado.
Um reino tão pequeno, que a Rainha de Copas apenas ignorava a existência deste. Mas aos olhos da Rainha Negra, seu reino era tão grande como Universo. Ali ela poderia ditar suas leis tirânicas. Seu povo a desprezava até a última gota de seus seres. Pois ódio algo que seria desperdício das forças deles, havia muito a se fazer , muito o que pensar, para se preocupar além do necessário com a Rainha. Mas havia uma súdita que se pudesse beijaria os pés de sua Majestade, sua adorável Boba da corte, pronta para fazer cada vontade e necessidade de sua Idolatrada Rainha. Sonhando um dia substituir sua Rainha e poder usufruir dos mesmos benefícios.
Tenros sonhos das duas pobres almas, mas sabiam o que as esperavam a virar na próxima curva do destino. A espreita de cada passo estava o grande e temível Rei do reino Rosa, com seus olhos que tudo vê e seus ouvidos que tudo ouvem, ele apenas observava de longe cada passo da maldosa Rainha. Apenas esperando o seu deslize para que seu castelo de cartas possa ser derrubado.
Certa tarde, após mais um de seus hipócritas discursos, seu Reino desmoronou. Súdito por súdito se levantara e saíra, um por um abandonara seu reino, o contrato de servidão havia acabado. As correntes das ordens desumanas foram destruídas, agora liberdade era única Rainha que tomava o coração dos pobres vassalos.
A Rainha negra se vira sozinha em sua sala, outrora clara e bem servida, estava escura, fria e suja. Sua única companhia era de sua boba da corte que afável continuava a seu lado como um cachorro vira-lata esperando por ser acariciado, abanando o rabo. Mas antes que a Rainha pudesse fazer qualquer coisa, alguns homens eu suas armaduras reluzentes de justiça invadiram a sala com suas armas indestrutíveis.
A Rainha tentou enganá-los com sua língua maliciosa de vibra, que espreita esperando um deslize de sua inocente presa, mas os homens tinham seus escudos para se proteger de tal artifício.
A Rainha fora a Julgamento, seu Juiz era o próprio Rei Rosa, que sem piedade a jubilara do reino das Maravilhas, naquele mundo não havia mais espaço para corrupção e destruição que ela causara. Ajoelhando-se no chão aos prantos ela procurava por sua fiel escudeira, mas essa já se misturara a multidão e fugira.
Seu amor por sua Rainha não valia sua jubilação, já que não conseguira ser Rainha seguindo sua amada Rainha, encontraria outros métodos. Afinal, ela não precisaria mais ouvir suas ordens. Poderia começar a organizar seus planos para que em breve ELA pudesse dar as ordens, quem sabe ela não seria por seu próprio esforço a próxima Rainha, quem sabe a Rainha CINZA.
FIM...
