P.O.V ANNABETH

Liguei para Thalia e Piper e desmarquei nosso almoço pois tinha detenção graças a um moreno retardado. Elas se roeram de rir e eu desliguei na cara delas, depois de xingar elas e ele, é claro.

Bom, sai do refeitório com Calipso, a acompanhei até a portaria, e depois sai em direção a sala em que seria a detenção. Eu nunca havia ficado em uma detenção antes, por isso não sabia o que esperar desse maravilhoso dia.

Passei pelo meu armário e continuei andando, mas parei quando ouvi uma voz bem conhecida vinda do outro corredor. Me escondi e parei para escutar. Eram dois meninos conversando, e um deles era Perseu.

- Cara, se ela descobrir, você vai ficar com a cara roxa. – disse a voz desconhecida

- Relaxa Jason, eu posso mante-la sobre controle! Ela é só uma menina.

- Minha irmã é uma menina e quebrou meu braço num golpe só.- murmrou aquele que devia ser o Jason.

- E outra, como ela vai descobrir que a chave do armário dela esta comigo? E esse é o único jeito de eu manter contato com ela, já que ela esta furiosa comigo e ...

Não escutei o resto. Ele achava que já me viu furiosa? Ah, ele que espere.

Sem pensar sai correndo e avancei em cima do primeiro vulto que eu vi. Prensei ele contra a parede e segurei com força seus pulços até que ele estivesse imóvel. Mas algo deu errado. Dois braços fortes envolveram minha cintura e me puxaram para trás com uma força incrível. Maldito Jason!

P.O.V Percy

Do nada, um vulto loiro saiu correndo de um canto da parede e acertou Jason em cheio. Imobilisou ele de um jeito incrível. Mas, antes que pudesse fazer algum dano permanente a ele, a envolvi em meus braços e a puxei com força para trás.

- Me solta Jason!- ela gritou

- Jason?

Ela me olhou e depois olhou para a parede e viu um Jason de olhos arregalados e imóvel.

- Oh! Ahn, me desculpa... eu pensei que ...

Mas Jason saiu correndo antes que ela pudesse terminar a fala.

Foi ele sair correndo e ela começou a bater em meu braço e gritar para mim solta-la.

- Me solte Perseu, para mim poder acabar com você!

- Acha mesmo que vou te soltar?

- AGORA!

- Não, e pare de gritar! Melhor, vamos sair daqui!

- Não vou a lugar nenhum! Me solta! Se quiser que eu saia daqui vai ter que me tirar a força!

Foi você quem pediu...

Como ela estava presa em meus braços, apenas peguei ela pela cintura e joguei por cima de meus ombros. A cena estava hilária.

- Me põe no chão! AGORA PERSEU!

- Se não oque?

- Se não... se não..

- nem você sabe!

- não importa! Me põe no chão!

- Não.

-Agora!

- já chegamos! Calma!

Abri a porta e o professor Quintus estava la.

- Bom dia. Podem se sentar. Não quero um pio, nem nenhum material ou celular. Entenderam?

- Sim senhor. – eu disse

- Ate que horas?- Anne perguntou

- Tres.- Disse Quintus

Tres? Caramba! Que droga! Muito tempo!

Eu e ela caminhamos ate o fundo da sala. E ficamos sentados la no fundo.

- Viu no que nos meteu?- Ela cochichou

- Esta desobedecendo as regras, loirinha. Voce não tem cara de quem faz isso.

- Fiquei de detenção no primeiro dia, então acho que você deveria mudar minha imagem na sua cabeça.

- Ok. A senhorita que desobedece as regras e eu que pago o pato?

- Não foi eu que puxei a minha cadeira!- Ela rebateu.

- Ok, então.

Ficamos em silencio durante o que pareceu uns trinta minutos. Então ela se virou para mim e disse:

- Esta ouvindo isso?

Eu não havia reparado no ronco ate ela dizer. Me levantei devagar e confirmei minhas suspeitas: o professor Quintus havia dormido.

Eu e a loirinha levantamos e fomos ate a porta. Trancada.

–Como assim? Como vamos sair agora?

Eu olhei em volta. Vi uma janela e sorri. Ela se virou e viu a janela também.

-Ah, não. Tudo menos isso.

- Não tem medo de altura né princesa?

- Claro que não eu so....

Eu ri e ela bufou.

- Eu pulo e depois te ajudo a descer.

Antes que ela dissesse alguma coisa pulei da janela do segundo andar.

Cai de pé no chão e disse:

- sua vez, princesa!

- Percy, e se eu me machucar?

- Eu te seguro! Pula!

Ela deu uma olhada para trás, como s pensasse em outra maneira e então me olhou.

- Vai! Eu te seguro!

A cena seguinte foi assustadora.

Annabeth pulou do segundo andar e caiu de pé também. Mas logo depois caiu. E começou a gritar.

-O que foi, Anne?

- Meu pé!

Olhei para seu pé. Estava torcido em um ângulo esquisito.

- Vem, eu te ajudo.

Ajudei ela a levantar, passei um de seus braços em meu ombro e saímos andando.Seus olhos estavam marejados, e lagrimas, prestes a cair. Estávamos muito devagar. Assim só chegaríamos à enfermaria quando anoitecesse.

Peguei sua perna boa e segurei, de modo que eu a carregava agora, do jeito que o noivo carrega a noiva depois do casamento.

- Não, Perseu! Eu consigo ir andando!

- Melhor não princesa. Vamos demorar muito.

- E quem vai me impedir? Você? Nem se atreva a continuar me carregando ou....

Não deixei ela terminar. Levantei seu rosto até mim e a beijei. Ela tinha cheiro de morangos. Pressionei a parte de trás de seu pescoço, e ela desmaiou em meu colo.

- Desculpa Anne. Temos que chegar a enfermaria.Tive que fazer isso.