O Torneio escrita por BobV


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Posso falar um coisa para vocês ? posso ? é uma coisa pesada.
Esse capítulo está pronto desde de quarta-feira.
Por que eu não postei ele antes ? porque eu sou uma pessoa má :D



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Quando Akane entrou dojo, Ranma já estava a sua espera.

— Por onde vamos começar ? você vai me ensinar a saltar pelos telhados, andar se equilibrando na grade ou a manipular meu ki ? — Ela perguntou sem esconder sua excitação.

— Vá com calma jovem gafanhoto. Você tem que descascar a banana antes de comê-la. Vamos começar pelo básico.

— Você não vai querer m ensinar a socar e a chutar, vai ?

— Talvez. Primeiro eu preciso saber o seu nível atual. Depois eu descido o que nós vamos fazer. Se tiver que lhe ensinar a socar e chutar novamente, eu o farei.

— Mas nós não temos tempo, o torneio é daqui a um mês!

— Eu sei disso. Mas como você espera aprender técnicas avançadas se o seu básico estiver com falhas ?

Akane não falou nada.

— A verdade é que eu lhe chamei para treinar sem ter nada planejado, porém, isso não é ruim. Vamos começar da seguinte maneira: eu quero que você me ataque com força total, com tudo que você tiver.

— Só isso ?

— Exatamente. Só assim eu vou poder saber do que você precisa para melhorar.

Akane fez que sim com a cabeça, entendo o que seu noivo estava lhe dizendo. Ela levantou sua guarda assumindo uma postura de combate. Ranma também levantou a sua guarda e fez sinal para que sua noiva começasse.

A carateca começou com uma sequência de jabs. Como Ranma pediu, ela usou toda a sua força e velocidade em cada soco, mas como sempre acontecia, ele se esquivava de todos os golpes com enorme facilidade. Akane fechou a primeira sequencia com um chute frontal que encontrou apenas o espaço vazio.

Sem perder tempo, ela partiu para uma segunda sessão de ataques que começou com um chute lateral. Dessa vez Ranma bloqueou em vez de se esquivar. Ele levantou a perna esquerda e posicionou o braço junto a ela para se defender. Akane golpeou mais duas vezes, um vez com cada perna e vendo que o garoto estava apenas se defendendo, decidiu pressionar com uma combinação de socos e chutes. Ela continuou avançando até seu noivo ficar de costas na parede. Quando a carateca viu que ele não podia mais recuar, ele puxou levemente o seu braço para trás e o jogou para frente com toda força que ela pode reunir em um único soco. Ela sentiu sua mão fazer contato e nesse momento teve certeza que havia acertado seu primeiro golpe. Entretanto, Ranma bloqueou o ataque com a palma da mão e segurou o punho de sua oponente.

Antes que a carateca tivesse qualquer reação, ela viu a outra mão de seu noivo subindo como um foguete, pronta para lhe acertar um gancho bem no meio do queixo. Ela fechou os olhos esperando pelo impacto, mas estranhamente ela não sentiu nada. Quando ela abriu os olhos, Akane viu que Ranma havia soltado sua mão e estava pronto para usar essa mesma mão para atacá-la. Mais por instinto do que por reflexo, ela inclinou a cabeça para o lado evitando o golpe.

Ranma lançou mais um ataque e Akane deu um passo atrás fugindo da investida. Ela ficou um pouco assustada quando viu que o golpe passou a poucos centímetros de seu rosto. Ela sabia que esse golpe teria força suficiente para nocauteá-la se tivesse acertado.

Por alguma razão inexplicável, ela ficou surpresa e nervosa vendo Ranma a atacar. Ele nunca havia feito isso. Pensando bem, não era isso que ela queria ?

Procurando sair do raio ataque de seu noivo, Akane deu mais dois passos atrás, entretanto, ela quase entrou em pânico e seus olhos se arregalaram quando viu um punho vindo em direção ao seu rosto. Dessa vez ela estava sem saída e tudo aconteceu rápido demais.

Akane se sentiu como um amadora. Em sua tentativa de fuga, ela tropeçou nas próprias pernas e caiu sentada no chão. Ela não sabia como isso havia acontecido. Talvez tenha sido a adrenalina por ver seu noivo a atacando pela primeira vez ou talvez ela seja realmente uma desastrada como ele insiste em dizer. O que ela sabia, é que ela estava envergonhada de si mesma. A carateca estava tentando causar uma boa impressão, entretanto, conseguiu exatamente o contrário.

Sem se levantar, ela abaixou a cabeça e ficou esperando pela sequência de insultos que seu noivo dispararia sem pena dela.

Ranma copiou a postura de combate de Akane e fez sinal para que ele começasse. A carateca começou com uma sequência de socos que ele viu uma semana de antecedência e facilmente desviou deles.

"Muito devagar"

Ranma viu diversas brechas nos ataques, principalmente no chute que terminou a sequência.

"Parece que eu vou ter trabalho. Desse jeito, ela não duraria nem uma minuto em uma luta de verdade."

Quando Akane começou a segunda sessão de ataques, ele decidiu bloquear.

"Pelo menos força não lhe falta. Mesmo assim ainda existem muitas brechas."

A carateca continuou seus avanços.

"Isso não é bom." Ele pensou "Definitivamente não é bom. Sua postura esta incorreta ela esta sem balanço algum. Um pequeno movimento seria suficiente para joga-la ao chão."

Ranma bloqueou o ultimo golpe com a palma da mão.

"Agora vamos testar seus reflexos." Com sua mão livre, ele soltou um gancho. Ranma nunca teve intenção alguma de a acertá-la, seu único objetivo era ver como ela iria reagir ao contra-ataque. E foi isso que ele fez nos ataques seguintes. Felizmente, para ele, Akane não percebeu.

Ranma viu quando ela, assustada, tropeçou e caiu no chão. Imediatamente ele parou seu avanço e olhou para sua noiva. Primeiro, ele ficou confuso, já que ele não estava esperando que algo assim acontecesse. Depois, ele tentou se segurar, mas não obteve sucesso e explodiu em uma gargalhada que fez com que sua noiva levanta-se a cabeça e perguntasse confusa:

— Do que é que você esta rindo ?

Ele não respondeu, provavelmente porquê não ouviu.

— Eu estou falando com você, idiota.

— Seu rosto — Ele apontou.

— O que tem meu rosto ? — Ele perguntou ainda sem entender.

— Impagável, Akane, impagável. Haha! Eu teria dado qualquer coisa para ter uma câmera para ter tirado uma foto de seu rosto.

— O que ?! Como você pode dizer uma coisa dessa ?! — Akane estava se sentido humilhada. Primeiro pela situação em que ele se encontrava e segundo porque seu noivo não estava demonstrando nenhuma compaixão por ela.

— Você parecia uma criança pronta para começar a chorar porquê se perdeu dos pais. Só você para me fazer rir assim Akane. — E ele continuou sua risada.

— Ora seu... IDIOTA!! — Akane se levantou em salto e partiu para cima de seu noivo.

— Ah, vamos lá, Akane. Não fique assim.

— CALE A BOCA!

Akane chutava e socava incessantemente, porém, sem sucesso algum.

— Sabe, Akane...— Ranma se esquivou de mais soco, só que dessa vez ele deu um salto e caiu atrás da carateca— ... Até que você ficou bonitinha quando faz aquela cara.

Por um instante, Akane perdeu a concentração, surpresa com o comentário. Aproveitando esse momento de distração, Ranma deu um pequeno empurrão nas costas de seu oponente, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio e caísse de cara no chão.

Ranma se jogou chão e começou a rolar de um lado para o outro, gargalhando mais alto ainda.

Akane se levantou, um fogo assassino em sues olhos.

— MORRA SEU INSENSÍVEL!!

Nos minutos seguintes, Akane xingou seu noivo de todos os insultos que ela conhecia enquanto o atacava em fúria cega. Já Ranma, continuava provocando a carateca e desviando de suas investidas.

Akane caiu exausta no chão e perdeu a noção do tempo. Ela estava tão cansada que nem ouviuKasumi dizendo que o jantar seria servido em alguns minutos.

— Vamos andando, Akane. Kasumi esta nos chamando.

— hhumm...— Ela resmungou

— Vá tomar um banho. Você esta banhada em suor.

Novamente, a única resposta foram resmungos.

— Que trabalheira que você esta me dando, hein ? — Ranma ergueu Akane do chão e a sacudiu de leve nos ombros.

— Akane ?

Incapaz de se manter de pé sozinha, a garota se apoio em seu noivo encostando a cabeça e as duas mãos em seu peito. Institivamente, Ranma a segurou pela cintura para que ela não caísse no chão.

— E-ei Akane ? — Ranma corou com o contato de sua noiva.

— Tão bom —Ela disse sem saber da situação em que se encontrava.

O garotoficou nervoso e sua bochechas ficaram ainda mais vermelhas

"Oh, droga." Parecia que Ranma havia sido pedrificado pelo feitiço da medusa. "Ela vai me matar quando a ficha cair."

— A-a-a-aKA... ?

Lentamente, a garota abriu os olhos procurando por quem a chamava. Quando ele levantou a cabeça, foi brindada com a visão de uma belo para de olhos azuis. Por um momento ela ficou totalmente enfeitiçada: uma par de mão firmes em volta de sua cintura, enquanto as suas próprias, estavam apoiadas em um largo e definido peitoral. Sua visão não era menos prazerosa, era como se ela estivesse observando o oceano. Vendo os dois globos a olhando fixamente, ela desejou se perder neles.

Então alguma coisa estalou dentro de sua cabeça.

"Um momeeeento..." ele pensou "De quem são essa mãos que estão me tocando ? e por que o Ranma estão tão perto de mim ? Ranma... mão na minha cintura... olhos azuis... Ranma... RANMA ?!"

Seus punhos ficaram tensos e ela os fechou com força. Parecia que suas unhas iriam ficam encravadas em suas palmas.

Ranma sentiu quando Akane estremeceu. "Droga." Dessa vez foi ele quem fechou os olhos esperando pelo seu destino e que não demorou muito para chegar: uma sequência fulminante de socos em seu tronco finalizada com um gancho de direita que deixaria Mike Tyson com inveja.

— O QUE DIASBOS VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, SEU PERVERTIDO ?! — Akane gritou, ofegante. Seu rosto estava da cor de um tomate. Não se sabe se era por causa de sua fúria ou pela situação embaraçante.

"Mas foi você que se agarrou em mim." Ranma tentou dizer, mas como estava quase inconsciente, só conseguiu pensar.

— FRANCAMENTE! — E assim ela saiu do dojo, deixando seu noivo estirado no chão.

Naquela noite, Ranma quase perdeu o jantar e ele e Akane não trocaram uma palavra sequer. Um fato que chamou a atenção do garoto, é que nem sua mãe e nem seu pai estavam presentes na mesa.

Após a refeição, Akane foi para o seu quarto fazer a lição da escola. Logo que terminou ela foi para a cama e começou a refletir sobre os acontecimentos do seu dia, ou melhor, sobre o que aconteceu no dojo.

"Aquele pervetido se aproveitou de mim. Como ele se atreve ? se ele fizer isso mais uma vez, eu vou quebrar a mão dele." Seu rosto estava cheio de ódio.

"Mas... mas... mas eu me senti tão bem. Eu tive uma sensação tão gostosa quando ele me segurou daquele jeito" Sua expressão se suavizou e ela corou. "Eu me senti tão confortavél... foi tão bom... AHRG! POR QUE É QUE EU ESTOU PENSANDO NISSO ?! É TUDO CULPA DAQUELE IDIOTA!"

"Eu me senti daquele jeito porque eu estava cansada. É, foi isso mesmo, eu estava cansada e não sabia o que estava acontecendo. Era como se eu estivesse delirando."

Assim, ela foi dormir esquecendo o que aconteceu. Ou pelo menos tentou.

Ranma entrou em seu quarto após ter tomado um banho. Ele ainda estava sentido pequenos incômodos nos lugares onde Akane havia golpeado.

"Garota estúpida e violenta." Ele resmugou enquanto se deitava.

"Eu tento ser um cara legal e o que eu ganho com isso ? porrada!"

"Qual o problema dela ? Eu apenas a segurei para que ela não caísse no chão."

"Mas admitia que você gostou de tê-la perto de você." A segunda voz em sua cabeça disse.

"De jeito nenhum. Como é que eu vou gostar de ser feito de saco de pancadas ?"

"Admita."

"Eu vou é dormir."

Ranma tentou, mas não conseguiu parar de pensar em um dos raros momentos de intimidade que ele e sua noiva tiveram, mesmo que ele tenha terminado de forma dolorosa para ele.

"Por que ela fez aquilo ? foi tão legal poder segurá-la daquele jeito... E POR QUE É QUE EU NÃO CONSIGO PARAR DE PENSAR NISSO ?! AKANE ESTÚPIDA! é tudo culpa dela."

E assim ele tentou dormir sem pensar no que aconteceu. Infelizmente, sem sucesso algum.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho uma boa notícia e uma má notícia...
a boa é que mais de 80% do capítulo seis já esta pronto. A má noticia é que eu só vou postar ele no sábado que vem... brincadeirinha :D
Eu tenho o costume de postar um capítulo por semana, mas talvez esse eu poste o próximo mais cedo. Talvez.

Críticas construtivas serão sempre bem-vindas.
Percebeu algum erro de português, concordância, formatação ou qualquer outro tipo? me avise para corrigi-lo.

Até a próxima.



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