Cápitulo 7 – Turbulências

Por que tem que ser tão complicado? Com essa nova situação estou cheia de duvidas, sobre tudo que já vivi.

Está tudo escuro.

(...)

–Não se preocupe Seitaro, não vai acontecer absolutamente nada. Somente irei para casa.

–Mas está chovendo e você está com um ferimento na coxa.

–Deixe-me, por favor, preciso pensar. - Disse desviando meu olhar de suas orbes diferentes -De qualquer jeito fique tranquilo e volte ao seu estado normal.

– Mas...

Eu não quero escutar, tenho que fugir. Me desculpe.

Pedalo velozmente para um destino aleatório, além do que eu planejo. E os pingos gelados caem em sincronia com meu ritmo.

Chego ao destino totalmente inesperado por mim: o jardim de minha residência.

E de repente sinto uma pontada em minha cabeça como uma bala que perfura meu crânio. A paisagem muda repentinamente e me vejo em terceira pessoa.

(...)

Caminho solitária em um cemitério e centenas de lapides me rodeiam pressionando-me.

E com olhos atentos procuro um tumulo em especial. Ando mais um pouco e chego em uma lapide borrada e não consigo ler o que está escrito. Até que uma sensação melancólica penetra abrindo velhas feridas.

E lentamente deixo flores ao pé do tumulo.

(...)

As lembranças me atingiam rapidamente e se alastravam como fogo provocando uma queimação.

Tudo que eu achei que vivi foi uma farsa.

E as opções de fuga são no total 0.

Tiro minhas lentes e jogo longe.

É o começo de uma vingança.

Vou destruir tudo!

(...)

A chuva parou repentinamente e fui curiosa até o cemitério, era a única coisa que ainda não se explicou.

Avisto a lapide e dou passos rápidos. Preciso saber urgentemente quem é ele.

–Então esse é o nome?

Foi nesse momento que desabei em lágrimas.

POV’S Seitaro:

Essa situação está me deixando realmente confuso. Além do que aquela idiota da Sammy não deu as caras por aqui hoje.

Vai ver agora ela descobriu algo legal do passado e não vai me contar.

–Seitaro vamos lanchar juntos hoje?- A Deborah pergunta.

–Não.

–Porque?

–Não quero beleza?

Ela saiu furiosa.

Caminhei em direção ao pátio e chegando lá encontrei um elemento surpresa.

–Sammy!- corri ate ela que virou em minha direção.

Estranhamente ela estava sem as lentes dela. Acho que ela está um pouco doente.

–Oi.-respondeu.

–Você está doente? Ficou sem comer denovo?

–Não, só estou um pouco chocada.

–Com o que?

–Umas coisas ai.

–Atá.

Maldita ela não vai me contar.

–Você está bem?

–Sim. Obrigado por se preocupar Viktor.

–Viktor???!

–Desculpe Seitaro é que, meio que eu achei que...

–Quem é Vickor?

–É ele.