Erus, o mundo dos anjos escrita por Bruno Leite DA Silva


Capítulo 1
Anunciação


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esta ai a repostagem dessa fic, espero que gostem. Já tenho mais 8 capítulos prontos e postarei conforme a propagação da mesma.



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Os primeiros raios de luz adentram em meu quarto através de uma humilde falha no telhado. Levo um pouco de tempo para levantar e, em um ritmo desprezível, caminhar rumo a cozinha para preparar o café da manhã. Ao passar pela sala vejo meu avo deitado no sofá descoberto em mais uma das tentativas de assistir um desses documentários que passa na madrugada . Cubro-o.

Não sou um ótimo cozinheiro mas desde que minha mãe se foi , sou o melhor no cargo. Preparo um copo de leite para mim ,um de café para meu avo e alguns biscoitos . Pode parecer bobagem mas isso indica que estamos bem e que voltaremos logo. Funciona assim : quem acorda primeiro faz o café da manhã e acorda o outro. Eu e Bardock moramos sós nessa casa próximo a um lago onde minha mãe foi misteriosamente encontrada morta , dois anos após o desaparecimento do meu pai. Sim ...coisas estranhas acontecem com minha família . A noticia da morte da minha mãe para mim, foi como se uma espada enorme atravessa-se meu peito diversas e diversas vezes, construindo uma ferida que ainda abrigava máculas de sangue, remetidas ao desaparecimento repentino do meu pai.

-Não entendo porque esses documentários passam tão tarde , afinal o que há de mais em ver zebras sendo devoradas por leões?-diz meu avô, tentando arrumar o pouco de cabelo que resta em sua cabeça, me trazendo de volta a realidade

- Eu é que não entendo por você ainda insiste em assistir essas porcarias.....-digo sorrindo.

Meu avo é um tanto quanto diferente dos demais: não aceita ser chamado por outro nome a não ser Bardock; usa sempre a mesma jaqueta preta de couro; faz piadas de tudo e pratica tiro ao alvo ao invés de jogar xadrez na praça.

-Os animais são seres fantásticos caro Marcus, não precisam esconder o que realmente são...apenas seguem seu instinto,diferente da raça humana que esconde sua verdadeira natureza.-Bardock adora deixar no ar esses comentários filosóficos...Eu apenas me finjo de entendido.

Sentados na mesa, trocamos conversas sobre minha vida na escola de musica e sobre quantos alvos meu avô conseguira acertar em seu dia anormal.

-Preciso ir...Tenho que mostrar aqueles bobões como um caçador de verdade atira.(não sei porque ele se nomeia caçador),não se esqueça de pegar as correspondências antes de sair.

Apenas sorrio para confirmar.

Desde que essa tragédia ocorreu com a minha família, procuro distrair-me com algo que me acalme ou traga paz. Foi ai que música surgiu. Foi tudo de repente. O piano abandonado na sala costumava ser ocupado por minha mãe e pai, talvez isso me incentivou e de alguma forma me fez sentir perto deles. O piano está exatamente como meus pais deixaram, a única coisa que acrescentei foi uma das ultimas fotos de família que restou.

Arrumo-me para ir para o colégio, mas antes de sair vou olhar as correspondências de Bardock. Como de costume, são cartas de cobranças ou de sugestões de bancos. Já estou guardando as cartas quando me deparo com um envelope dourado com o meu nome. Abro-o e não vejo nada além de um folha em branco. Quando estou prestes a guardar o papel uma faísca devora-o criando assim um novo papel com a seguinte frase:

ENTRE O LAGO E A LUA ,SOBRE O TÊNUE SANGUE DE UMA CRIATURA DAS SOMBRAS,AS ASAS DE UM NEFILIM DE GELO SE FORMARÃO E TRARÃO SOBRE O RELOGIO DE ERUS A ULTIMA CONTAGEM PARA A CHAMADA GUERRA DOS ANJOS..........

Jogo a carta no chão ao ouvir um grito de socorro. A voz feminina demora um pouco para despertar familiaridade....mas é inevitável......a voz começa a chamar o meu nome cada vez mais alto......sim, a voz imerge dos lábios de quem jamais pensei em rever:
MINHA MÃE...................................

Sinto um estranho e duradouro arrepio, e então sem qualquer aviso prévio, uma causticante dor consome minhas costas. Não sei explicar especificamente o que é. Entretanto, oque me traz mais perto da sensação que sinto, é a figura de uma afiada espada em chamas desenhando algo em minhas costas. Mas o quê seria afinal???Não há tempo para pensar. Tenho que de alguma forma esquecer a dor e ir ao encontro da minha mãe.

Os passos começam desajeitados mas logo adquirem sincronismo e com o tempo, conforme corro pedem uma pausa para descanso. O cheiro do sangue que vem das costas, ressuscita a dor.

O grito de minha mãe se estende do lago cada vez mas próximo de mim. Preciso conseguir, preciso conseguir. Tudo acontece tão rápido que mal consigo acompanhar: brutalmente, algo me atinge a cabeça criando um extenso corte. Um facho de luz. Um colar de esmeraldas, uma diabólica dor e finalmente meus pés encontram descanso, na verdade o corpo inteiro, assim que caio desmaiado no chão próximo ao lago.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo.
Marcus acorda com fortes dores, perto do lago e se deparar com sua mãe. Sua felicidade parece garantida, até o momento que um anjo misterioso, ameaça estraga-la.



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